Há semanas assim, que definem tudo, que marcam o que acontece a partir dali. Há semanas que trazem dias de mudança, esperança no futuro mas uma incerteza imensa. Há semanas pelas quais esperamos meses mas que quando chegam, não sabemos se conseguimos sobreviver. Porque são difíceis, exigentes, assustadoras e vieram para mudar por completo a nossa vida. 

Esta é uma semana assim.
E as duas que se seguem também.


(Estarei de regresso segunda-feira).

"Sedentarismo andarilho"

Uma das coisas que mais gosto no Público é a crónica "Ainda ontem", escrita por Miguel Esteves Cardoso. Nos momentos que se situam entre o comprar do jornal e o começar a ler, penso sempre como estará hoje a Maria João, o que se recomenda para o jantar, que local vende aquele vinho... Na sua simplicidade, como são as coisas do dia-a-dia, encerra em si uma proximidade familiar, que aprecio particularmente na impessoalidade de um jornal.

O texto de ontem - A vida a pé - como muitos outros, fica guardado.
Talvez pelo momento em que me encontro, despertou a sensação de um sentimento que se está a apagar e a perder força, fruto das circunstâncias.

Dizia assim,

"Que prazer fazer a vida a pé. Sair de casa, dar dois passos, comprar o jornal e lê-lo enquanto se toma o pequeno-almoço na esplanada (...). Que prazer não entrar no carro antes de qualquer coisa acontecer. (...) Não há conduzir. O carro agora serve só para as "viagens." Viaja-se bem é a pé, quando quase tudo o que se possa querer - ou encomendar - está num raio de cem metros (...).
A vida a pé, é verdade, é bastante sentada. Dão-se uns passos, sentamo-nos. Está-se um bocado, levantamo-nos, anda-se um bocadinho, varia-se - e encostamo-nos (ou sentamo-nos) outra vez. É um sedentarismo andarilho. Faz-se bem a vida de Largo."

Eu, que estou em fase de sedentarismo, anseio novamente os dias de andarilho, em que a minha rua é o Largo e a vida a pé um prazer.

Estão a ver? Jardim!


Em época de santos populares, veio a habitar esta casa mais um ser planta, contribuindo para o desenvolvimento do jardim. Fofinho que só ele!

Coisas que não são minhas (12)

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."


Ricardo Reis



Quentes e boas!

Coisa boa de Lisboa (3)

Não, não são castanhas assadas. Nem pasteis de nata.
São as natas de chocolate. Nunca tinha comido tal coisa em terras do norte, por isso sai um ponto extra para a capital.


Chegaram!

Fiz a encomenda na sexta-feira, à querida A. do Conto de Fadas e cá estão eles, os meus sabonetes Ach. Brito, lindos e maravilhosos. Cheiram tão, tão bem, que se o efeito na pele for semelhante, temos um amigo para a vida.



A A. foi uma simpatia e o envio super rápido (pedido sexta à tarde, chegou hoje de manhã). Além disso, ainda deu algumas sugestões. Escolhi pêssego, limão e ameixa e uma vela aromática. Voltarei para contar os efeitos!

Bíblia


Desejo antigo, já.
Não foi um livro de 2012, mas será, vai sendo. Além disso, prenda da D., numa ocasião especial. Disse-nos, entre outras coisas:

"Sei que o vosso coração saberá acolhê-la com simplicidade e alegria.
Com carinho,
D."

Assim o esperamos.

Ora adivinhem lá..

.. Quem é que vai à sua cidade mais linda do mundo inteiro?




Bom fim-de-semana!

E viva nós!

Coisa boa de Lisboa (2)

Poder ir ver o jogo a casa dos amigos (ou o P. e a R.).


Um cheirinho a coisas novas (3)


Conforme prometido aqui,


Cadeirão, Casa

Pensamento das oito da manhã

Quando estamos perante um desafio enorme e sonhamos com uma grande vitória, isso significa que tudo vai correr bem ou que sucesso só mesmo em sonhos?...

A minha casa é um jardim e ai de quem diga o contrário!


Esta é a Alzira.
Na verdade, não sei bem que lhe faça nem quanto come esta criatura. Dou-lhe água dia sim, dia não. E borrifo-a. Mas se calhar devia ser todos os dias ou uma vez por semana. E sol? Queres sol, não queres? Fala comigo, Alzira!


