Orgulho!

Sendo uma apaixonada da papelaria, confesso que é com um orgulho imenso que dei ontem à minha filha de dois anos o seu segundo caderno A5 porque fez desenhos em absolutamente todas as páginas do primeiro e não há mais espaço livre.

Baby C. a seguir os passos da mãe desde 2014 (e mãe a dar uso aos quatrocentos e noventa e sete mil cadernos que tem em casa só porque são bonitos)

Uma ode ao comércio tradicional

Foi em 2005 que descobrimos o encanto de fazer compras de Natal no comércio tradicional (podia fazer um cartaz publicitário com isto). Desde essa altura que é uma tradição de Dezembro, de dias frios e de sol, outros de chuva provavelmente. Há sempre compras que são feitas localmente. Eu diria que a maior parte delas, embora por vezes acabe por ser necessário recorrer a uma grande superfície para as coisas mais difíceis. 

Este ano não foi excepção. Compramos algumas coisas na Baixa do Porto e noutras cidades por onde andamos também. E mais uma vez constato, não há nada que chegue ao comércio tradicional. A simpatia, a atenção, a disponibilidade, a calma. Sou fã.

Recentemente fiquei ainda mais fã quando liguei às 19:25 h. para uma loja para saber a hora de fecho e a conversa foi:

- Boa tarde, diga-me por favor a que horas fecham.
Fechamos às 19.30 h.
- Ah.. hum.. ok, obrigada.
Mas porquê, precisava de alguma coisa? Se for urgente eu espero um bocadinho.
- Não, não era urgente, era uma troca.
Mas termina hoje o prazo? Como falou comigo, damos mais uns dias.
- Não, obrigada mas o prazo não termina hoje. Eu é que vivo no Porto e não venho cá todos os dias.
Quanto tempo demora a chegar?
- Talvez uns 10 minutos.
Venha então que eu espero. Vou fechar a porta mas pode bater.

Ora, chegada à loja, entreguei o que queria para troca e ia pedir um vale para não ficar ali a gastar mais tempo da menina enquanto escolhia o que queria.
Pois que insistiu em que eu trocasse à vontade, demorasse o tempo que quisesse, não havia problema nenhum.
Saímos da loja às oito da noite, desfazendo-nos em agradecimentos e recebemos de resposta um,

- É Natal, temos de ser uns pelos outros!

Adoro - desta vez, mesmo - pessoas!

Agora sim, a todos um Bom Natal (ou uma chapa cinco)

Todas as pessoas desejam o mesmo e todas as pessoas dizem que o fazem, mesmo sabendo que é um cliché.
Eu não sou diferente das outras pessoas. O que eu desejo é chapa cinco mas inteiramente verdade. 

Não há nada que deseje mais, no Natal e nos outros dia do ano, do que saúde.

Um Santo e Feliz Natal a todos.


It takes a village to raise a child - Home edition

O processo de mudanças está a ser uma empreitada daquelas - nem outra coisa se esperava. Há tantos caixotes e sacos que parece que não acaba nunca isto de tirar de um lado e por do outro. Agravado ainda pelo facto de no sábado ter chegado uma carrinha com todos os móveis. Aí sim, fim do mundo em cuecas e eu em pânico a assistir, com o meu homem em modo happiness a acusar-me de ser um grinch da mudança (mas é verdade, eu não gosto mesmo de mudanças e não falo só de casas).

Mas,

Respirar fundo.
Contar até 10

No domingo decidimos mudar de estratégia a em vez de dois, éramos seis lá em casa. Há um departamento de cortinas, um de candeeiros, um de arrumos em armários, um de loiças de cozinha e todos em modo suporte à C., que brinca aqui e ali com uns e outros e se oferece para ajudar.
Conclusão: um dia inteirinho dedicado à casa nova, com um apoio que parece o de uma vila, e um avanço gigantesto no processo. Que não haja dúvidas que a união faz a força toda.

Ora, então o que falta nesta fase?
Todas as roupas penduradas nos armários estão por transportar;
Algumas coisas de cozinha também;
O frigorífico / congelador ainda está cheio (meio cheio na verdade que na última semana fomos racionando). 
Meia dúzia de coisitas
E a árvore de Natal - já agora dizer que devemos ser a única família que fez e desmontou a casa Natal duas vezes no mesmo ano (em rigor montámos, desmontámos e montamos outra vez em 2016 e vamos desmontar última vez em 2017)

Depois disso, a parte realmente gira: decoração! Quadros, fotografias, peças, apontamentos, detalhes. Tudo o que faz uma casa, casa, mesmo a tempo do Natal!

É o chamado "já agora"

A nossa casa foi entregue a tempo e horas, palmas, palmas, palminhas para a empresa que executou, vai daqui um beijinho bom para todos.
Não foi no dia com que se comprometeram quando as obras começaram mas a responsabilidade está toda do nosso lado porque, já agora, fomos acrescentando coisas.

Já agora focos na sala;
Já agora rever a wc de serviço;
Já agora pintamos o exterior;
Já agora instalam também a máquina.

Clientes chatos nós nos acusamos mas correu tudo muito bem!

Esta semana fui receber novamente a empresa para uns detalhes de última hora e durante o tempo em que lá estivemos fui-me lembrando de mais uma coisinhas. Olhem aqui esta lâmpada, se calhar davam aqui um jeitinho, e se pudessem passar aqui qualquer coisa para abrir, e encontrei uma dobradiça empenada and so on.
Já pedi serviço de suporte das nove às cinco durante o próximo mês mas bem, bem era recebê-los lá em casa de malas e bagagens e ficam lá a viver para ajudarem sempre que preciso.

Isto faz-me exactamente lembrar a minha saída do hospital depois de ter tido a C.
(Não tem nada a ver pois não?)
Saí num quinta feira à hora de almoço e no sábado fomos fazer o teste do pézinho com a parteira no mesmo hospital.
A minha sugestão na altura foi deixarem-me passar ali mais uns dias, com aquele apoio todo fabuloso dos profissionais de saúde que lá trabalham.
Agora não são de saúde, mas são altamente PRO's em remodelações de casa e obras e arranjos em geral por isso, já agora, podia muito bem adoptá-los.


