Carta aberta.À minha filha que faz 5 anos

 I.,

Ver-te com 5 anos é uma surpresa para mim. Ainda há dias eras um bebé pequenino e de repente estás quase a entrar na escola. Na verdade, no ano passado, a dias de fazeres anos, tinhas 3 e agora tens 5 e isto foi exactamente assim, um salto enorme que eu não vi. Cresceste tanto como o teu cabelo e só percebemos isso porque vemos fotografias e era mínimo e agora passa os ombros. Não sei bem o que aconteceu.

És a pessoa mais maluca cá de casa - tu dizes que és a mais saudável, o que também é verdade. O teu estado natural é "a inventar" qualquer coisa, a dar saltos, a mexer-te para um sítio qualquer, tudo menos estar parada. A tua capacidade de inventar não tem limites.

Ao mesmo tempo és tão destemida, bola para a frente, let's siga que temos um orgulho gigante em ti. Por seres maluca também! E fofa, e querida e amorosa e gira! As pessoas param na rua para te dizer que és super gira e tens um cabelo maravilhoso - embora tu não estejas assim tão apaixonada por ele! Mas um dia vais estar, vais ver!

Começaste este ano aloha e natação, adoras o primeiro, segundo nem tanto. As tuas professoas dizem que ficas concentrada nas actividades da escola, o que nos surpreende imensamente! E tu realmente gostas imenso. Chegas a casa e vais fazer os trabalhos e nós ficamos ligeiramente de boca aberta! Uma caixinha de surpresas! Tens tiradas de crescimento e responsabilidade, a par com os comentários mais hilariantes,


- Mãe, és uma cha...

- Inês! Não se chama chata!

- Eu não disse chata. Eu disse "chá", os meus bebés gostam muito de chá!

É fascinante ver-te crescer. Uma sorte gigantesca ser tua mãe. Sendo absolutamente certo que se não tivesses nascido, alguém te tinha inventado! Gosto de ti daqui até à luz e voltar cinco vezes. Ou infinitas! Parabéns a nós!

A camareira

 E agora para algo completamente novo...!

Adorei o livro, a história, o desenvolvimento, o uau! factor quase a chegar ao fim, a evolução da personagem, a escrita. Muito bom, já quase a fechar o ano e que boas estas surpresas de dezembro!



Isto começa aqui

Ora bem, contentinha que já tenha lido Colleen Hoover - e o segundo, embora sendo uma sequela se calhar não conta. Gostei mais do primeiro mas este acalma os corações agitados do volume I por isso não foi mau de todo. A considerar se levo esta escritoria comigo para 2023 ou se a deixo por aqui. Decisions, decisions...!


 

Isto acaba aqui

 Aconteceu com este livro uma coisa algo rara, li-o em simultâneo com outro. Não me acontece muito, salvo quando os livros são muito pesados e preciso de os equilibrar com algo mais leve, caso em que fico com um no quarto e outro na sala. Mas este nem foi o caso porque o que estava a ler (e ainda estou, confesso) é leve. Mas chegou-me a Colleen às mãos, autora que nunca tinha lido por curioso que seja (há dias lia numa revista de publicações que quem não conhece Colleen Hoover, vive certamente em Marte). Nunca tinha calhado. Mas, dizia eu, chegou-me às mãos e comecei logo a ler, com curiosidade sobre o fenómeno e o certo é que despachei o livro em dois dias (e, adianto, passei já para a sequela!)

É um exemplo clássico dos livros de consumo rápido, que prende bastante pela história mas que daqui a nada já não me lembro das personagens nem da história. Não deixando de ser um bom entretenimento nos entretantos.. Este com a particularidade de tratar um tema duríssimo, da violência doméstica entre marido e mulher, com a agravante de nos fazer gostar do marido, não obstante ser violento e bruto e uma aberração completa no meio de uma relação. Suponho que as histórias de violência seja exactamente assim: ele bate, pede desculpa e nós acreditamos porque somos parvas. Enquanto leitora, também fui parva e damos connosco quase a ter pena dele (como assim?!). Nesse ponto acredito que esteja muito bem traduzido e seja imensamente fiel à realidade, ou não fosse inspirado na história de vida da mãe da autora, que ela acompanhou em detalhe. 

Não é um dos tops do ano mas foi uma boa entrada para a estante.