Aquele momento em que és importante (não pelas melhores razões)

A Bimby mandou-me um e-mail (a mim, sim).

E não, não foi para dizer

Querida Cisca, como fala tão bem dos nossos produtos nos posts que escreve no seu blog, queremos oferecer-lhe um presente.

Nem tão pouco para,

Cisca, queremos agradecer-lhe a boa publicidade que faz à nossa marca, pela qual não pagamos um único cêntimo.

Foi sim para:

Verificamos que utilizou no post xpto uma imagem da Bimby que não autorizamos, pelo que a deve retirar de imediato.

E pronto, é isto.
As pessoas são muito sensíveis, não são?

Março 3 de 4 !

Só para resumir, que daqui a uns anos não terei memória (sabe Deus agora), Março foi um mês de intensa actividade hoteleira, também conhecida por boa vida.

Nunca como agora se falou tanto da desgraça em que estamos a transformar o mundo, havendo correntes cientificas que defendem que isto não dura dez anos (vou falar disto em breve).

Com isto em mente, temos todos de nos concentrar mais em aproveitar todos os momentos. E se há coisa boa que se leva desta vida são escapadinhas, em família ou amigos. Nós pelo menos adoramos e até a C. já tem bichinho de mundo!

Foi assim que começamos o primeiro fim-de-semana de Março, a celebrar o meu aniversário com três dias em Caminha. Tirando o facto de  ter demasiada luz às sete da manhã, o quarto era enorme, super confortável, com camas para os quatro e imenso espaço. A piscina interior muito gira e a zona envolvente maravilhosa para o nosso passeio a pé de manhã. Tiramos fotografias maravilhosas e o tempo foi um enorme amigo. Comemos muito bem e no último dia tivemos a sorte de ir parar a um restaurante lindo de morrer, com um jardim com espreguiçadeiras e redes. Maravilhoso!

No segundo fim-de-semana voltamos "a casa", que é como quem diz fomos para um sítio de sempre, com as pessoas de sempre. O Montebelo Agieira já faz parte da família e foi a nossa terceira estadia. Super, super recomendo para casais e filhos, quantos mais os casais e os filhos melhor! Ficamos num T3 onde fazemos todas as refeições e conseguimos deitar os miudos e fazer jantares de crescidos. Uma nota especial para os AMIGOS, que são o melhor da vida.

O terceiro fim-de-semana, que encerrou a época, tinha planos de Lisboa e passeio mas saiu ao lado. Ficamos no Parque das Nações, num hotel que não recomendo, e não fizemos absolutamente nada além de ir do Disney on Ice. Foi muito giro, mas soube um pouco a frustração. A parte boa é que finalmente conheci a minha M., bebé de um ano mais querida de uma grande amiga. E devemos sempre ver o lado positivo, certo?

Só voltamos a fins-de-semana fora lá para 2035 mas não importa nada porque estamos de alma cheia!

Disney on ice

Não obstante as minhas previsões de uma ida a quatro para um fim-de-semana em Lisboa que tinha Disney on ice, tinha, mas que tinha tantas outras coisas (um brunch sábado, um jantar sábado, todo um passeio, e um almoço domingo), aconteceu tudo ao contrário

(Não faças planos com crianças! Eu já tenho duas, já devia saber).

Pois que quase à hora de sair de casa, dona C. estava com drogas (leves) no bucho por ter feito febre ao final da tarde e eu que levo quatro anos disto senti o cheiro de virose no ar. Ponderamos bem ponderada a possibilidade de não ir mas a miúda andava a falar do espetáculo há um mês, que seria uma maldade. Como admitimos no entanto que no dia seguinte, no fim do Disney, teríamos de vir embora (lá está, cheirou-me), decidimos assim, à última da hora e com as malas já feitas, deixar a pequenina. Toca a tirar tudo dos sacos (que como se sabe ela é quem mais tralha precisa). A parte boa é que fomos três pessoas com uma única mala pequenina. Nem me lembrava de sair tão leve.

Sobre esta decisão, duas notas.

- Primeiro uma mãe e um pai têm mesmo de preparar o coração para deixar um filho uma noite, porque assim do pé para a mão custou horrores.