Ai agora é que dizem?

À excepção da vizinha de cima, os nossos vizinhos são imensamente simpáticos. Toda a gente conhece a C. e é simpática com ela; aqueles que têm cães têm sempre o cuidado de parar um bocadinho à beira dela para uma festinha; todos são bem educados, atenciosos, há um bom espírito. 

Num destes dias em que já andávamos em mudanças, desci no elevador cheia de tralha e encontrei no RC uma dessas vizinhas, a quem pedi desculpa pela demora a sair com os sacos, caixas, coisas, justificando-me com um "estamos a mudar de casa".

Ao que ela me responde:

- Não me diga que vão sair pelo mesmo motivo que saíram os outros.

Ora, não tenho bem a certeza quem sejam os outros, nem o motivo; faço uma cara que acusa o desconhecimento e a senhora continua.

- Ninguém pará nesse apartamento por causa da vizinha de cima. São as terceiras ou quartas pessoas que se vão embora por isso. Quando vocês vieram para cá eu até comentei com o meu marido, coitado deste casal, não vai ter sorte..

Cara de não saber é substituída por cara de espanto.
Ora e terem avisado antes? E colocaram um cartaz à porta do prédio informativo da situação que se arrasta há que tempos?

Tenho tantas coisas na cabeça sobre isto que nem sei por onde começar.
Mas, tentando:

1. Já percebi o motivo pelo qual o senhorio não ficou minimamente admirado nem surpreso nem fez perguntas quando lhe dissemos que íamos sair antes do fim do contrato;
2. Como é que é possível isto se arrastar há tanto tempo e ninguém fazer nada?
3. Como é que um prédio com tanta gente se baixa perante uma única pessoa?
4. Como / porque é que as pessoas são tão mal formadas, mal educadas, estúpidas - estou a pensar na vizinha problemática?

Não tenho estudos para processar isto.
Se uma, duas, dez, vinte pessoas (bastava uma, na verdade) me viessem bater à porta dizendo que os meus tacões fazem um barulho ensurdecedor que não deixa ninguém dormir, estava o recado dado e eu deixava de usar tacões em casa (por acaso a primeira coisa que fazemos - todos - quando entramos é calçar meias ou chinelos; não andamos calçados em casa).
Não era preciso chamar o porteiro e a administração do condomínio e os senhorios e meio mundo nem deixar recados ou mandar bilhetes ou cartas registadas com aviso de recepção. Eu ouvia à primeira. Não percebo como é que esta mulher ainda não ouviu. Tanta falta de civismo numa pessoa só deixa-me os nervos em franja. Mas sendo recorrente, também não percebo por outro lado como é que ainda não existe uma acção judicial contra esta senhora.

O que posso dizer mais sobre isto?
Boa sorte para os próximos arrendatários.
Saibam que eu fiz o meu papel e alertei a agente imobiliária para o descalabro que o barulho é.
Agente imobiliária essa que tem também uma história "gira" nesta matéria: por problemas vários que foi tendo com vizinhos, comprou uma casa no meio do mato, na expectativa de paz e silêncio. O que lhe sai na rifa? Uma casa construída em frente em que o dono toca bateria all night long!

Adoro pessoas!

É Natal, É Natal, tralarárárá

Quando é que sabes que é quase, quase Natal?

O teu irmão emigrado chegou a casa!
Há um canto da casa atolado de embrulhos que já não tens como disfarçar;
Há caixas e envelopes para enviar pelo correio;
Tens postais em cima da mesa para escrever;
Acordas a cantar "last Christmas!"
Já apetece café e rabanadas;
Sonhas com filhoses;
Cheira-te a bacalhau cozido e cabrito;
Tens pelo menos vinte e sete jantares marcados;
Despedes-te com "feliz Natal";
A lista de prendas a comprar tem "visto" em quase todas as pessoas;
Apetece-te ainda assim comprar mais do que o habitual;
Já comeste no mínimo setenta e nove ferrero rochér's;
Já babaste a montra da Padaria que tem o melhor bolo rei de chocolate do mundo;
Já nada te pode chatear e o mundo é belo e amarelo com luzinhas a brilhar!

Não bastava ser segunda-feira..

Era preciso aparecer-me um cabelo branco na linha da frente da cabeça e nascer-me uma espinha gigante na cara, sabendo como se sabe que tinha hoje uma entrevista de trabalho?

A minha agenda

(Lembram-se "d'A minha agenda")

Ora, agendas, esse tema que me é tão, tão querido ou não fosse eu um ser dependente do papel e caneta, como do ar que respiro, dos abraços do meu homem e dos mimos da minha filha.

Este ano, e desde há vários que não acontecia, a minha agenda vai inaugurar a 1 de Janeiro. Coisa estranha.
Para mim o início do ano é, para estes efeitos, Setembro. Janeiro parece-me que já vai tarde. Mas recebi aqui há uns meses de uma querida amiga a agenda para 2017, que só começa mesmo no ano novo, e como tal fiquei descalça entre Setembro e Dezembro. 

Assim, ando toda confundida com os dias e semanas e coisas para fazer. Um caos de papeis na minha carteira na tentativa de acompanhar as coisas todas - sem grande sucesso, na verdade.

Só ligeiramente compensado pela própria da agenda, que é gira, gira.


O que é difícil não é ter filhos; é fazer as outras coisas todas

Em geral, as pessoas queixam-se todas da falta de tempo. Para ler, passear, escrever, dormir. A nossa vida anda a mil, sempre, e em especial nas horas de ponta em que há banhos, pequenos-almoços, saídas para trabalho, escola, creche e jantares, dentes, cama. Quando é que brincamos se temos uma máquina para estender e outra para lavar?; se há um cesto para passar, casas de banho para limpar, a casa para varrer? Quando é que falamos? Quando é que convivemos? 

