Mimos postais


Se há coisa que eu gosto (que gosto, não vale a pena mentir) é de andar às compras. Ver as lojas, encher os braços de coisas, experimentar, pôr, tirar, gostar efectivamente, trazer comigo. É todo um ritual anti stress, uma coisa em bom. 99% das minhas compras são assim, mão com a coisa, toque, cheiro, contacto.

No entanto, para além deste mundo encantado das lojas, há qualquer coisa de maravilhoso em receber em casa aquilo que compramos à distância. Aquela expectativa de saber se é exactamente o que estávamos à espera ou melhor, o esperar pelo senhor dos correios, ir lá ver se trouxe alguma coisinha para nós, o ver o envelope ou a embalagem no fundo da caixa do correio. Há toda uma emoção nas compras à distância! 

No último mês recebi em casa três encomendas e estou neste momento à espera de mais duas. Aos saltinhos, em pulgas!

A primeira a chegar foi maquilhagem. A segunda o meu baby journal da Moleskine e hoje mesmo um colar lindo e maravilhoso! A aguardar, uma máscara de cabelo e uma pulseira muito, muito especial. Estou a contar os dias. A minha agenda está cheia de apontamentos para me ir lembrando os contactos de insistência e serei certamente a cliente mais chata da história. Nada a fazer.

É toda uma nova modalidade de compras na minha vida que só agora começo a descobrir mas de que já estou fã. Portanto, dicas de lojas giras serão muito bem vindas.

Sinais de contagem decrescente

Descemos não só um tamanho no comprimento como vários números na paleta de cores. Sinal claro de que há uma baby girl quase a chegar a casa e de que a atmosfera geral se vai adaptando a ela. Mesmo que isto comece nas unhas e as unhas não tenham tanta importância assim.


De qualquer forma, não sei o que me parecem os tons mais fortes quando tudo me cheira a bebé, quando há meias pequeninas no estendal, chupetas à espera de serem fervidas, peluches por todo o lado. Sim, as nãos devem estar ordenadas com o resto. Afinal vão ser as primeiras a abraçar a piolha que aí vem. E já falta pouco.

"Liberdade é pouco. O que eu quero não tem nome"

Discutia frequentemente com um amigo qual o nosso direito mais importante. De todos os que a lei nos dá, por qual devemos estar mais gratos? Qual o mais necessário?

Eu falava em liberdade. Ele em propriedade.

Propriedade não no sentido material mas de segurança, de protecção, de garantia de que o que conquistamos é nosso, que não será invadido ou retirado.

Liberdade em todos os sentidos. De movimento, de expressão, de pensamento.

Parece-me honestamente que, sem pensar muito no assunto, a maioria ia na liberdade. Se não formos livres, de que nos serve a propriedade? Mas no fundo entendo também o argumento dos proprietaristas e nem me parece tão descabido assim. Que me perdoe o 25 de Abril.

Mas se não é pela propriedade que vivemos presos (ou livres numa prisão), certamente não será pela liberdade.

Hoje discutia-se ao almoço entre amigos se se deve ou não fazer um esforço num caminho por um trabalho melhor. Se compensará ou se devíamos todos ser mais comodistas.
Verifico que há de tudo entre nós. Dos conformistas aos inconformados. De quem não pretende sair de onde está nem ir mais longe e de quem se prepara para mudar de continente. Devemos acomodar-nos com o confortável que temos ou vai haver sempre alguma coisa que nos move mais? Pelo que somos, liberdade ou propriedade?


A semana que eu achava que ia ser calma, acabou por ser de dez a doze horas de trabalho por dia e de três ou quatro horas de sono por noite. Dormir tem sido um desafio e dou comigo às voltas e voltas, a levantar-me e a passer pela casa e a descansar cada vez menos. Portanto, zero cura de sono e descanso nem vê-lo.

A parte boa é que o fim-de-semana lá chegou, consegui ficar na cama até às nove - ainda que nem sempre a dormir - e durante o dia deu para descansar. Pelo menos uma parte da tarde. Fomos visitar uma parte de Lisboa por onde já passamos mil vezes sem entrar e o fim do dia fez-se no Jardim da Estrela, com pequena volta em Campo de Ourique logo depois. Uma nota só para dar conta de que quem diz que aí há todo um mundo de lojas de coisas de bebé, mente e mente feio. Vi uma fechada e outra nada de especial. 

