Orgulho!

Sendo uma apaixonada da papelaria, confesso que é com um orgulho imenso que dei ontem à minha filha de dois anos o seu segundo caderno A5 porque fez desenhos em absolutamente todas as páginas do primeiro e não há mais espaço livre.

Baby C. a seguir os passos da mãe desde 2014 (e mãe a dar uso aos quatrocentos e noventa e sete mil cadernos que tem em casa só porque são bonitos)

Uma ode ao comércio tradicional

Foi em 2005 que descobrimos o encanto de fazer compras de Natal no comércio tradicional (podia fazer um cartaz publicitário com isto). Desde essa altura que é uma tradição de Dezembro, de dias frios e de sol, outros de chuva provavelmente. Há sempre compras que são feitas localmente. Eu diria que a maior parte delas, embora por vezes acabe por ser necessário recorrer a uma grande superfície para as coisas mais difíceis. 

Este ano não foi excepção. Compramos algumas coisas na Baixa do Porto e noutras cidades por onde andamos também. E mais uma vez constato, não há nada que chegue ao comércio tradicional. A simpatia, a atenção, a disponibilidade, a calma. Sou fã.

Recentemente fiquei ainda mais fã quando liguei às 19:25 h. para uma loja para saber a hora de fecho e a conversa foi:

- Boa tarde, diga-me por favor a que horas fecham.
Fechamos às 19.30 h.
- Ah.. hum.. ok, obrigada.
Mas porquê, precisava de alguma coisa? Se for urgente eu espero um bocadinho.
- Não, não era urgente, era uma troca.
Mas termina hoje o prazo? Como falou comigo, damos mais uns dias.
- Não, obrigada mas o prazo não termina hoje. Eu é que vivo no Porto e não venho cá todos os dias.
Quanto tempo demora a chegar?
- Talvez uns 10 minutos.
Venha então que eu espero. Vou fechar a porta mas pode bater.

Ora, chegada à loja, entreguei o que queria para troca e ia pedir um vale para não ficar ali a gastar mais tempo da menina enquanto escolhia o que queria.
Pois que insistiu em que eu trocasse à vontade, demorasse o tempo que quisesse, não havia problema nenhum.
Saímos da loja às oito da noite, desfazendo-nos em agradecimentos e recebemos de resposta um,

- É Natal, temos de ser uns pelos outros!

Adoro - desta vez, mesmo - pessoas!

Agora sim, a todos um Bom Natal (ou uma chapa cinco)

Todas as pessoas desejam o mesmo e todas as pessoas dizem que o fazem, mesmo sabendo que é um cliché.
Eu não sou diferente das outras pessoas. O que eu desejo é chapa cinco mas inteiramente verdade. 

Não há nada que deseje mais, no Natal e nos outros dia do ano, do que saúde.

Um Santo e Feliz Natal a todos.


It takes a village to raise a child - Home edition

O processo de mudanças está a ser uma empreitada daquelas - nem outra coisa se esperava. Há tantos caixotes e sacos que parece que não acaba nunca isto de tirar de um lado e por do outro. Agravado ainda pelo facto de no sábado ter chegado uma carrinha com todos os móveis. Aí sim, fim do mundo em cuecas e eu em pânico a assistir, com o meu homem em modo happiness a acusar-me de ser um grinch da mudança (mas é verdade, eu não gosto mesmo de mudanças e não falo só de casas).

Mas,

Respirar fundo.
Contar até 10

No domingo decidimos mudar de estratégia a em vez de dois, éramos seis lá em casa. Há um departamento de cortinas, um de candeeiros, um de arrumos em armários, um de loiças de cozinha e todos em modo suporte à C., que brinca aqui e ali com uns e outros e se oferece para ajudar.
Conclusão: um dia inteirinho dedicado à casa nova, com um apoio que parece o de uma vila, e um avanço gigantesto no processo. Que não haja dúvidas que a união faz a força toda.

Ora, então o que falta nesta fase?
Todas as roupas penduradas nos armários estão por transportar;
Algumas coisas de cozinha também;
O frigorífico / congelador ainda está cheio (meio cheio na verdade que na última semana fomos racionando). 
Meia dúzia de coisitas
E a árvore de Natal - já agora dizer que devemos ser a única família que fez e desmontou a casa Natal duas vezes no mesmo ano (em rigor montámos, desmontámos e montamos outra vez em 2016 e vamos desmontar última vez em 2017)

Depois disso, a parte realmente gira: decoração! Quadros, fotografias, peças, apontamentos, detalhes. Tudo o que faz uma casa, casa, mesmo a tempo do Natal!

