Quem está quase a nascer?

Amanhã é o dia em que passo aos trinta.
Pronto, era só isto.
Agora vou ali chorar.

Vamos a Lisboa!

Quando saímos de Lisboa - está a fazer um ano! - vinhamos com a promessa de que em breve voltaríamos para um fim-de-semana. Passaram onze meses e nunca aconteceu.
Finalmente, um convite de aniversário fez-nos marcar uma escapadinha pelo que é a sul que andaremos três dias em meados de Março.
Temos tantas coisas para fazer, e sobretudo tantas pessoas para ver, que nem sei bem como se encaixa tudo em tão pouco tempo.
Para já os planos incluem um jantar pseudo aniversário atrasado na sexta. Um brunch no sábado. Uma visita à casa de uns amigos e possível jantar no sábado. Um lanche domingo. Um passeio no Parque das Nações no domingo. E voltar a casa. Havemos de nos arranjar!

Ratinhos sapateiros

O Pingo Doce tem uma colecção de livros infantis que a C. adora e da qual tem seis títulos. Um deles, que é o mais giro até agora, é sobre dois ratinhos que faziam sapatos durante a noite para ajudar o sapateiro. Uma coisa bonita sobre a amizade.

Bonito também era ter um marido que fosse ele próprio um sapateiro exclusivamente dedicado ao comércio nacional.

Isto porque nos saiu de casa a meio de Fevereiro e anda a dar a volta ao mundo. Para já foi Dubai, Austrália e Estados Unidos, mas sabe Deus mais a quantos sítios irá antes de voltar. Nós continuamos à espera mas dava mais jeito se Portugal fosse o único destino das viagens deste homem.

A avaliar pelo que vejo

Fiz uma breve análise ao mundo que me rodeia, mas só num raio de meia dúzia de quilómetros e estou convencida de que somos os únicos que não mascaram a filha no Carnaval. Espero que isto não dê lugar a trauma no futuro. Não consigo achar piada a esta festividade - e isto é um mal geral desta casa - por isso passa totalmente ao lado. Acho que a C. nem sabe o que isso é, embora outro dia alguém lhe tenha perguntado do que se queria mascarar e ela respondeu "pai Natal" (tão fixe a minha filha! já a saber que festas são importantes).
Posto isto, todo o fim-de-semana há zero carnaval na nossa vida e o mesmo se diga de terça-feira, o próprio do dia. O que dificulta um bocado os planos - e eu até estou de semi-férias - porque só há propostas ligadas com o tema. Para o ano penso melhor nisto, está decidido!


Férias. Pode ser?

Começamos finalmente a pensar nas férias. Falta uma eternidade de tempo mas tem estado um sol que não pede outra coisa que não praia e pé na água. Até a pequenina já anda a pensar nas férias (e damos graças a Deus pela ideia de ter comprado uma casa com espaço atrás para andarmos sempre na rua!).

Ora, planos?

O ano passado tivemos umas férias maravilhosas no sul de Espanha e este ano se tudo correr bem, vamos repetir a dose. I can't wait !
A parte menos simpática é que faltam mais de cinco meses. E eu que gosto de contar semanas, até tenho medo desta contagem que nunca mais acaba. Ainda há Carnaval, Páscoa, feriados, dias santos, um calendário que não tem fim e eu a precisar tanto de sol!
Será que se desejarmos todos com muita força as férias, elas chegam mais depressa? Vá lá, todos, um, dois, três..!




Só nós é que sabemos

No ano de mestrado tivemos uma cadeira que foi determinante. Depois de anos a sermos alunos, ali sentiamo-nos como pares. A alegria destas aulas devia-se essencialmente ao professor que tínhamos, que era brilhante, que desenvolveu em nós um espírito crítico a que não estávamos habituados. Passávamos as aulas a discutir, a debater, exactamente como o direito deve ser. Havia muita liberdade e éramos ouvidos, a contrastar um pouco com o que trazíamos da licenciatura. Um dia, na última aula, o professor de quem tanto gostávamos despediu-me até sempre com uma expressão de que lembro muitas vezes:

Só nós é que sabemos o que aqui se passou.