Posto isto, um pequeno salto à Choupana - coisa feia! - e a noite promete agora sofá e home cinema. Namoro bom, quem sabe um chá e vivam os dias assim, em que a normalidade é tudo o que nos apetece.

Cafetaria Mensagem - Altis Belém

No sábado passado, com a desculpa do aniversário do homem mas a limitação de ter de sair de Lisboa às onze da manhã, fomos experimentar um conceito diferente - um pequeno-almoço de hotel sem estar instalado no hotel. 

Para começar desconhecia a possibilidade. Ao que parece no entanto vários hoteis têm esta opcção.
Claro está que não é tão bom como um brunch. Mas é mais simpático que um pequeno-almoço no café.

O Altis Belém está na nossa mira há algum tempo precisamente pelo brunch. Tenho lido excelentes críticas e estamos em pulgas para provar. Mas para além de ser ao domingo, só começa a partir das 11.00 h. Tudo de mau para um dia que é sábado e em que estamos de saída justamente a essa hora.

Ainda assim, o pequeno-almoço é bom e o sítio muito giro. Ficamos na esplanada num dia de sol, com imensa gente a passear, a fazer desporto, a aproveitar o fim-de-semana. Gosto disto! Havemos certamente de voltar, com menos limitações temporais.

No regresso, pela marginal, constato com algum espanto que fizemos (o P., a F. e eu) aquele caminho ida e volta de bicicleta, comigo grávida. Quarenta e tal quilómetros e alguma loucura à mistura. Quem sabe quando formos ao brunch, não nos entusiasmasmos outra vez.

It might seem crazy what i'm about to say - 3/3

Round 3!
K.O.!

Como uma desgraça nunca vem só, depois de malas e roupa, os sapatos. No caso, as botas. É a minha perdição de Inverno. Amo de paixão e tenho para mim que é o calçado mais prático, fácil e fofo de todos os tempos. Fica bem com tudo, há em altas e baixas, rasas e de tacão, pele e pelo. Adoro tudo, nada a fazer.

Desta feita trouxe comigo dois pares. 


Uma aposta 100% segura numas botas básicas para todos os dias. Cor combinante com tudo, salto alto confortável para caminhadas de e para o trabalho e nunca mais é inverno. 


PVC? A sério? Esta opcção foi uma pequena loucura mas a culpa é da Vogue. Vi looks lindos de morrer com estas pequeninas e achei que podia bem experimentar. O preço ajudou a perder a cabeça. A ver vamos como corre. Mas inegável é a comodidade de ter calçado que dá efectivamente para a chuva. Que de resto estes dias não nos tem largado..!

Andamos aos saltinhos no fim-de-semana, a atravessar Portugal de lés a lés - para não variar. Só hoje, foram já quatro cidades em quatro distritos diferentes no lombo e ainda só é segunda-feira. À parte deste pequeno pormenor, a palavra de ordem desta semana é DESCANSO. Continuamos a trabalhar mas vamos reduzir o ritmo do stress e da pressão a níveis históricos. Ai vamos, vamos!

Entretanto, um aniversário e um baptizado para trás. Também um programa de sábado de manhã novo - e tão bom - e projectos para o próximo fim-de-semana. Lá iremos.

Bebel Bistro

No fim-de-semana passado voltamos a um sítio de que gostamos especialmente, para repetir o melhor brunch de Lisboa. Simples e despretencioso. Tão, tão bom, que apetece sempre voltar.

Falo do Bebel Bistro, em frente à Assembleia da República. O conceito é simples: um brunch maravilhoso em modo buffet, com três adicionais vindos directamente da cozinha e uma bebida.

Os adicionais incluíram uma sopa fria de legumes, panquecas de figo e gelado de baunilha com pimenta.
Nota vinte para as panquecas. São feitas na hora e aterram na mesa quentinhas. Um dos pontos altos.

Quanto ao buffet, há uma mesa com o melhor da casa, que sendo relativamente pequeno em variedade, compensa em absoluto na qualidade.
A tarte de tomate cherry é qualquer coisa. Os bagels com queijo creme e salmão fumado, maravilhosos, a tarte de maça, divinal. Além disso, há pão e croissants, compotas, quejo, fiambre, tortilha e uma sala de massa fria. Nada de exagerado. Tudo no tamanho ideal do muito bom.

