Went Shopping without actually shopping!



Encontrei uma actividade tão fantástica quanto fazer compras, mas sem gastar um único cêntimo: descer as escadas e ir ao andar de baixo abrir as caixas da roupa da C. para usar na I.
É tal e qual como ir a uma loja, com o adicional da nostalgia!
Tenho já quase uma dezena de caixas de plástico gigantes com a roupa que vai deixando de servir, organizada por idade e estação do ano. Ajuda elas serem de alturas não muito diferentes (Uma Outubro, outra Dezembro) por isso os 6-9 meses de Verão da C., estão agora a servir na perfeição à I.
Sempre que começa a chegar aquela altura em que ela não tem nada que vestir, é só descer as escadas. Uma maravilha!
Ainda hoje de manhã dizia que precisava de lhe ir comprar umas coisinhas de praia quando me lembrei que na última investida às caixas tinha ficado muito por trazer, e eis que tenho ali já todo um estendal ao sol de roupa LINDA para a praia! Coisas que já nem me lembrava mas que me dão tantas saudades. Ainda bem que são duas meninas, consigo aproveitar tudo! E nisto estamos servidas para a Primavera-Verão! Só falta mesmo que o bom tempo se instale de vez.

Orgulho mãe!

A minha filha mais nova nasceu com 2.670 Kg. e 48 cm.
Fez seis meses na segunda-feira, com 7.000 Kg e 63 cm.

Cresceu por isso 15 centímetros e engordou 4.330 Kg.

Não sei bem explicar porquê mas tenho imenso orgulho de ter feito a minha filha crescer estes seis meses.
Creio que por ela ter nascido no público não foi proposto leite adaptado nos primeiros dias (com a C. não foi assim e até aos dois meses ocasionalmente tomava suplemento) e por isso a amamentação foi mesmo em exclusivo. Venham as sopas e frutas (e continue a amamentação) mas estou orgulhosa do que conseguimos.

Não sendo fundamentalista da amamentação acho que todas as mães se devem orgulhar de criar bebés, amamentem ou não, mas confesso que sou fã incondicional desta forma de alimentação, que é tão imensamente prática. Com o plus desta vez de me sentir mais à vontade para o fazer em quase todo o lado (desde que com uma fralda a tapar, ainda não cheguei ao ponto de pôr a mama de fora sem qualquer pudor). Da C. fui muitas, muitas vezes para casas de banho desconfortáveis e sítios apertados, para não o fazer em público. Mas desta vez, nem sempre sendo possível recolher-me por ter a C. comigo por exemplo, dei sim de mamar em restaurantes, em cafés, na praia, em salas de espera, na festa da escola, onde foi preciso. Sei que neste momento estão a imaginar uma mulher semi nua de mamas ao léu, mas garanto que foi sempre com bastante discrição, que não me sinto à vontade de outra forma.

Passamos agora à segunda fase, de caixas de comida para todo o lado, sopas esquisitas, fruta cozida. Mas também a todo um mundo de oportunidade para educar gostos e testar novas receitas. Vamos embora!

O que é mais importante, o trabalho ou o resto?

Pelo título parece que vem aí uma dissertação sobre a importância do trabalho versus a família.
A circunstância de estar a fazer uma licença de maternidade de 9 meses é, julgo eu, demonstrativa da não questão que essa reflexão seria. Para mim, não há qualquer dúvida sobre a minha prioridade.
Quer isto dizer que na verdade o título tinha outro intuito, a saber, perceber dentro do contexto do trabalho o que é mais importante: o trabalho propriamente dito ou as outras coisas.

Se me cingir ao estritamente profissional, o meu trabalho não é lá essas coisas. Não prevejo evoluções de carreira a médio / longo prazo. Não é estimulante nem muito desafiante. Na verdade tem um potencial de responsabilidade e interesse bastante grande mas está mal aproveitado. Podia ser muita coisa, mas é só um trabalho, na maioria das vezes chato. Não me desafia, nem entusiasma. Não me motiva. Faço-o porque é o meu trabalho e tem de ser feito. 