Há coisas que efectivamente não foram feitas para ser explicadas. Só vivenciadas. Talvez autores de excelência consigam explicar todas as coisas difíceis, consigam traduzir todos os sentimentos, todas as impressões, tudo o que se sente e se vive. Eu não consigo. Há uma grandeza e riqueza tão grande em algumas coisas e experiências, que só por quem elas passa consegue saber como foram.

Às vezes dizemos da nossa filha que "as pessoas nem fazem ideia como ela é", a querer dizer exactamente isso, que só quem vive com ela se consegue aperceber. É muito mais completa do que qualquer descrição e dizer-se que é bem disposta, sociável, que fala imenso e tem raciocínios fabulosos são apenas descrições vagas cheias de nada. 

Nunca me pus a imaginar que género de pais seriamos quando tivéssemos um filho ou que família seria a nossa mas se tivesse desejado alguma coisa seria de certeza assim. Formamos um pack de três e isto é uma coisa que só nós sabemos.

 

A minha mãe mandou-me arrumar o quarto e eu arrume a casa

De certeza que existe alguma explicação que a física ou a matemática possam dar porque isto é tão rigoroso como um número ou uma fórmula. Não pode ser só sorte ou destino. Nem pode ser só o universo a dar-me em dobro por um dia me ter portado bem, porque isto é muito mais do que uma multiplicação por dois, três ou dez. O nosso casamento é uma divisão de resto zero, absolutamente exacto. Não há noves fora, nem vírgulas, nem casas decimais. Somos uma unidade perfeita e eu sou imensamente grata.

O P. tem a capacidade inacreditável de me continuar a surpreender, de me mimar como se ainda me quisesse conquistar e eu não estivesse totalmente rendida, de ser atencioso e de ter uma atenção enorme aos pormenores. Como uma folha de papel em cima da mesa da cozinha que diz "feliz dia dos namorados", como um chocolatinho quando eu fico à espera no carro enquanto põe gasóleo, como deixar a tocar uma música que eu gosto enquanto tomo banho a um sábado de manhã. Passaram doze anos e é tudo como se fosse a primeira vez, o deslumbramento e a dedicação, a fazer-me sentir a mais especial das pessoas (e a estragar-me com mimos!).
Não sei que dei eu ao mundo para receber isto de volta - e seguramente nem sempre sou com ele como é comigo (mea culpa) mas a sorte que tenho não tem tamanho e eu reconheço-o todos os dias. Não sei bem o que seria se o universo não se tivesse posto a jeito para nos encontrarmos (e foi - mesmo - uma daquelas coincidências em que de certezinha absoluta, não há coincidência alguma e tinha mesmo de acontecer) porque nós somos exactamente o que tínhamos de ser. Ponto final.

Countdown

Última semana dos vintes (medo!)

Portanto, últimos dias para as trinta coisa antes dos trinta, que os resultados da pesquisa sugerem como sendo passeios de balão, prendas caríssimas a si próprio, mergulho ou surf ou mesmo nudismo (há outras sugestões mais giras).

Uma das sugestões, e a esta vou aderir mesmo que isso nada tenha a ver com cumprir qualquer lista, é mudar o visual.

O meu cabelo está neste momento pelo rabo e vou basicamente rapá-lo - olh'o exagero!

É assim que sinto mas descendo à terra, tenho o cabelo três palmos abaixo dos ombros e vou cortá-lo pelos ombros ou uns dedos acima - depende da minha coragem no dia. Ando com uma vontade imensa de mudar de visual e isto só aconteceu na minha vida quando:  i) o meu irmão emigrou para a Dinamarca; ii) o P. vou viver um ano para os Estados Unidos e iii) o P. foi viver outra vez outro ano para os Estados Unidos. Das três vezes fiz basicamente o mesmo corte mas agora quero mesmo novidade. É altamente provável que me arrependa mas eu gosto de viver no fio da navalha!


