A escola

Ao longo dos anos tenho falado imenso da nossa escola, como um sítio que adoramos, que é familiar, acolhedor, cheio de colo, de mimo, de amor. Gostamos muito, muito mesmo e não podíamos estar mais satisfeitos!

Ainda assim, a dada altura do início do ano lectivo passado, colocou-se a questão do primeiro ciclo da C., se continuava ali, se mudava (para a pública, designadamente ou para uma maior, já com continuidade para o segundo ciclo).

Foi uma decisão muito sofrida, muito discutida, com o meu coração sempre a pender para aqui mas aberta a discussões. Até que acabamos por nos decidir: a C. fica. A ela juntou-se a I., que entrava pela primeira vez (e só a queríamos ali!). Isto posto, temos as duas na mesma escola, na nossa escola querida do coração.

Claro que no processo de decisão não antecipamos minimamente a pandemia que entretanto se abateu sobre as nossas vidas - se o tivéssemos feito então, não haveria se quer dúvida! - mas agora não há dia nenhum em que não reconheçamos a maravilhosa decisão que tomamos. Ainda bem que a deixamos ficar!

A escola começou para as duas dia 3 setembro. Entraram as duas super felizes, a C. sem surpresas porque volta ao seu sítio de sempre; a I. com surpresa, mas apesar de tudo é "a escola da mana."

Desde esse dia que a C. anda imensamente feliz com as aulas, os professores, os amigos. Mesmo à segunda-feira está super entusiasmada porque vai para a escola e é mesmo bonito de ver esta alegria, este entusiasmo! Tão bom!

A I. teve uns dias com pouca vontade de ir (essencialmente quando percebeu que a escola da mana não é o lugar em que ela está com a mana o dia todo..!) mas foi ainda assim uma adaptação espetacular! Inclusivamente, nós que estávamos preparados para a ir buscar depois de almoço para vir fazer a sesta a casa, fomos surpreendidos com a vontade dela em ficar na escola a dormir (coisa que nunca aconteceu com a C.). Cada criança é mesmo uma criança! E esta escola é mesmo um lugar especial!

Update de livros

Diz-me o blogger que este ano li sete livros. Sete. Tinha-me comprometido a quinze. Bem sei que ainda nos falta um restinho de ano mas ainda assim sete parece mesmo pouco, tendo em conta que passei o ano a ler. Espero que tenha havido aqui um erro de contagem (ou caso contrário, terei de acelerar MUITO o passo!)

Tem-me acontecido praticamente todos os dias adormecer a ler, fruto de um certo KO generalizado! Organizo quase tudo à minha volta (mas ainda não estou num modelo perfeito, creio) - hei-se falar disso, mas ainda assim ando sempre a correr e o tempo não sobra para nada. Se calhar tenho de substituir os livros por manuais de organização de tempo ou como fazer caber 48 horas, em 24? Ideias?

Os interessantes

Tinha este livro na estante desde 2014 (sei porque tem uma dedicatória datada) e já tinha pegado nele várias vezes; mas nunca me chamou. A premissa nem parecia mal (a história de um grupo de amigos, à medida que eles crescem) mas faltava ali qualquer coisa. Entretanto troquei mensagens com o Clube do Livro pedindo algo para ler e deram-me esta sugestão. Ora, vindo recomendado, a coisa já canta diferente. De maneira que me muni da criatura e foi comigo de férias.
A história começa precisamente quando cinco ou seis amigos formam "um grupo", enquanto adolescentes e termina já quase avós. Pelo meio, mete-se a vida. A história que podia ser de qualquer um de nós, muitas vezes fria e difícil, outras doce e calma, sempre com o fio condutor das pessoas que são de sempre.
Não adorei particularmente o fim, porque eu sou dos finais felizes, das rosas e flores, do sol e dos arco-íris e gosto daquilo que me faz bem. Mas não deixa de ser um bom livro, que se lê num instante (apesar do tamanho) e de que possivelmente me irei lembrar durante bastante tempo.



Aquelas contradições giras

 Algures em Abril participei num concurso de escrita durante seis semanas; em Julho o meu homem deu-me a inscrição num curso de escrita com a duração de 13 semanas (ainda em curso); em Outubro vai haver nova edição do concurso de escrita, na qual já me inscrevi. E no entanto, não ando a escrever nada!


