E eu que achava que ia fazer de tudo um pouco...

Venho confirmar a minha teoria de que estando de licença, não se cumprem quaisquer planos.
Não me serviu de ensinamento a primeira e à segunda volta ainda achava que ia fazer e acontecer. Zero. Bola.

Certo que só passou um mês mas, ainda assim, não fiz nada da vida a não ser tomar conta da minha filha (que já é muita coisa, certo?)

Coisas que queria fazer:

Treinar fotografia
Se tirei dez fotografias num mês acho que terá sido bom. Excepciona-se o projecto "foto do mês", que recuperei (consiste em fazer um cartaz com os feitos do mês e tirar umas fotografias giras) e uma ou outra excepção. Li algumas páginas de um manual de fotografia e tentei treinar alguns conceitos, mas confesso que fotografia dentro de casa não resulta tão bem como nos livros e por isso está meio parado. Mantenho no entanto o desejo de preencher o diário de fotos com os desafios que lá estão.

Escrever, escrever, escrever
Estou bastante triste com o rumo que a minha (não) carreira no mundo da escrita está a seguir. Tive um contacto com uma editora mas passaram meses e não recebi qualquer feedback adicional. Falta de profissionalismo do lado deles, obviamente! Mas deitou-me um bocado a baixo nesse campo. 
Ainda assim, gostava muito de continuar a escrever e de produzir ainda um conto infantil este ano. Se vai acontecer? Ora bem...!
O próprio do blog, é o que se sabe...!

Encontrar uma casa
Andamos (outra vez) à procura de uma casa e pese embora tenha lambido toda a internet, não está a acontecer como esperado.

Tratar de mim
Esta não era difícil: gostava de me arranjar decentemente todos os dias e sentir algum orgulho no resultado final. Isto apenas implicaria uma roupa gira, bem combinada, cabelo arranjado, e maquilhagem (aquele toque ligeiro mas que faz toda a diferença) e por isso não dava trabalho nenhum. Nem sempre acontece; aliás, sendo sincera, raramente acontece. Adoptei um casaco grosso como farda de todos os dias e eu que até gostava dele, já nem o posso ver à frente. É confortável, dá imenso jeito mas é tão trengo que valha-me Deus. Urgente mudar!


Isto posto, que andas tu a fazer Cisca?
Os meus dias são totalmente preenchidos e sinto que têm cinco horas quando deviam ter cinquenta. Literalmente, não me sento cinco minutos.
Levanto-me pelas sete e meia, banho, roupa, pequeno-almoço. Adianto os pequenos almoços, preparo o lanche da C., arrumo a loiça que ficou a secar. A C. acorda entretanto, arranjo-a, vestir e pequeno-almoço. Levo-a à escola. Chego a casa por volta das nove e meia e tenho uma hora para pôr máquinas a lavar ou estender, adiantar almoço, fazer uma sopa, às vezes passar a ferro (depende do dia). Entretanto, a pequenina está a apitar que quer comer. Dar de mamar, mudar fraldas, vestir, etc. Já passou mais uma hora e é altura de ir buscar a C. à escola (que vem dormir a sesta a casa). Brincar um bocadinho com a C., deitá-la, comer qualquer coisa, arrumar cozinha. Hora de dar de mamar novamente. Às três tenho a mais velha a acordar, é preciso levá-la outra vez à escola. Regresso e adianto jantar, faço algumas compras que sejam necessárias, trato de mais alguma coisa de casa (há sempre que fazer). Por volta das cinco a mais pequena quer comer, a mais nova regressa da escola. Lanches, terminar jantares, brincar um bocadinho. Final da tarde, banhos e jantar. Brincar mais um bocadinho. Deitar a mais velha. Dar de mamar e deitar a mais nova. Arrumar cozinha, brinquedos, tralhas várias. Se aqui me sentar no sofá dois minutos, adormeço. Vou para a cama finalmente, mas só para continuar a acordar de três em três horas. Yeah!