Isto, Aquilo e um Bebé

Em tempos achei que conseguia manter dois blogs em simultâneo (que ilusão..!) e criei o irmão Isto Aquilo e um Bebé. Durou seis meses e cinquenta posts. Depois faleceu, paz à sua alma.

Como o título indica, o tema central eram bebés. Começou quando ainda estava grávida e na última publicação a C. tinha sensivelmente quatro meses. Hoje lembrei-me dele e tiro do baú precisamente:


Amigos sem filhos
(Post publicado em Fevereiro de 2015)

O conceito não é novo; já tinha ouvido dizer que ocorria ali qualquer fenómeno com os amigos que não têm filhos, depois de nós os termos.
Hoje percebi qual. 

Uma amiga ligou-me de tarde e atendi-lhe o telefone à beira da C., que estava a resmungar com um boneco que não conseguia meter à boca. Não era choro nem gritos. Era um resmunguinho. Ao que a minha amiga - que não tem filhos - me diz em tom crítico julgador a meio da conversa.

- Bem, ela está com uma birra!!! Depois falamos. Adeus.

Ora, ela não estava com birra. Muito menos com uma birra!!! Mas foi o suficiente para se por a mexer rapidamente, não fosse o chorico uma doença infecto contagiosa capaz de lhe fazer mal. 

Ora, será que depois dos filhos os amigos sem filhos perdem a capacidade de continuar nossos amigos?


Porque é que me lembrei disto?
Entre amigas com e sem filhos, falávamos de fazer uma viagem em conjunto, ao que uma diz:
- Como devem compreender a coisa que uma pessoa recém casada menos quer é ir de férias com os vossos filhos.

De maneira que é isto. Tudo igual precisamente dois anos depois.

"Eu sou apenas a sorte de poder amar-te"

Gosto do Miguel Esteves Cardoso. Acho que escreve como quem fala e às vezes aprecio isso num escritor. Outras vezes gosto mais de quem escreve como quem pensa.

Este artigo foi publicado no dia dos namorados, Para a Maria João.

Decorei esta frase - eu sou apenas a sorte de poder amar-te. E acho que ele tem razão.


Para além do amor dás-me os dias de vida, cada um mais inteiro do que o anterior, ao ponto de limpar toda a saudade.
Para além do amor entregas-me o futuro, como a doçura de um momento seguinte que eu nem sinto chegar mas que à mesma me leva com ele. Para além do amor levas-me tu, para onde ninguém vai sozinho, pelo ar. 

Quando uma amizade...

J., Não há uma maneira boa de começar esta conversas mas os últimos meses foram dificeis, tu sabes. Não falo de maus momentos, como todos temos, como já vivemos alguns, que sabes bem que estou sempre aqui para ti. Falo sim deste sítio a onde chegamos, onde encontraste algum gosto em me fazer mal. Onde não tens qualquer restrição em admiti-lo e eu não sei o que é mais grave, se me magoares conscientemente, se retirares prazer disso e mo dizeres.
Não sei que foi feito da nossa amizade. Sei que foi sempre diferente, nem sempre fácil. Mas próxima, verdadeira. É pelo menos assim que a vejo. Até há uns meses. Sei que o momento em que estás é imensamente dificil, sei que doi, que custa. Sabe por favor que eu estive sempre ao teu lado, que quis sempre o teu bem. Mas tens tornado a minha tarefa um desafio para o qual não estou à altura. De repente eu tornei-me no teu alvo a abater e não estava preparada para isso. Não merecia. Sabe também que nada mais me resta do que dar um passo atrás. Continuarei ao teu lado, continuo a torcer por ti. Certamente chegarás onde mereces mas antes disso, por favor aprende a ser feliz.

O amarelo outra vez!