Estas três marias não têm nome, mas já me deram mais alegrias que a nominada ali de cima. A esquerda fez nascer umas mini mini folhinhas verdes (diz que é uma erva aromática, vamos a ver), mais pequenas que pequenos piolhos, mas fofinhas que só elas. Foi como ver o primeiro dente num filho, juro! O sistema de regas funciona nos mesmos termos que o anterior. Quando come uma criança, comem todas, pois que aqui não há filhos e enteados.  


Aguardo pacientemente o dia em que isto se transforme numa selva!

Nespresso... What else?

Coisa boa de Lisboa (1)

Há lojas Nespresso em tudo que é canto (o que evita a obrigação de encomendar pela internet aquela quantidade exorbitante necessária para que os portes de envio sejam grátis).



Motivação extra

Nova rubrica: Coisa boa de Lisboa!
Que é bem preciso...!

Se este fosse um blog sobre... (9)

Aproveitando o embalo do casamento (mas estamos a terminar), eis outro pormenor, as lembranças das senhoras.


São saquinhos em linho, bordados em Bordado de Guimarães e que no interior têm bombons (embora possam depois ser usados com outros fins).
Tudo feito em casa, em trabalho de equipa, uma vez mais.

Há sete motivos diferentes.
Cinco jarras de flores.







E dois corações.







Dia 1 - versão 2.0


Despertador às 07.14 h. para uma iniciação ao exercício. Há um parque mesmo aqui perto e fomos de bicicleta. Chegamos a casa às 08.20 h. e que bem rendem as manhãs quando se acorda cedo. Amanhã passamos ao modo corrida, que isto de bicicletar é muito bom mas para passeio. Em querendo perder estas gordurinhas, é fazer o favor de correr desalmadamente e fechar a boca (coisa que, deixem-me que diga, tem sido difícil, já que mister marido faz o favor de me brindar com doces todos os dias - ele é pasteis de nata de chocolate, kinder barritas, and so on - bola ficarei, vou já avisando). Na próxima sexta-feira vou enfrentar a balança, mas já sei que o resultado não será dos melhores, não senhora. Por agora, é concentrar nas corridas (que em duplas sabem tão melhor) três vezes por semana e voltamos assim ao plano anterior de exercício físico como modo de vida. Vamos embora!

Wedding details


                             
Não foi o que combinamos, mas o amigo S. Pedro fez o favor de começar a mandar chuva a partir das três da tarde (o casamento estava marcado para as cinco e meia). Eu no cabeleireiro, a ver pela janela e a chorar tanto como a chuva. Fiz a viagem até casa num pranto. Mas cheguei e pensei "bem, que se há-de fazer? Paciência!" Sorriso na cara e vamos embora. Maquilhagem, vestido, fotografias. Tias a entrar, tias a sair, uma choradeira pegada, tudo muito emocionado. Pais e irmão prontos, os meus meninos das alianças lá em casa, a minha maquilhagem já a pedir socorro, mais fotografias. Por lá ainda passou a madrinha, mesmo antes de eu beber um shot de vinho do porto (ritual de passagem), não vão os nervos atrapalhar e vamos embora para a igreja. Chuva a sair do carro (mas obrigada à Tia M., que me emprestou um guarda-chuva de princesa, branco, com direito a folhos e tudo), chuva na porta da igreja, alinha à direita do pai e siga até ao altar. Uma emoção inexplicável. Nem conseguia ver ninguém. Lá ao fundo, muito ao fundo, o P. (a igreja mede 50 metros e sou míope, não sei se isto explica alguma coisa), lindo de morrer, eu super feliz, mesmo, genuinamente, toda sorrisos e emoção. A cerimónia foi muito especial (à excepção do coro se ter enganado numa música - que quis o destino fosse a música). Foi perfeita e eu chorei praticamente o tempo todo, vá-se lá saber porquê. As minhas amigas fizeram o mesmo e dos outros nada sei. Mas eu tinha ali tudo à flor da pele e vi-me forçada a pedir um lenço à minha mãe, que generosamente me auxiliou. Leram as minhas duas meninas e os meus sete meninos, numa coisa muito intimista, mesmo bonita. O padre é a pessoa mais querida que já vi e parecia tão feliz como nós. Quando fomos assinar já mal sabia o meu nome. À saída da igreja, capas negras no chão, como manda a etiqueta e eu feliz da vida, que era uma coisa que queria muito mas não ia pedir. Chuva, muita chuva no adro da igreja, uma explosão de papéis (obrigada, M. e V.), imensos flashes, um momento em cheio. Toda a gente a cumprimentar, mesmo com aquele tempo, confusão de cabeças e guarda-chuvas, abraços apertados, desejos de felicidades, vamos embora que chove muito, mas ninguém queria saber e eu também não. Só o meu vestido, já feito em água, que era muito comprido. Seguimos para a quinta (que escolhemos a dedo a pensar no sol) e o tempo não dá uma aberta, nada, chove sempre, constantemente. Ficamos na escadaria da entrada (com dois rapazes super fofos a segurar-nos o guarda-chuva) a receber os convidados e a partir daí passou tudo num ápice. Bem tinha razão quem me dizia que é tudo um instante. Entre entradas que quase não vi, jantar que praticamente não comi, bebidas que pouco bebi, estávamos no corte do bolo, que se seguiu de um grupo de fados, acompanhado do meu choro uma vez mais. Surpresa dos pais (obrigada!), bem recebida por todos, nomeadamente quem estudou connosco e se juntou a entoar estes cânticos tão familiares. Foi perfeito. Valsa de seguida, que correu melhor que os treinos em casa (somos ou não somos uns excelentes bailarinos?), a nossa banda do coração e a partir daí música a noite toda, até ser de manhã. O dia para mim tinha começado às nove e quando nos fomos deitar já passava das sete. O casamento durou das cinco e meia da tarde até o sol raiar, choveu sempre e foi absolutamente perfeito. Quando acordamos estava sol! Mas lembro-me de ter pensado que aquele foi seguramente o melhor dia de sempre!

