Faltava ainda este exercício!

 Quase já não ia a tempo do exercício numérico do ano: a contagem de posts no blog! Yeah!

Atentemos à quebra abrupta dos mercados ao longo dos anos:

Ainda assim, entre este ano, vamos dizer, um bocadinho confuso, e o ano anterior, perfeitamente normal, há um ligeiro crescimento por isso a tendência dos centos e tais (60, 50, 30, 70, 40) mantêm-se e isso é apesar de tudo positivo, dado sobretudo os oito anos desta casa. 

Faltam as reflexões de 2020 e desejos para 2021 e podemos fechar o ano!

Semente de bruxa

Não sei se se lembram do último post sobre o tema, mas o último livro que li foi francamente mau. Só não fiquei totalmente frustrada com o tempo perdido por ter aquela crença de que ler, bom, mau, médio, óptimo, péssimo, genial tem sempre as suas vantagens. A vantagem maior neste caso foi que, claramente, o universo me compensou a seguir. Li um livro espetacular! Se não tivesse lido as Mulherzinhas este ano, que adorei, este seguia directamente para o top de 2020. Obrigada universo!

Curiosamente, tinha assistido a algumas aulas de escrita criativa da Margaret Atwood mas nunca tinha lido nada dela - não sei bem porquê - mas vamos corrigir isso. O Semente de bruxa é genial, mas provavelmente nem é se quer o melhor livro dela. No entretanto já comecei com outra coisa, havemos de falar disso mas antecipo que sinto, como leitora, que andei para trás e voltei à adolescência, aquelas histórinhas sem factor "uau!" - mas ainda fiz pouco do caminho e em Janeiro falamos!

Com este livro, fecho (lindamente!) o ciclo de dez lidos em 2020, francamente abaixo da meta (quinze!), mas vou afagar-me o pelo dizendo que, pelo meio, fiz um curso de escrita (parte, vá!) e dois concursos, pelo que se não tivesse escrito tanto, teria lido mais (not!).

Anyway, super contente de ter retomado este gosto da leitura, que estava meio enterrado, muito graças ao clube do livro que comecei a frequentar em 2019 (e que entretanto parou este ano, naturalmente, mas espero que retome em breve). 

E para 2021 fixo a meta dos 16. só para step up the game a little bit! Vamos embora!




Carta aberta. À minha fiz que faz 3 anos

I.,

O papá diz muitas vezes que "a tua sorte é seres bonita" mas eu diria mais: a tua sorte é seres bonita, meiguinha, engraçada, muito cómica, divertida, criativa, inventora. Se não fosse por isso, certamente o meu coração já teria cedido face à tua criatividade, alpinismo e desafio em geral.

Todos os dias são verdadeiramente dias novos contigo e nunca se sabe o que vais inventar a seguir. Toda uma caixa maravilhosa de surpresas que geralmente são asneira, por isso a tua sorte é teres muita piada!

Há muitos dias em que os "dois anos" vêm ao de cima e tanto pode calhar atirares coisas ao chão, como resmungares, como te sentares zangada. Maravilhoso traço de personalidade vincada. Aí a tua sorte é seres igualmente, e no minuto a seguir, tão amorosa, "tanto fofinha", toda abraços e beijinhos. E sabermos que estás, mesmo à frente dos nossos olhos, a crescer imenso.

Sinto que saltaste um ano nos teus gostos e os desenhos da mana (teu ídolo!) são os teus desenhos. Este ano vamos ter festa Frozen, que já por cá passou, mas aos quatro. És muito crescida e independente em imensa coisa e se dizes que fazes sozinha nem vale a pena eu tentar ajudar. Muitas vezes eu faço-o mas estou só a tentar prolongar mais um "camido" o meu bebé. Nem acredito que estás são grande!

A alegria que trazes aos nossos dias é enorme. És mesmo uma luzinha de Natal a brilhar o ano inteiro na nossa vida, que pisca, muda de cor e dá música, com pilhas infinitas de uma energia que enche a casa toda. 

Três anos depois ainda não acredito bem que nasceste mesmo no dia 25 de Dezembro à meia noite mas sinto mesmo no coração que és todos os dias a nossa maior prenda de Natal. Parabéns a nós!

Dia 24

 DIA 24

VESTIR ROUPAS DE NATAL

A I. pediu para um dos dias do calendário "vestir roupas de haloween" mas dei uma adaptada! Afinal, hoje há consoada! Vamos vestir as nossas camisolas e que haja paz na nossa vida. Feliz dia 24 (que é o último do calendário oficial!)

Dia 23

 DIA 23

FAZER UM PRESENTE PARA A NOSSA CASA

Acolhe-nos e atura-nos e tem sempre espaço para nós (por mais caos!) por isso vamos fazer um presente para lhe dar. Pode ser um quadro, um desenho, uma fotografia para pendurar em algum lado, um ramo de flores da rua. Qualquer coisa. Obrigada, casa! E feliz dia 23!

Dia 22

 DIA 22

APRENDER UMA CANÇÃO DE NATAL PARA CANTAR NO DIA DE NATAL


As míudas andam na verdade desde Novembro a cantarolas músicas de Natal por isso acho que esta vai ser especialmente apreciada. A juntar às nossas quatro camisolas iguais para dia 25, acho que vamos fazer um quarteto maravilha! Feliz dia 22!

Dia 21

 DIA 21

SESSÃO DE FOTOS EM FAMÍLIA

É preciso imaginar o cenário: roupas de Natal, árvore, luzes! E muitos disparos de câmara! Vamos fazer uma sessão de família, dentro de casa, com a nossa própria máquina e tripé! Não é lindo? Feliz dia 21!

Dia 20

 DIA 20

FAZER BOLO DE IOGURTE COM CHOCOLATE QUENTE

Sempre boa comida.. Nunca falha! Talvez seja a décima quinta ideia que envolve comer qualquer coisa! Mas não é mesmo assim? Escolhemos uma receita que elas conseguem fazer e que ao mesmo tempo fica sempre, sempre bem! Perfeito para os últimos dias antes do Natal! Feliz dia 20!

Dia 19

 DIA 19

BRINCAR AO AR LIVRE

Estamos a pensar num parque da cidade, num Palácio de Cristal, numa pracinha. Qualquer coisa! Hoje (não chovendo!) vamos para a rua! Kispos, gorros, luvas e siga! Também foi um pedido delas e achei giro.  Se chover, havemos de pensar em alguma coisa! Feliz dia 19!

Dia 18

 DIA 18

BINGO DE NATAL

E chegamos ao fim da escola e do trabalho para 2020! Que ano..! Vamos para um bingo da sorte, modo Natal, que imprimi do nosso amigo pinterest, que tem tudo e é um fofo e espero que faça sucesso! Feliz dia 18!

Dia 17

 DIA 17

FAZER AS BOLACHAS PARA AS PROFESSORAS

Yeah! Adoro este momento! Míudas com mão na massa para partilhar alguma coisa! Desde a sala dos três anos que fazemos isto e este ano incluímos a I., que leva também bolachinhas para as professoras no último dia de escola (que é amanhã!) Um dia que cheira mesmo, mesmo a Natal! Feliz dia 17!

Dia 16

 DIA 16

PLANTAR UMA ÁRVORE / FLOR NO JARDIM

Algumas das ideias do calendário foram inspiradas noutras que fui vendo na net e em muitas listas aparece o "fazer bonecos de neve". Como não temos neve, adaptei para a realidade o mais parecida possível e vamos assim plantar qualquer coisinha! Andei na dúvida sobre várias opções mas acabei por arranjar dois vasinhos de barro e duas embalagens de sementes de lavanda e vamos testar! Sei que a época não é a ideal mas vamos acreditar na mesma. A última vez que plantamos alguma coisa cá em casa foi uma árvores, nos meus trinta, do que naturalmente a C. já não se lembra (e a I. não era nascida) por isso acho que vão gostar de fazer uma coisa nova. Podia ter sido uma flor de Natal, agora que penso..! Ainda assim, feliz dia 16!

Dia 15

 DIA 15

VER FOTOGRAFIAS E VÍDEOS DE NATAIS PASSADOS

Devo confessar que gosto particularmente desta! Vamos ver o que vão achar! A ideia é ter selecionadas fotografias e vídeos de anos anteriores e passar em sessão família. Aquele espanto do "quanto cresceram!" E elas a acharem super engraçado verem-se mais pequeninas. Super natalício! E amoroso! Feliz dia 15!

Dia 14

 DIA 14

ESCREVER POSTAIS DE NATAL

Ainda a tempo das lembrancinhas, vamos escrever postais! É uma coisa que faço todos os anos e este ano faz ainda mais sentido. Vamos desejar bom Natal à família, aos amigos, às professoras e usar os postais mais giros desta época para espalhar amor! Feliz dia 14!

Dia 13

 Dia 13

CAÇA AO TESOURO

Eis uma actividade que passam a vida a pedir: esconder coisas em casa e dar pistas para encontrarem! A ideia hoje é pegar neste jogo e transformá-lo em Natal. Pistas na árvore, pistas nos presépios, pistas nos anjinhos! E como prémio, um desenho de Natal para pintarem! Preparar assim a última semana de aulas e trabalho antes das férias, já em countdown total!! Feliz dia 13!


Dia 12

 Dia 12

PASSEAR DE CARRO PARA VER AS LUZES DE NATAL


Todos os anos acontece irmos ver as iluminações de Natal e passear nas ruas em modo natalício. Este ano certamente não acontecerá andarmos no meio da multidão, por isso adaptamos! A ideia é passearmos dentro do carro, em total segurança, mas ainda assim não perder esta parte do espírito! Vamos escolher a cidade com carinho, quem sabe até se não vemos mais do que uma, e não deixar de aproveitar. Feliz dia 12!