Desta vez, como estava a chover, ficamos num dos espaços de dentro. Mas estando sol, a esplanada é óptima. Gostamos muito e voltaremos novamente com certeza.


It might seem crazy what i'm about to say - 2/3

Round two! Fight!

Pois bem, cá estamos de volta, depois do desvario das malas, para o desvario da roupa.

Isoladamente considerado não foi nada por aí além - em especial atendendo aos preços - mas como já disse, conjugado com as restantes loucuras (onde ainda falta o calçado - lá iremos), descarrilou ligeiramente. Mas adiante.

Estou super entusiasmada com a nova coleção e não vejo a hora de caber em roupa de gente normal e começar a usar camisolas, casacos e coisas giras.

Por isso, e para me entusiasmar na perda de peso que será necessária dentro de menos de um mês (!), apostei em duas peças pós gravidez e noutra ainda para esta fase (só porque estava em grande promoção).


Começando pela última (directamente do saco para a fotografia - como se vê pelo engelho), é uma blusa básica, azul turquesa, onde o meu barrigão irá caber nas próximas semanas. Depois de barrigão ido, poderá ficar gira como túnica mais soltinha. A ver.


Momento de loucura claro, uma blusa preta totalmente transparente (a usar com top por baixo, logicamente), com uns detalhes em renda. Ainda tem a etiqueta para pensar melhor mas quem sabe não pode ser uma coisa engraçada. Um dia que seja magra, claro.


Esta adoro! É simplesmente uma camisola mas acho-a tão gira. Quase, quase a desejar o frio..!

Mercearia internacional

Sempre que o P. vai aos Estados Unidos peço-lhe que me traga M&M's de manteiga de amendoim e de pretzel. Não os consigo encontrar cá - embora saiba que existam - e lá há em qualquer esquina. 
Passa-se o mesmo com o meu irmão, a Dinamarca e os chocolates de marzipan.
Sou viciada em chocolate, nada a fazer.

A boa notícia disto tudo é que o P. vai aos Estados Unidos meia dúzia de vezes por ano e o meu irmão vem a Portugal três ou quatro. Por isso, a quantidade de doces que orbita ã minha volta nunca é muito significativa. O P. aliás faz questão - e bem - de trazer apenas um ou dois pacotes, que a mulher é dele e não quer cá bolas.

Ora o que vem a suceder?
Abriu porta com porta com o nosso raio de acção uma mercearia de comes e bebes internacionais. Chocolates americanos, bolos brasileiros, cervejas belgas, pratos chineses. Um mundo gastronómico à espreita de qualquer guloso.

No fim de semana, por mero acaso, demos de caras com a dita cuja e foi um ai a ver se te havias. Mãos cheias de desgraça. 

É favor atentar.



O Kit Kat de chá verde é muito mau - coisa rara de se dizer sobre chocolate - mas tudo o resto gostamos sim senhor.
Dizer só que quinta feira é dia de pesagem e a coisa só tem como correr mal. A culpa é do senhor da loja!

Spray and go

Sou bastante permeável a publicidade, como já aqui tenho dito. É um defeito que tenho, esse de ver ou ler sobre algum produto e de quase instantaneamente o querer experimentar. Não acontece com todos - valha-nos Deus - mas é mais frequente do que gostaria. Em especial, na área dos artigos de beleza, banho, hidratantes e familiares.

Posto isto, não é com surpresa que se recebe a minha vontade de experimentar os Spray and Go da Vasenol que de há uns tempos a esta parte andam por toda a televisão. Ainda não me cruzei com eles mas parecem-me tudo de bom. Fofinhos e práticos, com promessas de rápida absorção e hidratação, têm, parece-me, tudo para correr bem.

Os meus olhos brilham essencialmente para cima do verdinho aloe fresh, que imagino deva ser assim fresquinho e bom. Numa próxima ida ao supermercado, não me escapas, pequenino.



Martins pós férias

Como já aqui tenho dito, o nosso Martins é aberto uma vez por ano, prontinho a patrocinar umas mini ou médias férias de Verão. Até essa altura, algures em Maio, estamos totalmente às escuras quanto ao conteúdo. Pode ter dez, cem ou mil (nunca tem mil, curiosamente) e por isso é sempre uma surpresa.