A falta de tempo preocupa-me. Mas quando estou sentada, acabo por me preocupar também com a roupa, jantar, limpeza. Os filhos requerem a nossa atenção, mas a cozinha e a casa também. As coisas não se fazem sozinhas e, confesso, nem sempre consigo desligar de tudo o que tenho para fazer.

Com estas preocupações em mente, desenvolvi uma teoria absolutamente brilhante.
O que é difícil não é ter filhos; é fazer as outras coisas todas.

Vejamos.
Se eu só tivesse filhos mas não tivesse preocupações com as coisas de casa (porque tinha alguém para isso ou porque simplesmente não queria saber se tinha um prato ou vinte para lavar ou um par de calças ou todo um armário para passar), dedicava todo o meu tempo aos filhos e era tudo melhor. Intercalar as brincadeiras com a C., com a tábua e o ferro, ou os passeios com ela com os tachos e esfregonas é que me complica a vida. Complicar não é bem o termo; era só melhor se não o tivesse de fazer.

Todos os livros da especialidade me vão dizer que devo ignorar lides de casa e dedicar-me ao que é mais importante mas isso é um desafio. Juro que ouço a casa a gritar pela minha atenção. É preciso alguma criatividade e elasticidade para enfiar tudo em 24 horas, sendo que uma boa parte estou a dormir e a trabalhar, sendo a outra para o resto.

No fundo isto está tudo mal e devia ser ao contrário. Uma grande parte para o que é importante e outra mais pequena para o resto, sendo certo que se eu só tivesse filhos e não quisesse saber da casa, era tudo muito mais giro.

Quem precisa de fadas quando temos madrinhas?

Baptizei a minha filha no dia 26 de Dezembro de 2014 (não foi no dia de Natal porque não deu), tinha ela pouco mais de dois meses. O padrinho, o meu irmão e a madrinha a minha prima mais velha (ainda assim, mais nova que eu).

Os meus primos são mais ou menos como irmão. Somos uma família enorme, muito, muito unida e gosto deles daqui até à lua. A escolha não foi muito difícil.

Quando decidimos a madrinha, a MJ. - que agora a C. apelidou com um nome mais carinhoso, M. - estávamos certos da escolha mas revelou-se uma surpresa maior.

A madrinha da minha filha é tão carinhosa, preocupada, atenta, interessada, amiga..! - se calhar, como as madrinhas devem ser mas as boas pessoas surpreendem-me sempre. Estou feliz com esta escolha.

Na semana passada estive fora um dia em trabalho e foi a M. que foi lá para casa ficar com ela. Fez todas as perguntas e quis saber todos os detalhes ao pormenores, para garantir que se mantinham os rituais da C. Tratou dela, deu-lhe de comer, banho, brincaram. Levou-lhe umas cartas do Noddy, um mimo querido porque ela adora e passaram as duas um dia diferente e especial.

Eu cheguei à noite, ainda a C. acordada, e quando nos fomos despedir à porta da M. disse-lhe para dizer adeus à madrinha e obrigada. Ela responde:

- Adeus M. Obrigada. Gosto muito de ti. 

Coração cheio!

Outro em tempo real (ou de real sono)

Será talvez a décima vez que vou a Lisboa este mês. Sim, este que começou há 6 dias. Há sono e muito trabalho e vamos lá embora.

Bom dia, bom dia!

A todos um bom Natal, a todos um bom Natal, que seja um bom Natal para todos nós!

Coro de Santo Amaro de Oeiras no play.
Filhoses acabadas de fazer
Camisolas vermelhas - no caso da C., de renas
Caixas e caixotes acabados de trazer da garagem
E assim começa o nosso dia de fazer a casa-Natal!

O pai monta a árvore. A mãe as decorações. E a filha tira tudo do sítio enquanto vai dando gritinhos "viva a casa Natal, viva!"

Eis a nossa tradição de dia 1 de Dezembro, esse feriado maravilhoso, que este ano foi de sol.

A pergunta que se impõe: mas não vão mudar de casa dentro de meia dúzia de dias? Vamos. Mas isso agora não importa nada. O que importa é que temos árvores, bolas, luzes, anjos, pais Natal, bonecos de neve e todo um mundo encantado dos brinquedos (que vamos desmontar dentro de dias, verdade) e que isso deixa a nossa casa - e a nós! - feliz.

Se sairmos ali da zona de entrada, hall, sala e entrarmos no escritório há todo um caos de caixotes e sacos já com 1/12 de casa desmontada (alguns armários da cozinha e parte dos livros, nada mais) onde é tudo menos Natal. Mas no que interessa mesmo, na parte onde mais se vive (sala), é confortável e fofinho e sem dúvida a época mais bonita do ano. As mudanças? Logo virão, com calma e tranquilidade, que é NATAL ! Viva!

Make a wish

A Wells tem este ano novamente disponíveis as etiquetas de Natal em parceria com a Make a wish. São 14 etiquetas com o custo de um euro, cuja venda ajuda a realizar desejos de crianças.

As etiquetas têm o tradicional espaço "de:" e "para:" mas têm também os desejos das crianças.

Não sei se são todas iguais, mas os desejos das minhas são,


Os meus preferidos:

"Eu gostava de ser uma princesa" - Diana, 8 anos
"Eu queria muito visitar uma reserva de pandas" - Joana, 16 anos


Os fãs de tecnologia:

"Eu gostava de ter um computador" - João, 14 anos
"Eu gostava de ter um tablet cor-de-rosa" - Margarida, 13 anos
"Eu gostava de ter um carro telecomandado" - Tiago, 13 anos


Os que gostam é dos famosos:

"Eu adorava conhecer o David Carreira" - Maria, 10 anos
"O meu desejo é conhecer o Cristiano Ronaldo" - Bruno, 10 anos


Os que pensam no futuro:

"Eu desejava ser chef de cozinha" - Manuel, 11 anos
"Eu gostava de ser piloto de avião" - Gonçalo, 6 anos
"Eu queria muito ser jogador de futebol" - Miguel,5 anos


As que são mesmo meninas:

"Eu gostava muito de ir às compras" - Marta, 16 anos


E os que sonham é com mundo:

"Eu gostava de ir à Disneyland Paris" - Francisco, 8 anos
"Eu adorava ir à Torre Eifel" - Tomás, 15 anos
"Eu adorava fazer um cruzeiro" - Rita, 16 anos

Ora então até amanhã

Deitei-me às duas da manhã
Acordei às cinco
Apanhei um comboio às seis
Fiz três horas de viagem
Estive sete em Lisboa
Apanhei outro comboio
Cheguei a casa às nove
Jantei
Brinquei com a C.
Deitei a C.
Arrumei brinquedos
E a loiça da máquina
Fiz massa de filhoses

E amanhã graças a Deus é feriado!