ET, phone home


Chegamos na segunda-feira da semana passada, à noite, com o casamento na cabeça e as saudades no coração. Na sala estava um presente, com desejos de boas-vindas e a esperar que tudo corra sobre rodas.

Os dias seguintes foram cheios de móveis, quadros, limpezas, arrumações. Colocar a roupa nos armários neste ambiente de "boa vida" recordou-me as férias, no dia em que chego e arrumo tudo depressa para sair para o sol. Com a diferença de que isto não são férias.
Depois do descanso foram mais dias de casa, que se constrói aos poucos, com bocadinhos de nós. Mas hoje é segunda-feira, o começo da vida.


Deitei-me com ansiedade, assustuosa, mais assustada que corajosa. O próximo mês vai ser uma prova de fogo. Não conheço a cidade, não sei por onde ficam as ruas, onde posso passear ou correr, fazer compras, tomar café, por que sítios posso caminhar, neste sítio enorme, onde comprar aquele pão, fazer bainhas, apertar roupa, pôr capas nos tacões, qual a melhor esteticista, manicure, quais os restaurantes, os parques, as praças, os caminhos, o ginásio. Quantos meses serão precisos para ter aqui um Sr. Artur que me arranja o calçado, uma D. Gorete que me aperta a roupa, um Sr. Mário e um André do café de todos os dias, um Sr. Domingos do prédio, uma Sofia das unhas, uma Sónia da depilação, uma Alvarina da pele, uma Carlota do cabeleireiro, um José dos jornais ou uns vizinhos que conheço pelos nomes desde o dia em que nasci? Estou confusa e perdida. Não sei por que lado começar a conhecer esta cidade mas canso-me de pensar no tempo que isso vai levar. 


Que cidade enorme e que fim do mundo. 
Sê bem-vinda a Lisboa.

Coisas que não são minhas (10)