No entanto, há uma altura do ano em que podemos fazer uma pequenina batota e contar quanto lá pomos. Acontece exactamente quando regressamos de férias. Como estamos afastados de casa por alguns dias, vamos juntando em qualquer lado as moedas de um e dois euros (todas as moedas de um e dois euros que durante as férias nos passem pelas mãos - poupança difícil, como já sabemos), que damos depois ao Martins no regresso.

Desta vez, em quinze dias conseguimos juntar mais do que o princípio base (um euro por dia por pessoa) por isso não foi mau de todo.

Agora é só continuar e em Maio falamos.


It might seem crazy what I'm about to say - 1/3

Voltar a Coimbra - uma cidade onde já fomos tão felizes - foi a desculpa perfeita para um saltinho às lojas. Já aqui disse isto, não já?

Aproveitando que o homem teve uma consulta, fui "fazer horas" e ver o tempo passar, com zero expectativa de.compras. Já devia saber que estes dias são os piores. Uma pessoa vai sem nada pensado, nem procura nada de especial e quando dá por si tem os braços cheios de coisas e, pior, adora tudo. É mais ou menos assim o resumo da minha passagem por Coimbra na última sexta-feira de férias.

Pois bem.
Passeando alegremente, dei comigo a levar malas, calçado e roupa para o vestiário, em tal medida que, atento o número máximo de peças por pessoa, tive de fazer duas rondas.

Hoje ficamo-nos pelas malas. Sim, plural. Uma vergonha no fundo. Falaremos ainda de roupa e calçado.


Mala em camurça beige, com alças em metal dourado e camurça. Do lado oposto ao da foto tem um fecho exterior e embora não pareça, tem alguma largura no fundo.
Pergunta para 100 euros: precisavas mesmo de uma mala beige?
Ora bem, uma pessoa precisar, precisar, assim como de pão para a boca, não precisa. Mas se bate o olho numa mala básica, grande, espaçosa, que fica bem com tudo, que nos acompanhará todo o inverno deste ano e dos próximos, que é gira, prática e ainda por cima está com super desconto, não há mulher que resista! Pedir o contrário é pedir de mais, tenham paciência. 


Mala em imitação de pele cinzenta.
Achei-a assim um mimo. Tem um tamanho perfeito e é a cara do Inverno. Além disso, fui informada de que a pele estará em alta esta estação. A cor dá com imensa coisa e como tem as duas alças, combina com um look mais casual, mas também dá o seu ar compostinho. Gostei mesmo dela. E convém dizer que não tinha nenhuma bolsa cinzenta. Onde já se viu?
Estou quase a desejar que chegue o mau tempo!

Do Planeta Barbie outra vez

Apostei já nuns tons mais escuros para o Outono / Inverno, que foram das últimas aquisições do Verão mas dadas as temperaturas que se fazem sentir, ainda vai sendo bem tempo de tons claros ou mesmo coloridos.

Desta vez fui num rosa claro - bem claro mesmo - que tem apenas a particularidade de ser o novo verniz infalible gel da L'óreal na cor irresistible bonbon.

Promete o "efeito gelinho" com 12 dias sem lascas nem estragos.
Acredito que o resultado final seja mais interessante num vermelho ou cor mais escura, mas ainda assim vou fazer o teste.




Mimos

Último dia de férias seriu, entre outras coisas, para dar um saltinho às lojas.
A pretexto de termos de voltar a uma cidade que nos é muito querida, acabei a dar uma voltinha na Baixa (e não só..) e a entrar numa loja de que gosto especialmente, The Body Shop.

Não sei se é por estar em plena rua, que tem sempre mais encanto que o Shopping, se por outro motivo qualquer mas vim de lá com dois amigos e em grande esforço para não trazer mais.


Crene de mãos


Gel de mãos

São os dois da linha abbsinto, que é assim uma pequena maravilha.
O creme já conheço de outros carnavais e é talvez o segundo ou terceiro frasco. O gel, vamos experimentar. Mas promete.