Por outro lado no entanto, o meu trabalho lato senso tem inúmeras vantagens. 
O meu horário é maravilhoso. As minhas férias em número de dias também. Tenho flexibilidade para gerir o meu tempo. Consigo fazer teletrabalho. Tenho um seguro de saúde óptimo que inclui a família toda, seja um, dois ou vinte filhos (e um marido). O ordenado não sendo milionário, também não é mil eurista. Todos os anos recebemos prémio de desempenho. As pessoas são bem tratadas. Há imenso respeito. Dou-me bem com a minha equipa. O meu chefe é genuinamente uma excelente pessoa.

Daí que me questione: devo permanecer no meu trabalho pelas outras coisas que não o trabalho? Ou o que devemos mesmo almejar é o desafio profissional? O que é mais importante?

Aqui há dias o P. perguntava-me o que gostava mesmo de fazer. 
Se não tivesse filhos e outras prioridades, se fosse só eu e o P. no mundo, eu gostava de trabalhar em organização de eventos, ligado ou não a turismo. Podiam ser festas de crianças. Ou feiras em hotéis. Ou pacotes de viagens. Qualquer coisa ligado à organização e montagem de coisas bonitas. Mesmo que trabalhasse até tarde e aos sábados. 
Com crianças no entanto não era bem o meu sonho.

A minha resposta na altura, que tem de ser entendida em sentido figurado, foi: gostava de colar envelopes em casa.
Gostava de ter um trabalho que pudesse fazer de casa, que pudesse ser feito às sete da manhã ou às onze da noite e que dependesse só de mim. Em que ganhasse conforme a minha produtividade. Se colasse cinquenta envelopes, ganhava x; se fossem cem, o dobro de x. Se não colasse nenhum, seria zero mas sempre alguma coisa em função do que fizesse. Controlava os horários e o vencimento e nunca haveria de haver um mês em que fizesse zero porque havia sempre de conseguir dobrar meia dúzia, nem que fosse quando elas estivessem a dormir. Dá para perceber a ideia?
No fundo o meu receio é entregar-me a um trabalho em que esteja muito afastada delas, sem horários, e sujeita a risco (eu aversa a risco). Gostava de poder controlar o meu desempenho. Dobrar envelopes seria perfeito.

Traduzir a dobragem de envelopes para um trabalho a sério, não sei bem como se faz. Que trabalho é esse, se é que existe?

Já não falta tudo para as férias!

Este ano ainda não contei os dias para as férias. Vem obviamente da circunstância de não estar a trabalhar (no meu emprego) mas estar sim de licença e por isso de a urgência ser menor.
Ainda assim, quem acha que estar de licença é como estar de férias, está obviamente enganado. Também estou ansiosa por uns dias sem roupas, casa, almoços, jantares, lanches, horários. Uns dias em bom de praia e descanso, sem fazer nada que não seja namorar marido e filhas, debaixo de um sol quentinho e uma água morna. Sim, Sul de Espanha aqui vamos nós outra vez!

Nisto é preciso lembrar que praia com uma criança de três anos, não é bem, bem a mesma coisa que com um bebé de seis meses. No fim-de-semana fomos testar o conceito (já não me lembrava bem, confesso) e tínhamos uma C. em êxtase com a praia (bicho de praia como os pais, adoro!) e uma I. desconfortável com tanta areia. Fomos a treinos, para ver o que nos espera, e daí tivemos de ir quase dirctos arranjar uma solução para ela estar bem na praia. Chegamos por isso ao ponto em que seremos uma família com mini tenda na praia. Sim, somos essas pessoas!

Daqui até lá falta um mês precisamente. Mês esse em que a C. vai ficar em casa e são férias para ela. E mês também em que terei de recorrer à criatividade para fazer programas com ela, que permitam levar a irmã. Vai ser giro (isso ou ficamos metidas em casa o dia todo!)

Aos 6 meses do meu bebé

O meu bebé pequenino faz seis meses. Seis meses! Ri-se imenso, dá gargalhadas maravilhosas, senta-se com apoio, vai brincando. É o bebé mais querido e simpático! Sempre bem disposta, sempre a rir. Adora companhia, que brinquem com ela mas nem exige tanto assim. É um amor gigante e eu estou totalmente apaixonada!

