A minha melhor cor é Verão

Adoro o nosso modo praia! É o nosso melhor lado e cheira a sal e a protector solar. Temos manhãs de praia e tardes de piscinas, sestas de duas horas e de manhã ninguém a acordar antes das nove e meia (às vezes dez).

A C. em hapiness mood, gargalhadas de manhã à noite, e que seja possível manter o espírito férias durante o resto do ano.




A sorte da minha filha não tem tamanho

Ou melhor; na verdade tem 1,97 cm e chama-se pai.
O pai da minha filha, que vem a ser o meu marido, é uma sorte gigante e ela, que ainda é pequena, não sabe a sorte que tem por isso. Na verdade, ela ainda não percebe que ter um pai em cima do qual vê o mundo, é um privilégio. Que chega ao cimo de todos os escorregas só por esticar a mão, que a deixa tocar nas árvores quando está às cavalitas e que consegue chegar ao tecto sem qualquer esforço.  Ela ainda não sabe mas ter um pai alto é espetacular! E este em particular, que alinha em todas as brincadeiras (e é pior que ela!) é a melhor coisa que ela podia ter. Uma sorte que tem altura mas não tem tamanho.

1, 2, 3!!

FÉRIAS !!!!

Escrevo-vos com vista para o mar e piscina, com uma temperatura de verão e chinelo no pé! Finalmente, estamos de férias!
Demorou-nos um ano e seis horas e meia mas aqui estamos, tendo presente que é exactamente para isto que trabalhamos os outros meses todos.

Estarei ausente mas vocês percebem!
Até já!

It's a...


Vou começar por dizer a frase que digo sempre que se fala de ter meninos ou meninas: só interessa até sabermos. A partir do momento em que sabermos o que a natureza nos dá - e falo por mim - é impossível imaginar as coisas de outra maneira.

Antes de sabermos que a C. era uma menina, queríamos um rapaz. Do lado do pai, acho que pelos motivos óbvios. DOo meu, por aquela coisa de ter um primeiro filho rapaz, pelo simbolismo, peso da história, não sei ao certo.

Quando soubemos que era uma menina, e ao longo dos meses de gravidez, eu não imaginava de forma alguma que pudesse ser de outra maneira. Menina era o que fazia sentido. Já o pai, andou ao até ao momento do parto (inclusive) a perguntar ao médico se não tinha visto mal.

O que se passou a seguir foi absolutamente demonstrativo de que as coisas são como devem ser. Quando soubemos que estava grávida outra vez, o pai, sim, o próprio do pai que no dia do parto ainda tinha esperança de ver nascer um filho, disse que se fosse outra menina não se importava.

Eu do meu lado era agora absolutamente indiferente, embora deva confessar que estava algo inquieta com os seis caixotes de roupa maioritariamente cor-de-rosa, incluindo lençóis de berço, mantas, lençóis de banho e com o seu destino caso fosse um rapaz. Em todo o caso, a verdade é que adoramos ser pais de uma menina mas um rapaz seria igualmente maravilhoso.

Na ecografia do primeiro trimestre, exactamente como com a C. o médico perguntou se queríamos saber e quisemos (talvez ao décimo filho eu possa viver sem saber até ao nascimento, mas para já não conseguia; sendo que décimo filho é obviamente maneira de falar).

Foi assim que ficamos a saber que vem aí,
UMA MENINA !

Apesar de as pessoas torcerem um pouco o nariz quando eu digo isto, porque "um casal é que é", confesso que no momento em que soube a minha reacção foi um honesto: "que maravilha!!" Fiquei genuinamente feliz e os meus caixotes de roupa também).

Acho LINDO meninas! Adoro a ideia de duas irmãs amigas, companheiras (ou então a azucrinarem-se mutuamente a toda a hora), a partilharem roupa e quarto e a serem uma dupla maravilha a vida toda. Ou então não, que a gente com as miúdas nunca sabe com o que contar.

O pai também ficou feliz mas já anunciou que iremos ao terceiro (o meu plano de ter quatro a dar frutos; yeah!) e a C. anda não sabe que vai ter um bebé. Mais à frente e com mais barriga, contamos.

O nome é a problemática do costume mas também chegaremos a consenso.

Curiosamente, perguntei à C. há dias,

- Qual o teu nome preferido de menina?

E ela, sem mais nem porquê, nem sem conhecer ninguém com um nome igual, respondeu:

- I.

Por isso, é bastante provável que a caminho esteja uma M.I



Por falar em livros: A sombra do vento

No fim-de-semana passado escolhi um livro da estante e tive a sorte de me cruzar com este



A sombra do vento
Carlos Ruiz Zafón

Vou só dizer duas palavras.
O livro tem 511 páginas e li-o todo em 24 horas.

