Das pessoas que nos viram nascer

As pessoas que nos conhecem desde sempre, aquelas que nos viram nascer, nos mudaram fraldas e estiveram presentes desde o primeiro dia, tendo-nos acompanhado na fase em que somos absolutamente dependentes de terceiros, têm uma enorme dificuldade em perceber que crescemos. Mesmo quando já somos casadas e mães de filhos (parêntesis só para assinalar que é mesmo giro poder dizer "mãe de filhos" referindo-me a mim própria).
Para elas, essas pessoas, havemos de ser sempre crianças dependentes, com dificuldades nas coisas mais básicas e sempre necessitadas de auxílio. Talvez não cresçamos, qual Peter Pan, ou tenham simplesmente dificuldade em admitir que crescemos efectivamente e que o tempo passa para todos.

Em casa dos meus pais trabalha há trinta anos uma dessas pessoas.
Viu-nos nascer, criou-nos e está na nossa família desde sempre. Para ela, eu não cresci. Mesmo que me veja por cá com uma bebé que é minha, continuo para sempre criança.

Ontem este sentimento foi evidente e manifesto quando estava a preparar o jantar. Comecei por fazer puré de batata e foi com alguma graça que vi essa mesma pessoa à minha volta a dizer-me que agora tinha de ligar o fogão, agora pôr sal, depois lavar bem as batatas. E ter cuidado para não me queimar na água a ferver ou cortar com a faca de descascar.

Se calhar é mesmo assim que olhamos para os filhos, como eternos bebés pequeninos que precisam desesperadamente de nós. Sobre isto podemos falar dentro de dezoito a vinte anos, mas assim de repente tenho para mim que precisamos mais nós deles do que o contrário.

Burro velho não aprende línguas

No próximo ano retomamos a ronda de casamentos, depois de 2014 ter passado em branco nesta matéria.
Assim, para compensar, temos dois em 2015, para os quais me convidaram para dama de honor. Sendo que fui depois informada que esse papel é reservado para mulheres solteiras, requisito que já não cumpro, mas ainda assim manteve-se o convite. Lá irei.
 
Não tenho grande informação sobre as funções de uma dama de honor por isso para já, para já, a única preocupação resume-se ao vestido.
Uma das noivas já escolheu o tecido, cabendo agora às oito felizardas escolher o modelo - à vontade do freguês.
 
Para o primeiro casamento, a escolha número um a fazer foi entre um vestido curto ou comprido, para a compra do tecido.
Confesso que prefiro vestidos curtos.
As minhas pernas demoram o seu tempo a morenar e, quando atingem uma cor simpática, parece-me uma maldade escondê-la com tecido até aos pés. Além disso, é mais fresco e leve.
Admito no entanto que os vestidos compridos têm outra elegância e glamour.
Ora, tendo em conta o casamento que é, vou no comprido e para já é tudo o que sei. Capriche-se por isso na quantidade de metros a comprar.
 
Entretanto, para me ir entretendo com o tema, recuperei duas revistas da especialidade que comprei em 2011, ano em que foi igualmente necessário mandar fazer um vestido.
 
Que constato sobre a minha pessoa?
Voltei a seleccionar como potenciais modelos os vestidos que tinha já selecionado em 2011. Como sei isto? Estava a folhear a revista e sempre que via algum que gostava, dobrava o canto da página. Os cantos de todas as páginas com vestidos de que gostei hoje, estavam já previamente marcados de terem sido dobrados (e desdobrados) há três anos atrás.
Não só o meu gosto não mudou uma vírgula, como me mantenho fiel aos clássicos. Ou então, já não aprendo línguas novas.
 
 

Last year and next year

O ano passado por esta altura estávamos nós alegres e contentes em Barcelona. Um tempo maravilhoso, solinho do bom e umas mini férias em pleno Outubro.
Tenho no entanto a sensação que esta viagem já foi há mais de dez anos. Lembrei-me disto por mero acaso e tive de fazer um esforço para confirmar mentalmente se teria sido mesmo o ano passado ou já há dois ou três anos.
 
O que é que isto me mostra?
Que o tempo passa a correr;
Que já não fazemos uma viagem há demasiado tempo;
Que tenho fome de turismo. 
 
Posto isto, registo para memória futura que começamos esta semana a planear uma viagem para o início de 2015 e que, em a coisa correndo bem, tirarei finalmente a barriga de miséria.

Geração Google

Aconteceu, por coincidência, que dois estagiários no meu trabalho, quando lhes foi pedido que escrevessem um texto de opinião sobre um tema à escolha, apresentaram textos parcialmente copiados de artigos publicados na internet, de outros autores. Um deles, quase integralmente copiado da opinião do presidente de um organismo especialmente importante; o outro, com cópia de dois parágrafos.
 
Digo que isto foi uma coincidência porque aconteceu em alturas diferentes do ano, por ocasiões diferentes, as pessoas em causa não se conhecem e nem estiveram na empresa simultaneamente. Um não pode ter dado a ideia ao outro.
 