Com os seis meses vamos começar a introdução da alimentação por isso num destes próximos dias começaremos a saga sopa. Estou feliz com a amamentação em exclusivo até aos seis meses e acho que ela também porque continua a dar-me a mão quando está a mamar e parece feliz. Já tenho saudades desta fase e ainda nem acabou! Nós somos mesmo seres estranhos.

Aos seis meses, já está definitivamente no quarto dela e dorme a noite inteira. Acontece por vezes chamar pelas quatro ou cinco da manhã mas ponho-lhe a chupeta e (geralmente) continua a dormir. Quer isto dizer que (normalmente) mama pela meia noite e depois novamente às sete ou oito da manhã. Score!!

Durante o dia faz várias sestinhas, que intercala com passeios e brincadeiras no tapete ou sentada no sofá com brinquedos. É aqui (e só por isto!) que eu gostava muito que ainda vivêssemos no Parque das Nações ou nos Pinhais da Foz, para ela ter parques e relva para brincar e sobretudo ar puro. Aqui há muitos carros, muita poluição e nenhum parque perto para onde possa ir a pé. Bom, não tarda havemos de ir para a praia!

Acho-a feliz, calma, tranquila. Um bebé maravilhoso mesmo. E mais uma benção enorme que temos e pela qual estamos imensamente gratos. 

Festa de fim de ano

No fim-de-semana passado foi a festa de fim-de-ano da escola da minha filha. Vou abrir já o jogo e confessar que chorei o tempo inteiro (experiência do Natal repetiu-se portanto, afinal não era das hormonas da gravidez) mas que adorei! mesmo a festa. Mais uma vez, twelve points para a escola!

Começou precisamente com uma actuação das meninas de ballet, onde anda a C. e - sendo eu suspeita claro - ela dançou tão, tão bem! Parecia uma mini bailarina, super compenetrada, a fazer tudo direitinho, com uma leveza, uma doçura. Que coisa bonita! E sobretudo, que evolução de gigante face ao Natal (em que entrou a chorar e saiu a chorar). 

Fez mais duas actuações: um "teatrinho" da sala e uma das aulas de música e adorei tudo.

Mais uma vez todas as turmas e actividades participam (incluindo bebés e turma de patins!) e todas as professoras e auxiliares são super queridas com os miúdos. Que feliz estou com a nossa escolha!

No meio disto, não posso deixar de pensar no início do ano lectivo, que foi tão difícil, custou tanto, em que ela chorava, berrava, esperneava e passou ali um mau bocado, face ao estado actual, em que adora a escola. Não posso também deixar de me repreender por algumas vezes a ter forçado a ir contra a vontade dela em alturas em que não andava bem (como no mês passado em que esteve doente sem que eu soubesse e em que tivemos uma semana igual ao início do ano). Vou aprender a fazer as pazes comigo sobre este assunto mas ainda me sinto mal quando me lembro.

Está a fazer precisamente dez meses sobre o início do ano (e claro que nem acredito que passaram mesmo dez meses!) e não tarda estamos no último dia de escola e chegou o verão. A vida anda depressa de mais. Acho que é isso.

Sítios giros só porque sou amiga - Food Edition: Puro 4050

Temos andado numa ronda gastronómica pelo Porto e a última descoberta foi, parece-me, a melhor dos últimos tempos. Falo-vos do


Para começar fica no Largo de São Domingos, sítio mais do que privilegiado para um jantar tardio. Depois, a experiência é em si muito, muito boa.
Ajudou, claro, a sorte de nos ter calhado um empregado de mesa espetacular, que deu os melhores conselhos e foi de uma simpatia brutal. 

Quanto à comida, pedimos tudo para partilhar.
Começamos com uma mozzarella burrata. Seguimos para umas batatas com bacon. Seguiu-se risotto de cogumelos e finalizamos com um tiramisu e uma torta de requeijão. Tudo perfeito! Bebemos Porto tónico e água (e café). Preço total quarenta e três euros e valeu todos os cêntimos.

Dizer só que o serviço funciona por turnos, havendo o das oito e o das dez.
Fomos jantar no turno das dez e saímos por volta já da meia noite - ou seja, duas horas a encher barrigas. Que recomendam a experiência!