Dia 11

 Dia 11

PICNIC À LUZ DAS LUZES DE NATAL


Aposto que este será um dos preferidos, levar as tralhas para o chão da sala e jantar à luz das luzinhas da árvore! Um verdadeiro picnic de Natal, para acabar bem a semana! Feliz dia 11!

Dia 10

  Dia 10

EXPERIÊNCIA DE NATAL


O décimo dia contou com a sugestão da mais crescida. Perguntei o que gostaria de fazer nas férias e disse "uma experiência de Natal." Ainda sem qualquer ideia sobre o que isso poderia ser, claro que tive de juntar à lista, já que afinal, isto é para elas! Depois disso fiz alguma pesquisa e espero hoje virmos a conseguir fazer "neve" - que utilizaremos depois no fundo de frascos, com bonecos de Natal em cima para novas peças decorativas cá para casa! No youtube o processo é muito simples; na vida real, vamos ver! Ainda assim, feliz dia 10!

Dia 9

 Dia 9

DECORAR ORNAMENTOS DE NATAL


No Natal passado a escola pediu às famílias da sala da C. que sugerissem uma actividade para o calendário que eles próprios fizeram. Podia ser um abraço de grupo, uma corrida ou fazer desenhos. Valia qualquer coisa, desde que fosse em grupo! A actividade que sugerimos foi ilustrar ornamentos de Natal e para isso enviamos uma caixinha com vários para pendurar na árvore, de madeirinha, que os miúdos pintaram ou decoraram com autocolantes. Cá em casa fizemos porta-chaves com o mesmo método, que ainda hoje estão nas nossas fitas chaves cá de casa por isso foi uma coisa que durou e durou! Este ano decidi trazer esse bocadinho cá para casa e fazermos em conjunto peças que vão decorar a nossa árvore nos próximos anos (vamos ver!) Feliz dia 9!

Dia 8

 Dia 8

LER UMA HISTÓRIA DE NATAL E FAZER UMA ILUSTRAÇÃO


Vamos trazer os livros para o calendário e dar-lhes vida fora das páginas, com ilustrações! Estou fortemente inclinada para "O lobo que não gostava do Natal", por já ser um amigo, mas na última encomenda de livros que fiz recebemos de oferta um livro de contos do Natal, que pode ser sempre uma opção! Decisões, decisões..! Que seja fofinha e de Natal! E aqui temos a nossa actividade em família! Feliz dia 8!

Dia 7

 Dia 7

ESCOLHER BRINQUEDOS PARA DOAR


A actividade do calendário de dia 7 também não é nova; só lhe estamos a dar protagonismo. Todos os anos há um dia nesta altura em que selecionamos todos os brinquedos que estão em bom estado, para os doar a alguma instituição. O ano passado enchemos dois sacos que me davam pela cintura! Uma loucura o que se acumula e que não se usa (valendo para brinquedos e outras coisas..). Queremos com isto explicar-lhes que nem todas as crianças têm a sorte que temos e que é tão importante dar aos outros. Ao mesmo tempo é também um arrumar de coisas divertido porque vemos brinquedos que não víamos há tempos e tempos! Saímos todos felizes! Ou seja, feliz dia 7!

Dia 6

 Dia 6

FAZER UM FRASCO DA GRATIDÃO (E AGRADECER)


Já fazemos os desejos de ano novo a 31 de Dezembro, que colamos no frigorífico durante todo o ano e relemos a um de Janeiro do ano seguinte; mas este ano lembrei-me de experimentar esta ideia que é tão maravilhosa. Pôr em palavras, ou desenhos, aquilo porque estamos gratos. O que agradecemos mesmo na nossa vida. Claro que isto não é um exercício de Natal, devia sem dúvida ser de todos os dias (e por isso perguntamos muitas vezes cá em casa "qual foi a melhor parte do dia") mas nesta altura faz ainda mais sentido ter quentinho no coração e dizer "obrigada." Vamos agradecer! Feliz dia 6!

Dia 5

 Dia 5

VER UM FILME DE NATAL


Sábado, finalmente! Faz muitas vezes parte do plano da tarde um filme com manta e pipocas, sobretudo nesta altura do ano, por isso hoje pegamos nesta actividade em que somos muito bons e damos-lhe um twist natalício, com um filme de Natal. Pode ser um Grinch ou um Klaus! Vale qualquer coisa, desde que cheire a Natal (e a pipocas, claro!) Feliz dia 5!

Dia 4

 Dia 4

PIZZA FAMÍLIA (VERSÃO NATAL!)


Eis algo que fazemos com alguma frequência: pizza família! Fazemos a massa, o pai estende e elas colocam os ingredientes. É uma festa! Para este calendário subimos o nível e vamos tentar a versão Natal, em forma de árvore, ou estrela! Deixamos para sexta porque ser um dia com mais tempo para prepararmos e jantarmos nas calmas, sem o horário rígido de ir dormir por haver escola. Por isso, usemos a imaginação e façamos magia! Feliz dia 4!

Dia 3

 Dia 3

FAZER BOLACHAS DE NATAL


Para além de ser delicioso, são treinos para as prendinhas das professoras, que há vários anos incluem bolachas. Momento em que elas põem as mãos na massa e produzem alguma coisa para dar ao próximo. Este ano já levamos um ensaio, já que há algumas semanas atrás tivemos um final de dia de bolachas, mas sabe sempre bem! Vou apostar nas formas de árvore de Natal, boneco de gengibre, estrela ou então nada disto e serão sapatos e coroas de princesas da festa dos 6 anos! Importante mesmo é ter um momento de partilha em família, ainda por cima com um resultado delicioso! Feliz dia 3!

Dia 2

 Dia 2

ESCREVER A CARTA AO PAI NATAL


Momento semi-consumista número um do calendário. O dia em que cada um escreve numa folha de papel o que quer pedir ao pai Natal. O ano passado pedi uma velinha de cheiro (este ano vou repetir!). As miúdas pedem brinquedos, o pai, filhoses. Podemos pedir uma coisa mas não embandeirar em arco! O ano passado colamos as cartas no vidro ao lado da árvore de Natal (ninguém questionou não ter sido enviada ao Pai Natal!). Este ano logo veremos! Mas faz parte da família este momento, em que assumimos ter sido boas pessoas e em que nos damos a abertura de pedir alguma coisa. Momento que ajuda também a manter vivo o Pai Natal, que depois lhes traz uma das coisas que pediram. Sei que não vai durar muito tempo, mas enquanto durar, é uma tradição maravilhosa! Feliz dia 2!

Dia 1

 Dia 1

FAZER A CASA NATAL


É A tradição do Natal! O dia em que há filhoses acabadinhas de fazer (cuja massa amassei até às tantas na noite anterior!), Coro de Santo Amaro de Oeiras no ar, o dia em que os sacos saem do seu lugar, em que a casa se encaixota toda para dar espaço à altura mais bonita do ano! Há mil presépios, há caixas de música, pais Natal, a árvore, trezentas bolas e a estrela no cimo, o comboio a toda a volta, autocolantes nos vidros! É lindo, maravilhoso, luminoso! Adoramos! Por isso tinha de ser obrigatoriamente o dia um do calendário! Feliz dia 1!

Já posso? Já, já?

Agora que a pessoa está outra vez em véspera de se fechar em casa quatro dias, nada melhor do que alinhavar aqui a lista de Natal!

E a parte mais surpreendente? Faltam meia dúzia de pessoas!

A novidade deste ano é que em Agosto já estava a tratar de prendas de Natal, o que é sempre uma coisa gira, pensar em miminhos para alguém seis meses antes! Agora chega a altura e já dei um bom avanço, o que ajuda sobretudo a carteira.

De resto, vésperas também de quê?

De CASA NATAL!

Este ano confesso que já ando nesse mood há pelo menos três semanas; mister P. é que não deixou alterar as tradições!

Há no entanto uma novidade, o nosso calendário do advento, fresco e fofo, que espero partilhar por aqui todos os dias de Dezembro.

E agora, já posso? Já, já?

Feliz Natal!!

São elefantes, senhor!


 

Todo o mundo sabe que a pessoa não resiste a um bom comércio online quando necessário (acho até que praticamente abandonei as lojas!) e há umas semanas atrás, andava a mesma pessoa nas compras de Natal quando bateu o olho com essa nova modalidade da pintura moderna, também conhecida por "à batota", a pintura por números. Basicamente é como explicar a alguém pouco dotado como fazer uma composição harmoniosa no que à pintura diz respeito.

Ora, eu que já tinha visto coisas várias sobre a modalidade, decidi experimentar. E veio-me a aterrar em casa, dois dias depois (que estes senhores são uns fofos!), um tecido de tela com frasquinhos de vinte cores e três pincéis. A ideia é do mais básico que há: o desenho tem números, a pessoa vê o número e pinta com a cor correspondente. Tão fácil!

O resultado final era para ser aquele ali acima mas não ficou assim tão perfeito. Ao perto percebe-se que tem imensos defeitos mas ao longe está um amor! Tão amor que o pendurei numa moldura de madeira, qual chic!, na parede atrás do meu posto de trabalho caseiro! Luxo fazer reuniões com "arte" (cof, cof, cof!) atrás das costas, ainda por cima assinada pela própria! (ahahah!) 

No resto, foi uma actividade gira, que pensei me fosse durar pelo menos um mês mas que terminei numa semana, só com o bichinho de ver a coisa terminada. Para quem é super nabo a artes (como euzinha!), é uma bela alternativa! Isso ou sites de posters desta vida, também é uma opção!