Organizei a rotina de forma mais ou menos estável e estou contente porque tenho sempre almoço e jantar feito, roupa tratada, C. com tempo para brincar, I. alimentada. Os extras, ainda não consegui encaixar. Lá virá o tempo (ou não)! Quem sabe no quarto filha isto já seja tudo com uma perna às costas!

(Notar que este post demorou três dias a escrever!)

Em complemento do post anterior

Passei na revisão!

Queria só dizer que...

Tenho hoje consulta de revisão pós parto e só me lembro disto

Post escrito em Novembro de 2015 aqui


Nas vésperas da MC fazer um mês, voltei ao médico para uma consulta de "revisão do parto."
No fundo saber se estava tudo bem, como tinha sido a recuperação e se podia retomar a vida normalmente - em especial quanto ao exercício físico

Estava absolutamente descontraída porque me sentia lindamente. Nos primeiros dias depois do parto tinha ainda algum desconforto, mas quinze dias depois estava já totalmente operacional, sem qualquer dor ou impressão. Dizer só que os quinze dias não são exemplificativos; houve mesmo um momento em que, conscientemente, avaliei o meu estado e concluí que me sentia bem, sem qualquer efeito pós parto. Tinham passado exactamente duas semanas.

Foi por isso com total descontração que fui à consulta um mês depois.
Foi também por causa disso que fiquei altamente surpreendida com o resultado dessa consulta que, diga-se desde já, me pôs na sala de operações três dias depois.
Na ecografia - de rotina - foi detectado um pequeno fragmento de placenta no útero.

Fenómeno ao que parece bastante raro e alegadamente não detectável no pós parto natural.
O procedimento para remoção é também bastante simples e sem quaisquer implicações no futuro, sendo que não retirar os fragmentos é que pode, isso sim, impedir uma futura gravidez. Há casos em que causa hemorragias e febres altas mas no meu caso não tive qualquer sintoma.
Ainda assim, obriga a anestesia geral e a uma ida ao bloco.

Fiquei em pânico com a ideia da anestesia. Nunca fui operada a nada - aliás o parto foi a minha primeira experiência clínica - e assustava-me a ideia de não acordar, de perder a memória, ficar sem andar. Um desenrolar de tragédias. Na minha cabeça só me lembrava da cirurgia de altíssimo risco que a minha mãe fez (há quase vinte anos), em que disse ao anestesista: "eu tenho dois filhos. Tenho de acordar." Também tenho uma filha. E um marido. E uma família. Por favor, por favor que não fique estendida no bloco!

Três dias depois estava a dar entrada no hospital onde um mês antes tinha sido imensamente feliz, com médicos e enfermeiros a dizerem que só me esperavam ali daqui a um ano ou dois, para o segundo filho. Eu também..!

Eram nove e pouco da manhã e estava no bloco, para um procedimento que deveria ter durado vinte minutos e acabou por demorar duas horas, devido a algumas complicações. A parte boa de estar a dormir nessa altura é não me ter apercebido de nada disto; complicação é coisa que não queremos ouvir numa hora destas.
Ao que parece - fenómeno ainda mais raro - os milímetros de placenta que lá ficaram colaram de tal maneira às paredes do útero que retirá-los tornou-se um desafio. Tão desafiante até que o médico teve de ligar a um colega para ir lá auxiliar num outro procedimento qualquer - que acabou depois por não ser necessário.

Não ganhei para o susto.
Dei o meu estado saudável como adquirido e esta operação fez-me pôr em causa algumas certezas. Certamente não voltarei à consulta com um espírito tão leve.
Ainda assim, foi-me garantido que tudo tinha corrido bem, sem qualquer vestígio de placenta e tudo em correcto funcionamento.

