3,2, 1 e... casa nova !!

Soem os foguetes, toquem as campainhas, atirem os confetis, cantem e dancem!

As obras acabaram !!!

Yeaahh!!

Foi duas semanas antes da data prevista e.. está LINDA !!

É na verdade uma casa nova, nem se quer se pode dizer que é a mesma remodelada. Não há semelhanças. E agora, totalmente ansiosos para ir arranjar tudo, decorar tudo e passar lá metade da vida!

E estas prioridades?

Na segunda-feira estive três horas numa reunião, onde a dada altura se estava a marcar o segundo round.

Pessoa 1: Vamos marcar para quinta?
Pessoa 2: Não, quinta-feira é feriado
Pessoa 1: Ah pois, é verdade, já nem me lembrava
Pessoa 3: E na próxima semana temos outro.
Pessoa 1: O quê? Outro feriado? Isso não dá jeito nenhum, desestabiliza o trabalho todo.

Pessoa Cisca (em mute): Desesta.. quê? Mas está tudo doido? O trabalho é que desestabiliza a vida.
Orientem-se pessoas, orientem-se..!

Um depósito de crianças

Disclaimer: deixo a minha filha na escola em média às dez da manhã e vou buscá-la nunca depois das cinco e dez (cinco e quinze foi o máximo e só aconteceu uma ou duas vezes). Percebo por isso que nada tem a ver com a generalidade dos casos em que os miúdos entram às nove e só saem às seis e meia, quando não entram mais cedo e saem mais tarde (e a minha solidariedade para com todos os pais que não têm opção).

Disclaimer número dois: eu adoro - mesmo, mesmo, mesmo - a escola da minha filha. É um sítio feliz, onde fazem as coisas mais giras, onde lhes ensinam tudo, onde ela adora andar.

Isto posto.

Não consigo deixar de pensar às vezes que, pese embora os nossos filhos tenham de aprender coisas novas e avançar, as creches são depósitos de crianças. Nesta fase em que a minha filha tem quatro anos eu estou absolutamente convencida que é melhor para ela estar na escola do que estar em casa, porque tem pessoas competentes e com formação para lhe ensinar o que deve aprender, faz imensas coisas diferentes, estimula a criatividade, imaginação, aprende outras línguas, tem outros interesses. Não acho - mesmo - que neste momento estivesse melhor em casa do que na escola porque por muito que não haja ninguém no mundo que goste tanto dela como nós, a verdade é que não somos formados em educação de infância e não temos as mesmas ferramentas para lhe proporcionar aquilo que ela aos quatro anos precisa.

Ainda assim, uma das últimas vezes que a fui buscar, que foi na semana da Páscoa em que muitos meninos estavam de férias, quando cheguei à sala só estavam umas seis crianças. Parecia mesmo o depósito dos que não têm onde ficar. Aquilo mexeu imenso comigo. E, note-se, eu tenho a imensa sorte de só a deixar na escola entre as dez e as cinco. Mas vê-la assim só com meus dúzia de pessoas, a escola mais vazia que o habitual foi mesmo a prova do depósito.

E por isso, para reforçar uma ideia que tinha tido dias antes, mesmo que venha a acontecer que a minha filha fique numa escola privada durante a primária, eu vou garantir que nas férias, ela estará de férias. A escola vai estar aberta em actividades não lectivas (é o que acontece com o primeiro ciclo, em que distinguem o período escolar, do período em que há férias mas eles continuam a ir à escola - diferença esta que não acontece na creche, naturalmente) mas ela vai ficar em casa, a desligar. Havemos de arranjar maneira. 

(E depois lembro-me que eu na primária só tinha escola de manhã e que à uma da tarde estava em casa e  nas férias nem havia se quer questão - viva o ensino público. Os tempos mudam).

Isto a Páscoa está quase como o Natal

Na nossa família temos a tradição do domingo de ramos, em que os afilhados dão um ramo de oliveira ao padrinho e à madrinha. E depois no domingo de Páscoa o padrinho e a madrinha dão uma prendinha aos afilhados.

Ao longo dos tempos os ramos de oliveira, embora se fossem mantendo, foram sendo complementados com qualquer coisa mais querida. E no entretanto, comecei também a achar bem dar qualquer coisinha às madrinhas (aos padrinhos não, não sei porquê) na Páscoa.