É o chamado "já agora"

A nossa casa foi entregue a tempo e horas, palmas, palmas, palminhas para a empresa que executou, vai daqui um beijinho bom para todos.
Não foi no dia com que se comprometeram quando as obras começaram mas a responsabilidade está toda do nosso lado porque, já agora, fomos acrescentando coisas.

Já agora focos na sala;
Já agora rever a wc de serviço;
Já agora pintamos o exterior;
Já agora instalam também a máquina.

Clientes chatos nós nos acusamos mas correu tudo muito bem!

Esta semana fui receber novamente a empresa para uns detalhes de última hora e durante o tempo em que lá estivemos fui-me lembrando de mais uma coisinhas. Olhem aqui esta lâmpada, se calhar davam aqui um jeitinho, e se pudessem passar aqui qualquer coisa para abrir, e encontrei uma dobradiça empenada and so on.
Já pedi serviço de suporte das nove às cinco durante o próximo mês mas bem, bem era recebê-los lá em casa de malas e bagagens e ficam lá a viver para ajudarem sempre que preciso.

Isto faz-me exactamente lembrar a minha saída do hospital depois de ter tido a C.
(Não tem nada a ver pois não?)
Saí num quinta feira à hora de almoço e no sábado fomos fazer o teste do pézinho com a parteira no mesmo hospital.
A minha sugestão na altura foi deixarem-me passar ali mais uns dias, com aquele apoio todo fabuloso dos profissionais de saúde que lá trabalham.
Agora não são de saúde, mas são altamente PRO's em remodelações de casa e obras e arranjos em geral por isso, já agora, podia muito bem adoptá-los.


Ai agora é que dizem?

À excepção da vizinha de cima, os nossos vizinhos são imensamente simpáticos. Toda a gente conhece a C. e é simpática com ela; aqueles que têm cães têm sempre o cuidado de parar um bocadinho à beira dela para uma festinha; todos são bem educados, atenciosos, há um bom espírito. 

Num destes dias em que já andávamos em mudanças, desci no elevador cheia de tralha e encontrei no RC uma dessas vizinhas, a quem pedi desculpa pela demora a sair com os sacos, caixas, coisas, justificando-me com um "estamos a mudar de casa".

Ao que ela me responde:

- Não me diga que vão sair pelo mesmo motivo que saíram os outros.

Ora, não tenho bem a certeza quem sejam os outros, nem o motivo; faço uma cara que acusa o desconhecimento e a senhora continua.

- Ninguém pará nesse apartamento por causa da vizinha de cima. São as terceiras ou quartas pessoas que se vão embora por isso. Quando vocês vieram para cá eu até comentei com o meu marido, coitado deste casal, não vai ter sorte..

Cara de não saber é substituída por cara de espanto.
Ora e terem avisado antes? E colocaram um cartaz à porta do prédio informativo da situação que se arrasta há que tempos?

Tenho tantas coisas na cabeça sobre isto que nem sei por onde começar.
Mas, tentando:

1. Já percebi o motivo pelo qual o senhorio não ficou minimamente admirado nem surpreso nem fez perguntas quando lhe dissemos que íamos sair antes do fim do contrato;
2. Como é que é possível isto se arrastar há tanto tempo e ninguém fazer nada?
3. Como é que um prédio com tanta gente se baixa perante uma única pessoa?
4. Como / porque é que as pessoas são tão mal formadas, mal educadas, estúpidas - estou a pensar na vizinha problemática?

Não tenho estudos para processar isto.
Se uma, duas, dez, vinte pessoas (bastava uma, na verdade) me viessem bater à porta dizendo que os meus tacões fazem um barulho ensurdecedor que não deixa ninguém dormir, estava o recado dado e eu deixava de usar tacões em casa (por acaso a primeira coisa que fazemos - todos - quando entramos é calçar meias ou chinelos; não andamos calçados em casa).
Não era preciso chamar o porteiro e a administração do condomínio e os senhorios e meio mundo nem deixar recados ou mandar bilhetes ou cartas registadas com aviso de recepção. Eu ouvia à primeira. Não percebo como é que esta mulher ainda não ouviu. Tanta falta de civismo numa pessoa só deixa-me os nervos em franja. Mas sendo recorrente, também não percebo por outro lado como é que ainda não existe uma acção judicial contra esta senhora.

O que posso dizer mais sobre isto?
Boa sorte para os próximos arrendatários.
Saibam que eu fiz o meu papel e alertei a agente imobiliária para o descalabro que o barulho é.
Agente imobiliária essa que tem também uma história "gira" nesta matéria: por problemas vários que foi tendo com vizinhos, comprou uma casa no meio do mato, na expectativa de paz e silêncio. O que lhe sai na rifa? Uma casa construída em frente em que o dono toca bateria all night long!

Adoro pessoas!