De assinalar no meio disto tudo que me custou incomparavelmente mais o pós operatório desta cirurgia do que de todo um parto. Portanto, pôr crianças no mundo é mais fácil do que expelir restos de placenta - e lamento se isto é demasiado gráfico. Levantar-me depois desta operação foi um desafio em seis actos. Cada vez que tentava pôr-me em pé, tinha uma quebra de tensão que me obrigava a deitar outra vez. Quando finalmente me levantei e andei dois passos, caí redonda no chão - amparada pelas enfermeiras, do mal o menos, que evitaram demais lesões. Só ao fim de longas horas consegui sair da cama e ir de cadeira de rodas até ao carro para ir embora. Uma aventura em bom.

De futuro, em qualquer parto que venha a ter não deixo o hospital sem garantir que tiraram tudo o que era suposto tirar e que não fica qualquer bocadinho para contar uma história igual a esta. Deixo a dica.


Quilos a mais

Na minha primeira gravidez engordei dez ou onze quilos e, duas semanas depois, tinha menos doze. Desta, engordei onze e um mês depois, só perdi sete. Não há direito!

Há várias explicações para o meu excesso de peso de que não me consigo livrar mas assim de repente julgo que se explica:

- Pela minha idade (avançada) - mais três anos que na gravidez anterior e sobretudo mais de trinta;

- Pela minha fome de leão - num tamanho que não tem explicação!;

- Pela minha total falta de exercício - notar no entanto que ainda não fui à revisão pós parto, pelo que não me queria aventurar já no desporto (no entanto se já tivesse ido, havia outra desculpa qualquer);

- Pela época do ano em que isto aconteceu - Natal! - com todos os doces à mistura (reencaminhei esta semana à minha mãe três caixas de chocolates que não quero ter em casa, estão a ver que linda?)

Isto posto, sendo o primeiro passo admitir o problema, eu admito: estou demasiado gorda e flácida. Nada elegante. Uma coisa nada bonita de se ver. Visto a minha roupa toda mas pareço um trambolho cilíndrico. Não gosto da visão do espelho e sei que é urgente ter mais cuidado comigo e prestar mais atenção. Morro de medo do desleixo. Por mim. Pelas minhas filhas. E pelo meu marido que é um gato e fica-lhe melhor um mulherão ao lado.

Nem acredito na sorte que tive!

Na semana passada tive de ir tratar de burocracias perto da Boavista. Tinha duas missões e entre ter estacionado o carro e ter voltado demorei cerca de 45 minutos.

Estacionei na Avenida de França, mesmo em frente a um parquímetro, ao qual me dirigi para tirar bilhete (estacionamento pago). Estive ali um minuto à procura de moedas na carteira, que não encontrei, e fui à minha vida sem ter posto moeda, mas com a consciência tranquila porque tentei! (Eheheh!).

Bom, lá fui eu onde tinha de ir e regresso ao carro quando me despachei.
No exacto momento em que estou a chegar ao carro, está uma senhora a baixar-se à minha frente para apanhar, debaixo do parquímetro, nada mais nada menos do que o meu relógio!

Ainda a senhora nem se tinha bem levantado, já eu estava a dizer "esse relógio é meu!", com um tom infinitamente grato porque encontrou aquilo que eu nem me tinha apercebido que tinha perdido! Santa Senhora!

Ficou meio desconfiada a olhar para mim - afinal eu podia ter sacado daquele argumento para lhe furtar o objecto que tinha acabado de encontrar - mas deu-mo (pessoa séria!) e eu agradeci até mais não! Relógio querido da mamã!




As crianças são surpreendentes

A minha filha nunca gostou de chupeta até à noite em que, perto de ter um ano, estava tão aflita dos dentes que só a chupeta a salvou. Foi um impulso ter-lha dado naquele momento, depois de coisas frias, bálsamos, etc. e ela que estava a chorar com dores há séculos, sossegou e adormeceu nesse segundo.

Desde esse dia que a chupeta é usada para dormir todos os dias. Não sai no entanto do quarto e não é coisa que peça durante o dia. Só mesmo para dormir.

