Onde fomos?

Andava desesperadamente à procura de um sítio giro para o fim-de-semana dos anos do meu marido, numa coisa que seria meia prenda, meia despedida das férias (dado que três dias depois eu retomava o trabalho).
Tentei encontrar um sítio calmo, com espaços verdes, sombras, piscina. Um ambiente tranquilo e familiar, onde apetecesse estar e ficar.

Não encontrei nada.
Fiz imensas pesquisas e sem resultados que me agradassem. Nem booking, nem google da vida. As sugestões eram fraquinhas e estava a desistir. Até que recorri a uma amiga. E de facto, não há nada como as dicas pessoais. É para isso que serve este post; amiguinha recomenda



Para começar, fica no meio de absolutamente nada. Chegar lá foi uma aventura, com duas crianças e uma estrada serra abaixo totalmente em curvas. Parte menos boa.



Depois de chegados, ficamos instalados num t2, apartamento amoroso com dois quartos, sala e varandas, super espaçoso e confortável e adoramos tudo!




Super PRO's

O hotel tem três piscinas, todas elas muito, muito boas: uma ao ar livre, uma termal interior e uma semi-coberta. De todas não sei qual a melhor. A que fica ao ar livre tem muito solinho (e o tempo esteve maravilhoso!); a semi coberta fica no meio da relva, com vista para o rio. E a interior, bem, vejam vocês






Posso garantir que ao vivo é ainda mais bonito!

Depois, toda a área envolvente é super calma, num ambiente totalmente de natureza e de relax. 




De certeza, a repetir!


A parte menos boa:

O apartamento onde ficamos tem cozinha equipada e eu na verdade até me passou pela cabeça levar qualquer coisa para fazer por lá. Acabei por não o fazer mas foi um erro. O hotel é bastante isolado e o restaurante e o bar são muito, muito caros. Uma média de 65 / 70 euros cada jantar e 50 cada almoço. O que até podia, vá lá, aceitar fosse a comida uma coisa extraordinária mas de facto não é nada de especial e estamos a falar de coisas básicas, como refeições sem sobremesas ou vinho e almoços a sandes e sopas. Não justifica o preço. Além disso, a espera é em regra bastante longa. Tendo este facto presente, da próxima vez levo opções para jantar por casa, que ficamos melhor servidos e menos pobres. Fica a dica, não fosse eu vossa amiga!

Quanto ao resto, super recomendado com selo de qualidade!

Let it go! Let it go!

Cá em casa só vemos Frozen, Frozen, Frozen!

Balões da Frozen.
Guardanapos.
Fitas.
Papel.
Prendas.
Bolos.
Bolachinhas.
Coisas
Coisinhas

Todo um mundo Frozen para os anos da minha filha - que faz quatro - e uma mãe em modo YEAH ! com os preparativos da festa.

Festa que na verdade é mais festas - jantar de família e lanchinho para os amigos. Um fim-de-semana em grande, quarenta e oito horas non stop! E eu a pensar como seria bom viver disto: organização de coisas bonitas e fazer pessoas felizes.


Num update de conversas difíceis

Está a fazer um mês que retomei um artigo do código do trabalho que não lia há algum tempo (falei dele aqui).

Sei-o de cor e queria-o para mim.
Está a fazer um mês que decidi na minha cabeça que o que fazia sentido neste momento era trabalhar a tempo parcial. Nem importa se a lei o prevê; por acaso está previsto - e bem - e só pode ter tido por base pessoas que pensaram nos direitos dos pais trabalhadores. Está bem pensado e faz sentido. Fazia sentido para mim, mesmo que nem estivesse no código do trabalho.

Foi sobre direitos que queria ter falado mas não foi sobre isso que falei.
Na verdade a conversa baseou-se naquilo que era o meu desejo, sem invocar a lei. Não quis alegar direitos. Não quis dizer que é assim que vai ser porque eu posso, está na lei. Nesta conversa a lei não valia nada; foi assim que vi as coisas. Foi assim que falei.

Foi também assim que ouvi "não". Redondo, difícil. Como os nãos são.
Decidi que esta conversa havia de ser frente a frente e foi, 600 Km. depois, que cara a cara ouvi que não. Não é o momento, não é a altura. Não pode ser.

Não foi uma má conversa porque não há más conversas quando as pessoas são educadas e têm respeito. Quando até invocam argumentos a que eu também sou sensível. Mas não foi agradável. Não foi feliz e eu não fiquei feliz.

As coisas são como são e não vou discutir.
Vou fazer de conta que não sei de cor este artigo (e outros).
Vou fazer de conta que a lei não se aplica a nós. Que ela nem existe.
Vou fazer de conta que fui pedir um favor e não um direito. E que não me concederam esse favor (e não tinha direitos).
Vou fazer de conta.