É Natal, É Natal, tralarárárá

Quando é que sabes que é quase, quase Natal?

O teu irmão emigrado chegou a casa!
Há um canto da casa atolado de embrulhos que já não tens como disfarçar;
Há caixas e envelopes para enviar pelo correio;
Tens postais em cima da mesa para escrever;
Acordas a cantar "last Christmas!"
Já apetece café e rabanadas;
Sonhas com filhoses;
Cheira-te a bacalhau cozido e cabrito;
Tens pelo menos vinte e sete jantares marcados;
Despedes-te com "feliz Natal";
A lista de prendas a comprar tem "visto" em quase todas as pessoas;
Apetece-te ainda assim comprar mais do que o habitual;
Já comeste no mínimo setenta e nove ferrero rochér's;
Já babaste a montra da Padaria que tem o melhor bolo rei de chocolate do mundo;
Já nada te pode chatear e o mundo é belo e amarelo com luzinhas a brilhar!

Não bastava ser segunda-feira..

Era preciso aparecer-me um cabelo branco na linha da frente da cabeça e nascer-me uma espinha gigante na cara, sabendo como se sabe que tinha hoje uma entrevista de trabalho?

A minha agenda

(Lembram-se "d'A minha agenda")

Ora, agendas, esse tema que me é tão, tão querido ou não fosse eu um ser dependente do papel e caneta, como do ar que respiro, dos abraços do meu homem e dos mimos da minha filha.

Este ano, e desde há vários que não acontecia, a minha agenda vai inaugurar a 1 de Janeiro. Coisa estranha.
Para mim o início do ano é, para estes efeitos, Setembro. Janeiro parece-me que já vai tarde. Mas recebi aqui há uns meses de uma querida amiga a agenda para 2017, que só começa mesmo no ano novo, e como tal fiquei descalça entre Setembro e Dezembro. 

Assim, ando toda confundida com os dias e semanas e coisas para fazer. Um caos de papeis na minha carteira na tentativa de acompanhar as coisas todas - sem grande sucesso, na verdade.

Só ligeiramente compensado pela própria da agenda, que é gira, gira.


O que é difícil não é ter filhos; é fazer as outras coisas todas

Em geral, as pessoas queixam-se todas da falta de tempo. Para ler, passear, escrever, dormir. A nossa vida anda a mil, sempre, e em especial nas horas de ponta em que há banhos, pequenos-almoços, saídas para trabalho, escola, creche e jantares, dentes, cama. Quando é que brincamos se temos uma máquina para estender e outra para lavar?; se há um cesto para passar, casas de banho para limpar, a casa para varrer? Quando é que falamos? Quando é que convivemos? 

A falta de tempo preocupa-me. Mas quando estou sentada, acabo por me preocupar também com a roupa, jantar, limpeza. Os filhos requerem a nossa atenção, mas a cozinha e a casa também. As coisas não se fazem sozinhas e, confesso, nem sempre consigo desligar de tudo o que tenho para fazer.

Com estas preocupações em mente, desenvolvi uma teoria absolutamente brilhante.
O que é difícil não é ter filhos; é fazer as outras coisas todas.

Vejamos.
Se eu só tivesse filhos mas não tivesse preocupações com as coisas de casa (porque tinha alguém para isso ou porque simplesmente não queria saber se tinha um prato ou vinte para lavar ou um par de calças ou todo um armário para passar), dedicava todo o meu tempo aos filhos e era tudo melhor. Intercalar as brincadeiras com a C., com a tábua e o ferro, ou os passeios com ela com os tachos e esfregonas é que me complica a vida. Complicar não é bem o termo; era só melhor se não o tivesse de fazer.

Todos os livros da especialidade me vão dizer que devo ignorar lides de casa e dedicar-me ao que é mais importante mas isso é um desafio. Juro que ouço a casa a gritar pela minha atenção. É preciso alguma criatividade e elasticidade para enfiar tudo em 24 horas, sendo que uma boa parte estou a dormir e a trabalhar, sendo a outra para o resto.

No fundo isto está tudo mal e devia ser ao contrário. Uma grande parte para o que é importante e outra mais pequena para o resto, sendo certo que se eu só tivesse filhos e não quisesse saber da casa, era tudo muito mais giro.

Quem precisa de fadas quando temos madrinhas?

Baptizei a minha filha no dia 26 de Dezembro de 2014 (não foi no dia de Natal porque não deu), tinha ela pouco mais de dois meses. O padrinho, o meu irmão e a madrinha a minha prima mais velha (ainda assim, mais nova que eu).

Os meus primos são mais ou menos como irmão. Somos uma família enorme, muito, muito unida e gosto deles daqui até à lua. A escolha não foi muito difícil.