E o próximo evento? Let it go!!

Não sabendo ainda as regras para o Natal e derivados, o que já comecei a fazer? A planear o aniversário da minha filha I., pois claro!

A sorte disto tudo é que elas são tão maluquinhas de festas como a mãe. A I. por exemplo já fala da festa há três semanas e não quer outro tema de conversa!

Isto posto, como é que se resiste? Não resiste! Óbvio!

Assim sendo, vamos nos três anos, tema Frozen. Um tema repetido (foi os quatro da C.) mas já temos bolo e bolachas diferentes! Não interessa se formos apenas quatro pessoas! Vamos ter Frozen em grande na mesma!

Já fiz a lista das encomendas, já encomendei o bolo (considerando a data, nunca fiando..), já temos lembranças e decoração. E só falta mesmo convidar as pessoas, se for possível. Crianças animadas, já temos; adulta animada, ainda mais! Mesmo neste ano de doidos, vivam as festas!




Até à próxima, concurso de escrita

Terminou na sexta-feira o concurso online de escrita, o segundo de 2020 e que foi ainda mais entusiasmante do que o primeiro (e a minha classificação final, também superior). Foram cinco desafios super interessantes, alguns bem fora da caixa, que me deixaram super contente por ter participado e conseguido concretizar. Claro que o objectivo final não é ter a maior pontuação, mas o facto de ter subido face ao anterior, faz-me acreditar que melhorei em alguns pontos e isso é sempre bom. Pena mesmo ter acabado. Ficou prometido o regresso em breve e, mesmo sendo um concurso em que se paga para participar, lá estaremos certamente! A formadora é nota vinte e sei que me desafio sempre mais um bocadinho a cada semana para escrever algo que nunca escrevi. Como a narrativa final, que foi uma pequena luta! Que volte em breve, que lá estaremos!


Com isto, cinco semanas em que o curso de escrita ficou em modo stand-by mas com a nota da urgência de ser retomado! Não esquecer!

Cheirava a velas; fizemos bolachas!

Na semana passada entramos em casa depois da escola e cheirava super bem; aquele ambiente quentinho e doce onde apetece estar. A C. perguntou logo o que estava a cozinhar, mas na verdade só tinha acendido uma vela de baunilha umas horas antes. Foi o mote suficiente para fazermos bolachas. Cheirava a bolachas que afinal eram só uma vela, por isso vamos para a cozinha!

Fiz uma massa super básica de chocolate, com as coisas que tinha em casa, que é algo que me dá imenso gozo, não precisar de comprar nada para fazer uma receita qualquer. Estendemos com o rolo e fomos buscar a caixa dos cortadores, onde estão basicamente 10 formas diferentes e que foram o delírio das miúdas! A entrada do jantar foi bolachas de chocolate estrela, coração, boneco, castelo e árvore de Natal! E fizemos stock que eu achei que duraria uns cinco dias mas tinha esgotado vinte e quatro horas depois. Um fim de tarde delicioso, só porque acendi uma vela!




Fiz um poema grávida

 Ok, dizer que fiz um poema grávida, pode parecer que estava grávida e escrevi um poema; e não é isso!

Na verdade fiz um poema que é, ele próprio,na sua forma,  uma mulher grávida.

Say what?

Pois é; o concurso de escrita went bananas e propôs a escrita de uma coisa qualquer (um poema, palavras soltas, you name it), que visto a alguma distância, fizesse uma forma


Tipo (vamos tentar):


Fel

iz. Nat

al. Feliz Na

tal. Feliz Natal. Fel

iz Natal. Feliz Natal. Feliz Na

tal. Feliz Natal. Feliz Natal. Feliz Natal.

Feliz Natal

Feliz Natal



Perceberam? (É uma árvore de Natal!)

Pois bem;

Imaginei logo uma silhueta grávida e depois escrevi algo alusivo. E tenho a dizer que, ao longe, colado na parece preta da cozinha, ficou uma coisa super gira. O poema em si, bastante fraquito, claro!, Mas o grafismo ficou bem melhor do que esperava.

Super feliz com este concurso que me faz fazer coisas totalmente diferentes e fora da caixa, como escrever poemas e sobretudo dar-lhes forma!

O ponto óptimo da minha agenda

 Percebo que a minha cabeça anda sempre a mil e que escrevo listas, listas e mais listas, na tentativa de me sentir mais organizada, acho que como mecanismo de defesa para algum caos natural nesta fase.

A minha agenda tem agora mais separadores, post-its e tralhas do que alguma vez teve mas acho que cheguei a um ponto óptimo.

Primeiro, anoto todos os compromissos / reuniões que têm dia e hora marcada, nos respectivos lugares;

Segundo, faço uma lista de todas as coisas sem especial hora marcada que tenho para fazer nessa semana. Esta lista vai sendo dividida pelos dias, à medida das possibilidades e, frequentemente, transita para a semana seguinte;

Terceiro, tenho cinco etiquetas de colar e descolar que representam as tarefas de casa que obrigatoriamente faço todas as semanas. Colo-as no dia em que as vou fazer, mas pode acontecer que não tenha sido possível fazê-la efectivamente, então descolo e repenso. Por exemplo, uma das etiquetas é "compras", que estava colada ontem na hora de almoço mas descolei porque o meu rico homem deu um salto ao supermercado ao final da tarde e resolveu-me a questão. Ficou colada para a próxima segunda, mesma hora.

O que adoro nisto?

A minha agenda tem vista semanal e não conseguia trabalhar de outra forma - consigo ver os sete dias em avanço e fazer alterações para não enlouquecer.

O sistema de cores e etiquetas, como são coloridas, também ajuda, sobretudo porque alegra. Estou sempre a olhar para uma coisa bonita e isso é sempre bom. Já  para não falar que tem espaço livre para coisas soltas, como lembrar-me de coisa, tirar notas, fazer algum apontamento. 


Com isto, uma alteração de rotina doméstica esta semana, ainda em testes - para partilhar conclusões nas próximas semanas!

E sabiam, já agora, que dentro de duas semanas estamos a entrar em MODO NATAL?

Já estou toda Natal !!

O que queria mesmo, mesmo, mesmo era montar já a casa Natal, ligar a música de Natal, ter cheiro de Natal por todo o lado e começar os jantares!

Não sendo possível (no caso dos jantares, literalmente, de todo!), ando só em projectos.

E o mais recente foi uma coisa maravilhosa (modéstia à parte! - embora não seja uma ideia original, posso elogiar):

Um calendário do advento de família!




Que feliz!

Primeiro escrevi 24 actividades para fazermos em família em todos os dias de Dezembro;

Depois dividi as actividades pelos dias, tendo em consideração se era fim-de-semana, férias ou dias de escola (deixando as coisas mais demoradas para os fins-de-semana e a mais simples para após escola);

Imprimi em cartõezinhos fofos, fofos com imagens de Natal;

E irei colocar num calendário de pendurar cá em casa, com 24 bolsos, para 24 cartões.

(Na verdade são 25, mas a "actividade" de 25 é só "Feliz Natal e Parabéns I.!")

Há mil e um calendários destes na internet, mas este é nosso; personalizado com as coisas que nós fazemos e gostamos. Não existe fazer bonecos de neve no jardim porque manifestamente não temos neve, mas existe plantar uma árvore ou flor ou semelhante no jardim porque temos um bocadinho de relva. Espero que as miúdas gostem e que sejam uma boa tradição de Natal. Em especial este ano em que não vamos ter jantaradas, lanches de amigos nem muitos convívios, acho mesmo necessário "dar a volta" com outras alternativas. Sendo que isto agora me fez lembrar que em Dezembro de 2019 organizamos exactamente oito (ou nove?) jantares cá em casa! E foi festa o mês todo! Ainda que diferente, esperemos que seja igualmente bom este Dezembro, quase, quase a chegar!


Tive esta constatação

Houve anos da minha vida em que seguia uma série de bloggers, youtubers, instagramers (mentira, estas últimas não, não havia) que me actualizavam semanalmente sobre novidades de produtos de beleza. Sabia sempre as últimas de produtos, marcas, tendências, novidades, special editions e so on. Como tal, entrar numa loja como uma sephora era entrar em terreno super conhecido. mesmo que não comprasse nem um décimo do que conhecia.

Porém, todavia, contudo, há umas semanas entrei precisamente na Sephora para uma lembrancinha de aniversário e que foi que percebi? Não conheço nada! Não sei nada! Estou totalmente off das novidades, dos produtos, do que se usa, do que é bom, do que não presta! Vi centenas de produdos "novos" (para mim!), ali super cheia de curiosidade (o que serão?!), sem reconhecer um único. Como é possível? 

Fico na dúvida se é sinal de velhice, parolice ou se, por outra, me tornei uma pessoa tão melhor, só focada no que é essencial à vida e desligada de todas as futilidades!

Claro que é a última opção, certo?

Bem me parecia!


E o Haloween?

Primeiro tenho de partilhar que a minha filha C. entrou este ano para o primeiro ano e passa agora uma boa parte do seu tempo a tentar ler tudo o que vê e tentar escrever tudo o que quer. Uma coisa tão fascinante e maravilhosa! Foi nesse contexto que me apareceu com um desenho que dizia


ALOINE


Que em "bom português" é haloween! - E tão bonito, fiquei imensamente orgulhosa!


Isto dito, o aloíne (ou haloween, como lhe queiram chamar!) foi giro sim senhor. A oscilar entre aquela coisa de "o que? Haloween? Mas que americanice é essa?" e o decorar a sala toda com abóboras, fantasmas, morcegos e outros que tais. Eis portanto o que aconteceu! 