Ora, pouco depois de ela ter feito dois anos, começamos a introduzir o tema "deixar a chupeta". Antes do Verão falamos com ela sobre como seria giro dá-la aos peixes e quando fossemos de férias atirá-la ao mar. Estava entusiasmada com essa ideia mas quando chegaram de facto as férias, mudou de ideias. Dizia que dava aos peixes a chupeta roxa mas que ficava com a azul (notar que ela só usava a azul).

Depois disso pensamos nos três anos dela como data para largar a chupeta e começamos a implantar essa ideia, que giro que era deixar no dia em que fazes três anos. Sim senhora, mais uma vez alinhou mas obviamente no dia de anos não quís.

Respeitamos a opinião dela e não quisemos forçar.
Começamos em todo o caso a falar do Natal e a dizer que o Pai Natal ia gostar tanto de receber a chupeta dela e que a podia deixar na sala para quando ele trouxesse uma prendinha levar algo em troca. Dizia por esta altura que ia dar a amarela e ficava com a cor de rosa (notar que agora só usava a cor de rosa).

Como a irmã estava quase a nascer, embora falassemos do assunto de vez em quando, não forçamos que deixasse mesmo a chupeta. Achavamos que a irmã poderia usar e que isso não fosse uma boa abordagem ao processo de adaptação. O tema vinha à baila de vez em quando mas sem pressão.

Um sábado de manhã no entanto, acordou e disse (sem nnguém falar do assunto):

- É verdade! Esqueci-me de deitar a pepé ao lixo!

Levantou-se da cama, pegou nas duas chupetas (rosa e amarela), foi à cozinha e deitou ao lixo.

Assim, sem mais nem menos.
(Just in case fui buscá-las e fervi-as antes de guardar longe da vista dela)

Nesse dia na sesta da tarde e à noite pediu a chupeta e eu disse-lhe que ela a tinha deitado fora mas que se não conseguisse dormir no dia seguinte iamos comprar uma nova.

Desde então - passaram dois meses - nunca mais pediu, não se lembra mais do assumto, e dorme perfeitamente
(Excepção feita ao dia em que a madrasta - essa alminha iluminada - lhe perguntou pela chupeta, dia em que pediu quando foi dormir).

Isto posto, ter sempre presente que as crianças nos surpreendem todos os dias, quando menos esperamos e que tudo - tudo! - tem o seu tempo.

Só falta tempo a quem tem muito tempo

Já me tenho apercebido disto em vários momentos da vida mas é verdade que quanto mais tempo livre achamos que temos, menos tempo temos efectivamente. Por outro lado, quando o tempo é contado, há tempo para tudo.
Parece contraditório?

Algo de incrível acontece quando achamos que temos muito tempo para fazer alguma coisa. Chama-se procrastinar. Como nos parece que ainda temos muito tempo, adiamos, não fazemos. E quando damos por ela, o tempo passou e não fizemos nada.
Por outro lado, quando o tempo é muito curto, a utilização que fazemos dele é bem mais inteligente. Chama-se aproveitar. Como é escasso, despachamos.

Por isso é que se eu não trabalhasse, não fazia absolutamente nada porque tinha a sensação de dia livre, todos os dias, e as coisas simplesmente não aconteciam. Valha-nos o trabalho! (Pese embora eu esteja de licença).


Uma pessoa ocupada e com pouco tempo, tem efectivamente muito mais tempo que uma pessoa desocupada e de dias livres. Pelo menos se essa pessoa for eu. Será que sou a única?

Memórias de infância

Tenho uma memória de infância sobre as viagens escola – casa de carro com o meu pai, em que lhe ia contar todos os pormenores do dia. Quem fez o quê a quem e quando ou porquê. Por causa dessas conversas diárias, o meu pai conhecia os meus colegas todos, sabia os nomes, as histórias. Tudo ao pormenor. Não era nada criança de não contar; antes pelo contrário, “caprichava” nos detalhes e falava, falava, falava.

Ir agora buscar a C. à escola faz-me muitas vezes lembrar essas viagens, com excepção de que o nosso caminho agora é a pé e mais curto.