Quando decidimos a madrinha, a MJ. - que agora a C. apelidou com um nome mais carinhoso, M. - estávamos certos da escolha mas revelou-se uma surpresa maior.

A madrinha da minha filha é tão carinhosa, preocupada, atenta, interessada, amiga..! - se calhar, como as madrinhas devem ser mas as boas pessoas surpreendem-me sempre. Estou feliz com esta escolha.

Na semana passada estive fora um dia em trabalho e foi a M. que foi lá para casa ficar com ela. Fez todas as perguntas e quis saber todos os detalhes ao pormenores, para garantir que se mantinham os rituais da C. Tratou dela, deu-lhe de comer, banho, brincaram. Levou-lhe umas cartas do Noddy, um mimo querido porque ela adora e passaram as duas um dia diferente e especial.

Eu cheguei à noite, ainda a C. acordada, e quando nos fomos despedir à porta da M. disse-lhe para dizer adeus à madrinha e obrigada. Ela responde:

- Adeus M. Obrigada. Gosto muito de ti. 

Coração cheio!

Outro em tempo real (ou de real sono)

Será talvez a décima vez que vou a Lisboa este mês. Sim, este que começou há 6 dias. Há sono e muito trabalho e vamos lá embora.

Bom dia, bom dia!

A todos um bom Natal, a todos um bom Natal, que seja um bom Natal para todos nós!

Coro de Santo Amaro de Oeiras no play.
Filhoses acabadas de fazer
Camisolas vermelhas - no caso da C., de renas
Caixas e caixotes acabados de trazer da garagem
E assim começa o nosso dia de fazer a casa-Natal!

O pai monta a árvore. A mãe as decorações. E a filha tira tudo do sítio enquanto vai dando gritinhos "viva a casa Natal, viva!"

Eis a nossa tradição de dia 1 de Dezembro, esse feriado maravilhoso, que este ano foi de sol.

A pergunta que se impõe: mas não vão mudar de casa dentro de meia dúzia de dias? Vamos. Mas isso agora não importa nada. O que importa é que temos árvores, bolas, luzes, anjos, pais Natal, bonecos de neve e todo um mundo encantado dos brinquedos (que vamos desmontar dentro de dias, verdade) e que isso deixa a nossa casa - e a nós! - feliz.

Se sairmos ali da zona de entrada, hall, sala e entrarmos no escritório há todo um caos de caixotes e sacos já com 1/12 de casa desmontada (alguns armários da cozinha e parte dos livros, nada mais) onde é tudo menos Natal. Mas no que interessa mesmo, na parte onde mais se vive (sala), é confortável e fofinho e sem dúvida a época mais bonita do ano. As mudanças? Logo virão, com calma e tranquilidade, que é NATAL ! Viva!

Make a wish

A Wells tem este ano novamente disponíveis as etiquetas de Natal em parceria com a Make a wish. São 14 etiquetas com o custo de um euro, cuja venda ajuda a realizar desejos de crianças.

As etiquetas têm o tradicional espaço "de:" e "para:" mas têm também os desejos das crianças.

Não sei se são todas iguais, mas os desejos das minhas são,


Os meus preferidos:

"Eu gostava de ser uma princesa" - Diana, 8 anos
"Eu queria muito visitar uma reserva de pandas" - Joana, 16 anos


Os fãs de tecnologia:

"Eu gostava de ter um computador" - João, 14 anos
"Eu gostava de ter um tablet cor-de-rosa" - Margarida, 13 anos
"Eu gostava de ter um carro telecomandado" - Tiago, 13 anos


Os que gostam é dos famosos:

"Eu adorava conhecer o David Carreira" - Maria, 10 anos
"O meu desejo é conhecer o Cristiano Ronaldo" - Bruno, 10 anos


Os que pensam no futuro:

"Eu desejava ser chef de cozinha" - Manuel, 11 anos
"Eu gostava de ser piloto de avião" - Gonçalo, 6 anos
"Eu queria muito ser jogador de futebol" - Miguel,5 anos


As que são mesmo meninas:

"Eu gostava muito de ir às compras" - Marta, 16 anos


E os que sonham é com mundo:

"Eu gostava de ir à Disneyland Paris" - Francisco, 8 anos
"Eu adorava ir à Torre Eifel" - Tomás, 15 anos
"Eu adorava fazer um cruzeiro" - Rita, 16 anos

Ora então até amanhã

Deitei-me às duas da manhã
Acordei às cinco
Apanhei um comboio às seis
Fiz três horas de viagem
Estive sete em Lisboa
Apanhei outro comboio
Cheguei a casa às nove
Jantei
Brinquei com a C.
Deitei a C.
Arrumei brinquedos
E a loiça da máquina
Fiz massa de filhoses

E amanhã graças a Deus é feriado!