- Depois, a minha filha mais velha, que até podia ter ficado feliz com um dia de filha única, foi dizendo várias vezes que queria muito que a irmã estivesse ali. E digo-vos, o meu coração bate mais depressa com estas coisas! Amor de irmãs? LIN-DO!

Posto isto lá fomos os três para Lisboa às dez da noite. A C. dormiu todo o tempo, claro, e acordou já no hotel. Fez febre às duas da manhã, vomitou duas vezes de manhã, mas às onze estava cheia de energia e boa disposição para o gelo.

Depois de ter passado continuo a achar que os bilhetes são demasiado caros mas foi muito giro, com todas as músicas da Disney e cheiro a infância. 

No final (terminou pela uma da tarde), a C. estava a ficar sem pilhas outra vez por isso paramos no primeiro sítio sem fila para comer qualquer coisa, fomos ao hotel buscar a (mini) mala e dar-lhe novas drogas para a febre que por esta altura estava nos 38,5 e seguimos viagem para Norte.

Resumindo,
700 km. em pouco mais de 12 horas;
Uma noite de hotel que ficou paga e não usamos (nem devolveram o dinheiro)
Mas uma criança contente.

A boa notícia é que não fez mais febre e ficou fina depois de ter dormido 400 km sentido sul-norte (literalmente, adormeceu na rua do hotel e acordou quando estávamos a estacionar em frente a casa dos meus pais)

De resto, todos os restantes planos saíram ao lado, como está bom de ver e aprendemos uma coisinha ou outra sobre pessoas (ou como as nossas pessoas às vezes nos falham tanto). Bom, mas isto fica para depois. E encerramos aqui a ronda de dias foras em Março!

Começar a semana com novidades

(Não, não é gravidez).


Hoje, em actualização dos posts anteriores:


Já tenho data! 

(e falta menos de um mês)

Saltinhos, saltinhos !!!

Uma nota ao projecto Fotografias do mês

Comecei em 2014 um projecto que mantenho até hoje e que dá pelo nome de

Fotografias do mês

Já aqui falei dele pelo menos um milhão e quinhentas mil vezes, e só para verem que não minto, eis alguns exemplos: 

O dia 31 e o dia 1



Entre outros.

Bom, este mês tenho uma adenda importante a fazer, depois de ter estado a selecionar as fotografias de Janeiro e Fevereiro de 2019 (o que ainda não tinha feito). A adenda é a seguinte: TIRAR FOTOGRAFIAS DE JEITO!

Que frustração! Tenho duas pastas com 150 fotografias cada e aproveitei 20 no total. 20! Ou estão desfocadas, ou cortadas, ou manhosas ou nem se percebe o que se lá passa. Portanto, muito importante para a manutenção feliz deste projecto é melhorar a qualidade. E lembrar-me disto no dia-a-dia, não adianta ser no fim do mês quando o estrago já foi. Dia após dia pensar: tens duas filhas lindas, enjoy!
E pronto, long live the project!

Sabem onde vai hoje esta happy family of four? Sabem, sabem??

Adivinhem lá!





Yeeaahh!!!

Para memória futura

Fiz uma viagem de avião de três horas e passei o tempo inteiro a ver fotografias e vídeos antigos e recentes das minhas filhas.

Só queria dizer para memória futura que eu e o meu marido produzimos seres humanos absolutamente maravilhosos. Ou que as minhas pessoas preferidas no mundo inteiro fomos nós que as fizemos. E que como diz a minha filha mais velha,

Tenho muita sorte com esta família!

A minha filha vai ser relações públicas. Ou padeira.

A minha filha I. aprendeu a dizer olá com seis meses e desde então elegeu essa palavra como a sua preferida. A juntar a isso, é o bebé mais simpático de todos os tempos e nesta conjugação de coisas boas, um dos seus passatempos é andar de mesa em mesa nos restaurantes e cafés a dizer olá a toda a gente. Nós ficamos sentados só a apreciar o à vontade com estranhos que esta miúda tem e o seu despacho a tratar da vidinha dela. Lá vai e nem olha para trás. Olá, olá, olá e pronto! Cheguei chegando!