Vou falar antes do tempo (mas espero que não faça mal)

Andamos bastante tempo às voltas com quem nos faria as obras em casa. Não há nada de muito significativo; apenas uma vista geral e umas paredes abaixo, mais pinturas, chão, essas coisas. Não é uma obra de monta mas para nós é a obra de remodelação mais importante de sempre.

Pedimos três orçamentos a três pessoas / empresas diferentes e adoramos desde o primeiro minuto a empresa que acabamos por escolher. Foi de um grande profissionalismo no tratamento de tudo e acabamos por adjudicar. Falamos com bastante frequência, nós vamos acrescentando "já agora's" às obras e somos imensamente bem tratados. É difícil dizer isto de empreiteiros (não se zanguem) mas sentimos que podemos confiar nesta empresa. Em especial, os contactos são feitos com a arquitecta, que é bastante disponível, dá ideias, propõe coisas e tem corrido tudo muito bem. Ainda não nos zangamos, ainda não tivemos atrasos. Verdade que as obras ainda não acabaram, mas pelo andar da carruagem, parece-nos que chegaremos a bom porto. A data inicial de entrega era dia 5 de Dezembro, embora nos tenha dito que possivelmente será antecipado. Está quase !

Uma das coisas que me disse no dia em que entregamos a casa para o início das obras - e em tom de brincadeira, naturalmente - foi que só podíamos lá voltar no fim, para o efeito surpresa. Contávamos ter acompanhado de perto, com idas pessoais todos os dias, mas o P. esteve fora o tempo quase todo e eu acabei também por não ir. Conclusão: fomos uma vez a nossa casa e não chegamos a entrar na parte que está a ser intervencionada porque estavam a trabalhar. Ou seja, entregamos a casa e vamos só vê-la no fim, seja o que Deus quiser!

Hoje a arquitecta ligou-me para confirmar uns detalhes da caixilharia e dizia-me que o chão estava lindo, a sala cheia de luz, as paredes quase prontas, que iria notar uma diferença enorme quando lá fosse. Estou em pulgas, daquelas bem saltitantes que não nos deixam sossegar. Quero ver tudo ontem! Encher a casa de nós e ir para lá viver já.

Não vou dizer que não há sempre um bichinho presente que me diz que isto ainda pode correr tudo mal; as obras atrasarem, não gostarmos do resultado, ficar um trabalho mal feito ou - pior do que tudo o resto junto - não gostarmos da nossa casa, não nos adaptarmos ali. Tento calar este bichinho mas ele vai sussurrando de vez em quando para não me esquecer dele. É o meu lado pessimista que me diz tantas, tantas vezes que quando corre tudo tão bem é porque estará algo de mal para acontecer (isto precisa de um post exclusivo, qualquer dia destes).

Fora isso, e falando claramente antes do tempo, esperando no entanto que isso não faça mal, querida empresa, estás aprovada!

Vinha a ler um artigo na Visão sobre violência doméstica nos homens, que tem aumentado e sobre mulheres que se servem das tácticas mais inacreditáveis para os agredir, e lembro-me do dia em que me entrou uma mãe no escritório que me disse:

- Ele paga a pensão de alimentos em dinheiro, podíamos dizer que não paga porque não há provas.

E de facto, a humanidade é capaz do melhor e do pior.


Unhas outra vez

Falei aqui da minha decisão de aderir ao gel mas, novata nestas matérias, cometi uma imprecisão. Afinal não é gel; é verniz de gel. E isto aparentemente faz toda a diferença.

Principais diferenças entre gel e verniz de gel?
Não faço ideia.

O Google por sua vez sabe e diz-me que o gel é mais artificial (uma espécie de uma unha postiça - detesto esta palavra - colocada em cima da unha), enquanto que o verniz de gel é um verniz, colocado em cima da unha verdadeira, algo semelhante ao tradicional mas com acabamento xpto que dura e dura e dura.

Na prática deverá tudo ir dar ao mesmo: unhas bonitas e ponto final.

Consequências depois de tirar?
É como o outro, isso agora não interessa nada porque o futuro a Deus pertence e quem espera sempre alcança.
Adiante.



Já marquei na agenda e por isso está escrito em pedra e mais à frente neste programa falaremos dos resultados, efeitos e outras coisas que tal. A emissão segue dentro de momentos.

Não cuspas para o alto que te cai em cima

Aqui há uns quatro ou cinco anos, fomos um dia almoçar a casa de um dos administradores da empresa do P., um casal da nossa idade, com quem nos damos bem.

Na altura, já ele – o administrador – viajava imenso e o P. alguma coisa, mas menos.

Por esse motivo, eu conseguia acompanhar todas as viagens dele. Sabia sempre onde estava, fazia tracking religioso de todos os voos (há sites maravilhosos para isso), sabia todas as horas de chegadas e partidas, destinos, escalas, tudo ao detalhe.

Nessa altura, a mulher desse administrador dizia-me que não fazia ideia onde o marido andava a maior parte das vezes. Sabia, às vezes mal, em que dia chegava e voltava a ir, mas os voos, os destinos, as cidades, os países, já não conseguia acompanhar, tantas e tão constantes eram as viagens.

Aquilo soou-me quase a aberração. Eu que acompanhava todos os voos pelo computador, a ver o avião a atravessar os mapas, sabendo tudo ao pormenor. Como era possível ela não saber por onde viajava o marido?

