Long time no see

Sinto que estou envolvida em trinta e sete coisas diferentes e que o meu tempo não chega para tudo. E nem se quer vejo televisão. Mas ando a escrever, ando a ler, ando em ensaios para uma peça de teatro, ando com o maior projecto de 2022 (já falamos, juro!), temos a agenda com eventos e coisas, que nem são nada de especial mas ocupam disco no meu cérebro, tenho a lista de compras de natal com 30 entradas e mantenho o meu trabalho - que de tudo, juro que o dispensava e o resto se fazia bem melhor (sonhos, sonhos...).

Do que já é público e notório ao nível da novidade, Novembro ficou definitivamente marcado por uma conquista que me deixou imensamente feliz (embora - tenho de dizer isto - não fosse exactamente, exactamente, como a sonhei) e que traz uma coisa boa para o próximo ano: assinei um contrato de edição de um livro com uma editora! Rufem os tambores!

O que aconteceu foi que algures no Natal de 2020, uma noite em que ficamos a dormir em casa dos meus pais, fui deitar as miúdas e a C. pediu-me para lhe inventar uma história. Comecei a contar à medida da invenção e mais tarde escrevi esse conto, que imprimi com espaços em branco para ela ilustrar. Foi assim que nasceu impresso nas folhas da nossa impressora este conto de Natal, escrito pela mamã, ilustrado pela C., com o qual meses mais tarde me candidatei a um concurso literário de contos infantis. Não ganhei e nunca mais me lembrei disso, a não ser como uma memória boa.

No início de Novembro fui contactada pela editora que promoveu o concurso, dizendo que embora não tivesse ganho, o departamento editorial considerava que o livro deveria ser publicado e se eu estava interessada?

Se estava interessada?? Eu fiquei louca!!

Após longas conversas, foi contentinha e feliz que assinei o contrato de edição e que no final do próximo ano terei publicado o meu primeiro livro, que é um sonho que tenho desde que me lembro de escrever! Até me custa a crer! E acho que enquanto não chegarem à minha mão, me vai parecer sempre uma coisa meio irreal! Mas depois vai estar em prateleiras de livraria (e on-line!) e pronto, estou mesmo feliz!

Além disso temos outra mega coisa a acontecer em 2022, mas já lá vamos, a seu tempo, e haja saúde, para aproveitarmos tudo!

No entretanto, já se pode desejar feliz natal, certo?!

Dos planos deste ano

 Já disse que vou fazer uma super lista de projectos para 2022, não já? Tenho estado a trabalhar nela, com algumas entradas novas a cada semana, para já ainda quase só viagens, mas tenho pensado muito no quão importante é para as minhas filhas fazerem coisas diferentes, sem ser o mesmo casa-escola-fim de semana. Queria mesmo proporcionar-lhes boas memórias e experiências que as marcassem, mesmo que não as recordem em grande pormenor daqui a um ano ou dois. Na verdade, sei que fica sempre qualquer coisa.

Neste espírito, há duas semanas, num sábado, estava a antecipar uma tarde de televisão e pus tudo a andar de casa para irmos a um museu. Na verdade passei uma parte da manhã a procurar coisas girar para fazermos e entre uma exposição de um pintor, uma actividade no planetário e o museu, escolhemos este último. E ainda bem!

O World of discoveries está no Porto há séculos, já lá tínhamos passado em frente dezenas de vezes, mesmo na Alfandega de frente para o rio, mas só entramos agora. E gostamos tanto! A primeira parte é mais museu, com coisas para ver e ler, que não despertaram assim imensamente o espírito das crianças. Mas a segunda parte é uma viagem de barco que simula o caminho dos descobrimentos e a chegada aos vários países e está tão giro! É uma viagem curtinha (vinte minutos) por isso todo o museu se faz em pouco mais de quarenta e cinco minutos (seria mais se estivéssemos a ler todas as informações e curiosidades, que são muitas, mas aos 7 e 3 anos ainda não foi possível). Mas valeu mesmo pela parte do barco, que está muito bem conseguida. Não estava exactamente na minha lista o world of discoveries mas museus em geral sim, por isso senti-me útil minha minha missão de mãe e foi uma tarde gira.

Quando saímos, lanchamos no armazém bar que fica mesmo ao lado e que é um armazém gigante de coisas vintage, com uma esplanada muito curiosa onde bebemos um chocolate quente divinal. Portanto mesmo que o museu tivesse sido péssimo, que não foi, teria ficado tudo saldado com aquele chocolate. 

Entretanto, tenho na calha ainda para este ano,

- um teatro musical em Lisboa, 

- um fim-de-semana escapadinha (já marcado, em Novembro) e 

- um espetáculo de ballet logo no início de Janeiro, que é quase este ano. 

Se for possível, 

- ainda em Janeiro, Londres a quatro e 

- em Março, Paris (mas aqui já sei que estou a sonhar de mais!). 

Ainda bem que sonhar não paga imposto!

Querida Sra. Bird

A minha filha mais velha começou em Setembro aulas de natação, o que tem sido um boost óptimo no meu processo de leitura (que irá acalmar nos próximos meses, mas já lá vamos) e por isso em duas ou três aulas acabei este Senhora Bird, que é um livro fofinho e querido (apesar do pano de fundo ser a guerra e acho que vou no terceiro ou quarto dentro do tema e o seguinte segue a dança), que se lê bem mas não é um uau! que livraço. É um livrinho, acompanha bem, é divertido e emocional na medida certa, não vai para os piores do ano certamente, mas também não terá um lugar assim de destaque. Aliás, pensando nisso, não sei bem que livros estarão no pódio este ano mas é um tema para um post para Dezembro! Lá iremos, lá iremos...!