De volta

Regressar ao trabalho não foi tão mau como estava à espera.
Primeiro porque tenho amigos maravilhosos que me encheram a secretária de confetis, fitas e balões, de chocolates, gomas e mimos e que tornaram tudo muito mais fácil.
Depois porque cheguei quase às dez e ao meio dia e meia já estava em casa para almoçar. A parte da tarde não foi muito mais longa. No dia seguinte, repeti a dose. Chegar a casa enche-me a alma mas sobrevivi.

Dois dias depois no entanto, estava a acordar às quatro da manhã para uma reunião em Lisboa e só cheguei praticamente às nove da noite. Não foi tão bonito, confesso.

Os dias serão de "um dia de cada vez". E assim se fazem os regressos.

Não tarda é Natal.


Haja dinheiro!

Queria dizer-vos que o meu marido faz anos em Setembro (já fez) e que parte da prenda incluiu ir passar o fim-de-semana fora.
Qual a relevância disto?

Metade dos hotéis em Portugal estão ultra lotados !! 
Como é possível?

Não estão bem a ver a quantidade de e-mails que recebi a lamentar que estavam cheios. Um exagero! Anda tudo rico e eu não sei, de certeza. Às tantas já estava a mandar pedidos para opões que nem eram opção de tão caros e até esses sem disponibilidade. 

Olhem nem sei que vos digo. Haja dinheiro, é o que é!

(Acabamos por ficar num sítio que adorei, mas depois conto-vos tudo!)

Amanhã

A minha filha mais nova nasceu no dia 25 de Dezembro de 2017 e eu estive com ela vinte e quatro horas por dia de todos os dias da vida dela. A minha licença acaba hoje.

Amanhã volto ao trabalho, sem saber bem como. Como passou tão depressa, como é que vou sobreviver aos primeiros dias (e aos outros), como lidar com a falta que me vai fazer.  Não me apetece ir. Será que se ficarmos todos muito quietinhos, o dia não passa?

Ai..

(E sim, eu sei a sorte que tive em poder fazer quase nove meses de licença de maternidade. Mas custa).

Por outro lado, ainda no tema do karma

Estivemos na praia dois dias, casa que fica a uns 20 minutos do Porto, e chegamos domingo à tarde. O telemóvel do meu homem começou a tocar várias vezes, chamada de um número privado. Ao fim de algum tempo, ligaram de um número identificado e a conversa foi:

- Senhor P?
- Sim, sou eu.
- Sabe da tua carteira?
P. em off:
- Cisca, viste a minha carteira? Cisca não viu.
- Por acaso neste momento não a estou a ver. Mas porquê, quem fala?
- Daqui é da esquadra de polícia da sua terra de praia. A sua carteira foi encontrada na rua e deixada aqui. Pode vir buscar.

E o mais surpreendente nisto, é que é a SEGUNDA vez que acontece receber uma chamada da polícia porque encontraram a carteira que ele nem se sequer sabia que tinha perdido! O meu homem é assim..!

Karma is a bitch

A minha filha anda totalmente apaixonada pela Frozen, em especial pela Elsa. Toda e qualquer coisa do filme, desde um brinquedo à etiqueta da roupa, é coisa para lhe arrancar um suspiro. Tudo - absolutamente tudo - é Frozen: mochila da escola, lancheira, escova do cabelo, dos dentes, cuecas, meias, pijama, ganchos, elásticos, lápis... a loucura total!

No meio disto, a dada altura do campeonato, o pai comprou-lhe a boneca (tipo Barbie) da Anna (a irmã da Elsa, personagem também muito apreciada). Andava com ela para todo o lado e brincava imenso. 

Até que um belo dia, eu ia na rua e vi no chão a boneca da Elsa. Olhei para todo o lado, não vi ninguém a quem pudesse pertencer, não era um sítio com comércio ou serviços onde pudesse eventualmente entregar caso alguém fosse perguntar; era literalmente meio da rua. E decidi apanhá-la.

Lavei-a quando cheguei a casa e estive com ela dois dias na carteira antes de a dar à C. Não estava bem, bem certa mas acabei por a dar. Com um sentimento algo estranho de "estou a dar-lhe uma coisa que encontrei no chão" mas... mixed feelings mas ok.

Claro que ela adorou. Contei-lhe a história de como a tinha encontrado, ela até achou graça e pronto. Grandes amigas.

No fim-de-semana fomos para a praia e ela quis levar a Anna para o mar.

Que vem a suceder?
Deixou-a lá, claro, e o mar fez o que faz e levou-a.

Tenho a certeza que isto só aconteceu porque eu apanhei uma Elsa do chão (embora também possa ser porque ela tem um pai distraído que foi com ela e com a Anna para o mar e só voltou com ela - em todo o caso, antes assim que ao contrário).

Consola-me no entanto pensar que vai dar a volta e parar à terra onde a menina que perdeu a Elsa que eu encontrei faz praia e a vai fazer muito feliz!