Começamos sempre por lhe perguntar como foi o dia (geralmente responde “foi muito bem!”), o que fez, o que brincou, o que comeu, o que aprendeu. Ela vai respondendo às perguntas mas com muita frequência introduz informação nova, normalmente começando a frase por “Ah! É verdade!” E depois conta.

Sabemos os nomes dos colegas todos, quem se porta melhor e pior, quem fez o quê, quando e como. Há vários detalhes nas conversas dela, sentimos mesmo que conhecemos toda a dinâmica escolar (ou grande parte).


Espero que este hábito se mantenha sempre na nossa família, os momentos para conversar sem outras distracções. À semelhança aliás do que acontece às refeições, em que não há nunca televisão ligada, nem telefones (a C. é a primeira a dizer “à mesa não há telefones” se algum de nós comete o erro de pegar no telemóvel). São momentos especiais e o que verdadeiramente importa.

Hoje há brunch do Papá!

Temos dito várias vezes que a C. é “one of us”; neste sentido: ela faz a nossa vida, como nós. Adapta-se a tudo, come tudo, vai a todo o lado. Tem uma dinâmica espectacular e encaixa-se em todos os planos. Melhor ainda, aproveita todos os planos que fazemos.

Com a chegada de um bebé, há no entanto vários que têm de ser revistos ou suspensos até crescer um bocadinho mais. Temos evitado sair de casa, dado o frio e muitas vezes a chuva, por isso algumas das coisas que fazíamos ao fim-de-semana estão paradas, à espera de melhor tempo.

Isto não pode no entanto ser sinónimo de não fazer coisas de todo. Há que adaptar (e ainda só passaram duas semanas!)

Uma dessas adaptações aconteceu no último sábado.
Querido pai acordou cedo e preparou-nos um brunch, com a ajuda da C. (cheia de orgulho, bateu os ovos).

O resultado foi uma mesa cheia de coisas boas, com um detalhe maravilhoso: um quadro de ardósia a anunciar o prato do dia.
Foi com um “Hoje há brunch do Papá” escrito a giz e um cheirinho delicioso que entrei na cozinha para um home made brunch – que não ficou nada a dever aos que habitualmente vamos.

(No próximo fim-de-semana pode haver mais!)


Dou-te as estrelas

A C. passou o último mês da gravidez feliz da vida com a ideia de ter uma irmã.
Não só era super carinhosa com a barriga e fazia miminhos e cócegas para ela se rir (e ficar com soluços a seguir) como dizia as coisas mais queridas sobre “a minha irmãzinha”.

Claro que na cabeça de uma criança de três anos, a ideia de uma irmã é possivelmente bastante diferente da realidade por isso mantemos todas as expectativas em aberto em relação a esta nova realidade. Com o sentimento no entanto de que fizemos o que foi possível para a preparar (sendo que nunca se está totalmente preparada, pois não?).

Uma das coisas que decidimos desde cedo que queríamos fazer (discutível ou não) foi que a I. traria uma prendinha à C. quando nascesse, para lhe dar no dia em que nos fosse buscar ao hospital. Apesar de ter sido uma decisão que data do início da gravidez, andamos meses e meses a pensar no que haveria de ser, com muitos avanços e recuos e sobretudo com muitos requisitos: tinha de ser uma coisa especial, que a C. gostasse, que ficasse “para sempre”, que marcasse o momento, não muito grande (para ela não perguntar como é que isso também estava dentro da barriga – acreditem, ela é muito esperta!), etc.

Foi precisamente às trinta e sete semanas que se fez, literalmente, luz.

Há algum tempo que a C. quer adormecer à noite com a luz do candeeiro acesa, o que faz com que seja quase dia no quarto. A mim dá-me a sensação que se distrai e demora mais tempo a adormecer, mas nada a fazer já que o escuro deixou de ser opção (poderá ter a ver com medos nocturnos).

Por causa disso, começamos a falar da luz de presença (que até agora nunca foi necessária) e quando nos decidimos finalmente por uma, foi um pensamento comum ser aquela a prenda da irmã.