Mas, se pensar bem no assunto, talvez nem seja tão coincidência assim e seja afinal demonstrativo da geração Google que baixou em nós - salvo seja bem se entenda, que não me revejo minimamente nesta tendência do copy paste. 
 
Curiosamente ou não, esta semana voltei a cruzar-me com uma situação semelhante e não sei bem onde isto acaba.
Sem querer de todo ser uma pessoa do tipo "no meu tempo é que era", os meus trabalhos da escola tinham recurso à enciclopédia e visita obrigatória à biblioteca.
Por isso, é com algum choque que actualmente vejo o estado da nação.
 
Eis com o que me deparei.
 
Aos miúdos do oitavo ou nono ano, a professora de inglês pediu que escrevessem um texto sobre um filme de que tivessem gostado.
Um desses miúdos teve esta brilhante ideia: retirou da net o resumo de um filme que, admito eu mas sem certezas, viu e gostou; copiou integralmente esse mesmo resumo; chapou com ele no google tradutor e eis que voilá, produto final acabado, pronto a entregar ao destinatário final, leia-se, a professora de inglês.
 
Eu, que sou antiga, tenho para mim que isto não é bem o modo mais correcto de fazer as coisas. É que assim de repente saltam-me à vista meia dúzia de coisas muito erradas com este procedimento, a mais grave de todas talvez a do facilitismo e do zero esforço.
 
Pergunto-me que serão estes miúdos no dia em que a luz falhar e não puderem ir à net para perceber que, nesses casos, o melhor é acender uma vela..

Essa coisa do Euromilhões

Diz que anda um prémio amigo em jogo.
Eu continuo na mesma: dou tudo ao teletransporte!

Leituras

Adoro ler. É um vício antigo do tempo em que descobri as letras, que cresceu com o tempo. Adoro ler sobretudo livros e o prazer de encontrar histórias que prendem, que viciam. Há já algum tempo que não me cruzo com nenhuma mas há um livro debaixo de olho que encerra essa promessa. Lá iremos.
 
Próximo do gosto pelos livros - se bem que nada chega ao cheiro do papel - estão os blogues. É uma alegria encontrar bons blogues, blogues-livro, que prendem e fascinam quase tanto como as histórias escritas em papel.
 
Tenho alguns de eleição, de textos tão bem escritos que tenho pena de não serem meus. Com boas mensagens, atitudes positivas e calma. Hoje descobri mais um e que gosto tem sido esta tarde de domingo.
 
 
 

No stress

Quando o P. foi viver para os Estados Unidos para fazer o mestrado, eu fiz repas (corte de cabelo que em algumas localidades dá pelo nome de franja).
Quando o meu irmão foi viver para a Dinamarca para fazer o doutoramento, eu fiz repas novamente.

Neste momento, a vida pôs-nos numa situação semelhante. 
Com a diferença de que nem um corte pente zero nos vale.

O desafio é por isso o de manter as coisas em modo no stress. Pensamento positivo, energias positivas, pózinhos se prelimpimpim e bola para a frente.

No específico plano capilar, tirar vinte minutos para esticar o cabelo (ainda em casa, naturalmenre) e planear para um próximo fim-de-semana inserir mais um ritual no banho de sábado: esfoliante de couro cabeludo. Um produto absolutamentr novo, a experimentar em breve.

Quanto ao resto, o tempo passa mais depressa do que imaginamos.
Certo?..

Aos 7 de Outubro de 2014

Nos dias a seguir ao meu casamento, dizia com alguma nostalgia que achava que nunca mais teria um dia assin.

Na altura a minha nãe disse-me que o dia mais feliz da minha vida seria o dia em que tivesse filhos.


Por hoje, dizer apenas que a minha mãe tinha razão.





Necessário partilhar!


Como as coisas são como são, porque toda a vida tive cabelo encaracolado, com o qual travava lutas infindáveia para esticar, só nos últimos anos em que ficou finalmente liso, me transformei numa fã de caracóis. Só para aprenderes! Agora as lutas são pelas ondas, pelo encaracolado, pelo tudo menos liso. Claro que o cabelo não obedece minimamente e teima em esticar todo. Tem vida própria, é o que é. 

Recentemente descobri no entanto a cura para os males de cabelo liso, com a técnica maia fácil e rápida de que há memória e com zero produtos ou secadores. Como é possível? Só seguir os passos do vídeo - que funciona MESMO!

Ainda não testei com um fixador antes e uma laca depois mas é dar-lhe tempo. Para já estou rendida a este método, que está aliás em plena execução na minha cabeça neste exacto momento!

Simple things

Sentar-me no sofá com uma caneca de café.
Ler.
Ouvir música numa rádio jazz.
Namorar.
Escrever.
Caminhar.


"Casava-me já contigo"

Para mim, que todos os dias me quero casar outra vez com o P.,

http://www.publico.pt/opiniao/noticia/casavame-ja-contigo-1671223