"Carta para um rapaz que está a caminho de vir ao mundo

Não ouças o que todos te dirão, que isto está difícil e que o mundo está como nunca esteve por causa disso da crise, eu sou um incorrigível optimista e isso não mudará agora que estou a caminho da idade em que os homens compram Porsches descapotáveis, e é por isso que eu, meu rapaz, te recomendo que sejas gentil com todos os que estão à tua volta, principalmente com aqueles que estão numa posição menos forte que a tua, prefere sempre a física e a matemática, vai ajudar-te a sistematizar os problemas mesmo que venhas a ser actor de teatro ou funcionário das finanças, sê cortês com as mulheres, trata-as com deferência, nunca perdendo de vista que elas são, serão sempre, melhores que tu, nunca te esqueças de tirar as meias antes de teres sexo, ouve música exacta assim que possas e tenta ler Eça, os Maias ou a Cidade e as Serras, ajudar-te-ão a entender as subtilezas da vida, preocupa-te com os pormenores, chora sempre que precises, de preferência sem que ninguém esteja a ver, habitua-te a ir a Alvalade pelo menos uma vez por mês, tornar-te-á mais resiliente, pede que te ofereçam um cão grande e habitua-te a respeitá-lo, verás que ficarás com um amigo para a vida, escolhe com parcimónia aqueles que queres que se tornem teus amigos, não te metas com o facebook, seja colocando lá a tua vida, os teus sentimentos, o que tens de mais precioso, seja comprando acções daquilo, acredita no amor, as vezes que foram necessárias, se não acreditares no amor não terás préstimo, trata dos dentes e esquia pelo menos uma vez por ano, aperta com firmeza a mão de quem te cumprimenta e olha as pessoas nos olhos, principalmente se estiveres a jogar póquer, sorri, preocupa-te com os teus pais, liga-lhes sempre que tiveres dúvidas, eles vão ajudar-te incondicionalmente, mesmo quando não parece, aprende a trabalhar sob tensão e muda para um canal de desenhos animados sempre que esteja na hora dos telejornais, não te esqueças de usar protector solar e aprende a dançar, vai ser útil no teu casamento, sorri, aprende a usar os talheres desde cedo e pede que te ensinem a escolher vinhos que dêem sentido com a refeição que vais tomar, compra uns bons sapatos castanhos e outros pretos, nunca digas a uma mulher que a amas se isso não for rigorosamente verdade, pensa nos outros, beija de olhos fechados sempre que possível, não compres carros italianos, aprende pelo menos três nós de gravata diferentes e mantém sempre os sapatos rigorosamente engraxados, não te preocupes se mais ninguém entender a piada que disseste e, se perceberes que uma mulher entendeu a tua piada, casa-te com ela sem hesitar."

O Pipoco mais salgado

The next best thing ou o paraíso na terra

aqui tinha falado desta pequena maravilha.
Mas desta vez é a sério.

Ficamos três dias e o sítio é perfeito. Uma calma que não existe, um sossego, uma beleza de pasmar, uma comida divinal, um ambiente familiar, um solinho que ajudou à festa e o retiro ideal para descanso. Finalmente pude apanhar os primeiros banhos de sol e piscina! E que bem soube.













Hotel Vale do Gaio

Se este fosse um blog sobre... (8)

Sem querer passar o tempo todo no casamento (e ainda nas coisas feitas em casa), Bordados dos Namorados (para as amigas).



And we're back!


Pois que estamos de volta, pós casamento (e que dia, senhores, que dia!), pós uns dias no Alentejo, pós muitas lides de casa e trabalhinho do bom. Aos poucos começamos a nova rotina, nesta cidade que mal conheço mas que vou descobrindo. Amanhã é o dia um da nova vida e torcemos pelo melhor. 
Venha ele!

Quais crianças, qual paz..


O dia do casamento é a melhor coisa do mundo!

(Estarei de regresso brevemente).

Ora então, até já


Estarei ausente nos próximos dias mas serão faltas justificadas, que o código do trabalho dá quinze dias seguidos por altura do casamento.

(Ainda assim não serão quinze, mas dois ou três, que a lua-de-mel é só em Julho - as obrigações profissionais são tramadas...).


Até já!

Último dia - 08.06.2012


Pois que isto, não sendo propriamente o fim, não terminou da maneira que imaginei. Pensava eu que o último dia seria de corrida até à exaustão, máquinas a perder de vista e abdominais dos que matam, mas não aconteceu. Aproveitei estas duas últimas manhãs para dormir mais um bocadinho e quando me lavantava às 09.00 h., já era demasiado tarde e eu tinha demasiada coisa para fazer. Além disso, ontem choveu e hoje já não tenho sapatilhas, que foram despachadas para outras bandas. De maneira que se começamos em Março a seguir o plano, terminamos em Junho de forma vergonhosa. Espero em todo o caso que não seja representativa dos dias que aí vêm. 

Não sendo assim um virar de página de que me orgulhe por aí além, foi em todo o caso uma experiência perfeita sob vários pontos de vista. Criou hábitos de exercício, um novo vício, uma forma de escape e uma rotina mais saudável. Espero ainda que tenha permitido fazer a ponte com o que se segue: o resto da vida. Ou seja, porque me habituei a isto, quero continuar as corridas sempre, não só porque vem aí o verão ou tenho uma festa ou preciso de perder uns quilinhos, mas como uma forma de estar. Claro que emagrecer continua a ser uma prioridade (e vão ver se não chego onde quero!) mas o exercício passou a ser muito mais do que isso. E este é o melhor resultado que posso tirar de três meses a preparar para o casamento. 