Outro dia, na véspera de mais uma viagem do P., dei comigo a perguntar-lhe:

- Vais para onde mesmo?

Já só falo de Natal!

Ia postar aqui a letra da Ana Faria sobre a Joana que gosta de todas as festas que o ano tem mas a que mais gosta é o Natal.

Procurei no google a letra e nos resultados apareceu-me isto:



Portanto, sou igual a mim própria.
E é isto, outra vez.

O Mundo e as estrelas e os sóis e as luas

Estou no meio da ponte, como o burro.

Quero que a minha filha saiba que o Natal não é só prendas, dar e receber, embrulhos e laços.
Que o mais importante é reunir a família, ter um tempo de paz que se possa prolongar o ano inteiro. Que os sentimentos, as memórias, as vivências são o que temos de maior e os presentes apenas dão mais cor sem serem o essencial. São uma parte significativa também, não vou ser fundamentalista. Principalmente para as crianças. O que para mim importa, agora que ela tem dois anos, é que possa construir memórias que sejam muito mais completas do que o desembrulhar prendas. Mas que ganhe também gosto por dar. O Natal também são as prendas mas não é só sobre as prendas.

Com isto em mente, compramos-lhe o que ela pediu: um panda enormeeeee (é como ela diz) e um livro mas (ainda) não lhe compramos mais nada. Aqui entra a ponte e o burro, que sou eu. Compro-lhe mais alguma(s) coisa(s) e encho o Natal dela com mais prendas? Ou dou-lhe só o que ela pediu e debaixo da árvore encontra só um presente para desembrulhar?

Que ninguém venha com o politicamente correcto e me diga que parte do encanto não é, também, ter muitos embrulhos para abrir. Claro que é. Tenho as melhores memórias do Natal - ainda hoje é a festa de que mais gosto - muitas delas nada têm a ver com prendas, mas com pessoas, cheiros, sabores, tradições - mas há uma recordação maravilhosa da manhã do dia 25 em casa, com os nossos sapatinhos cheios de prendas. Gostava que a minha filha construísse memórias felizes. Sei que não são os bens materiais que nos dão mais felicidade mas ela é pequena e vai ter tempo para crescer, Apetece-me dar-lhe o mundo e as estrelas e todos os planetas e cometas e astros e sóis e luas e dar-lhe (só) um Panda, parece-me tão pouco. 

Natal também é tempo de agradecer. Estamos tão, tão gratos por ela que a queria encher de prendas como forma de lhe agradecer. Ela sim é um verdadeiro Natal na nossa vida, todos os dias. Gostava que soubesse disso. E há uma parte de mim que acha que ela poderia perceber melhor se tivesse trezentos embrulhos para abrir. E outra parte que me diz que não, que ela já sabe.

Claro que vão haver outras prendas, dos avós, dos tios, dos amigos. A nossa família é enorme e dia 25 estaremos todos juntos, de certeza que com vários embrulhos à volta. Mas na nossa casa, nós os três, será que juntamos mais alguma coisa ao Panda?

             

Under construction

Ou update das obras..!

Pois que a nossa casa fofinha que só ela está em pleno processo de obras. Quando vi a parede da sala completamente deitada abaixo tive um suor frio mas diz quem sabe que a coisa se vai compor e que dentro de duas semanas temos tudo prontinho a habitar (Yeahh!)

Depois disso, o movimento "mudanças" entra em grande força e antes do final do ano estaremos na nova casa.

Quando olho para tudo o que temos de fazer, apetece-me virar para o outro lado e continuar a dormir. É engraçado pensar como é possível "desmontar" por completo uma casa para a enfiar noutra. Tantos quadros, cortinas, varões, fotografias e ainda o recheio de todos os móveis, gavetas, gavetões..! Medo!

De resto, estou super entusiasmada com esta nova fase. Ando maluquinha a pensar em todos os detalhes de decoração, cores, pinturas, móveis novos! Gostava de ter uma conta bancária ilimitada para fazer tudo já e ter a casa perfeita em cinco minutos. Embora, reconheço, haja também alguma magia em ir construindo - é este o argumento em que tenho de me focar visto que tudo já não é possível.

Temos uma lista infindável de coisas a comprar / tratar, vários apontamentos de decoração já escolhidos e só à espera que as obras acabem e - maravilha das maravilhas - um fim de semana prolongado e uma semana de férias em Dezembro para tratar de tudo com tempo e alma.

Também já começamos a preparar a C. para a mudança.
Esta é na verdade a parte mais difícil para mim. Tirá-la da nossa casa, onde ela se sente tão bem, onde conhece tudo, se movimenta perfeitamente, para ir para um sítio diferente onde tudo é novo. Onde não vai saber onde é a gaveta dos talheres, a casa de banho da C. ou o escritório do pai. Bem sei que aprende. Foi assim quando saímos de Lisboa para aqui. Mas eu, que sou bastante avessa à mudança, gostava de evitar essa parte. De uma outra perspectiva no entanto, poder-se-ia dizer que para uma criança um mundo novo para explorar é o sonho. Mas eu fico desconfortável com a imagem de tirar a minha filha um dia da casa dela, para a levar para outra casa qualquer e nunca mais ver a primeira (sou complexa, eu sei). Vou tentar não pensar nesta parte e olhar só para o resto - que é enorme e espetacular! Casa nova, vida nova!

Black friday


Já não se aguenta a rádio e a publicidade, pois não?
Ou isto sou eu ressabiada com o facto de estar a trabalhar sexta-feira e não poder aproveitar os saldos?

Nem uma coisa nem outra, porque não posso fazer compras (lembram-se?) mas acho muito bem que as façam. Bom proveito!

Desde que falamos do desafio um mês sem compras, as minhas aquisições resumem-se a:

- Prendas dos Anjinhos;
- Livros para a C.
- Meia prenda do meu irmão

E acho que foi isso.
Mas já morri de amores por umas botas para a C. e precisava mesmo (mesmo!) de repor a minha base, que acabou. Vou controlar-me mais um bocadinho e pode ser que o Pai Natal ainda esteja aí atento.