Aqui está (mas em privado)!

Volvia o mês de Outubro do ano da graça de 2017 e esta que vos escreve dizia em "O lado bom de passar a ferro", o seguinte: 


Foi precisamente numa destas noites que durante o tempo em que estive a passar, revi mentalmente a história de como o P. e eu chegamos ao sítio em que estamos. Como nos conhecemos, quando, onde, em que circunstâncias, o que aconteceu depois e a seguir, em que momentos, com quem. Foi tão real e detalhado que quase lamentei o fim do cesto da roupa e o desligar do ferro.

É precisamente essa história que quero contar, agora que recordei com tanto detalhe e o que me proponho a fazer nos próximos tempos. Uma história de amor como as histórias de amor devem ser: feliz para sempre.


Ora, aqui está ela, a minha história de amor, que dei de prenda ao homem no dia do nosso aniversário: 




Escrevi e ilustrei esta história com recortes de coisas muito, muito antigas que fui desencantar em casa dos meus pais, incluindo velhos diários e cadernos. Havia desde bilhetes de cinema e festivais a horários de comboios, reflexões e a cereja no topo do bolo, o bilhetinho do "Queres namorar comigo?" que o P. me escreveu em Julho de 2005 (precisamente no dia em que começamos a namorar; claro está que eu pus a cruz no quadradinho do sim! Ahahah!) Um recordar é viver maravilhoso!

3 dias em Coimbra (com crianças)

O P. e eu vivemos e estudamos cinco anos em Coimbra (nesses belos anos de 2005-2010) e é por isso uma cidade que nos diz muito, pela qual temos um carinho enorme.

Para assinalar os nossos seis anos de casamento, quis fazer um programa de "Coimbra re-visitada: o nosso tempo e os dias de hoje, incluindo planos para crianças". Para isso pensei e elaborei um programa completo de festas.

Vou começar por dizer que na verdade esse foi o meu erro número um.
Dediquei tanto tempo e esforço (que na verdade foi um prazer, mas percebem a ideia) a planear um fim-de-semana completo para nós que, quando as coisas não correram exactamente como pensei, fiquei um pouco desiludida. E desta vez nem foi pelas crianças (eu que digo sempre que não se pode fazer planos com crianças). Elas portaram-se lindamente, alinharam em tudo. O que não ajudou mesmo nada foi o tempo: choveu SEMPRE. Por causa disso não fizemos metade do que eu gostaria, mas deixo o itinerário, caso alguém tenha a sorte de apanhar sol.


Dia 1: sexta-feira

Chegamos a Coimbra por volta das 15:00 h., para nos instalarmos no hotel. Escolhi o Oslo, que fica mesmo num sítio privilegiado da Baixa e que permitia fazer tudo o que planei a pé. O hotel é bastante simples, embora com alguns detalhes de decoração engraçados, mas não tem quaisquer luxos (para isso, sugiro o Vila Galé). É o tipo de hotel que serve o propósito de nos dar descanso depois de um dia inteiro a andar muito a pé: a cama é confortável, o quarto é limpo. O pequeno-almoço razoável. Tem um plus, na verdade (que nem aproveitamos): o terraço do sexto andar permite uma vista linda da cidade. E as pessoas são imensamente simpáticas.



Depois do check in, atravessamos a pé a ponta de Santa Clara para uma ida ao outro lado.
Primeira paragem, um clássico: Galeria. É um café super simpático, com bom ambiente e coisas óptimas. Para matar saudades, o bolo de chocolate (muuuuito bom!). Os scones também valem a pena e o café (meu querido Nicola) sabe sempre bem.



Depois do lanche, primeiro plano para crianças, o incontornável Portugal dos Pequenitos.
Os bilhetes são um pouco caros, ainda que tivéssemos levado vales de desconto dados pelo hotel e não sei se por isso, se por ser sexta-feira, estivemos praticamente sozinhos.
Não é a primeira vez que visitamos e de continuo a achar que o espaço está altamente desaproveitado. São só casas pequenas mas que têm imenso potencial. Podiam ter coisas dentro, por exemplo. Podia ter actividades. É só um espaço grande com muitas casas (ainda que queridas, vá) mas um pouco perdido. Ao fundo, tem um parque infantil que faz parte da escolinha que lá existe dentro (super querida) e foi na verdade o que a C. mais gostou. Resumindo, pagamos vinte e cinco euros para andar de baloiço e escorrega.