Combinámos com um casal amigo uma sessão de cinema de haloween para as crianças e sushi para os adultos e foi assim que dividi a casa em dois: sala de baixo, decoração alto nível, cinema on e happy kids! E sala de cima, adultos igualmente happy (e em silêncio! - nunca me tinha apercebido da enorme vantagem de duas salas!) No final, uma noite super bem passada, uma garrafa de um litro e meio de vinho há espera de ser bebida há um ano, terminada! E doces até domingo da semana seguinte. Numa palavra, espetacular! Ou ESPETAGOLO (que foi como a minha filha escreveu espectáculo há dias! Coisa boa da mãe!)

Fechada esta festividade, venha o Natal. Estamos prontos!

(e não, não vamos falar sobre o "repensar" do Natal porque estamos em negação)

A rapariga que lia no metro

No Verão comecei a ler um "manual de escrita criativa", em que um dos conselhos é: ler muito. Ler tudo, livros bons, livros maus, ler, ler, ler. Como essencial à escrita.

Enquanto li "a rapariga que lia no metro" lembrei-me imensas vezes deste conselho. Lê bons livros mas lê maus livros também para perceberes as diferenças.

"A rapariga que lia no metro" é, para mim, um mau livro. A história é a correr, não faz sentido, não está escrita de forma particularmente bonita, há imensos vazios, as coisas não seguem um caminho lógico. Nem me lembro de não gostar de um livro que, em princípio, parece normal (o Bukowsky não conta!) e ter tanta dificuldade em terminá-lo. Foi com esforço, mas já passou! Venha o próximo.




O processo criativo também é um trabalho a tempo inteiro

Um dia gostava de escrever um livro. Na verdade até já combinei com a minha filha C. que ela irá ilustrar a história que criarmos em conjunto e que eu a escreverei. É um sonho a longo, longo prazo (quem sabe um dia?).

Mas na verdade neste processo tenho aquela convicção romântica de que o livro brotará naturalmente dos meus dedos, qual inspiração divina e talento natural. Sem esforço, como um dom. Não sentem isso em alguns livros? Que foram inscritos de assentada, num única inspiração? 

O meu homem tem-me dito ao longo dos anos que a criação artística é um trabalho como outro qualquer, com lágrimas, suor, dedicação, esforço. Com muita rejeição também. Mas tenho alguma dificuldade em ver as coisas assim porque a arte, a criação artística, parece-me sempre fruto de especiais capacidades dos seus autores e não de especial trabalho.

No entanto esta semana tive uma experiência curiosa sobre isto.

No curso de escrita que estou a fazer, todas as semanas temos um exercício para fazer. E o último exercício tinha por objectivo escrever o clímax de um texto que tínhamos produzido semanas antes. Como se no primeiro tivesse começado a criar uma história e no segundo fosse dar-lhe um twist. 

Ora, quando escrevi o primeiro texto, ainda não sabia que teria de o continuar mais à frente, ainda por cima em jeito clímax. Por isso isto foi particularmente difícil e sem qualquer antecipação - mas um desafio à séria, note-se! Andei às voltas com o texto vários, vários dias, na verdade umas três semanas se calhar. Mas de cada vez que me sentava em frente ao computador, avançava mais um bocadinho. A princípio nem se quer sabia como ia dar a volta à coisa; depois lá comecei com umas linhas, primeiro muito atabalhoadas, depois a ganhar algum sentido; e ao fim de vários dias de trabalho, tinha conseguido produzir qualquer coisa aceitável. Com isto quero dizer que - embora eu não tenha obviamente qualquer dom e por isso em mim o processo dificilmente fosse natural ou sem esforço, quais palavras a jorrar da fonte - na verdade só consegui fazer alguma coisa porque houve ali trabalho dedicado. Sentar um dia em frente ao computador e à folha branca, sentar dois, sentar três.. Foi um processo. E no fim o resultado foi bastante compensador. De onde quase (quase!) que me fio naquela máxima, 1% de inspiração, 99% de transpiração (ou something like that!). Quem sabe não haverá mesmo esperança para o livro?


Vamos lá ser honestos

 No domingo passado (achava eu que) comecei uma semana sem gastos, com o propósito de poupar para o Natal. A ideia é muito boa e estou fã mas... vamos lá ser honestos! Não consegui cumprir! (Mas vou tentar novamente). E porquê?

A primeira infração foi uma prenda de anos. Nem se quer me lembrei que não podia gastar dinheiro; quando dei por ela, já tinha pago uma compra on-line, para um aniversário da próxima semana. Shame on me.

Depois disso foi só a cair.

Na sexta conseguimos fazer um dinner for two sem gastar nada (um maravilhoso risoto de cogumelos!) mas domingo fui às compras (supermercado) e no sábado tinha ido ao pão (porque saí de uma reunião tarde e não tive tempo de fazer).

Percebo a lógica de não esperar para me preparar para fazer (tende à batota), mas por outro lado, de facto é necessário um mínimo de coisas em casa para avançar sem falhar. 

Vou reflectir um bocadinho sobre o tema, mantendo a intenção forte, e tentar fazer numa das próximas semanas.  A reportar em breve!

Uma ida às compras a fingir (em especial em semana sem gastos!)

 Cá em casa a minha roupa guarda-se por verão e inverno. Durante o Verão tenho a roupa da estação no meu armário e a da inverno guardada em sacos de roupa no cimo dos armários (aquela parte que só se chega com o banco!) e quando é inverno, troca!

Por esta razão, há sempre dois momentos do ano que são de "mudar as roupas" - em que revejo tudo o que está a uso e vou deixar de usar na estação seguinte, com o objectivo de guardar para o próximo ano ou dar. Neste momento também, abro os sacos das roupas guardadas e faço o mesmo exercício: guardo no armário o que vou usar e ponho de lado o que será para dar.

Como tenho a roupa assim guardada e só troco de seis em seis meses (sensivelmente), acabo por ter dois momentos que parecem mesmo de "ir às compras e ter coisas novas." O facto de não ver a roupa toda de inverno desde Março, faz com que tenha todo um novo armário, com looks que parecem a estrear - quando na realidade a maior parte da roupa tem anos e anos! É mais ou menos como as mousses de "chocolate" que afinal são de alfarroba. Compras, a fingir!

Uma semana sem gastos, para o Natal!

Começo amanhã este desafio: sete dias sem gastar dinheiro (salvo contas cujo prazo de pagamento ocorra nestes dias e emergências).

Significa que não posso ir ao supermercado, nem mandar vir jantar para um dinner for two no fim-de-semana e nem tão pouco cair na tentação de alguma compra online.

Zero! Nicles! Congelei os gastos.

Se precisar de pão, faço;

Se precisar de fruta, raciono!

Claro que a minha dispensa e frigorífico estão a contar com isto, pelo que não vou deixar morrer a família à fome! - ainda assim, sem a batota de "ai não vou poder comprar nada na próxima semana? Deixa-me levar meio supermercado!"; nada disso! Tudo controlado! Só se alcança o objectivo de poupar, se antes não se ensandeceu em gastos, caso contrário, bananas!

De todas as alturas do ano esta parece a melhor para o fazer porque, assim como assim, já praticamente não gasto nada..! Mas há sempre aquelas excepções (além do supermercado, santa uma vez por semana..), como as fitas porta-chaves que adquiri há dias, o difusor de cheirinho.. vocês sabem!). Por isso, estou confiante!!

E qual é o objectivo último?

Poupar para o Natal! Ora aí está!

O dinheiro que não gastar esta semana (e estou a antecipar pelo menos 100 euros) vai direitinho para os gastos de Natal! Não é maravilhoso? Estou super entusiasmada com (mais) esta pequena coisa - e volto em breve para partilhar valor total poupado! Yeaah!!

Se não é um, é outro!

 O meu homem tem o hábito de namorar sites de imobiliárias e ver tudo o que mexe no que aos imóveis diz respeito e nesse hobbie eu própria estou sempre a ver casas. Durante muito tempo, estávamos os dois convencidos de que acabaríamos por mudar para uma das que vemos, quanto mais não fosse por uma questão de probabilidade!

Entretanto a C. começou o primeiro ciclo e a I. está na mesma escola e a ideia de mudar de casa está cada vez mais afastada. A conveniência é total aqui - e na verdade a casa é grande, serve a nossa família, tem margem para crescermos, em pessoas e tralha (se for o caso), posto o que...

Há contudo, todavia, porém, um bicho dos imóveis que habita estas almas e como tal estamos a pequenos passos de entrar em sérias obras cá em casa (ou de tomar a decisão de o fazer, vá!).

A ideia base é remodelar a cozinha, que é enorme e tem imenso potencial! Mas depois... já agora..

Pintar todas as portas e rodapés;

Dar um jeito ao chão da casa;

Mudar as loiças das casas de banho;

Arranjar o escritório;

Trocar a caixilharia dos quartos;

Tratar da iluminação da sala de baixo;

E...

Espera-se a loucura transvestida de pó, cimento e caos! Mas uma casa muito mais bonita depois disso. Só custa ganhar coragem; depois, home sweet home!

Aproveitamentos

 Aqui há dias falava do boost que dei ao planeamento das refeições, com a criação do inventário do congelador, que é algo cuja utilidade constato todos os domingos. Fazer a ementa da semana olhando para o conteúdo do congelador (sem ter a porta aberta meia hora e as mãos a gelar) é mesmo muito útil! Já consegui empadeirar congelados que tinha há imenso tempo e nem me lembrava e sinto-me super especial com isto (eu sei, pessoa simples). A sensação é de aproveitamento e de não desperdício! E é boa.