Por outro lado no entanto, é possivelmente a criatura mais esfomeada de que há memória. Em todo e qualquer momento está pronta a comer e é bem capaz de passar o dia a pedir "pan", também conhecido por pão (quando quer comer; também pode ser panda, depende do contexto!)

Se tivesse de apostar diria que o futuro a leva para relações públicas ou padaria porque são as grandes paixões da vida dela (além da mãe, claro!). O que faz também com que seja a gorducha mais querida e fofa e simpática do mundo. E o meu bebé mais lindo! E a minha bolacha maria mais cutchi-cutchi e o meu pequeno coelhinho de dois dentes. Meu amor !!

Dois erros de mãe

Fomos passar um fim-de-semana em família, o que já não acontecia desde Setembro do ano passado (mas agora estamos a vingar-nos, foram três seguidos!) e percebi que no processo da maternidade cometi dois erros terríveis (além de todos os outros, claro), com a minha filha mais nova.

O primeiro foi ensiná-la a fazer cocó no pote (desculpem, não há maneira polida de dizer isto).

O segundo foi ensiná-la a dormir às escuras.

Que vem a acontecer?
Estamos no hotel e claro que levei o pote mas não está sempre à mão e nem é propriamente portátil. Por isso passa dois dias ligeiramente entupida porque quando tem vontade, não tem oportunidade (foi o melhor que consegui em termos de polimento!).

Entupida mas também com sono porque vai-se lá saber porquê os hóteis têm problema graves com sistemas que bloqueiem efectivamente a luz e por isso às sete da manhã parece que temos um sol a raiar no quarto. E a minha filha que em casa acorda às 10.00, está em modo alvorada quase de madrugada. Ela e nós, como está bom de ver.

Definitivamente erros a corrigir para futuro!

O livro - terceira edição!

Criei este blog em 2012 e em 2015 o meu (super mega hiper espetacular) marido deu-me de prenda de anos dois livros de capa dura onde estava integralmente impresso. Chamei-lhe "a melhor prenda de sempre" e foi mesmo das coisas mais bonitas que recebi.

Este ano no meu aniversário veio ao mundo a terceira edição, que é como quem diz, o livro número três, desta coleção linda - modéstia à parte! - e que cobre o período Janeiro 2015 a Janeiro de 2019.

A memória física mais bonita desta casa e uma prenda PERFEITA (como o meu homem, de resto!)


A segunda é o dia mais difícil não é?

Esta semana em particular não ajudou ter estado de férias sexta, o que resultou em três dias inteiros longe do trabalho (e num fim-de-semana mesmo, mesmo bom). Mas voltar segunda... au! É quase como se a pessoa se esquecesse durante três dias do trabalho e depois de repente... toma lá a tua vida de volta! Vida em sentido figurado, porque cada vez mais o trabalho é menos a minha vida. Dizer com isto que passei uma parte da hora de almoço a procurar ofertas de emprego ou a pensar se me podia despedir. A resposta é: não posso. Infelizmente.

Mas ainda ontem chegamos a casa e fui desfazer malas, pôr máquina a lavar, apanhar roupa, fazer sopa, fazer jantar, enquanto que as minhas filhas brincavam na sala e a C. me dizia de vez em quando “mãe, anda brincar comigo” e eu a responder que estava só a acabar de descascar legumes. Quando acabei tudo era quase altura de ir dar banhos (e sim, às vezes digo que se dane o banho - o jantar nunca! - mas ontem não podia ser um desses dias porque alguém passou uma manhã inteira na piscina). Nisto pensei, não era bem, bem este tipo de mãe que eu queria estar a ser agora. 

Claro que era fim-de-semana e por isso o melhor dia para dar o melhor de mim em termos de organização de tempo, com este detalhe de que tínhamos estado três dias fora e não foi possível organizar. Mas na verdade isto é sintomático das semanas. E por isso dou comigo muitas vezes a pensar que se o meu trabalho fosse ser mãe e casa, podia ser casa nas horas das sestas e mãe a tempo inteiro no resto. E que isto sim me faria feliz. 