Nisto era final da tarde e regressamos ao hotel para banhos e coisas e daí seguimos para jantar.

Escolhi um "something new" para este dia de coisas novas e coisas antigas e fomos petiscar (muito bem) ao Dux Petiscos e Vinhos. Comemos bem mas demasiado! Mas vale a pena.


Terminamos os nossos serviços e regressamos ao hotel.


Dia 2: Sábado

Exemplo perfeito de como ter planos furados. O propósito era no entanto o seguinte:

Saímos do hotel depois do pequeno-almoço, por volta das 11:00 h. com direcção à paragem de autocarros que fica a 50 metros. Apanhamos o autocarro número 103, com destino à Universidade.

A ideia era começar com um café no Instituto Justiça e Paz, que tem uma vista linda (e um super clássico, dado que eu morava ao lado, com igual vista mas uns andares acima).


Contudo, não aconteceu.

Depois disso (no nosso caso foi "sem isso"), seguimos para a Faculdade de Direito, para a visita da praxe. A Faculdade é a coisa mais bonita da cidade (sendo eu obviamente altamente suspeita). E a minha ideia era fazer fotografias com as minhas filhas e marido no pátio, oito anos depois. Não aconteceu.


Também gostaria de ter visitado novamente a Biblioteca Joanina, a Sala dos Capelos e qualquer uma das salas de aula, incluindo o Auditório, mas tudo furado. Há sítios a que não se acede por serem de utilização exclusiva da Comunidade Académica e não deixa de ser engraçado que um dia eu tenha sido essa Comunidade e que agora não possa passar das portas. 






Depois da não visita, paragem para um café no Bar da faculdade (mesmo só para matar saudades) e seguimos para almoçar naquele sítio de todos os dias. Não sei se a comida piorou ou os nossos gostos ficaram mais esquisitos, mas o Couraça já não é a mesma coisa. O sítio, no entanto, ainda faz o nosso coração bater.



No fim do almoço estava a chover torrencialmente e foi numa pseudo aberta que nos aventuramos Couraça de Lisboa (rua em paralelos) abaixo, com as miúdas nos carrinhos com capas de chuva. Paramos a meio para a chuva passar e aproveitamos para um café e pastel de natas (muito bom) no Passaporte, situado no edifício do antigo Governo Civil. Simpático.



O programa das festas seguia com uma ida às Docas, para um gelado e parque infantil.



Como se percebe, não aconteceu.
Da mesma maneira, também não aconteceu o momento seguinte: Passeio no rio no Basófias.
De todas as coisas, foi a que tive mais pena de não fazer mas de facto chovia imenso por esta altura.



No fim do passeio que gostava que tivéssemos feito, também me tinha sabido bem o lanche que planei acontecer na Briosa. Havia uns bolos ótimos chamados Nevadas de que gostaria de ter matado saudades mas infelizmente também não aconteceu. 



Depois disso, fizemos efectivamente a Baixa a pé (a minha ideia era de passeio, mas foi na verdade de fuga à chuva) e vimos de raspão as montras. Há muitas lojas de artesanato muito, muito giro, mas fica para uma próxima.



Acabamos por regressar ao hotel onde passamos o resto da tarde, com uma pausa para lanche num sítio que conhecemos de outros carnavais (mais concretamente, Tentúgal) mas que foi uma surpresa encontrar em Coimbra, o Afonso (melhores queijadas do mundo e arredores!)



Jantamos também num clássico (what else? para o dia em que fazíamos seis anos de casados), que mudou de nome e gerência, mas onde fomos muito felizes enquanto estudantes e que ficava a cem metros do hotel. Em tempos foi o Giuseppe e Joaquim, hoje em dia é o Solar do Bacalhau. Fechamos aqui o dia.




Dia 3: Domingo

Depois de sexta ter sido o dia das coisas novas e das antigas e de sábado ter sido dedicado só ás antigas, domingo estava reservado para as novidades. Ou seja, visitar / conhecer sítios nunca antes visitados.