Agenda de notas

Este ano apetecia-me uma coisa diferente. Uma coisa que, imaginei cá comigo, fosse agenda e bloco de notas, tudo no mesmo espaço, mais concretamente na mesma folha: a página da esquerda para agenda semanal e a da direita para notas. Sentia - mesmo - a falta disto porque na verdade ando sempre com dois cadernos atrás. 

Comecei por achar que tal objectivo ia ser cumprido com os - antigos, antigos - filofaxes. Mesmo do tempo da outra senhora. Mas pus-me a procurar para descobrir que já não se vendem (ou é mesmo muito difícil arranjar). Então, numa dessas lojas da especialidade, encontrei exactamente o que queria, sem tirar nem por.



Certo que é carote (cerca de dezoito euros, creio) mas é fresco e fofo e com espaço para tudo. Um novo amigo, para a vida toda.

"Aí eu chego, boto o relógio no preguinho, como quando tenho fome e durmo quando tenho sono"

A avó de uma prima minha - uma senhora cheia de energia que aos oitenta anos ainda fazia pinos na piscina com a canalha - foi durante dezenas de anos passar férias sozinha para um parque de campismo do Algarve. Encontrava lá amigos de sempre, que faziam como ela, e adorava aquilo.

Dizia, com alguma graça, que quando lá chegava pendurava o relógio num prego que tinha na roulote (ela dizia que "botava o relógio no preguinho" - o que é delicioso, como os brasileiros são) e não queria saber das horas. Comia se tinha fome e dormia quando tinha sono. Férias na sua máxima extensão e significado.

No extremo oposto desta filosofia estão as férias com um bebé!
Para começar as minhas filhas são as maiores fofas e só acordam por volta das nove. E entre preguiçar, vestir, pequenos-almoços, preparar lanche e muda de roupa, mais toalhas, protectores, etc. saímos efectivamente de casa às onze. Aproveitamos por isso a praia cerca de uma hora - salvo se, lá está, o dito do bebé (coisa boa da mãe) adormecer na praia (proeza que a irmã não fazia) e aí só saímos quando acorda - aconteceu às vezes ser mais pela uma. Calma às almas inquietas, que temos protector, chapéu e sombra na criança mais velha.

Isto para dizer que há hora marcada para sair da praia. Hora para dar o almoço. Hora para a sesta. E hora para o lanche. Qual preguinho. Passei aliás a dormir de relógio.

Claro que há coisas boas, como não apanhar escaldões. E dar alguma estabilidade à mais pequena (que de resto já percebi que é pro-rotinas - como a mãezinha dela - e anda a dormir bem melhor desde que voltamos à nossa de casa). Eu também gosto de saber com o que contar por isso nem reclamo. Preguinhos não são para mim!

Olá Setembro

Estivemos fora de casa um mês e meio. Um mês e meio, benza'Deus! Voltar a casa faz-nos bem, estava tudo com saudades.
Decidimos voltar dois dias antes das novas rotinas, regresso à escola, nova realidade, numa tentativa de nos habituarmos todos mas não foi suficiente. Ainda estamos em adaptação. A C. voltou à escola e não tem sido maravilhoso (na verdade tem sido até bastante mau) e a I. está a criar novos hábitos, de horas de sestas, refeições, etc. A juntar a isto, o pai foi para fora em trabalho toda a semana, pelo que por cá andamos, as três marias. A boa notícia, está quase a chegar o fim-de-semana.

Por outro lado, quase a chegar também o meu regresso ao trabalho e eu a ganhar coragem para nas últimas pedir uma coisa totalmente nova. A ver vamos (na próxima semana).

Coisas boas, já estou a preparar a festa dos quatro anos da C.! Este ano o tema é Frozen e já comecei com uns esboços de mesas. Já escolhemos o bolo e selecionei algumas coisas que quero fazer. Detalhes ficarão mais para a frente (falta um mês sensivelmente).

E pronto, é isto em versão resumo.
Prometo assiduidade e participação activa para os próximos tempos!

Adenda à metáfora

Aqui há dias escrevi sobre a metáfora perfeita (foi aqui) e recebi algumas vozes discordantes. Ainda bem, estamos num país livre!

Não obstante, e como não quero obviamente ofender ninguém, queria esclarecer que o post veio na sequência de uma conversa que tinha tido sobre um "casal" que se assemelha na verdade a duas pessoas que partilham casa (roomates) e que, como na verdade não têm nada de casal, estão mais para má imitação de uma coisa boa do que para outra coisa qualquer.

Por causa disso, e para diferenciar dos casais-casais, passou-me esta ideia pela cabeça. Uma espécie de "hierarquia" que não tem nada de hierárquico, mas é só para demonstrar três realidades diferentes. 

De resto, casem-se ou não se casem! Eu sou team casamento e para mim é o que faz mais sentido, por isso dizia que é uma mala verdadeira.

Continuamos todos amigos, certo?
Boa!