Chegar a uma segunda-feira de manhã e ficar a olhar para um computador para ver coisas pelas quais desenvolvi até algum desprezo, frustra-me mais do que eu gostaria. Ao ponto de ter alguma resistência ao trabalho até (tudo parece ser desculpa para não o fazer). Mas é só por ser segunda, que toda a gente sabe que é o dia mais difícil, certo?

Up date!

Coisas boas primeiro,

- Já começamos as obras (finalmente!!) e espera-se que até ao fim de Abril a nossa casa-praia esteja ready to go, que é como quem diz, pronta para receber uma família feliz viciada em sol e mar.

- Já fui e já vim do encontro bi-anual que a minha empresa faz com as demais do grupo e que este ano teve lugar na Escócia. Quatro dias fora das minhas crias, uma mãe bastante reclamadora (eu) mas fui e vim e já passou!

- Este fim-de-semana estivemos com amigos-família  num sítio onde já voltamos três vezes e ter amigos como os nossos é uma das melhores coisas do mundo.

- As minhas filhas são simplesmente o meu coração todo. Estou totalmente apaixonada!


Menos boas,

- Achava que após uma semana fora ia ter coragem de voltar ao tema do trabalho a tempo parcial (este mesmo) mas não tive. Estou frustrada comigo e sem saber como dar a volta (se é que há volta a dar).

- Em conexão com o anterior, amanhã é segunda-feira...!

(E como se diz cá por casa, boa semanada!)

Porque é que eu gosto da Bimby?

Sei que ninguém perguntou mas ontem tinha a Bimby em full power e estava precisamente a pensar para com os meus botões em todas as razões pelas quais gosto tanto dela.

Primeiro, tinha ontem a cozinhar ao mesmo tempo (na mesma meia hora), sopa no copo, arroz na varoma e espinafres e carne ao vapor no tabuleiro.

Isto enquanto estava a brincar com as minhas filhas, sabendo que nada se ia queimar ou estragar e que no fim daqueles trinta minutos ela apitava com um jantar totalmente pronto para todos.

(Não ha nada que pague isto!)

Depois, estou sempre a arriscar em coisas que de outra forma não faria, como o pão, o peixe ao sal, o risotto ou a farinha de arroz (embora me faltem por exemplo os iogurtes).

Em qualquer última da hora consigo ter pronta uma sobremesa, enquanto terminamos o jantar (ainda esta semana estávamos quase à mesa quando me lembrei de fazer um arroz doce, que ficou feito enquanto comíamos)

Além disso, a comida é muito boa e poucas foram as coisas que não correram bem.

O número de receitas que o Cookidoo tem é no entanto demasiado grande (três mil e muitas) e às vezes nem sei que fazer. Não sei se isto conta como vantagem ou desvantagem.

O mesmo se diga para a possibilidade de fazermos menus semanais antecipadamente, porque na verdade isso eu já fazia (e faço) antes da Bimby, por isso claro que é bom quando vamos fazer todas as refeições lá e só temos de selecionar o dia que ela já vai dizendo qual o prato a fazer (que escolhemos previamente) mas isso nem é a melhor parte.

A melhor parte, que acho que se sobrepões a tudo o que disse anteriormente, é eu sentir que cozinho coisas de mãe (ou posso fazê-lo, o sentimento é o mesmo). Sabem aquelas coisas que se comem "em casa da mãe?" Agora sinto-me essa mãe.

Começou porque fiz compotas. Compotas, eu! Fiquei tão, tão orgulhosa.
Depois arrisquei num arroz de pato e que emoção! Saiu tão bem (posso dizer isto sem qualquer problema e modéstia porque não sou bem, bem eu que cozinho não é? É a máquina e as máquinas têm sempre razão)
Mas depois, a cereja no topo do bolo foi feijoada. Quando é que na minha vidinha eu ia arriscar a fazer uma feijoada? Digo-vos: nunca! E ficou tão boa, tão boa, tão boa que.. olhem parecia que até tinha sido uma mãe a fazê-la! Ninguém diria que foi a máquina!