Ora então como revelei, estou apaixonada pelo amarelo!
Tão apaixonada que a C. tem também já umas calças e um casaco, ambos lindos de morrer.
Este sábado estava de calças cinzentas e casaco amarelo mostarda, uma combinação de que gosto particularmente (e que por acaso foi a da decoração do meu casamento) e fizemos uma pequena sessão de fotografias, deitada no chão do quarto dela a brincar. 
Confesso que já tinha saudades de fotografar. O resultado final, modéstia à parte, ficou maravilhoso!

Entretanto, estas cores servem também de inspiração para a renovação do quarto dela que andamos a adiar. Tenho gasto horas infinitas em pesquisas de inspiração mas ainda não cheguei ao ponto em que sei o que quero. Dúvidas, dúvidas..!
(E qualquer ideia é bem vinda!)






VIRAL

Não faço ideia como é que nunca me tinha cruzado com esta plataforma de informação chamada Viral

No fundo é uma agenda com tudo o que se passa nas mais diversas cidades (basta selecionar) e há para todos os gostos - música, teatro, dança, cinema, culinária, fotografia, leitura, exposições, experiências - Um mundo enorme.

Com isto tomamos uma resolução de ano que já não é muito novo mas ainda vai bem a tempo, de escolher uma actividade por semana e fazê-la a três. Pode ser um workshop de mochos ou um concerto para crianças. Para diversificar as nossas rotinas e sobretudo cumprir este desejo de combater a inércia.



Mais uma actualização no "mês sem compras"

Consegui endireitar um mês que não começou lá muito bem - excepção feita a Londres, em que comprei para mim uma saia (linda! - será o outfit dos 30, já agora) e algumas coisinhas para a C. mas desde então que ando em pleno controlo. Ajuda transferir o salário todo para outra conta, embora também me tenha criado alguns constrangimentos a pagar outras despesas. Não há soluções perfeitas.

Ajuda também não abrir os e-mails que recebo diariamente de todas as lojas onde habitualmente faço compras online. Tenho apagado tudo antes de ver, não vá o diabo tentar-me. Estarei talvez a desperdiçar magníficas oportunidades de adquirir bens a preço final de saldo mas um compromisso é um compromisso e vamos manter-nos fiéis enquanto pudermos.

Posto isto, avalio com nota positiva este um mês sem compras (que não corresponde exactamente a Janeiro, mas algures a uns trinta dias) e vou continuar - pelo menos até à chegada da nova coleção! Wish me luck!

La La Land

Para o outro dia desenvolverei mais este tema mas para já, um desabafo.

Eu achava que o meu Holywood guy fosse o Bradley Cooper mas tenho a dizer que afinal não.
Alguém já pôs bem os olhos no Ryan Gosling?

Querido Bradley, sei que fomos amigos por longos e bons anos mas lamento dizer-te que o meu coração é do Ryan. 







Pronto, era só isto (se eu não fosse casada).
E já agora, o filme está nomeado para catorze óscares e merece-os todos e mais algum.

Ementa da semana: Terrela

Mantendo o foco na comida (nada a fazer), há mais dois sítios que tenho necessariamente de referir. Um porque tem sido o Brunch mais ido; outro porque foi o melhor até agora.

Para hoje, a ementa é Terrela, mesmo ao lado da Casa da Música e com um bnrunch de fim-de-semana muito bom. Confesso que já lá fomos umas três ou quatro vezes, sozinhos e em grupo e nunca desilude.

O espaço é simpático e com pinta. Tem imensa oferta de pratos quentes, frios, sopas, sobremesas. E o preço é amigo. Ou seja, uma combinação perfeita de elementos para fazer desta opção uma óptima escolha.

Funciona também como restaurante "normal", onde se podem até organizar eventos mas isso ficará para segundas núpcias porque acabamos sempre no brunch e nunca experimentamos o resto - em equipa que ganha..!

Quando se sai, tem a enorme vantagem chamada Casa da Música, mesmo em frente, que também é sempre uma boa opção, por isso só boas razões para visita em breve.






Ementa da semana: The Bird

Esta semana queria falar sobre restaurantes em geral, sítos bons para comer / petiscar em particular, no Porto (where else?)

Inaugurei o tópico com o Maria Bola, e entretanto juntamos mais alguns ao roteiro.