O pai voltou para casa

Tive o homem fora de casa duas semanas.
Duas semanas que pareceram três meses.
A C. pergunta pelo pai e dizemos que está a trabalhar no avião. É a diferença entre só estar fora durante o dia e estar vários dias longe. Acho que ela se constipa quando ele não está e estou quase a criar a convicção de que também não dorme tão bem. Hei-de pensar sobre isso, mas antecipando, esteve duas semanas em que acordava pelo menos três vezes por noite e desde que o pai chegou dorme noites inteiras, sem ninguém a ouvir (coincidência?).

Quando o P. chegou a C. tinha acabado de acordar e de repente fez-se Verão, Natal e crepes de Nutela na vida dela, tudo ao mesmo tempo. Tal e qual como se visse o Panda ao vivo e a cores. Ficou maluquinha, a correr por todo o lado, aos saltos, a gritar "pai olha!!" e a mostrar-lhe tudo o que tem. Um histerismo só. Desde esse dia que se ouvem gritinhos e gargalhadas mais alto do que nos outros dias. Um pai e uma filha que brincam e que são de certeza o quadro mais giro que temos em casa. E uma mãe que desejava poder viver de sol e risos para sermos sempre assim.

A pedido de várias famílias

E agora para algo cheio de animação, boa disposição e vontade, as coisas boas do meu trabalho:

1. Tenho trabalho
2. Tenho 25 dias de férias por ano
3. Em alguns anos, 27
4. O horário que está no contrato é das nove às cinco
5. Tenho seguro de saúde
6. E de vida
7. Estou várias em regime de teletrabalho
8. Há benefícios na educação dos filhos até à universidade
9. O vínculo é sem termo
10. O vencimento é pago sem qualquer atraso
11. Fui aumentadas duas vezes no último ano
12. Faço exames de saúde regulares
13. Oferecem a vacina da gripe
14. E alguns mimos de vez em quando
15. Fica a menos de 5 km. de casa
16. Tenho estacionamento gratuito
17. As pessoas no geral são simpáticas
18. Há preocupações de higiene e segurança nos edifícios
19. Há lanches de Natal, Páscoa, São Martinho etc.
20. Pratica-se a solidariedade em diferentes formas
21. O meu portátil cabe em qualquer carteira
22. O café custa 0,10 €
23. Os chocolates, 0,50 €
24. Não almoço lá, mas há refeições completas a € 4,50
25. É conhecido e confortável
26. Recebemos bilhetes para concertos, corridas e eventos
27. Deu-me alguns bons amigos
28. Tinha sessões de drenagem linfática manual quando estava grávida
29. No geral, apoia a parentalidade
30. E cumpre o código do trabalho 
31. Manteve vários feriados quando os feriados passaram a dias úteis
32. Há anos em que recebemos prémio
33. Tratam-me bem
E acho que é isso.

Coisas boas de Novembro

Pois que o mês ainda não acabou e já temos jantares de Natal a serem marcados.
Gosto muito!

Profissão mãe

Todos os dias sem excepção, desejo que a minha profissão seja apenas mãe. Sem computadores e livros e reportes e controlos. Sem pressão que a não a da maternidade; sem compromisso que não o de educar, formar, construir, fazer crescer; sem obrigação que não o gosto.

Todos os dias sem excepção, preferia ficar com a minha filha do que fazer outra coisa qualquer; do que ter de pegar no carro e ir para a empresa, para estar horas a olhar para algo que me frustra, zanga, às vezes desespera; para chegar a casa muitas vezes frustrada, irritada, desesperada, tantas vezes sem paciência.

Todos os dias sem excepção, quem me dera poder ser apenas mãe de profissão, convicção e carreira, quando ser mãe é tanto mas tão mal reconhecido.

Quem me dera não ter de trabalhar noutra coisa.
Quem me dera não precisar.

Quem me dera que reconhecessem (o Estado reconhecesse) a maternidade como opção de vida, para quem por isso quisesse optar. Quem me dera que fosse importante, como uma profissão, mesmo como as que não importam são.

Quem me dera poder escolher. Porque a maior prisão, é não ter escolha.

Outra vez a lista


Escrever um livro
Voltar a Nova Iorque
Comprar uma casa
Plantar uma árvore
Ir ao Rio de Janeiro
Voltar a correr
Passar um sábado em Paris
Trabalhar em turismo
Colaborar com uma revista
Voltar à Eurodisney
Visitar a livraria Lello
Fazer voluntariado

Não começamos pelas coisas mais importantes, mas não tinha propriamente ordem. São objectivos que não quero perder de vista. Nem se quer são as "dez coisas antes de morrer." Simplesmente coisas a fazer.

Desta vez, fizemos a compra da casa.
Não sei bem explicar porque é que isto é tão importante para mim.

Há a parte financeira, claro. Quando penso no dinheiro que já deixamos em arrendamento, percebo que teria dado para a entrada desta casa e isso dói-me um bocadinho.

Mas nem se quer é o mais importante.
Sinto que uma casa arrendada nunca é verdadeiramente a nossa casa (embora me tenha sempre sentido confortável nas casas por onde passei) e não é bem definitiva. Gosto dos para sempre. Numa casa nossa podemos fazer tudo aquilo que quisermos, incluindo pendurar quadros sem ter de a pintar quando de lá sairmos. Gosto de pensar que posso estender as minhas raízes de árvore e que não vão ser cortadas. E que esta casa é nossa e que um dia vai ser dos nossos filhos e que os nossos netos vão dizer que aquela é a casa dos avós
(se o meu homem estiver a ler isto, está prestes a ter um ataque de nervos).

Estou imensamente feliz com este passo. 
Sinto que é exactamente a coisa certa no momento certo - oxalá não estejamos errados. Como se tudo encaixasse. Sei também que é só uma casa. Mas é nossa casa e isso faz toda a diferença.