Não me lembro de um livro assim; quer dizer, já li livros de que gostasse tanto como este mas foi há demasiado tempo e fazem tanta falta. Um bom livro faz uma falta imensa! Descobri entretanto que há mais dois, numa espécie de trilogia e serão a minha próxima aposta (embora, já me alertaram, não tão bons).

Recomendo vivamente! Vão a correr ler!

De sempre, o Douro

Pausa.
Sem horário, sem responsabilidades, sem deveres. Tudo com calma. Um bom livro, uma espreguiçadeira ao sol, pequeno-almoço demorado, almoço sem horas. Dormir. Acordar à hora de sempre mas sem despertador.

Que tenhamos sempre tempo para nós, enquanto que os miúdos ficam bem.


Lisboa não tem nada a ver com isto mas...

Com a justificação de um aniversário de uma amiga, fomos passar um fim-de-semana a Lisboa. Até aqui  nada de novo, tem acontecido algumas vezes. Como de outras vezes também, decidimos ir sexta ao final do dia, para aproveitar melhor o sábado e domingo.

Sexta pelas seis, saímos. Pouco tempo depois, a C. começou a produzir uma "nhaca" no olho, que não parava de aumentar, por muito que limpássemos. Quando paramos numa área de serviço a meio da viagem, o olho já tinha virado vermelho e inchado e o diagnóstico de conjuntivite confirmou-se com a pediatra. Conclusão: demoramos uma eternidade ali, na tentativa de gotas e limpeza.

Quando chegamos a Lisboa - sem jantar - já passava das nove horas. Quase uma hora às voltas atrás de uma farmácia. Entretanto paramos num restaurante a ver se comíamos qualquer coisa (já dez da noite). Estava a fechar e deram-nos uma caixa de take away com uma sopa que de forma mal amanhada tentei que a C. comesse dentro do carro, estacionados à porta. Daí, fomos ao antro dos hambúrgueres que fazem mal à saúde (primeira vez da C., mas que pouco ou nada comeu, além de batatas fritas). O P. numa reunião às onze da noite, nós as duas lá dentro a desenrascar qualquer coisa parecida com jantar. À meia-noite estamos de volta, não dormimos nada de jeito e de manhã temos um bebé com um olho fechado feito num oito.

Yeah!

Isto implicou uma ou duas horas a tentar limpar, pôr gotas, vestir, etcs., sem ninguém  comer, incluindo eu que estou grávida e enjoo a cada duas horas sem alimento. A dada altura estava a vomitar. Fomos tomar o pequeno-almoço e o que comi, vomitei de seguida. A meio da manhã, no Pavilhão da CIência, comi e vomitei de seguida. Passei o dia todo assim, tão, tão, tão mal disposta. A C. com o olho um caco, sem dormir, uma coisa mesmo bonita.

Ao final da tarde tivemos a festa. Comida em pratos de plástico, sem cadeiras para sentar. Não jantei. Roubei metade da sopa da C. que não quis toda e ficou jantada a batatas e carne fria. Saímos da festa em direcção à cama às dez da noite e dormirmos os três doze horas. Doze.

No dia seguinte estava tudo melhor. O olho parecia outro, eu já não enjoada / vomitante. Demos uma voltinha e saímos logo a seguir ao almoço. Baby C. dormiu a viagem toda e eu em parte também (pobre homem...!)

Neste cenário, voltar a Lisboa só em 2020
(Brincadeirinha, que o meu homem fica nervoso!

Status

Houve um tempo em que os ataques informáticos ainda não eram tão públicos e notórios como nas últimas semanas / meses e que, por esse motivo, as restrições de conexão não eram também uma realidade tão presente. Depois dos últimos, os acessos estão agora todos bloqueados. Isso inclui e-mail pessoal e blogues. A minha vida ficou mais pobre.

Mais pobre ficou também este blog em particular, na medida em que a hora de almoço ou a pausa do café serviam muitas vezes para ir escrevendo qualquer coisa. O meu método de escrita "confidencial" (não havendo nada verdadeiramente confidencial na internet) era utilizar o meu e-mail pessoal para esse efeito, e-mail esse agora bloqueado e ineficaz. Posto isto, ainda não encontrei bem o tempo de substituição para esses tempos que me roubaram. Quando chego ao final do dia, há toda uma criança de dois anos que me diz "vem brincar comigo!" Depois tenha jantares, banhos, essas coisas. E quando deito a C., estou KO (não ajuda o sono da gravidez que não, ainda não está a passar). Encontrarei entretanto tempo mas isto para dizer que os bloqueios informáticos não têm piada nenhuma.