Hoje, começo pelo fim, que é como quem diz, pelo último sítio onde fomos, precisamente no fim-de-semana passado.

Sábado às 11.00 o meu homem diz que temos planos para a hora de almoço. Suspeito sempre de brunchs mas não faço ideia onde vamos. Chove e está frio.

Encontramos no The Bird o sítio perfeito.
Aqueles ambientes super confortáveis, que parecem tal e qual a sala de uma família pronta a receber um amigo com comidas maravilhosas e uma decoração totalmente acolhedora.

Fomos efectivamente no brunch e pedimos o prato do dia para a C. 


As tostas são óptimas. Os bolos, maravilhosos. Adorei os scones e a sopa era divinal (até a pequenina que é esquisitinha com sopa fora de casa, gostou). A senhora que nos recebeu foi imensamente simpática, sempre preocupada com a C., se estava a gostar, se estava a comer bem. Adoro pessoas assim. 

O espaço tem também uma esplanada ao ar livre, onde por razões óbvias não estava ninguém, mas que parece ideal para dias de sol. Com a vantagem de ser na Foz.

Vai com selo de qualidade Isto e Aquilo e será de certeza um sítio a voltar em breve.




Deitar cedo

Vinha a ouvir as manhãs da Comercial e encaixa em mim como uma luva aquele pensamento, mal o despertador toca,

Hoje vou para cama mais cedo!
 Eslecialmente quando acordo às seis da nanhã..

Dizer por isso que logo às dez estarei a dormir.

(E bom dia!)

Notas mentais para não esquecer

Há dias comentava uma amiga que quando somos crianças fazemos coisas muito mais giras do que quando somos adultos; isto a propósito das aulas de música e artes plásticas da C. Dizia ela que em crianças estas actividades servem também em parte para nos preparar para a vida adulta mas a verdade é que quando crescemos deixamos de as fazer (ora bem, há quem ainda vá fazendo coisas).

Esta conversa aconteceu curiosamente dois ou três dias depois de ter comentado com o P. que me sentia numa enorme inércia. Acordar de manhã, trabalhar, almoçar, trabalhar mais, brincar um bocadinho, xixi, cama. Já aqui tenho falado do quão estúpida a nossa vida pode ser às vezes e é bem verdade.

Naturalmente que a falta de tempo não tem absolutamente nada a ver com este assunto, porque temos tempo para tudo o que queremos, mas escudo-me às vezes nessa desculpa (e nem se quer vejo televisão!). Se for no entanto sincera comigo própria, sei que está tudo na minha cabeça e por isso convém lembrar-me sempre que tenho tempo - e só me falta disponibilidade mental para:

Ler todos os dias
Escrever todos os dias
Ir a pé para o trabalho
Ler o jornal mais vezes
Fazer desporto
(Comer melhor)
Tirar mais fotografias
Escolher um acessório diferente todos os dias
E uma carteira, já agora
Procurar mais concertos / espectaculos
Estar mais atenta à Casa da Música
Brincar todos os dias
Em geral, fazer coisas, ir a sítios, ter actividades

Só para não me esquecer.
E bom fim-de-semana!
          

Agora que passaram oficialmente quatro semanas

Apenas uma pequena actualização ao post anterior, em que gabava as minhas unhas.

Pois que passaram quatro semanas e elas continuam linhas e maravilhosas. Obviamente que cresceram e se nota um bocadinho o crescimento  mas aqui entra a sabedoria de escolher um verniz de cor parecida à da unha para que a diferença seja menor (que boa dica, estão a ver?).

Quatro semanas depois é tempo de manutenção e mudar a cor para uma igualmente neutra que isto de andar um mês igual convém que não enjoe.

Continuo sem saber em detalhe quais os efeitos secundários desta técnica mas estou crente que corremos riscos em tudo na vida pelo que este será só mais um, que numa escala de avaliação não será certamente tão elevado assim. Até ver, estou fã e recomendo.