Neste campo, tenho ficado quase tão feliz com o aproveitamento que ando a fazer da fruta. Cá em casa temos uma fruteira, por onde as minhas filhas (em especial a I.) gostam de passar e pegar em peças de fruta que trincam até certo ponto e deixam. Como também há tangerinas que às vezes não são comidas até ao fim, laranjas que usamos raspa, uvas que vão ficando no fundo da embalagem, restos de isto e aquilo... O que faço? Vou guardando tudo numa embalagem no frigorífico e a dada altura da semana (nesta, foi no domingo passado) faço um sumo de frutas. Isto é tão, tão básico que nem merecia um post; mas como na verdade é uma novidade (acho que esta fruta acaba muitas vezes no lixo porque não a usava a tempo), sinto que devo dar-me uma auto palmadinha nas costas por ter tido esta ideia! Nem se quer a li em lado nenhum - só tendoa ver receitas de aproveitamento de frutas em bolos!

Posto isto, não só aproveito fruta trincada, tocada, nas últimas! Como bebo sumos de fruta saudáveis, sem açúcar e caseiros, rápidos de preparar e super fáceis.

Olhar para trás para a quarentena

No fim-de-semana passado estive a arquivar fotografias desde o início do ano, processo que consiste em retirar ao telemóvel e arrumar em pastas criadas em discos externos.

Nisto acabei a criar uma pasta chamada "quarentena", com centenas de fotografias do dia-a-dia de casa durante três ou quatro meses. 

Claro que as fotografias mentem porque apenas espelham o que queremos e por isso não há birras, nem zangas nem gritos. Mas ainda assim, olhar para elas faz-me lembrar um período que, apesar de todas as dificuldades, conseguiu ser feliz.

Há os desenhos dos astronautas que pintamos no primeiro fim-de-semana;

E as dez regras que escrevemos ao terceiro dia, de onde constava entre elas "ser uma família feliz";

Há imenso pão caseiro. E pizza da família;

E o cabaz de frescos que recebi de uma amiga, quando troquei com ela pastilhas da máquina;

A C. tem dezenas de trabalhos da escola;

E temos centenas de fotografias na piscina;

Há a mesa de trabalho que partilhamos onze semanas, com tanta coisa que nem se vê o tampo;

Há desenhos e desenhos e desenhos!

E quando olho para trás não me lembro de ter sido difícil. Estávamos cansados; era muita coisa. Mas não recordo como uma desgraça. Ainda que não faça ideia como o tenhamos feito!


Passados uns meses do desconfinamento, e numa semana em que passamos outra vez os mil casos por dia, talvez seja uma possibilidade que volte a acontecer, fechar portas e abraços e proteger os nossos e todos. Não sei se estaremos preparados. Mas a nossa capacidade de aceitar depende em grande medida da nossa vontade de o fazer e se quisermos que seja fácil, certamente não há-de ser muito difícil. Pelo menos aqui, quando olho para trás, quase que parece que foi bom.

Os pais fizeram birra e as miúdas deram-lhes uma lição

Há uma história no livro da Sónia Morais Santos (Histórias viradas do avesso), que se chama (salvo erro) "um dia ao contrário" - em que os filhos fazem de pais e os pais de filhos: não querem sair da cama, não querem ir à escola, fazem birras, não querem tomar banho e os filhos salvam a coisa. É uma história muito engraçada e faz-nos sempre rir por ser tão ao contrário do que acontece todos os dias.

No entanto, no sábado passado tivemos uma prova real deste dia ao contrário, em que quem fez a birra fomos nós e quem deu a lição de moral foram elas.

Para começar tínhamos planos de fim-de-semana que cancelamos sexta-feira a meio da tarde (já as malas estavam feitas). Compensamos com pizza família, acabou por correr bem.

Mas sábado, decidimos ir à praia passar o dia, levamos a bicicleta da C. (as nossas estão lá o ano todo) e na minha cabeça íamos passear os quatro à beira mar, lanchar num cafezinho que gostamos e aproveitar o dia em família.

Por alguma razão, o pai estava imensamente irritado, elas discutiram, a I. fez birras várias, houve choro e gritos, não tínhamos o comando da garagem, as bicicletas estavam na cave e não encontramos as chaves, elas pegaram-se por causa da trotinete... e o ambiente foi ficando cada vez mais tenso. Almoçamos em casa, a I. não fez sesta mas eu tentei (o que também enerva!) e no fim de almoço fomos tentar novamente as bicicletas, já com comandos e chaves. Mas depois o pneu não enche, o P. entra em modo ultra passado, eu desato aos gritos, a I. a fugir para a rua... explosão generalizada, vamos mas é todos embora! Meter tudo no carro e voltar ao Porto1 Pais, ambos (os dois!), em fúria, irritação e MEGA BIRRA! (que feio...)

Nisto, são as nossas filhas (2 e 6 anos) que vão no carro a cantar músicas da Disney, músicas inventadas e muitas gargalhadas, num "está tudo bem, deixem de ser parvos, pais." E sim, elas é que têm razão!

Acho que ainda fomos a tempo de salvar o fim-de-semana e sábado à noite brincamos com algumas prendas da C. e domingo passamos a manhã no pátio , de tarde a C. foi brincar a casa de uma amiga (tão crescida, meu Deus) e nós fomos os três comer um gelado à beira da praia. Recuperamos da estupidez perdida, com uma lição de inteligência emocional e auto controlo das CRIANÇAS.

Aprendam, pais!

Foi bonita a festa!

 Há seis anos que escolhemos o tema da festa de anos em Agosto. Geralmente estamos na praia. Este ano, para evitar decepções, nem falei do assunto, incerta ainda do que nos reservaria Outubro. Mas comaçamos a abordar as princesas da Disney, quase sem querer.

Quando voltamos a casa em Setembro, eu própria não resisti. Comecei a ver coisas, desenhos, opções e quando dei por mim já tinha feito as encomendas, ainda sem certeza da festa que seria.

Como a nossa família é muito grande e este ano não havia hipótese de sermos 30 cá em casa, ficamo-nos pelos amigos. Abordei as mães da turma e todas concordaram, já que afinal eles passam o dia inteiro juntos na escola. Alguém me disse que "com amigos ninguém fica sem festa" - e eu que gosto de acreditar na bondade das pessoas, fico cheia de esperança no futuro da humanidade.

Tiramos um dia de férias e preparamos toda a quarta-feira, dia dos anos.

De manha fiz madalenas (que compunham o bolo de aniversário), brigadeiros e bolachas. O P. encheu os balões e pendurou a faixa de parabéns. Preparei a mesa, coloquei autocolantes de princesas na taça das bolachas, nos cestinhos dos salgados, nas caixinhas do pão. Fizemos um "C. 6 anos" em letras com as princesas para colar na porta da entrada. E lá fora havia um "the party is here" com balões a voarem. Compramos flores para a mesa e algumas coisinhas do lanche. Encomendei bolachas em forma de princesa, que estavam lindas, lindas! e deixei todos os detalhes prontos.

Às cinco fomos à escola buscar a turma inteira (as vantagens enormes de morar a 100 metros, sem passeios para atravessar) e trouxemos o amigos todos cá para casa. Aí sim, uma festa! Com as meninas a dizerem que tinham adorado a mesa, tão queridas!

Como ninguém se magoou, o resultado foi muito positivo! (eheheh!)

Mas além disso os miúdos estavam super felizes e, mais importante de tudo, a C. adorou a festa! A última pessoa a sair foi a melhor amiga, por isso ainda deu para as duas brincarem descansadas, como cereja no topo do bolo. Tão bonito!

Não foi o tradicional aniversário, com festa ao sábado, milhões de pessoas, mas foi uma boa festa, para recordar! Sobretudo num ano tão típico, poder juntar amigos é uma sorte! Parabéns, C.!

Carta aberta. À minha filha que faz 6 anos

 C.

Esta é aquela altura do ano em que me cai a ficha e percebo que passou mais um ano, que estás cada vez mais longe daquele bebé pequenino que há seis anos tiraram da minha barriga, que estás mais crescida a cada dia e que o tempo não pára. Mesmo que te digamos muitas vezes que agora já não podes crescer mais.

Os teus seis anos são espectaculares! E este ano vêm marcados pela entrada no primeiro ciclo, que foi das coisas que mais gostaste dos últimos tempos. Depois de um ano lectivo com quatro meses de escola on-lime, voltar foi especialmente bom. Entras alegre na escola e é alegre que te vejo voltar. Estás super entusiasmada com todas as aulas (em especial robótica, biologia e estudo do meio - não sei o que vai sair daqui!) e até as segundas-feiras, mesmo às 07.50 da manhã, são dias bons!

Tens aprendido imensas coisas e estás crescida no raciocínio, nas respostas, nas observações.

Ainda gostas de pintar e desenhar mas a coisa preferida do mundo inteiro e arredores é a televisão. Podem ser desenhos, jogos, qualquer coisa, desde que seja televisão. É a nossa pequena luta!

Se estiveres a desenhar, no entanto, é certo que serão corações, em geral com F de família dentro, porque "amas a tua família," Como eu, adoras livros, cadernos, blocos e papelaria em geral. E também no geral, as pessoas acham-te parecida comigo (até a comer, mini pessoa cheia de apetite!).

No livro que te demos aos cinco anos, a tua pequena história, dízíamos que eras amorosa e continua tudo igual. És super querida com as pessoas, atenciosa, amiga. Imensamente protectora da tua irmã ("minha coisinha fofa", dizes) e uma super irmã mais velha. Com o tempo hás-se entender isto, mas temos um orgulho em ti que nem cabe no coração. És mesmo, verdadeiramente, uma menina muito especial - e nem é por seres nossa filha!