De resto, estivemos em Lisboa (e não correu bem) e no Douro (melhor!) e as férias estão quase aí. Já conto tudo, não tarda!

Não digam que não avisei...!

Descobri a paz na terra e tem a forma de chocolate!


Boa sorte!

Estive a pensar e tenho uma recomendação aos farmacêuticos.

Se alguém vos aparece a comprar um teste de gravidez, deviam desejar boa sorte.
Não é isso que fazemos nos testes?

Das duas uma: ou a pessoa não quer estar grávida e a boa sorte é para que dê negativo; ou quer, e então deverá ser para que o resultado seja positivo. Em qualquer caso, não lhes ficava mal. É simpático, a pessoa sente-se mais acarinhada.

Desta gravidez comprei dois testes.
E porquê dois?

Tinha uma leve suspeita e comprei um teste dos mais baratos que há, marca branca, à "antiga", só com as barras rosas ou barras azuis ou lá o que é.
Quando o fiz, a barra que devia ser rosa, era assim um meio rosa, meio nada.

Apareci com aquilo à beira do homem e disse-lhe,
Ora bem, tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que posso estar grávida; a má é que não tenho a certeza. Palavras suficientes para deixar um marido sem resposta, garanto-vos.

Daí fomos tomar o pequeno-almoço e comprar na farmácia em frente o segundo teste, já com tecnologia de ponta, número de semanas, grupo sanguíneo, cor do cabelo, gosto musical e que deu efectivamente positivo.

De nenhuma das vezes me desejaram boa sorte e das duas tive este mesmo pensamento; era simpático, pronto.

Por isso, farmacêuticos que me ouvem, deixo-vos esta sugestão e não têm de quê.
É desejar boa sorte. Ou muita merda!


Disse a um amigo...

Tive hoje uma conversa com um amigo a quem disse que era um Ferrari a andar numa estrada nacional com buracos.
Neste sentido: é uma pessoa cheia de potencial totalmente desperdiçado no sítio em que está e isso frustra-me. A ele também.

Depois de ter dito isto, lembrei-me do meu

I am a neurosurgeon selling band aids


E às vezes é bem preciso que alguém nos lembre que somos neuro cirurgiões. 

Isto, Aquilo e um Bebé #2

"Em tempos achei que conseguia manter dois blogs em simultâneo (que ilusão..!) e criei o irmão Isto Aquilo e um Bebé. Durou seis meses e cinquenta posts. Depois faleceu, paz à sua alma.

Como o título indica, o tema central eram bebés. Começou quando ainda estava grávida e na última publicação a C. tinha sensivelmente quatro meses. Hoje lembrei-me dele e tiro do baú precisamente:"



Primeiro Trimestre
(Post publicado em Setembro de 2014)


O primeiro trimestre é por definição o de maiores preopações. Para além de ser tudo uma grande novidade, é um periodo em que tudo pode acontecer. É nesta altura que tendemos a ler sobre percentagens de sobrevivência em gravidezes tão no início e em que os resultados não são nada promissores. Além disso, é também nestes três meses que temos de ter cuidados extra para que tudo corra bem, sem nos sentirmos ainda completamente grávidas.

No meu caso, e como não via a barriga a crescer, preocupava-me essencialmente o estar mesmo grávida. Perguntava-me várias vezes se seria mesmo real, se estava realmente à espera de um bebé, como podia ter a certeza que estava tudo bem se não havia sinais externos. 

No fundo, esta é possivelmente a maior marca do meu primeiro trismestre. Não enjoei uma única vez, não tive qualquer indisposição, tudo se passou como se não estivesse grávida. O único sintoma que identifico à gravidez é apenas o sono. Em geral tenho já bastante sono. Nesses três meses, piorou ligeiramente. Quando chegava do trabalho às sete e meia ou oito, estava prontinha para dormir. Ficar acordada foi o maior desafio. À parte disso, tudo absolutamente tranquilo.

Nesta data, desafio é também reconhecer que, embora lá para o final da semana onze ou doze, eu achasse que já tinha uma barriga imensa, na verdade, não tinha mesmo qualquer ponta de barriga. A comprovar, as primeiras fotos dos primeiros três meses.





A segunda fotografia foi tirada num fim-de-semana com as amigas, quando lhes contei. Chegamos todos numa sexta-feira à noite, vindos de diferentes pontos do país. Uns levaram bolo para o reencontro, outros umas miniaturas de uma bebida da terra, outros ainda ofereceram uma foto do grupo tirada no ano anterior, num casamento. Nós?