Neste momento, o cenário é o seguinte:

Domingo de ramos, dei:

- à madrinha da minha filha mais velha, um vasinho com flores (e os ramos de oliveira);
- à madrinha da minha filha mais nova, um cone gigante de gomas (e os ramos de oliveira);
- ao padrinho da minha filha mais nova, dois patos de chocolate (o batman e o homem aranha);
(ao padrinho da minha filha mais velha, nada, que está emigrado infelizmente)
- à minha madrinha, uma caixa de amêndoas (e os ramos de oliveira);
- ao meu padrinho, uma caixa de amêndoas (e os ramos de oliveira).

Domingo de Páscoa, vamos dar:

- à madrinha da minha filha mais velha, uma pulseira;
- à madrinha da minha filha mais nova, um colar;
- à minha madrinha, um colar;
- ao meu afilhado, dinheiro.


E é isto. Feliz Natal a todos!


Li um livro, aleluia, aleluia !

Adoro, adoro, adoro ler mas esqueço-me disto quase todos os dias. Este ano de 2019 li a bíblia dos óleos essenciais e absolutamente nada mais.
Até Março.

Em Março estive três dias fora e no regresso, sabendo que não tinha absolutamente nada que fazer nas duas viagens de avião que me separavam de casa, porque já tinha visto todo o meu telemóvel (imagens, fotos, sons) na ida, decidi comprar um livro no aeroporto. Melhor decisão de sempre.

O livro - um romance - é absolutamente delicioso e a Eleonor é aquela pessoa que queríamos ter conhecido. E o twist no fim? Muito, muito recomendado. E eu feliz de ter conseguido ler outra vez!



Isto é uma camisola a picar

Acontece às vezes cortar mal uma etiqueta, vestir a camisola e ao fim de algum tempo começar a sentir um desconforto que, com o passar do dia vai ficando insuportável, ao ponto de se estar mesmo desconfortável, tipo "há qualquer coisa aqui que não está bem, não está no sítio"

É esta a analogia que tenho para traduzir as semanas que o meu homem está fora. Primeiro é assim uma impressão, mas com o passar dos dias vai ficando terrível e nas vésperas de voltar já estou a suar em bica com o desconforto. Fica tudo desequilibrado e esquisito. Falta qualquer coisa, há coisas fora do sítio, alguma coisa não está bem. Toda uma falta. Não gosto. Onde é que se assina para pedir o homem sempre em casa?

Do ensaio sobre a cegueira à greve dos combustíveis

Está o fim do mundo instalado. Literalmente.
E eu, que tenho um hábito péssimo no que ao abastecimento dos carros diz respeito, sofri bastante.
Passo a explicar.

Cá em casa temos dois carros, que genericamente tratamos como o meu e o dele, embora não seja uma regra estanque. Esta semana o meu homem está para fora e na segunda-feira, como habitual, eu saí de casa com o meu carro.
Ora nessa mesma segunda-feira, o próprio do meu carro apitou que estava na reserva. Mas eu continuei a andar com ele e estiquei, estiquei, estiquei. Tanto estiquei que aquela informação "autonomia x km", passou - coisa que nunca me tinha acontecido - a dizer "zero" e a piscar. Conclusão, desci a última rua antes de casa em ponto morto, jurando que assim que chegasse à bomba (que fica à porta de casa) ia abastecer. Contudo tal não aconteceu. Estacionei na garagem porque estava em cima da hora de ir buscar a C. e no dia seguinte em vez de sair de manhã com o meu carro directa à bomba de gasolina, como estava atrasada pensei "pronto, vou no carro dele." Este é de resto o meu péssimo hábito no que ao abastecimento dos carros diz respeito: acontece muitas vezes eu esgotar um depósito e depois em vez de encher, ir esgotar o outro.
Foi só na terça-feira de tarde que me apercebi do drama, horror, caos instalado no mundo, em particular Portugal a propósito da falta de combustível. Isto quando o meu carro estava barricado na garagem, sem autonomia e o do meu homem ter um quarto de depósito. Nisto, a bomba ao lado de casa fechou as portas por falta de combustível e as duas bombas onde fui a seguir não tinham gasóleo. 

Foi aqui que fiquei realmente preocupada. Nós damos tudo como adquirido e de repente os carros estão em vias de não andarem e não há gasóleo. Eram onze e dez da noite quando entrei numa bomba no fim do mundo que aparentemente ainda abastecia e meia noite e meia quando saí com o carro atestado. Uma hora e vinte depois. E só resolvi um carro, que nem se quer foi o meu, que neste momento não consegue chegar a nenhuma outra bomba que não seja a que está à porta de casa a qual, repito, encerrou portas até novas ordens.