Tens piada, estás sempre bem disposta e de bom feitio. Em especial se estiveres de fim-de-semana ou na praia, piscina, mar, água generalizada! Dizemos-te que vais ganhar escamas um destes dias porque por ti nem vinhas à terra, ficavas só a nadar, a nadar. 

És vaidosa e muito menina. Gostas de vestidos mais do que calças e saias acima de calções. Colares, pulseiras, anéis, queres tudo... embora depois guardes religiosamente, muitas vezes sem usar! O mesmo para ganchos do cabelo, bandoletes e carteiras. Lindas quando arrumadas, de preferência bem escondidas! 

Nesta altura estás ansiosa com a tua festa, que este ano vem em moldes um bocadinho diferentes, mas vamos ter cá os amigos e estás feliz. No próximo ano voltamos às 30 pessoas e duas festas, ou não, e está tudo bem na mesma. O teu poder de encaixe é uma lição para todos os adultos. 

Todos os dias nos mostras que a sorte que temos é sem tamanho. Ter-te na nossa vida, assim, exactamente como és, é uma bênção que agradeço todos os dias. És a nossa princesa C. e amamos-te para sempre!

Mataram a cotovia


 

Mais um livro para a coleção de 2020 e este entra directo para lugares cimeiros. A vida vista pelos olhos de uma criança, filha de um advogado verdadeiramente especial e uma lição tão, tão importante: não matem as cotovias.


Agora e sempre, a organização

Faço planeamento de refeições há sensivelmente três anos e não conseguia imaginar as rotinas de outra forma. Nem se quer consigo compreender bem como é que se chega a casa às cinco, seis ou sete da tarde e não se faz a mais pequena ideia do que se vai cozinhar para o jantar. Ficava doida!

Por isso tenho o ritual semanal de planear as refeições ao domingo, sendo que se for preciso comprar alguma coisa, tenho-o feito à segunda-feira à hora de almoço.

Desde há três anos para cá que planeio numa base semanal mas este ano decidi fazer duas melhorias no processo que estão a fazer imensa diferença (dizer que ando inspirada por uma alminha que comecei a seguir e que é PRO na coisa!)

Que melhorias são essas?

(pergunta ninguém!)

Primeiro: estou a planear a quinze dias.

Ajuda a manter maior variedade nas refeições, ajuda nas listas de compras, reduz as idas ao supermercado (pelo menos em parte; para os frescos nunca há grandes milagres), dá uma visão a longo prazo e sinto maior organização geral.

Segundo (e novo): inventário!

Provavelmente qualquer pessoa que se interesse minimamente pelo tema já pratica inventariado há uns bons anos mas só despertei agora. Criei uma lista do conteúdo do congelador (poderia ser do frigorífico e dispensa também, mas ainda não cheguei aí) e consigo saber sempre o que tenho (risca-se à medida do uso). Isto ajuda a saber o que se tem sem ser necessário abrir cinquenta vezes, ajuda a definir listas de compras e ajuda a consumir as coisas mais antigas primeiro. Sendo certo que o meu congelador não é gigante, pelo que nunca há antiguidades de maior.

Para mim é algo novo e maravilhoso (quão simples eu sou?...) mas não tem nada de inovador; é aliás um conceito muito básico, saber o que se tem para planear / organizar. Em todo o caso como tem ajudado, fica a dica!

A escola

Ao longo dos anos tenho falado imenso da nossa escola, como um sítio que adoramos, que é familiar, acolhedor, cheio de colo, de mimo, de amor. Gostamos muito, muito mesmo e não podíamos estar mais satisfeitos!

Ainda assim, a dada altura do início do ano lectivo passado, colocou-se a questão do primeiro ciclo da C., se continuava ali, se mudava (para a pública, designadamente ou para uma maior, já com continuidade para o segundo ciclo).

Foi uma decisão muito sofrida, muito discutida, com o meu coração sempre a pender para aqui mas aberta a discussões. Até que acabamos por nos decidir: a C. fica. A ela juntou-se a I., que entrava pela primeira vez (e só a queríamos ali!). Isto posto, temos as duas na mesma escola, na nossa escola querida do coração.

Claro que no processo de decisão não antecipamos minimamente a pandemia que entretanto se abateu sobre as nossas vidas - se o tivéssemos feito então, não haveria se quer dúvida! - mas agora não há dia nenhum em que não reconheçamos a maravilhosa decisão que tomamos. Ainda bem que a deixamos ficar!

A escola começou para as duas dia 3 setembro. Entraram as duas super felizes, a C. sem surpresas porque volta ao seu sítio de sempre; a I. com surpresa, mas apesar de tudo é "a escola da mana."

Desde esse dia que a C. anda imensamente feliz com as aulas, os professores, os amigos. Mesmo à segunda-feira está super entusiasmada porque vai para a escola e é mesmo bonito de ver esta alegria, este entusiasmo! Tão bom!

A I. teve uns dias com pouca vontade de ir (essencialmente quando percebeu que a escola da mana não é o lugar em que ela está com a mana o dia todo..!) mas foi ainda assim uma adaptação espetacular! Inclusivamente, nós que estávamos preparados para a ir buscar depois de almoço para vir fazer a sesta a casa, fomos surpreendidos com a vontade dela em ficar na escola a dormir (coisa que nunca aconteceu com a C.). Cada criança é mesmo uma criança! E esta escola é mesmo um lugar especial!

Update de livros

Diz-me o blogger que este ano li sete livros. Sete. Tinha-me comprometido a quinze. Bem sei que ainda nos falta um restinho de ano mas ainda assim sete parece mesmo pouco, tendo em conta que passei o ano a ler. Espero que tenha havido aqui um erro de contagem (ou caso contrário, terei de acelerar MUITO o passo!)

Tem-me acontecido praticamente todos os dias adormecer a ler, fruto de um certo KO generalizado! Organizo quase tudo à minha volta (mas ainda não estou num modelo perfeito, creio) - hei-se falar disso, mas ainda assim ando sempre a correr e o tempo não sobra para nada. Se calhar tenho de substituir os livros por manuais de organização de tempo ou como fazer caber 48 horas, em 24? Ideias?

Os interessantes

Tinha este livro na estante desde 2014 (sei porque tem uma dedicatória datada) e já tinha pegado nele várias vezes; mas nunca me chamou. A premissa nem parecia mal (a história de um grupo de amigos, à medida que eles crescem) mas faltava ali qualquer coisa. Entretanto troquei mensagens com o Clube do Livro pedindo algo para ler e deram-me esta sugestão. Ora, vindo recomendado, a coisa já canta diferente. De maneira que me muni da criatura e foi comigo de férias.
A história começa precisamente quando cinco ou seis amigos formam "um grupo", enquanto adolescentes e termina já quase avós. Pelo meio, mete-se a vida. A história que podia ser de qualquer um de nós, muitas vezes fria e difícil, outras doce e calma, sempre com o fio condutor das pessoas que são de sempre.
Não adorei particularmente o fim, porque eu sou dos finais felizes, das rosas e flores, do sol e dos arco-íris e gosto daquilo que me faz bem. Mas não deixa de ser um bom livro, que se lê num instante (apesar do tamanho) e de que possivelmente me irei lembrar durante bastante tempo.



Aquelas contradições giras

 Algures em Abril participei num concurso de escrita durante seis semanas; em Julho o meu homem deu-me a inscrição num curso de escrita com a duração de 13 semanas (ainda em curso); em Outubro vai haver nova edição do concurso de escrita, na qual já me inscrevi. E no entanto, não ando a escrever nada!


Suponho que seja daquelas coisas em que inconscientemente estamos a assimilar tudo tudo tudo e um dia tudo brota naturalmente! Qual cascata no meio do Gerês.

É isso, não é?

o problema da organização

 Há muitos anos atrás, e a propósito de arrumação de roupa, uma prima disse uma coisa de que me lembro imensas vezes: quando não vemos o que temos, usamos sempre a mesma coisa.

Isto é absolutamente verdade no que à roupa, carteiras e acessórios diz respeito, mas igualmente verdade em muitas outras coisas da vida. 

Por exemplo, planeamento de refeições.

Faço planeamento de refeições há três anos, de forma religiosa, para todos os dias da semana e este ano não é excepção. Estou a tentar para este ano lectivo melhorar e planear duas semanas de cada vez, não só para reduzir as idas às compras, como para procurar variar em maior escala. E juntei aos almoços e jantares, o planeamento dos lanches, já que as minhas filhas levam as duas lanche da tarde e uma delas lanchinho da manhã.

Ora, se a pessoa não organiza, às tantas estão no pão com manteiga e leite todos os dias.

Na busca de inspiração e ideias, consulto várias vezes as receitas da Bimby e alguns blogs que sigo nestas matérias. Mas na verdade, ou a pessoa sabe o que lá está ou então fica com três mil e oitocentas receitas e não sabe para onde se virar. Igual à roupa, de resto (mas com mais coisas, vá).

Acho que esta é por isso a razão pela qual gosto tanto de listas. Lista dos almoços, lista dos jantares, lista dos lanches da manhãs. Mas também listas de restaurantes, de hotéis, de sítios. Sinto que estou sempre a falar disto, mas de cada vez que preciso, volto a procurar a internet inteira. Não é só organizar. É saber o que organizar e ter visão global do que existe. Nem tudo é pão com manteiga. No fundo é isto.

Ora então vamos lá ver

 Fomos para a praia um mês e meio, não em sentido literal (até porque choveu uma semana inteirinha!) mas em sentido figurado dado que nos mudamos de casa, dois carros cheios e upa que lá vamos nós.