Objectivo fotografia

No Verão fiz uma publicação no Instagram de um grande plano do olho da minha filha, com uma legenda sobre a urgência da fotografia na minha vida. A verdade é que o meu homem me deu um maquinão e um curso e eu continuo a sentir que tenho um Ferrari mas me faltam quilómetros. 

É um lugar comum dizer que quem quer fotografar bem tem de fotografar muito; mas eu não o faço tanto assim. Por um lado porque continuo a reservar para momentos mais especiais; por outro, porque a fotografia de crianças em movimento tem mesmo muito que se lhe diga. Como a C. não está um segundo quieta, das quinhentas fotografias que tiro, aproveito meia dúzia. Há uma grande dose de frustração. Acho que já me devia sair melhor, mas como ainda acho que não saio, não tiro tantas fotografias como devia para melhorar efectivamente, logo não pratico e isto é um ciclo vicioso.

No curso também nos disseram que é normal que uma grande parte das fotografias não seja efectivamente boa. Eu tornei-me mais exigente. Sinto que o que até agora considerava boas fotografias (as do telemóvel, por exemplo), são agora piores. Ao longo deste ano tiramos algumas fotografias que estão absolutamente perfeitas (para aquilo que é o nosso gosto pessoal, naturalmente) e sem dúvida que elevaram os meus padrões. Não é qualquer fotografia agora que me enche as medidas e sou mais esquisita. Isto também não ajuda. 

Para além disso, acho que perdi um pouco de desenvoltura a alternar entre as aberturas e velocidades, que é uma coisa que só a prática nos traz e sinto que trabalho sempre no mesmo modo (que, pelo menos isso, já não é o automático). Isto deve-se a alguns factores mas em especial ao facto de querer fotografar rápido para não perder algum momento. Acabo por ficar presa nos mesmos valores.

Estou encantada com a fotografia e o grande desafio é sem dúvida complicar menos e fotografar mais. Em 2017 a máquina vai ser a minha melhor amiga, companheira de todos os momentos, e não só dos especiais, e vou fazer outra formação, especializada em fotografia de família / retratos / crianças.

Não sei bem como é que isto foi cair em resoluções de ano novo, mas está decidido

Desafio: um mês sem compras

Decidi impor a mim própria um desafio de estar um mês sem comprar absolutamente nada - à excepção claro está de bens de primeira necessidade, medicamentos ou café (ninguém vive mesmo sem cafeína, pois não?)

Todas aquelas outras coisas onde vamos largando euros, uns pequenos, outros maiores, como roupa, acessórios, maquilhagem, cadernos e canetas, jornais e revistas, coisas em geral, para mim, minha filha, marido, amigos ou resto da família está tudo - absolutamente tudo - suspenso por trinta dias.

E porquê?
Primeiro porque tenho tentado sem sucesso fazer um registo mensal das minhas despesas (há várias aplicações para isso que tentei usar e fracassei) mas como não consigo manter a pendência, acabo por perder o controlo;
Depois, porque tenho uma sensação incómoda de que gasto mais dinheiro do que devia.

Atenção - isto é importante - há sempre poupança na nossa vida, sempre sem excepção e jamais em tempo algum gasto acima do que posso.
Mas confesso que às vezes compro coisas só porque sim; não preciso propriamente delas, mas gosto de fazer compras (guilty!).

Qual é o senão deste desafio?
Como está bom de ver, é impossível implementá-lo a um mês (um mês! Yeah!!) do Natal. Já comprei algumas lembrancinhas mas a lista ainda é longa e há ainda vários presentes a comprar.
Além disso, estaremos em processo de mudança de casa não tarda muito e já temos várias coisas que precisamos efectivamente de comprar (do género, frigorífico, máquina de lavar).

Posto isto, pensei em começar em Janeiro - mas não ao estilo de "começo a dieta na segunda-feira." Começar em Janeiro à séria e até lá mentalizar-me para isso e ir gerindo com cuidado todas as compras. Tentar focar-me apenas no Natal e mudanças e não embandeirar em arco com a coleção de criança da Zara, que é assim de perder a cabeça - Note to self: a C. não precisa de mais roupa (neste momento)!

Não sou nenhuma maluquinha das compras, e sobretudo procuro sempre preços mais baixos, mas acho que ter presente esta limitação vai ser uma dificuldade. Uma coisa é gastar pouco dinheiro, outra é saber que não se pode gastar dinheiro algum. 

Há um processo de mentalização que aqui é importante, sobretudo se, findo o primeiro mês, sobreviver para seguir com o próximo; assim, um mês de cada vez.

Para tornar tudo mais fácil, vou optar por transferir o meu ordenado todo - na íntegra, até ao último cêntimo - para uma conta de que não tenha cartão multibanco. Não só não poderei gastar por princípio e desafio imposto, como não será, de todo, possível. 

Voltamos a este tema em finais de Dezembro - já está na agenda!
Wish me luck.

Casa #3


Chegamos ao Porto depois de dezenas de casas vistas e viemos parar a um sítio que, agora, adoramos. À primeira vista pareceu-nos ser completamente isolado, mas rapidamente percebemos que é um parque no meio de uma cidade, com todos os bens e serviços que precisamos. Bem vindos aos Pinhais da Foz.

Para mim que achava que não ia encontrar o Parque das Nações em nenhum lugar do mundo, dobro a língua. Hoje em dia, prefiro viver aqui do que na Expo. Há relva que nunca mais acaba, espaço que não tem fim, as ruas são sem saída, só para moradores e temos a dois minutos a pé cafés, pastelarias, supermercado, banco, farmácia e lojas de comércio tradicional super fofas, onde me desgraço não poucas vezes.

Para além disso, as pessoas são imensamente simpáticas, já toda a gente conhece a C., que brinca aqui à volta como se estivesse no parque. Estamos a quinze minutos a pé ou de bicicleta da Foz; o parque da cidade é já ao virar da esquina, mais à frente temos Serralves. Adoro, mesmo, o sítio onde viemos parar e que foi só por sorte. 