Coisas boas deste filme?
Primeiro só me lembrava do ensaio sobre a cegueira, o filme. Não sei dizer porquê mas há um paralelo. E uma chamada à atenção de vez em quando, tem as suas vantagens.
Depois, o meu homem reclama deste meu mau hábito de gastar um depósito e depois ir gastar o outro (para depois ele encher os dois) e ele tem toda a razão, vai daqui a minha vénia. Não está certo, por todas as razões, mas sobretudo porque ter carros na reserva não é fixe (o meu pequeno ainda lá está, parado e quieto na garagem, sem saber quando volta a ver a luz do dia).
Por isso, aprendi uma grande lição. Não se ama alguém que não ouve a mesma canção, certo. Mas, igualmente importante, sempre que o depósito chegar a metade, devo abastecer. A ver se não me esqueço!

O mais importante!

A nossa Gorduchita contava há dias que a filha lhe tinha dito (a propósito de ter querido furar as orelhas e de passado algum tempo ter deixado de querer brincos) que, 


E isto fez-me lembrar de uma saída da minha filha - prova de que andamos todas a educar os nossos filhos para serem pessoas tão espectaculares como nós (ahahah!)

Muitas vezes lhe digo, em especial quando me pergunta se está ou é bonita, que sim está e é mas que o mais importante não ser bonito ou feio. É ser boa pessoa, educada, amiga dos amigos, ...

Há dias eu e o pai estávamos a conversar sobre qualquer coisa e às tantas eu disse na conversa que "pronto, o mais importante é que correu tudo bem / ninguém se magoou / já não sei". E ela levanta a cabeça do que estava a fazer,

Não mãe, o mais importante é ser amigo dos amigos.

(Coisa MAIS BOA!!)

Maldição é uma palavra muito forte mas...

As últimas três idas / plano de ida a Lisboa em família acabaram com doenças. De tal forma que não acredito nestas coisas, mas que las hay, las hay. Coisas leves e ligeiras - graças a Deus! - mas ainda assim..

Primeira delas, C. fez um conjuntivite do demo na viagem. Uma coisa em grande, que a deixou com um olho com o dobro do tamanho, totalmente transfigurado para vermelho e uma coisa chata de tratar porque gotas não é a coisinha preferida dela.

Segunda, temos Disney on ice marcado, hotel marcado, tudo planeado e C. faz febre uma ou duas horas antes de sair de casa, sabe-se lá porquê (curioso que nas doze horas que lá estivemos foi fazendo febre e assim que chegamos a casa, não mais teve nada).

Última vez, fim-de-semana passado. Desta vez vamos e vimos só os dois para um lanche de aniversário e quando já lá estamos, ligam de casa a dizer que dona C. não está em modos, que tosse a cada meio segundo, que está a desfazer-se, não quer comer, está prostrada no sofá, nariz feito num oito. Entramos em casa e acabaram-se os sintomas (e sim, desta vez pareceu realmente só saudades).

Nesse dia à noite recebemos um convite de aniversário para uma festa no fim de Abril, onde? Em Lisboa. Benzi-me três vezes e nem sei que diga. Mas que é estranho...!

I. Aos 15 meses

Desafias todas as regras
E trepas a todas as coisas
És a mais simpática de todos
Mas resmungas como gente grande
Queres rua o dia todo
Se tiveres comida, melhor
Tens 3 dentes
E zero juízo!
És a maior menina do papá
Mas babas pela mana
Não paras um único segundo
És independente e destemida 
Dizes "olá", "papá", "pan" e "dá"
Mas entendemos tudo o que queres
Conheces os brinquedos
(o panda, a frozen, os bebés, o cão)
Mas os sapatos da cozinha e as cuecas na gaveta da mana são coisas muito melhores
Conheces muitos animais
Imitas o cão e o porco
Mexes os mini dedos para chamar o gato
E esse indicador anda sempre a apontar
Sabes onde está a boca, os olhos, o juízo, o cabelo, o nariz, o pé, as mãos
Já sabes dar (e atirar) beijinhos
E dizer que não
Adoras que cantem os parabéns
E apagas a vela no fim
Depois queres tudo outra vez.
Comes pêras à dentada
E algumas comidas com a colher pela tua mão
Adoras pão
Podia ser pão a todas as horas
E na dúvida, pedes mais
Também sabes onde estão as bolachas
E a tua barriga não tem fundo
Não gostas de andar de carro
Mas adoras passear
Cantas o "áááá, pan, pan" depois de cantarmos P. A. N. D.A da música dos vinte anos do Panda
Fazes imensas asneiras
Mas tens muita, muita piada!
És super esperta
E estás mais crescida do que devias
Considerando que na verdade
És o meu bebé pequenino.