Quanto aos outros resultados, não foram fantásticos, como pensei que seriam. No último dia, imaginei também que me pesaria e ao lado de um relato de exercício intenso, relatava também o número de quilos perdidos. Mas isto também não aconteceu, porque não me pesei (a culpa é da pizza que comi ontem - já vos disse que sou uma ave rara que come pizza nas vésperas de casar?). Em todo o caso, a avaliar pela última pesagem, talvez tenha perdido entre 1,5 a 2 Kg. Fraquinho, portanto. Se amanhã me passar uma nuvem pela cabeça, ainda me peso de manhã e em tendo melhores notícias, volto cá num post pós-c.p.f.c.

Algures na próxima semana ou talvez na seguinte, retomarei as corridas matinais. Não sei se em algum parque, se num ginásio, mas arranjarei forma de encaixar estes novos hábitos na nova vida.

Um dia...

Um dia vou ter uma barriga tão lisa, tão lisa, que deixo de precisar de tábua de passar a ferro!


(Seguramente que hoje não é o dia, porque acabei de jantar pizza...)

Se este fosse um blog sobre... (7)

Beleza novamente. Mas a propósito de um vídeo que vi recentemente, lembrei-me de mais um produto indispensável ao meu dia-a-dia. O comentário é breve, vão ver.


Trata-se do creme de mãos Infinity, da Rituals. É simplesmente perfeito. O cheiro, a textura, a absorção imediata. Tudo de bom.
Pronto, era só isto.

Ainda a propósito do post anterior...

Não foi um grande sucesso, mas já acabou. Deixo mais coisas do que as que levo mas no fim da noite já era esse o conselho de quem me viu o dia todo com um ar miserável. "Leva roupa só para dois meses e depois levamos-te o resto quando lá formos"; "levas este saco e não tens de levar mais nada."

Amanhã é outro dia e vai ser melhor. Até porque isto está tudo muito down por estes lados e gosto pouco de lamechices! Toca a arrebitar! E se o tempo ajudar, começamos a manhã com uma corridinha, para pôr as ideias no sítio certo.

Esta sou eu


Não é que ainda não me tenha apercebido que vou embora, que já apercebi (e mesmo que não, as malas, sacos e tralha espalhadas pelas casa lembram-me constantemente que está quase), mas há mais. Há pessoas que fazem questão de mo dizer. Não é por mal; antes pelo contrário. Mas se eu rebentar num choro pesado, que ninguém se admire, por favor.

Ontem foi um dia difícil. Comecei a tarefa das malas mas não avancei praticamente nada. Fiquei a olhar para os armários e gavetas com ar de quem "vocês estão tão bem aqui, para quê irem embora?" e a coisa não se deu como o esperado. Tentei traçar um plano e começar por aquilo que me custa menos e põe sentimentos menos fortes à flor da pele. Empacotei então os livros. Mas no fim acabei por ter de sair de casa, espairecer, que foi pior do que pensava. Não fiz mais nada; aliás, até fiz: escolhi os sacos onde vou arrumar as roupas e a vida, mas dos pequenos. Nem pensar nas malas grandes de viagens, que são enormes e não fica cá nada. Vamos com calma, em sacos de viagem pequenos. Ali ficaram e ali estão, no canto do quarto, para a tarefa de hoje à tarde.

O pior foi a noite.
Todas as terças-feiras, desde há vários anos, um tio vem cá a casa pela hora de jantar e por aqui ficamos todos, à mesa, à conversa, algumas horas. Ontem quando se foi embora disse-me (acho que com lágrimas nos olhos, mas não garanto): "Fico muito comovido por pensar que esta é a última terça-feira. Nunca esquecerei estes convívios." E pronto, contei até quinze porque não me apetecia pôr num pranto mas custa-me que todos se apercebam que vou embora. Já de manhã tinha tido um momento de despedida de alguém (e de um sítio) muito especial; já de manhã alguém me disse que "vai ser estranho, não te ter aqui todos os dias", e não gosto disto. Queria ser uma pessoa normal que não se abala tanto mas não consigo. Despedir-me de pessoas muito queridas, fazer malas e ouvir aquilo do meu tio é muito. Sou uma piegas, eu sei. Mais tarde a minha mãe disse-me que as pessoas normais também choram. Se pensar friamente no assunto vejo que não há motivo. O problema é que eu não sou fria. Sou um coração mole, uma lamechas chorosa e apego-me tanto a tudo que dizer adeus é como perder um membro.