Nós não trouxemos nada. Ou melhor, trazemos um bebé na barriga.

Foi assim que, sem mais avisos, contámos às tias, estávamos de dez semanas.

Quinze dias mais tarde fomos fazer a primeira ecografia morfológica e a 3D.
É uma coisa fenomenal ver tudo, tal e qual se passa dentro da barriga, com direito a bebé a nadar e a mexer por todo o lado. Neste dia o médico perguntou se, estando praticamente certo do sexo, queríamos saber. Quisemos.

Foi a 3 de Abril que com cerca de doze semanas soubemos que vinha aí uma menina.

E uma coisa assim para lá de espetacular, querem saber?

Faltam três semanas para as férias!

TRÊS!

!!!!!!!!!!!!!!

Throwback - Primeiro trimestre

À data em que escrevo estou perto do final do primeiro trimestre. Falta uma semana para as doze semanas. 

Acho que não tinha pensado nisto na primeira gravidez, mas agora verifico que (pelo menos) um terço do tempo em que estamos grávidas, não nos sentimos realmente grávidas. O meu médico diz que não podemos dizer que "não sentimos nada" mas neste momento eu estou exactamente nesse sítio. Não tenho barriga nenhuma. Ainda não engordei. Não sinto o bebé a mexer. A última consulta foi há tanto tempo que começo a entrar naquela espiral de "se calhar alguma coisa não está bem." Não sou a maior fã do primeiro trimestre. Porque é incerto e estou insegura. Tenho dúvidas (e nem se quer é o primeiro filho). Esta é na verdade a principal surpresa até aqui; na minha cabeça, estava convencida de que já sabia tudo, não haveria questões. No fundo, eu estava totalmente errada.

Começa por ainda não termos contado praticamente a ninguém, quando da C. a esta altura já toda a gente sabia. A esta data sabem os nossos pais e familiares muito próximos; e sabe uma amiga com quem partilho gabinete (porque era impossível esconder de alguém com quem passo tantas horas como o meu marido). Os nossos amigos não sabem. As minhas Amigas também não.
Se me perguntarem porque é que eu - pessoalmente - não quis contar, a resposta só pode ser uma: tive medo. Tenho ainda, hoje que ainda não acabou o primeiro trimestre. Acho que do primeiro filho não sabemos bem o que temos a perder; é isto que sinto. Sinto que podia contar a toda a gente, que ia correr tudo bem, mas na verdade eu não fazia ideia o que tinha a perder se não corresse. Não quer obviamente dizer que pouco me importava com o que pudesse acontecer; claro que importava! Simplesmente, eu não sabia a dimensão. Só depois de termos um filho é que sabemos o que é ter um filho e neste momento, eu consigo imaginar o tamanho de algum problema que pudesse surgir. Por isso quis restringir ao máximo os envolvidos, acho que para minha protecção. Isto tem no entanto o efeito reverso (e perverso) de fazer parecer com que não esteja a viver em pleno esta gravidez. Quando é público e notório, é mais real. Neste momento, nem me lembro às vezes que estou grávida e isto já se tem revelado em uma ou outra coisa prática, como a S. me dizer que a grávida tem prioridade e eu ficar a olhar para ela sem perceber, acabando por dizer que a filha dela já nasceu e ela já perdeu o estatuto (quando afinal estava a falar de mim).

Bom, de resto está tudo a correr bem. Tive alguns enjoos mas que honestamente não atribuí à gravidez e sono em geral. Preciso de comer mais vezes, agora até antes de me deitar, mas de resto não há mudanças significativas. Salvo claro, o meu sushi, que aboli. E as saladas. E a mousse de chocolate. E aquele fino ao final do dia. Arranjarei alternativas!

Estou desejosa em primeiro lugar que chegue a próxima ecografia, para me tranquilizar. E que a barriga comece a crescer! Adorei estar grávida da C.! Espero que desta vez seja igual. 

Não fazemos ideia do sexo - que agora me é completamente indiferente - mas tenho um feeling de que será um rapaz. A minha mãe acha que é menina e eu espero que da próxima vez que fale deste tema, já possa desempatar este jogo.

A coisa mais importante no entanto, e que é maior que qualquer consideração que possa fazer sobre o estado, sentimentos, pensamentos, banalidades, é que venha com saúde. Não há nada, absolutamente nada, que importe mais.

Baby #2

Pois é, novidades a Norte;

Temos um bebé a caminho! 


E se tudo correr bem, um início de Janeiro mais especial.
Para já, tudo calmo e tranquilo, boa gravidez e pedir a Deus saúde, que o resto a gente arranja!