Uma sorte

Há dois atrás, recebi no meu aniversário pela mão do meu homem uma prenda absolutamente maravilhosa, daquelas coisas que só ele se lembra porque me conhece de cor.
Falei dela aqui.

Isto vem a ser nem mais nem menos do que todo o blog impresso em papel (e a cores!), desde o dia em que o criei até Janeiro de 2015.

Não só eu prefiro tudo quanto seja em papel, como tenho uma memória física deste espaço, de que gosto igualmente.

São dois livros religiosamente guardados na estante, de forma discreta e afastada dos olhares públicos, nos quais peguei ontem por mero acaso para me deter uma hora no sofá a lê-los. 
Somo às vantagens atrás enunciadas, o prazer imenso de recordar coisas antigas só por ler algumas palavras ou ver algumas fotografias.
Uma sorte, este meu homem.


       

Liberdade para pensar

Na semana passada soube de uma campanha publicitária que foi posta no ar e de seguida retirada porque algumas pessoas se sentiram ofendidas.
A publicidade era de uma famosa marca de medicamentos para dores menstruais e dizia qualquer coisa como:

Sair de casa de fato de treino e encontrar a ex do seu namorado?
Há dores que só as mulheres conhecem!

Se pensar que há "coisas mesmo de gaja", revejo-me totalmente nesta publicidade. Não é verdade que se tivermos de nos cruzar com a ex do nosso homem, mais vale que o façamos no nosso melhor? Não é tão tipicamente de mulher este pensamento?

Pelos vistos várias mulheres levaram isto a mal. Tão a mal que a marca veio pedir desculpas e retirar do ar. Alegadamente, não fui confirmar.

Isto faz-me pensar no caminho em direcção à ditadura que estamos a fazer. Passamos de não poder pensar, para sermos livres, para agora não podermos falar outra vez, em nome de outra liberdade qualquer.
Fascinam-me em absoluto as pessoas - acho que já aqui falei disto. Fascinam-me sobretudo as pessoas cujo modo de funcionamento eu não compreendo; são um desafio ao meu cérebro, à minha capacidade de entendimento. Primeiro, neste caso, não percebo onde está a ofensa; segundo, não vejo como se invista tempo a energia em querer retirar isto do ar.

A verdade é que me tenho vindo a aperceber que nada do que se diga em público é bem recebido, mesmo os factos indubitáveis. Eu digo que os meus olhos têm uma parte branca e outra preta e de certeza que alguém virá dizer a seguir que sou racista porque me referi a olhos pretos e brancos (no meu caso ninguém virá dizer nada, graças a Deus pelo anonimato). Percebem a ideia? Somos biliões de pessoas que se prestam a milhões de entendimentos e o que me fascina é a tendência para a maldade em muitas interpretações. Porque é que uns olhos não podem ser só pretos ou brancos, sem segundas intenções? Porque é que uma marca não pode dizer que há coisas que só as mulheres percebem, sem segundos significados? E sobretudo, porque é que as pessoas não podem ser mais tolerantes com aqueles que dizem coisas contrárias às suas?

Tenho este princípio por verdade absoluta e muitas vezes na minha vida tenho decidido com base nele: a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros. Que vale dizer, a liberdade dos outros também vai até onde começa a minha. E por isso os outros ( e eu) deverão poder ser livres para pensarem, falarem, opinarem como muito bem entenderem (não contendendo com a liberdade dos outros) sem que metade do mundo se enfureça só porque sim, se revolte só porque sim ou gere uma revolução só porque sim. Que não nos esqueçamos do tempo em que não éramos livres para pensar.

Comprei uns sapatos (o ano passado!)

Comprei uns sapatos que representam tudo aquilo que detesto em sapatos:

- São daquele modelo "de homem"
- Rasos
- Sola branca
- Camurça
- Castanhos

E no entanto, estou perdidamente apaixonada por eles. São lindos!
Prova de que o conjunto é muito mais do que a soma das partes (e de que, certamente, a proximidade aos trinta me está a mexer com o tico e o teco..!)