Antes disso, programei para depois do pequeno-almoço e check out, um passeio de carro numa espécie de sightseeing tour, com paragem para café no Cartola ou Teatro Académico Gil Vicente. Não aconteceu bem assim.

Chovia imenso e decidimos antecipar para a manhã um dos planos que tinha para a tarde. Fomos conhecer o Exploratório - Centro de Ciência Viva de Coimbra. A C. é muito pequena ainda mas a exposição do Corpo Humano que está lá de momento é muito gira (com destaque para a parte da alimentação em que tem uma mesa para montar um plano alimentar em que os alimentos são passados num scan - tipo caixa do supermercado - e que foi o delírio).



Depois disso, fomos conhecer o brunch do Vila Galé.
O espaço é giro e tem bastante variedade, embora o ponto alto sejam as gomas. Gomas, senhores!





Para a tarde tinha duas opções, que achei íamos escolher na altura conforme disposição e tempo: Quinta das Lágrimas para sol e piscina ou Spa do Vila Galé em caso de chuva. E qualquer um dos casos, lanche na Vénus que é com grande probabilidade a melhor pastelaria de Coimbra e vale sempre a visita (que na verdade não fizemos). 

O que acabou por acontecer é que no fim do brunch fomos directos para casa e assim se acabou um fim-de-semana. Que teve imenso planeamento da minha parte e tinha - creio - algum potencial mas que acabou por ser uma coisa muito diferente.

Para futuro, planear menos. 



Mudei o quarto da I.

Nestas coisas da maternidade estamos sempre a aprender e a re-considerar. Eu estava convencida que quando a I. saísse do nosso quarto ia direitinha para o da irmã mas afinal mudamos de ideias.
Decidimos dar-lhe um quarto só para ela e dar também finalmente uso ao terceiro quarto de nossa casa.

Porque não vai já para o da C.?
Primeiro, porque têm ainda horários muito diferentes. A C. acorda pelas oito / nove para ir para a escola e a I. dorme até às onze. Sendo que obviamente há barulho de manhã e luz, o que é desnecessário para a pequenina.
Depois, a hora de ir dormir também ainda não é exactamente a mesma. E ainda vão acordando de noite. Decidimos assim adiar a partilha de quarto por algum tempo.

Ora, oportunidade perfeita para montar todo um all brand new quarto de bebé.
E se da C. fiz imensos planos e namorei Pinterests da vida, desta vez não fiz nada disso. Saímos de casa com destino a uma loja, comprei meia dúzia de coisas e montei quando chegamos. Sem planos. E querem saber? Adorei - modéstia à parte - o resultado! Está super querido, todo em cinzento e branco, com dois ou três apontamentos de amarelo. 
Com isto aproveitamos também para dar uma renovada ao quarto da C., que agora tem uma tenda cheia de almofadas, coisa mais fofa, e uma mesinha de cabeceira nova (que permitiu reciclar a antiga para a irmã).

Com isto, todo um quarto da I. prontinho a habitar e uma mãe a quem custou um bocadinho a mudança.
Já o quarto estava feito e ela ainda dormia no nosso. Eu gostava de o ver assim bonito quando passava no corredor, ao mesmo tempo que gostava de ver o berço dela no nosso quarto. O meu bebé pequenino a dormir sozinho, não me estava a apetecer!

Mas pronto, o que tem de ser tem muita força, e na verdade aos cinco meses custa mais a nós do que a eles, pelo que lá foi ela, qual adolescente porta fora. Está a crescer, é o que é. E a mim apetecia-me mais parar o tempo.


Boa sexta-feira

Vinha a reflectir nesta coisa de escolher pensar mais positivo e as crianças dão-nos lições em tudo, nisto também.

Ontem esteve um tempo terrível no Porto (e no resto do país também), o que de resto foi coincidente com toda a semana semana. Choveu todo o santo dia.
Quando fui levar a C. à escola ia a comentar com ela:

- Já viste que tempo horrível? Só chove, só chove.

Ao que ela (três anos e meio) me responde:

- Oh mãe, não digas isso. A chuva é precisa para encher as piscinas, o mar, lavar as ruas, regar as plantas!