Esta casa é mais pequena do que a anterior e portanto uma pequena parte da mobília ficou "à porta". Há menos espaço, sobretudo na sala, que entretanto também foi sendo cada vez mais invadida pelos brinquedos da C., mas conseguimos criar um espaço que é muito confortável.

Adoro a cozinha, pela disposição, e o sol é a melhor coisa do mundo. A orientação solar é perfeita e temos um sol que invade os quartos de manhã e se prolonga na sala e cozinha a tarde toda até se por no mar, que vemos lá ao fundo. 

Gosto muito, muito desta casa e ainda mais do sítio onde está. A procura foi demorada mas há uma grande parte de sorte, porque nunca quisemos especificamente vir para aqui; aliás, ao contrário do Parque das Nações, nem se quer sabíamos para onde queríamos ir porque mal conhecíamos o Porto. Mas foi uma sorte e uma felicidade.

Menos sorte, no entanto, e sobretudo muito menos felicidade foram os vizinhos que nos calharam na rifa. Temos tido bastantes problemas com eles, que infelizmente não se resolveram e creio não resolverão porque quando o mal é de fundo, dificilmente se concerta. Pau que nasce torto nunca se endireita, acho que é mais ou menos isso, e a vizinha de cima é sem dúvida muito torta. Estamos numa fase em que só falta chamar a polícia e já estivemos mais longe.

Estamos há pouco tempo nesta casa, sete, oito meses sensivelmente, não fizemos eventos por aí além porque nem houve tempo, mas recebemos os amigos todos nos 33 anos do P. e a família toda no segundo aniversário da C. Todas as pessoas que são importantes já cá vieram almoçar, jantar, lanchar, algumas dormir. Foi aqui que a C. aprendeu a dizer que "mora no Porto" e é para esta casa que pede para vir quando já está cansada de algum sítio. Foi aqui que montamos o baloiço dela, onde passa horas e horas a pedir para empurrarmos mais alto, e onde aprendeu praticamente todas as palavras que diz (que são todas!) Estamos confortáveis e felizes.

Porque tínhamos (eu tinha?) um grande desejo de comprar a nossa casa, não vamos ficar aqui muito mais tempo. Na verdade, pelos problemas causados pelos vizinhos, começamos a ver alternativas pouco tempo depois de chegarmos. 

A parte mais simbólica desta temporada no Porto é que no ano de 2016 vimos quarenta e duas casas com vista ao arrendamento ou à compra e compramos exactamente a quadragésima segunda.

A 3 de Novembro de 2016, às 11.00 h., publicava aqui o post da nossa primeira casa e entrávamos para o cartório para escriturar a compra da última. Felizes, porque tudo faz sentido. 

O que aí vem vai ser uma aventura, de obras e mudanças, mas o sentimento geral é de calma e tranquilidade. Não me lembro, para além da decisão de termos filhos, de um passo tão importante e significativo. Sinto que estamos a começar uma página nova onde tudo pode acontecer e isso é maravilhoso. 

O felizes para sempre continua, mas vai ter nova morada. Bem vinda, casa nova.

Estou a um danoninho de criar uma explicação cientifica para as constipações

Já devia ter pensado nisto antes, é verdade; devia ter feito uma análise mais aprofundada e em detalhe de todos os elementos externos às constipações aqui de casa. O que se passa é que a minha filha está constipada pela décima vez este ano e eu acho que já percebi porquê.

Frio do Porto? Não
Destapar-se de noite? Não me parece
Andar descalça? Nem pensar!

O que constipa a minha filha são as viagens do pai (ou da mãe).
Tenho esta como uma quase verdade científica - e só não é certeza certezinha porque não analisei todos os dados. Estou a partir de uma amostra - as últimas duas ou três constipações - para chegar a uma conclusão. Mas afinal, não é isso que a ciência faz?

Pois bem.
A minha filha está constipada porque a semana passada o pai foi para a Holanda e esta semana para a China e Índia.
Em Outubro esteve constipada na semana em que eu estive na Bélgica.
E se andar mais para trás vou encontrar - de certeza! - exemplos idênticos.

Lembrei-me disto porque me veio à memória um comentário que uma tia do P. fez em tempos. O tio viajava imenso (ainda mais do que o P.) e ela contava que os filhos (na altura bebés) ficavam sempre doentes quando o pai não estava. 

Acho que é a reacção física às saudades, não há outra explicação.
E se isto não fosse mau porque é doença, era fofinho.

Espero que a constipação actual passe rapidamente e que não haja mais nenhuma este ano (mas o P. já tem uma ida não sei onde na próxima semana e mais uma a qualquer lado no início de Dezembro). Se houver, no entanto, estarei atenta para confirmar se coincide com ausências. Em coincidindo, descobri a pólvora. E nota para o meu homem: acabaram as viagens!

Tive uma ideia espectacular! Pai natal, está atento por favor

Já tenho aqui falado algumas vezes do meu especial gosto pela manicure. Acho que ter as unhas arranjadas é tão importante como ter o cabelo lavado ou um ar apresentável. Detesto unhas estaladas, como detesto cabelos oleosos ou roupa suja. E por muito arranjada que uma pessoa ande, se tiver unhas estragadas, está o caldo entornado. Minha opinião, claro.

Posto isto, vou converter-me ao gel. Lutei enquanto pude mas está na hora. Não consigo aguentar as unhas em condições por mais de três dias e sobretudo não encontro nenhum sítio que goste onde possa ser fiel e ir com mais frequência. 

Garantiram-me que as características das minhas unhas vão fazer aguentar o gel impecável (à excepção do crescimento normal da unhas, mas isso resolve-se) durante quatro semanas. Já pensaram nisso, quatro semanas sem me preocupar?

Fiz um pequeno estudo de mercado e em termos de preço também compensa. Mas sobretudo, não há nada que chegue a ter unhas brilhantes, impecáveis, secas em dois minutos e lindas de morrer durante três ou quatro semanas.

Assim sendo,
Querido Pai Natal, este ano portei-me muito bem por isso se quiseres ser muito amigo podes trazer-me uma sessão de aplicação de unhas de gel. Muito obrigada. Beijinhos da Cisca.