Hoje durante o dia acabo as arrumações, que o carro parte amanhã com tudo. Não tendo plano, começo outra vez com o que custa menos: primeiro os sapatos, as echarpes e as malas; depois os acessórios e a roupa e por último as coisas que não têm género mas que guardo como se fossem gente. À noite terei perdido o corpo e a alma, porque dizer adeus é imensamente doloroso.

Se este fosse um blog sobre... (6)

Não resisto a casamento, novamente.


E caso se estejam a perguntar que coisa vem a ser esta, são as caixinhas para colocar as flores, arroz, oliveira e outros que tais, que se atiram aos noivos no fim da cerimónia. Fácil e prático. E não suja as mãos. 

Faltam uns dias para o meu casamento e apetece-me ser lamechas... pode ser?*




Se tivesse desejado um príncipe encantado retirado de todos os romances que li, ou um cavaleiro andante em cavalo branco de todos os filmes que vi ou mesmo um galã perfeito acabado de sair de uma qualquer novela, certamente não teria tido igual sorte. Li vários romances em pequena, daqueles de cinderelas, brancas de neve e princesas da actualidade; vi como começam e terminam essas histórias de felizes para sempre e tenho pensado que por certo os meus padrões são tal e qual, altos e exigentes, como as minhas histórias de amor; com flores, nuvens, borboletas, malmequeres e raios de sol. Mas de certeza que se eu tivesse sonhado com a pessoa perfeita, com o modelo que me servisse melhor ou se pudesse ter moldado o meu exemplar à medida, com um bocadinho desta personagem, e outro aquilo de outra qualquer, mais os pozinhos de perlimpimpim, não teria igual sorte.

Hoje, quero que saibas que és muito mais do que um príncipe encantado, um cavaleiro andante ou um galã de novela; és muito mais do que a minha imaginação permitiu criar ou a minha força pedir. Saíste direitinho de um livro por escrever ou de um filme por estrear e vieste instalar-te na minha vida, como eu sonhei que um dia devia acontecer.

Sei agora que vai ser assim para sempre, porque às vezes os sonhos tornam-se realidade.


* Além disso, hoje estamos em dia de expor sentimentos, que querem..!

Carta aberta



Meninos,


Aqui há uns anos, um apresentador de televisão despediu-se do programa onde trabalhava talvez há mais tempo que eu e alguém lhe escreveu uma carta. Dir-se-ia “não és do tempo das cartas” mas a verdade é que as cartas são intemporais e são tão de agora como de há anos atrás. E nunca é tarde para se dizer o que se sente.

Começava assim,

“Nunca gostei das últimas coisas ao contrário das primeiras. Por mais que não o queiramos as últimas coisas transportam em si uma nostalgia que tresanda a naftalina, que nos remete às coisas boas que ficaram para trás, onde não há lugar para as más, porque neste caso talvez não tenham existido, pela convivência feliz, afortunada, pela sorte que tive em vir parar aqui…” *

É como eu o sinto, uma nostalgia que tresanda a naftalina e que me recorda das coisas boas, e só destas, talvez por não terem existido outras, talvez por já não me lembrar.
Nunca desejei ficar aqui para sempre. Só agora. Talvez sejam assim as pessoas, com o que não podem ter. Oxalá agora não tivesse já chegado, não fosse a hora de dizer adeus, mas até já, não tivesse de me despedir de vocês, para ir embora, noutros voos.

Foi uma convivência feliz, afortunada e uma grande sorte. Pelo que me ensinaram, me deram a conhecer, me permitiram, pelas relações profissionais e principalmente humanas, pelos bons momentos, por tudo o que agora são só palavras e nada mais. Vou lembrar-vos para sempre com saudade mas presença, como se não fossem apenas uma recordação. Foram dois anos que passaram como quase dois dias e talvez um dia nos possamos reencontrar, como se apenas tivesse passado outro tanto, mesmo que já lá tenha ido um longo tempo. Quero dizer que espero voltar.