A luz consiste numa bola fofinha, com um pequeno peluche, que não só dá luz como projecta estrelas no tecto do quarto e dá música. Se não me servir para a C. adormecer, será certamente bastante útil com a mais pequena, por isso só vantagens! A ideia é criar um ambiente confortável e quentinho, com uma luz suave que convide a adormecer.


O extra que aqui fez a diferença foi mesmo a parte da projecção, que faz desta história aquela em que a I. trouxe as estrelas à C. e que acho mesmo especial. Se resultou? Logo vos conto..!

It's time for... SUSHI !

Quem acompanhou a minha gravidez (as duas, na verdade) sabe que senti falta de duas coisas: tostas mistas (porque não como fiambre, nem congelado) e sushi. Claro que há outras coisas que também gostaria de ter comido e bebido, como a mousse de chocolate da minha mãe ou um copo de sangria gelada numa esplanada no Verão mas… aquilo que mais me apeteceu foi na verdade sushi.

Ora, criança no mundo e esta que vos escreve começa a babar para todo e qualquer menu de sushi que vê, achando porém que na primeira semana talvez possa dar cólicas à miúda e por isso adiando.

Até à segunda semana e meia. Tempo mais que perfeito para um barrigão de sushi. Parte da tarde reservada a escolher o restaurante (onde querido homem do meu coração irá gentilmente buscar o jantar) e a criar expectativa para aquele momento em que, nove meses depois, voltas a ser feliz.




Disclaimer: voltar a ser feliz é naturalmente uma força de expressão! 

O que recomeça hoje?

Verdade que a segunda temporada não chegou ainda aos calcanhares da primeira, mas igualmente verdade que não deixa de ser uma série fantástica.

Assim, duas alminhas contentinhas deste lado com o regresso de


22:20 h.
Fox Life

Só porque é Janeiro... Coisas a melhorar


  • Ler mais livros em vez de tantos blogs blogs
  • Nao sair de casa com mau aspecto
  • Ter sempre o cabelo arranjado
  • Usar sempre uma base / bb cream, blush, lápis, rimel
  • Andar sempre a par das noticias
  • Comer menos doces
  • Tirar mais fotografias
  • Não sofrer por antecipação

A gestão das visitas

A C. nasceu sensivelmente às quatro da tarde, o que permitiu a metade do mundo que a quis visitar que me entrassem pelo quarto do hospital dentro e fossem mais que as mães ao final do dia. No dia seguinte aconteceu precisamente o mesmo, muitas, muitas visitas e lembro-me várias vezes do momento em que tive um colapso e desatei a chorar (a C. chorava muito nesse dia) e o P. expulsou toda a gente para a rua. O meu herói. 

Nesse dia decidimos que de um segundo filho só avisaríamos quando já estivéssemos em casa, para evitar igual fado. Sei que as pessoas fazem por bem, querem ser simpáticas, mas não é de todo a melhor altura para ir ver uma mãe e um bebé. Deixo a informação!

Rapidamente percebi no entanto - e isto não é bonito de se dizer - que nenhuma altura dos dias a seguir é boa para visitar uma mãe e um bebé recém nascido. Todas as visitas que recebemos quando já estávamos em casa depois de a C. nascer me punham os servos em franja. 

Mais uma vez, sei que as pessoas não fazem por mal, mas convenhamos; o bebé acabou de nascer, não tem defesas nenhumas, há mesmo necessidade de ter vinte pessoas a olhar / respirar para cima dele? Isto é altamente paranóico da minha parte mas eu só via micróbios por todo o lado. Quando ficávamos finalmente sozinhos respirava de alívio. Várias foram as vezes em que disse ao P. que devíamos hibernar como os ursos no meio da floresta. Só os três.

Do segundo filho as visitas no hospital foram mais controladas (graças a Deus!). Tivemos umas cinco ou seis pessoas mas espaçadas e no máximo umas três em simultâneo. 