A nossa casa da praia é uma casa da comunidade, ora estão uns, ora outros, entra primo, sai tio, entram avós, chegam amigos. Há muita vida e adoro. Este ano não fizemos tantos jantares como habitualmente mas foram férias mesmo, mesmo boas.


Com estes extras:

- As minhas filhas partilharam quarto, coisa que se estendeu no regresso e quando chegamos a casa quiseram mudar e ficar juntas. Foi giro (estamos em progresso)

- A C. aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas, com o patrocínio do avô, a quem ela carinhosamente chamava "o meu professor."


Fomos dois dias ao Gerês, a um sítio maravilhoso no meio de absolutamente nada e ficamos só ali, 48 horas na piscina ao sol. Verdade que não tivemos a nossa habitual semana em modo não fazer nada no sul de Espanha mas havemos de voltar para o ano, se tudo correr bem. Houve mar e gelados com areia, petiscos em casa, nenhuma saída à noite; houve parque e passeios e quilómetros de bicicleta; e na véspera, eu só não queria era voltar. A maresia tranquiliza tudo.

Li um livro e meio e escrevi zero linhas. Mas recebi uma agenda para 2020/2021 e tudo isso mudou já ali quase a entrar em Setembro. Coisa mais linda!


Também no campo do material escolar, as minhas filhas foram escolher as lancheiras (as mochilas são recicladas de anos anteriores) e, sem surpresas, vieram com duas iguais (tendo uma quase 6 anos e a outra dois). Isto portanto para dizer que baby I. entra este ano na escola (e mãe à beira de um ataque de nervos!) Miss C., que nasceu ontem, está no primeiro ano do primeiro ciclo. Pronto, não consigo lidar agora com isto..! Voltamos mais tarde.

Cisca explica

 Férias, foi o que aconteceu. Férias grandes de três semanas (sorte a nossa!) e um mês e meio a viver noutra casa, com outras rotinas, outros espaços, menos devices informáticos. Vamos recuperar os temas, mas não hoje, porque amanhã começa a escola.

Das duas.

A pessoa sofre muito.


Até amanhã!

Escrevi uma história

O meu pai faz anos amanhã. Há uma coisa que não nos sai da cabeça em relação a ele e apesar de insistirmos ao longo dos últimos anos, nesta fase já todos sentimos que é um assunto perdido. Por isso achamos - mais eu e o meu irmão - que era necessária terapia de choque. Um abanão grande, a ver se aprende. Foi assim que decidi escrever uma história. O objectivo desta história era caracterizar a situação através de personagens inventadas e no fim transmitir a mensagem de forma dura e cruel. Escrevi e emoldurei, com uma ilustração a condizer.

Mas depois não tive coragem de a dar. Porque é de facto muito dura e em bom rigor são os anos dele.
Como ainda falta um dia, poderei ainda mudar de ideias; caso contrário, irei deixá-la aqui, onde há espaço para tudo.

Coisa mais linda

Vi literalmente em meia dúzia de dias, com prejuízo grave para o meu sono, a série da Netflix Coisa mais linda. Agora só ouço brasileiro, tal a injeção! A música é maravilhosa, as personagens super carismáticas e a série em si, gostei imenso. Foca essencialmente na desigualdade do género mas no poder das mulheres, que conseguem tudo o que querem, com classe, com pinta e em cima de saltos. Tem ali um ligeiro ultrapassar da linha da liberdade para o "too much" em algumas coisas, porque perder o respeito não está bem, mas no global, voto favorável! Seria aliás uma óptima série para ver durante as férias, um episódio por dia, na descontração, mas já foi, já papei todos os episódios por isso: séries precisam-se!

O curso de escrita

O curso de escrita que estou a fazer divide-se em semanas; cada semana tem um tema teórico que é desenvolvido e um exercício de escrita a que temos de responder, submetendo depois o texto escrito para validação. Geralmente demoro precisamente uma semana a concluir, entre ir lendo e pensando e submeto aos domingos à tarde. O fim de semana tem por isso uma grande parte de dedicação à escrita, a pensar e a escrever.
Com isto todos os domingos são de frustração e a dada altura eu estou a lamentar a falta de jeito e inspiração. Acho os exercícios todos super difíceis e tem sido mesmo um desafio. Se estou a aprender imenso? Sinceramente ainda não sei. A correção / comentário que recebo é bastante difícil de desconstruir e como não tem pontuação, fico sempre na dúvida. Tem alguns aspectos positivos por regra, mas tudo o mais me parece um dar na cabeça gigante. Estamos a meio e vamos vendo. A grande vantagem é que sinto o desafio semanalmente, sinto o desconforto de escrever coisas que de outra maneira não escreveria. Se daqui sai um livro? Quem me dera! 

Dona Flor e Seus Dois Maridos

Foi um parto muito difícil, que demorou acho eu toda a quarentena; pelo menos a dada altura o P. já me dizia que eu andava com o livro debaixo do braço há meses. E talvez tenha andado. O começo custou muito a arrancar e deu demasiadas voltas até chegar ao ponto. Andava sempre a perceber onde estaria o segundo marido. Depois a dada altura (de meio para o fim) lá engatou e foi e depois disso já dei comigo com saudades da dona Flor e do Vadinho. Fico sempre feliz de ler os clássicos porque acho que há coisas que toda a gente deveria ler e conhecer, quanto mais não seja para opinar. Não é de longe o meu livro preferido mas foi uma boa soma à lista dos lidos. De resto depois deste não peguei em mais nada (mas ando super ocupada a ler os apontamentos das lições do curso de escrita e e a escrever - e reler centenas de vezes - os exercícios que vou fazendo). Tenho no entanto uma pequena torre em cima da mesa de cabeceira com pelo menos uns seis livros para os próximos meses, que espero que reduza rapidamente para acomodar os mais não sei quantos títulos que já tenho debaixo de olho! Haja tempo!


Querida F.

Já a conhecia mas não tão bem quanto este ano. Lembrou-se de pegar nos miúdos e fazer deles uma coisa nova, numa preparação do que aí vem e a fazê-los sentir crescidos. Vê-los crescer nestas aulas foi uma prenda boa. Ver como aprendiam, se interessavam, se desenvolviam. Consegui ir percebendo o amor crescente da C. e como falava destas aulas em casa. Sinto que deu um salto, que ficou orgulhosa do que era capaz. Fez uma apresentação em público e tudo e esteve sempre feliz. Depois fomos para casa. Começou o desafio maior. Acompanhei as quatro aulas semanais que lhes deu durante onze semanas e como já lhe disse, tem um dom. Há pessoas que nascem exactamente para o que são e é sem dúvida o caso da F. O carinho, o cuidado, o respeito, ao mesmo tempo que se faz respeitar e impõe - só para quem é mesmo uma professora muito, muito especial. A C. já a adorava e com isto conseguimos ver porquê. Não vou nem dizer o que quis escrever no postal que vai com a prendinha de fim de ano, porque o vai ler. É mesmo amor. Do fundo do coração, muito obrigada por tudo!


Estiveste presente
Nos dias bons e nos assim assim
Brincaste comigo às histórias de encantar
Pescamos estrelas nas pausas dos sonhos
Coloriste com tempo este lugar especial
Que fica para sempre
No meu coração.

Querida R.

Este ano lectivo foi muito difícil. Na verdade já não seria fácil em circunstâncias normais, mas as que tivemos tornaram-no num particular desafio.
Ter entrado em Fevereiro foi uma prova a superar. Os meninos traziam um ano e meio de alguém de quem gostavam e de sexta para segunda tiveram de a esquecer para receber alguém de novo (e não vou se quer falar dos pais, que isto não é sobre nós).
Pouco mais de um mês o mundo parou e as escolas fecharam. Os meninos que estava a conhecer foram levados para casa, ligamos os computadores e aí estão as aulas. Acho que não seria fácil para turmas muito coesas, com largos anos de conhecimento; para esta turma, a dificuldade explodiu a barra.
O que aconteceu nas onze semanas a seguir ninguém me contou, fui eu que vi. Assisti ao lado a todas elas, primeiro duas vezes por semana, no final já duas vezes por dia. A organização, o método, a paciência que não tem limites. Não a conhecia mas ponho-me de pé para a aplaudir. O que fez foi absolutamente brilhante. Hora do conto, letras novas, culinária e ciências, matemática, expressão motora, poesia, rimas. Aconteceu de tudo. Chorei com o poema da família e chorei no último dia. Por muitos anos que passem, de certeza que nunca nos vamos esquecer disto. Percebo, agora que as coisas tentam caminhar para um novo normal, que a C. corre para o seu colo, a abraça, dá beijinhos, entrega desenhos que fez para a R. Sei que a conquistou e consigo perceber porquê. No postal da prendinha de final de ano ela desenhou um coração e quis escrever "vou ter saudades tuas."
Do fundo do coração, muito obrigada por tudo.


Contigo 
Descobri que posso brincar
Sonhar e voar no saber
Que tenho a vida para crescer
Caminhei contigo num mundo de emoções
Construindo um ponte de afectos
Que levo na bagagem
Fazes parte de mim

Aquela altura do ano!

Faltam DUAS SEMANAS - duas semanas, minha gente! - para o início das férias!
Aguenta coração!

Vou contar um segredo!!

É isto que andamos a magicar para Julho!

Xiu..!!


E já agora, faltam três semanas e um dia para as férias! Yeah!