Medo de dizer está tudo bem

Há uma coisa sobre a condição humana que sempre me intrigou. Talvez não tanto da condição humana em geral, mas dos portugueses em especial. Diz-se mesmo que é traço muito próprio.
Falo daquela característica do "coitadinho" que tendemos a mostrar quando se pergunta como vai a vida, o "lá se vai andando como Deus quer," "nunca pior", "olhe, lá vamos."
Não gosto disto. 
Não gosto deste lado derrotista e down das pessoas, que envereda geralmente para um desenrolar de queixas, do estar tão mal, das dores nas cruzes. É um dado adquirido que todos temos os nossos problemas e canseiras ou mesmo dores. Mas questiono-me o porquê de a generalidade das pessoas preferir expor o lado pior, quando alguém pergunta como está. Não é também adquirido que há sempre um lado positivo, qualquer coisa boa? Porque não começar por aí?
Enfim, a queixa generalizada é coisa para me tirar do sério, especialmente naquelas pessoas que são absolutamente incapazes de dar uma resposta positiva em algum momento. Estou certa de que todos conhecemos alguma assim. 

Não nego que possa também ter esta particularidade em mim.
Em consciência diria que não tendo a dar respostas destas, que sou aliás bastante positiva e que se deverão contar pelos dedos das mãos as vezes em que alguém me pergunta como estou e eu respondo a tal da ladaínha portuguesa.

Hoje no entanto aconteceu um fenómeno algo estranho e julgo ter entendido o motivo da postura "vai-se andando" por oposição à do "tudo bem, obrigada."

Descia no elevador com uma colega que me perguntava como estava a passar com a gravidez.
Estou a passar lindamente.
Por qualquer motivo estranho disse que estava tudo bem mas que.. Sabem aquele "mas" que estraga toda uma frase? "Bem, a barriga já pesa e faz algum calor."
Isto nem se quer é verdade!
Ou melhor, claro que é verdade que a barriga vai pesando cada dia mais e que tenho efectivamente bastante calor. Só não é verdade numa perspectiva de queixa, porque não me custa nada que não possa aguentar. É normal, absolutamente normal e lido perfeitamente bem com isso. O tom com que o disse foi o que estragou tudo. Eu que nem sou assim!..

Os quase três quilómetros de caminhada até casa deram-me contudo para concluir a razão desta atitude.
As pessoas têm medo de dizer que estão bem.
Porque Deus castiga, porque "não cuspas para ar que te cai em cima", porque "fia-te na Virgem" e por uma série de outras sabedorias populares que inibem de admitir que se está bem.
No meu caso em particular, tenho algum receio de dizer aos sete ventos que está tudo a correr lindamente, que estou a adorar estar grávida, que não me tem custado absolutamente nada, que é uma experiência maravilhosa em todos os sentidos. Não, preferi dizer que a barriga já vai pesando a está calor. Porque se disser a verdade, a minha verdade, quem me garante que não acontece um volte face cósmico para que eu me ponha no meu lugar e tenha a minha quota universal de sofrimento?

Será mais ou menos o equivalente a não se poder contar os sonhos, porque se contar não se realizam.
Talvez não convenha a ninguém dizer que está tudo bem.
Mas se disser, o que acontece?


Sonhar não custa

Li no Público que está a decorrer o terceiro concurso literário Note (antiga Book it - Grupo Sonae).

As participações decorrem até 30 de Setembro e o prémio é a publicação de um livro.

Confesso que é um sonho antigo. A tríade "plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro" é algo que gostava muito de alcançar. Não falta tudo. Mas falta o livro. A árvore, creio que já o terei feito em miúda mas como não me lembro dos pormenores, não deve contar. Cumprido portanto, com 90% de completude, está o filho.

O livro, quem sabe..!
Mais informações no regulamento.

Setembros

Já passaram uns anos desde que deixei a escola (qualquer uma) mas Setembro continua a cheirar-me a regresso às aulas. Apetece-me estrear uma agenda nova, comprar novos cadernos para apontamentos e fazer resoluções de ano novo. Quase como Janeiro renovado. Sinto o 31 de Agosto como o 31 de Dezembro: no dia seguinte, há todo um novo mundo cheio de potencialidades.

Na verdade, sei que é apenas o regresso ao trabalho e nada mudou - para além da pilha de assuntos sobre a secretária. A agenda ainda durará até Dezembro, os blocos também mais una meses e tudo o que posso esperar dependerá exclusivamente de mim. 

Falei dos novos hábitos de maquilhagem a implementar. Poderia também falar da roupa e da necessidade de manter a atenção e dedicação a esse campo. Aspectos externos que fazem tanto por nós neste recomeço ou em qualquer altura do ano.

Para quem começa um novo ano ou simplesmente para quem como eu tem essa ilusão, um bom Setembro.