Ainda asim:
Continua a fazer-me espécie as pessoas que colam a sua cara à cara do bebé e ficam ali a respirar para cima dele. Continua a por-me os cabelos em pé pessoas que não lavam as mãos quando chegam da rua para mexer no bebé. Continua a tirar-me totalmente do sério pessoas que dão beijos nas mãos dos bebés (porquê? alguém explica?). Portanto, segundo filho, segunda volta, tudo igual!

Os primeiros dois dias em casa foram um caos e disse a algumas pessoas que não queria mesmo que aparecessem. Alguma coisa aprendi de uma para a outra.

Ao terceiro dias começamos a receber algumas pessoas mas com uma gestão mais cuidadosa e sem ser tudo ao mesmo tempo. Continuo ainda assim a ter vontade de hibernar a quatro. Ou de embalar a miúda em papel bolha. Ou de dizer às pessoas em geral:

- Não visitem mães e bebés no primeiro mês de vida;
- Não peçam para pegar no bebé quando ele está a dormir sossegado da vidinha dele;
- Lavem as mãos!
- Desinfectem as mãos!
- Não respirem em cima do nariz do bebé;
- Não tussam / espirrem em cima do bebé;
- Esqueçam os beijos nas mãos;
- Na dúvida, estejam quietos!

Pode parecer que tenho mau feitio mas juro que sou boa pessoa. E fiquei a sentir-me bem melhor depois de ter espiado todo o meu veneno! Desculpem lá qualquer coisinha; tenho hormonas a mais, vocês percebem!

Ainda do Natal

Temos várias tradições de Natal mas uma delas é na manhã de dia 25: acordar e vermos a prendinha que o Pai Natal deixou no nosso sapatinho (este ano, meia) debaixo da árvore enquanto dormíamos. Aquele momento de chegar a sala todos de pijama e ter ali um momento mágico é uma memória maravilhosa que temos e esperemos que as nossas filhas também.


Este ano, no meu sapatinho (cortesia do pai Natal desta casa), encontrei:



Este livro / diário é a prova provada de que:
i) o meu marido está sempre atento;
ii) conhece-me de cor e salteado;
iii) é o mais fofo do mundo!

Não só eu adoro fotografia, como cadernos e diários e ele arranjou forma de juntar tudo num só e dar-me esta prenda PERFEITA que me acompanhará na licença. Vou actualizando a informação deste projecto, que espero começar muito em breve.

Este presente foi caso para dizer "foi mesmo isto que eu pedi" - uma vela de cheiro tão, tão boa! Tenho tentado controlar-me para não a acender todos os dias para que dure e dure e dure mas não está fácil resistir! É simplesmente maravilhosa! E uma prenda que adorei.


Por onde se começa depois de se ter tido um filho?

O meu homem, que é das pessoas que mais me acalma quando o tico e o teco começam a fritar do pirolito e entro em stress por antecipação, usou uma expressão maravilhosa para resumir o nosso estado nos primeiros dias chegados do hospital:

A família é um caos organizado

Sermos agora quatro é uma coisa totalmente nova. Estamos a criar rotinas outra vez com esta enorme vantagem (Deus queira que se mantenha): a mais pequena é uma come e dorme, nem se dá por ela em casa. Isto facilita IMENSO na gestão do dia-a-dia e sobretudo com a C., que continua a ter toda a atenção do mundo, pais que brinquem com ela e tempo de qualidade.

De resto, há só mais roupa para lavar e uma mãe que dorme menos mas os dias são calmos e tranquilos. Cheira à paz que um recém nascido traz, aquela calma e quentinho.

Havemos de falar do parto, que foi antes do que estávamos à espera, eventualmente do fim da gravidez. Para já vamos aproveitar esta fase de namoro bom com o novo membro da família e voltaremos aos poucos.

Somos um pack de quatro!
E adoro.  


Pequena actualização do ponto de situação

Querido blog deixado ao abandono - espero que tenham percebido! - mas pela melhor razão:

Baby I. já nasceu!

Voltamos em breve.