E pronto, é isto!

Estamos felizes com a chuva!
(Embora não obstante, venha daí o sol!!)
E boa sexta-feira!

Foi bonito o casamento!

Ao longo da minha vida já devo ter ido a dezenas de casamentos. Nunca os contei, mas foram muitos. Nunca se repetiu uma quinta. Todos foram em sítios diferentes. Quero com isto dizer que vi tantas quintas / espaços como casamentos. 

Isto posto, o sítio onde foi o casamento da semana passada foi, de longe, o mais bonito que alguma vez vi. A nossa vontade foi pedir o divórcio para poder casar ali. Tudo perfeito. O espaço, o serviço, a comida. Um sítio mesmo especial e parabéns aos noivos pela escolha!

Quanto ao resto, sobreviver a um casamento com duas crianças: check!
Ajuda MUITO as minhas filhas serem espetaculares!

A mais velha estava mais animada que eu. À meia noite já eu estava caída de sono e ela continuava numa animação a querer ver o corte do bolo, a festa e tudo a que tem direito!
A mais nova adormeceu às nove da noite e pela uma abriu o olho para comer e voltou alegremente para o seu carrinho, em paz e sossego. Bebé mais santa da sua mãe!
Saímos da festa já passava das duas da manhã e ainda estávamos a sair do parque de estacionamento, já a C. dormia o sono dos justos. No dia seguinte acordou depois do meio dia (e nós também! - coisa que nunca aconteceu desde que somos pais!)

Saldo por isso muito positivo!
Os meus tacões de dez centímetros portaram-se lindamente, mesmo a andar com a C. e a I. ao colo, com chuva.
Chuva essa que caía torrencialmente (incluindo trovoada) quando entramos para a igreja e que deu lugar a um super sol quando saímos. Milagre de casamento!
E venha o próximo!

Há quem diga que está tudo bem mesmo quando tudo é mau e quem diga que está mal mesmo quando vai tudo bem. Parecendo que não, faz toda a diferença

Há duas pessoas no nosso círculo, que nem se conhecem entre si, que representam os dois extremos opostos desta coisa de levarmos a vida.

Uma delas tem a visão mais negativa. De todas e eu acho até que da humanidade.
Se perguntamos como está, estámal. Se está tudo bem, não está. Se gostou, odiou. Se foi bom, uma porcaria. Se alguém mostra uma fotografia, se é comida parece de cão. Se é bebida, chichi. Se um sítio giro, é parolo. Se for uma festa, a mais azeiteira. Se o marido fez o jantar, estava horrível. Se não fez, não faz nada. Se vai a algum lado, só a levam a maus sítios. Mas se não for, que desgraçada nunca vai a lado nenhum. Tudo está mal, no sítio errado, na pior hora. Já deixei de a ouvir, embora ainda me cutuque cá os nervos um bocadinho. Mas sempre que a ouço, mais me convenço que isto vem tudo de uma amargura qualquer, de alguma tristeza ou frustração. Algo muito profundo, escondido não sei bem onde e muito menos porquê. Pessoas tristes e amarguradas têm más respostas à vida.

Depois tenho a S., que vive em cor de rosa com brilhantes e unicórnios bebés.
É a pessoas mais positiva que alguma vez se viu. Está sempre tudo bem, maravilhoso, não podia estar melhor. Se o trabalho corre mal, vai melhorar. Se os filhos estão doentes, não é nada grave. Se acorda às quatro da manhã para ir trabalhar, é bom, pela fresquinha. Tudo tem o lado positivo. Tudo tem uma boa razão. E o mais incrível, é que claro que ela sabe que nem sempre é assim, mas faz um esforço para que assim seja. Prefere a resposta positiva. Prefere o lado solar. Prefere a parte mais bonita. E isto é tão mais feliz, que tínhamos todos a ganhar se fossêmos mais assim. Estar com ela é uma lufada de energia positiva.

Podendo parecer que não, a atitude que temos em relação às coisas faz toda a diferença. Coisas felizes atraem coisas felizes. E a calma e a tranquilidade de aceitarmos dá-nos paz. Acho que é a posição mais inteligente para estar. Vou trabalhar nisso.