This is him

Se virem o meu marido vão ver uma pessoa despreocupada, sem nada nas mãos, pode ter perdido as chaves e é bem provável que não saiba onde deixou a carteira. Se o telemóvel tocar daqui a pouco, talvez seja de uma qualquer esquadra da polícia a dizer que apareceram por lá documentos pessoais dele que nem faz ideia que perdeu.
Se o virem entre as 09:00 e as 19:00 não o vão ver verdadeiramente porque estará fechado em qualquer lado a trabalhar. De certeza que tem phones nos ouvidos e fala em inglês com um qualquer país do mundo, onde podem ser as mesmas horas que cá ou todo um outro fuso.
Se tiverem a sorte de o apanhar fora do trabalho, certamente que está na brincadeira, a ser exactamente ele próprio - um miúdo que ainda está a crescer. Crianças a voar no colo dele em princípio serão as nossas filhas, mas se estiverem em piruetas, rodopios, cambalhotas, pinos ou todos a rebolar no chão, são as nossas de certeza.
Se estiver concentrado a olhar para o telemóvel - e não for trabalho - aposto um jantar em como são sites de imobiliárias (ou eventualmente carros antigos).
Se virem o meu marido, ele é o gato moreno de dois metros, que está sempre de bem com a vida, não se chateia, tem uma paciência infinita (principalmente para mim!) e um gigantesco poder de encaixe. De certeza que está tudo bem mas se não estiver, ele resolve num instante.
Na eventualidade de estar sentado no sofá têm de olhar muito depressa porque ele vai adormecer não tarda, possivelmente no meio de uma frase.
Se o tivessem visto há três ou quatro meses atrás, trazia uma aliança - very sexy by the way - que dizia que é casado comigo mas entretanto nos dias que correm já não é bem assim (em todo o caso eu vou resolver, não se preocupem!).
É possível que esteja a magicar surpresas para me fazer e acreditem que vinte anos depois surpreende-me como te tivéssemos acabado de nos conhecer.
Se o virem é pode muito bem estar numa esplanada ao sol, na praia, no mar ou, não fosse a situação actual, num avião meia dúzia de vezes por mês, nos quatro cantos do mundo, da China à Austrália, dos Estados Unidos ao Brasil e várias vezes na Europa.
Se olharem bem para ele, vai estar onde nós estamos, a rir para as meninas e a tomar sempre conta de nós.

Ó p'ra mim!

Aos 30 de Junho de 2020 (ano da graça ou de muita graça!), euzinha, a minha pessoa, me myself and i está:

- a frequentar um curso de escrita criativa;
- no rescaldo de uma formação de fotografia

E ó p'ra ela, toda lampeira, cheia de formações e investimento pessoal! Quem diria, hã!


Foi como ver tudo pela primeira vez

Em 2015 o meu marido ofereceu-me uma máquina fotográfica top of the world, juntamente com um curso de iniciação à fotografia de uma semana. Passei esse Verão a tirar montes e montes de fotografias mas com o tempo foi-se perdendo. Parte é culpa dos telemóveis, que são muito bons (mas não chegam aos pés da máquina!!); parte é porque tenho sempre imenso receio de a perder ou que me roubem quando pouso a carteira; parte também porque a falta de prática foi fazendo com que esquecesse o que aprendi e que não conseguisse fazer fotografias de que gostasse. Tudo combinado para ter usado a máquina meia dúzia de vezes nos últimos dois anos - o que é mesmo uma pena!

Há umas semanas atrás soube de um workshop via zoom com uma fotógrafa de quem gosto muito (retrato essencialmente e maravilhoso!) e inscrevi-me. Era um sábado de manhã e como faltava muito pareceu mesmo uma boa ideia.

No sábado passado quando o P. e as meninas saíram de casa para irem para o parque eu comecei a achar que não tinha sido tão boa ideia assim e quase me baldei! Mas bela luz que me iluminou à última da hora porque fiquei no curso e foi bem melhor do que imaginava!

Consegui rever todos os conceitos que já tinha mas com a vantagem de os ter recordado em modo três horas - ou seja, não deu para falar de tudo o que existe à volta de fotografia, deu para o necessário - e o necessário, consegui aplicar na prática, sem me esquecer de nada. Consegui combinar a abertura, velocidade e ISO para fazer fotografia como eu queria! Acho que nunca tinha acontecido. Perceber o que era preciso fazer para conseguir um determinado resultado foi como ver a máquina pela primeira vez!

Assim não é de estranhar que tenhamos passado a tarde inteira em testes! Fiz imensas fotografias em casa e aí pelas quatro fomos dar uma volta a pé que acabou por se transformar num passeio turístico na nossa própria cidade, tendo chegado a casa perto das oito da noite. Que maravilha! Andamos, andamos, andamos.. e no final, tínhamos feito 300 fotografias, eu e a C.! Passo grande parte do meu tempo a planear mas quando acontecem coisas inesperadas, sem planos (e correm bem!) adoro!

Com isto tudo quero dizer que espero manter viva a paixão e não me perder outra vez, ou seja, não esquecer os conceitos e manter a prática para fazer milhares de milhões de fotografias!


Sei que algures nos próximos anos o meu marido me vai imprimir o blog (próximo volume) e que, outros tantos anos mais tarde eu vou querer ler isto

A escola da minha filha abriu para os pequeninos e quinze dias mais tarde abriu para os maiores. Entre o dia da abertura e o dia em que decidimos que ela poderia ir passou mais de um mês, com tudo a correr bem. Foi uma decisão muito (muito!) pensada e debatida mas quando foi, tínhamos (apesar de tudo) confiança.
Dois dias depois de ter recomeçado, disse que lhe doía a garganta. Não foi uma queixa significativa, apenas se referiu ao facto uma vez no espaço de um dia, mas da escola ligaram-me para a ir buscar. Cinco minutos depois já a tinha em casa, ela não se voltou a queixar de dores mas, não obstante, ficou em casa o resto da semana.
Dois dias depois tinha um quadro de constipação. Nariz muito entupido e a pingar, espirros, alguma tosse (mas muito pouca). Um quadro a que, noutra altura qualquer, eu não teria dado grande importância, por me parecer "normal" mas cometi - ainda assim - o grande erro de ter comentado com uma colega que tinha a miúda constipada.
A resposta dela deixou-me, como acho que é evidente mas se calhar sou só eu, a pensar.
De repente, diz-me ela: "e se tem corona vírus?"

Eu não achei honestamente que a minha filha pudesse ter corona vírus, mas claro que aquilo não me saiu da cabeça.
Então pensei: ok, vou ligar aos especialistas, para confirmarem a minha suspeita de quadro constipativo normal.

Liguei à saúde 24 e a resposta foi altamente surpreendente. Não só me mandaram ao hospital, como me mandaram ao hospital imediatamente, ao mais próximo de onde estivesse e já. Fiquei muito, muito admirada. Muito! Mesmo sabendo que a orientação é nesta fase de testar, testar, testar. Os sintomas dela eram básicos.

Voltas e voltas, acabamos no dia seguinte a fazer o teste, uma operação muito bem sucedida por acaso, porque o posto é móvel (instalado no queimódromo) e funciona muito, muito rápido e super eficaz. Recebemos o resultado menos de 24 horas depois, por e-mail. Foi, graças a Deus, negativo.

Conhecendo a minha filha, ter realizado o teste foi claramente excesso de zelo. Ela constipa-se volta e meia. Mas ainda assim, olhando para trás, ficamos mais descansados (eu fiquei mais descansada, vá) por isso nada a apontar.

A minha grande dúvida está nos espirros, tosses e narizes a pingar do próximo inverno. A cada sintoma mais acentuado ou entramos em pânico ou testamos a torto e a direito. Ou então ficamos quinze dias em casa, just in case, sem confirmar diagnóstico mas sem risco de contágio. Confesso que não faço ideia do que aí vem... mas em rigor, ninguém faz ideia de nada neste momento. Haja saúde!

This is me

Quem me vir terei uma mochila, um caderno e um lápis. Talvez um livro. Gosto de ler e escrever acima dos outros hobbies. Poderei também estar a fotografar mas com o telemóvel, apesar de ter uma máquina fotográfica profissional. Adoro fotografia, não sou grande fotógrafa (mas espero trabalhar nisso).
Quem me vir verá sobretudo uma mãe. Tenho os bolsos com brinquedos, elásticos de cabelos, restos de comida e lenços assoados. Trago sempre bolachas e água na mochila. Toalhitas também. Provavelmente não estarei tão bem arranjada quanto gostaria de me ver. Tenho creme na cara mas a maquilhagem ficou em casa. Aposto um jantar em como o meu cabelo estará apanhado num rabo de cavalo e de certeza que calço sapatilhas. Em princípio a roupa estará limpa (eu, de certeza) mas se alguém comeu chocolate ou melancia, talvez haja uma ou outra nódoa. 
É possível que chame pelas minhas filhas mais do que outros pais. Não sou assim tão descontraída. Tenho no entanto duas tatuagens e dois piercings.
De certeza que se as minhas filhas não tiverem os casacos vestidos, eu os terei na mão à espera que os vistam. Saibam já que encaixo perfeitamente na definição do "casaco é o que a criança veste quando a mãe tem frio."
Com 95% de probabilidade estarei a rir. Claro que também posso estar ansiosa e nervosa e nesse caso tenho muita má cara mas a aposta maior vai no sorriso. Na cabeça hei-de ter listas, planos eventos, festas, organização. A correr em plano de fundo, estou sempre grata.
Ao pescoço trago meia dúzia de fios, nos pulsos algumas pulseiras, relógio sempre, anéis vários e a minha aliança, maior orgulho tantos anos depois. É muito possível que ao meu lado esteja um gato de dois metros que dá pelo nome de meu marido.
A correr, aos saltos, aos gritos, a rir, a minha vida toda dividida em duas pessoas. De certeza que se me virem, estarei onde elas estão.