Suponho que seja daquelas coisas em que inconscientemente estamos a assimilar tudo tudo tudo e um dia tudo brota naturalmente! Qual cascata no meio do Gerês.

É isso, não é?

o problema da organização

 Há muitos anos atrás, e a propósito de arrumação de roupa, uma prima disse uma coisa de que me lembro imensas vezes: quando não vemos o que temos, usamos sempre a mesma coisa.

Isto é absolutamente verdade no que à roupa, carteiras e acessórios diz respeito, mas igualmente verdade em muitas outras coisas da vida. 

Por exemplo, planeamento de refeições.

Faço planeamento de refeições há três anos, de forma religiosa, para todos os dias da semana e este ano não é excepção. Estou a tentar para este ano lectivo melhorar e planear duas semanas de cada vez, não só para reduzir as idas às compras, como para procurar variar em maior escala. E juntei aos almoços e jantares, o planeamento dos lanches, já que as minhas filhas levam as duas lanche da tarde e uma delas lanchinho da manhã.

Ora, se a pessoa não organiza, às tantas estão no pão com manteiga e leite todos os dias.

Na busca de inspiração e ideias, consulto várias vezes as receitas da Bimby e alguns blogs que sigo nestas matérias. Mas na verdade, ou a pessoa sabe o que lá está ou então fica com três mil e oitocentas receitas e não sabe para onde se virar. Igual à roupa, de resto (mas com mais coisas, vá).

Acho que esta é por isso a razão pela qual gosto tanto de listas. Lista dos almoços, lista dos jantares, lista dos lanches da manhãs. Mas também listas de restaurantes, de hotéis, de sítios. Sinto que estou sempre a falar disto, mas de cada vez que preciso, volto a procurar a internet inteira. Não é só organizar. É saber o que organizar e ter visão global do que existe. Nem tudo é pão com manteiga. No fundo é isto.

Ora então vamos lá ver

 Fomos para a praia um mês e meio, não em sentido literal (até porque choveu uma semana inteirinha!) mas em sentido figurado dado que nos mudamos de casa, dois carros cheios e upa que lá vamos nós.

A nossa casa da praia é uma casa da comunidade, ora estão uns, ora outros, entra primo, sai tio, entram avós, chegam amigos. Há muita vida e adoro. Este ano não fizemos tantos jantares como habitualmente mas foram férias mesmo, mesmo boas.


Com estes extras:

- As minhas filhas partilharam quarto, coisa que se estendeu no regresso e quando chegamos a casa quiseram mudar e ficar juntas. Foi giro (estamos em progresso)

- A C. aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas, com o patrocínio do avô, a quem ela carinhosamente chamava "o meu professor."


Fomos dois dias ao Gerês, a um sítio maravilhoso no meio de absolutamente nada e ficamos só ali, 48 horas na piscina ao sol. Verdade que não tivemos a nossa habitual semana em modo não fazer nada no sul de Espanha mas havemos de voltar para o ano, se tudo correr bem. Houve mar e gelados com areia, petiscos em casa, nenhuma saída à noite; houve parque e passeios e quilómetros de bicicleta; e na véspera, eu só não queria era voltar. A maresia tranquiliza tudo.

Li um livro e meio e escrevi zero linhas. Mas recebi uma agenda para 2020/2021 e tudo isso mudou já ali quase a entrar em Setembro. Coisa mais linda!


Também no campo do material escolar, as minhas filhas foram escolher as lancheiras (as mochilas são recicladas de anos anteriores) e, sem surpresas, vieram com duas iguais (tendo uma quase 6 anos e a outra dois). Isto portanto para dizer que baby I. entra este ano na escola (e mãe à beira de um ataque de nervos!) Miss C., que nasceu ontem, está no primeiro ano do primeiro ciclo. Pronto, não consigo lidar agora com isto..! Voltamos mais tarde.

Cisca explica

 Férias, foi o que aconteceu. Férias grandes de três semanas (sorte a nossa!) e um mês e meio a viver noutra casa, com outras rotinas, outros espaços, menos devices informáticos. Vamos recuperar os temas, mas não hoje, porque amanhã começa a escola.

Das duas.

A pessoa sofre muito.


Até amanhã!