Gosto muito de vocês. Mesmo, do coração. Como se gosta da família e dos amigos. E é principalmente por isso que custa partir, porque a família e os amigos não estão em todo lado nem ao virar da esquina (como eventuais oportunidades profissionais) mas ficam onde os deixamos e custa deixá-los.

Nunca gostei das últimas coisas e neste momento não gosto das primeiras.

Quando o apresentador de quem falava foi embora, alguém lhe escreveu uma carta.
Terminava assim,

“Quero que me imaginem sorridente, a gesticular de entusiasmo e a desejar-lhe Boa Sorte, mesmo que por dentro esteja imensuravelmente triste, mesmo que não o queira, correndo desvairado a acompanhar os primeiros passos do comboio que iniciou já a sua caminhada impiedosa. Aqui fora, quando corro para a última homenagem digo-lhe coisas sem sentido, faço-lhe gestos obscenos para disfarçar a tristeza, brinco com um lenço branco e finjo estar a chorar pela partida, pateticamente dou por mim a galope como um cavalo selvagem que persegue aqueles que o tratam bem, na certeza de que é isso que quero que ele guarde, a alegria de o ver partir para sonhos mais altos, a minha confiança e orgulho que tive em trabalhar com ele e a certeza de que tudo irá correr melhor ainda.”

Da minha parte, foi um orgulho. Imaginem-me sorridente e feliz, como todos os dias em que aqui estive. Pois embora esteja imensuravelmente triste, espero partir para sonhos altos e que tudo corra, se não tão bem, pelo menos de forma a não me arrepender.

Até sempre.


* Fernando Alvim
Carta aberta a Rui Unas

Se este fosse um blog sobre... (5)

Devo andar com a mania, só pode, porque voltamos à beleza. Em compensação, estamos quase quase a esgotar a panóplia de produtos utilizados diariamente, por isso em breve deixo o tema para quem sabe e remeto-me à minha insignificância. 

Apresento-vos o meu creme hidratante diário, pelo qual sou bem capaz de matar.



Como os produtos anteriores, uso-o há bastantes anos, sem intervalar com nenhum outro (o que está prestes a acontecer - La Roche-Posay, bem-vindo à minha vida).
A primeira embalagem que utilizei foi-me oferecida pela minha avó, num aniversário em que "já tinha idade para usar um creme diário como deve ser." Desde aí, tem sido o companheiro fiel de uma vida.
O momento alto da nossa relação foi quando o descobri à venda no Macy's de Nova Iorque, quase por metade do preço e acompanhado por uma série de ofertas que a amiga Estée Lauder gentilmente me disponibilizou, como maquilhagem, outros cremes, bolsas, bolsinhas, bolsas maiores, etc. Desde aí que as encomendas para quem volta aos Estados Unidos passam sempre por duas caixinhas de creme, que em Portugal não se aguenta o preço (sendo que por cá, ainda por cima, nada se oferece, como complemento).

Recentemente no entanto, tenho-me apercebido que a pele está a pedir um alimento novo, enjoada talvez deste regime de vários anos.
Recomendada por uma amiga (N.), optei por um da La Roche-Posay, que promete dar à minha pele exactamente o que precisa nesta fase. Talvez por isso ainda se faça um novo post, relatando quem sabe as maravilhas do novo amigo.

Dia 23 - 02.06.2012


Já não corria há bastante tempo, o que se estava a reflectir em algum stress e sentimento forte de gordura acumulada, mas hoje lá fui. Infelizmente, não de manhã, mas ao fim do dia. Por certo sou uma pessoa muito estranha, pois o exercício na presença de muitos semelhantes, torna-o vergonhoso. Hoje não foi grande excepção. Corri duas ou três voltas ao parque e dei quatro ou cinco a passo. Como não tive tempo de youtubar, não fiz abdominais. Pior que tudo é que esta semana já só devo poder fazer mais um treino (e mesmo esse, não sei não). Quanto aos próximos, para além de serem já depois do casamento, serão também por outros lados.

Bom, bom é que o vestido serviu! Já nem o queria tirar. Estou muito contente com a escolha que fiz. Só falta ir buscá-lo, uns dias antes e já não há mais curso de preparação física para o casamento. Mas talvez ainda cá volte, quarta ou quinta-feira, para a despedida final.

Pensamento pós meia hora de corrida

Será que se comprar algum destes bikinis...




... tenho alguma hipótese de ficar com este aspecto?