Por isso gosto de tudo na Bimby mas isto de me sair com comida da casa-da-mãe é simplesmente maravilhoso. E se esquecêssemos todos os outros "prós", sem dúvida que por isto já valia a pena!

Óleos essenciais, o post

À data em que vos escrevo este post, que não sei bem se será a data em que o publicarei porque me acontece várias vezes começar a escrever e não terminar no próprio dia, tenho ao meu lado um difusor com três óleos. E porquê? Porque acordei fanhosa e a precisar de limpar as vias respiratórias. Se funciona? É ler até ao fim (ahahah!)

Bom, no Natal o Pai (Natal) cá de casa deu-mo o kit de iniciação da Young Living (mais detalhes, aqui) que traz um conjunto bastante significativo de óleos e um difusor. Difundir óleos no ar é possivelmente a primeira coisa que apetece fazer porque muitos deles cheiram realmente muito bem, mas todos servem também para aplicação na pele, após diluição em óleos vegetais (que temos de comprar à parte, como óleo de amêndoas doces por exemplo).

Eu não sendo diferente, comecei precisamente pela difusão e no início todos os dias cheiravam diferente cá em casa. Tipo Bimby no primeiro mês, em que já nem havia espaço no frigorífico para tanta comida que fazia. 
Depois dessa fúria inicial comecei a estudar imensamente o tema e a ler quase tudo o que encontrava, bem como a falar quase em modo constante vinte e quatro horas por dia com uma espécie de guru do assunto, percebendo com isto que muito do tema se baseia na partilha. Há de resto um grupo no facebook de acesso muito restrito e só por convite, onde se debatem até à exaustão todas as questões relacionadas. 

Estudar, ler, conversar com outras pessoas fez-me perceber que muitas convicções, partilhadas como verdades universais claro, eram constantes entre diferentes grupos, diferentes autores, diferentes livros. E que como tal havia um padrão em muita coisa. Por exemplo, a lavanda ser boa para questões de pele e passível de ser usada em crianças. Por exemplo o limão para questões mais respiratórias. E por aí fora.

Por isso decidi colocar os conhecimentos em prática e iniciar-me nas misturas (ou receitas. Chama-lhe "blends" na verdade). Comecei precisamente pela lavanda, por causa da bactéria que tenho na pele da cara e que me provoca manchas vermelhas há bastante tempo (mais de um ano na verdade). A aplicação diária durante alguns dias não surtiu o efeito que eu pretendia, confesso, mas reconheço que a aplicação talvez não tenha sido a mais correcta (e pouco insistente da minha parte). E em parte porque utilizei um frasco com roll-on que na verdade não funcionava assim tão bem.

Algum tempo mais tarde, fui um dia a Lisboa e acordei no dia seguinte feita num oito. Totalmente entupida, cheia de narizes pingantes, em estado que pede cêgripe, aspirina ou similar. E foi este o dia que mudou radicalmente a minha perspectiva dos óleos.

A doutrina é un|anime em dizer que eles não curam, mas previnem e que como tal se deve começar (atacar) logo à primeira manifestação de sintomas. Foi assim que me combati em três frentes: aplicaçação tópica de uma mistura no peito, pés e atrás das orelhas; chá de limão com uma gota de um óleo indicado para o efeito, e mistura de dois óleos no difusor, que esteve ligado durante algum tempo no escritório de casa onde eu estava a trabalhar.

O que tinha acontecido no final do dia parecia quase milagre, e assim eu entendo a associação a banha da cobra que possa haver. Zero constipação, zero nariz entupido e uma sensação de vias respiratórias totalmente limpas e desimpedidas. Como se me tivessem aberto o nariz e soprado ar fresco em enorme quantidade. Estava a respirar tão bem que até parecia impossível ter começado o dia totalmente ranhosa. Eu era uma pessoa com dúvidas e depois tudo se dissipou. Ranho incluído (odeio a palavra ranho!).

Depois disso, graças a Deus não temos ficado doentes, as miúdas qualquer coisa de nariz às vezes. E na C. aplico uma mistura que acho que ajuda na tosse. Mas confesso que não é com a mesma facilidade com que o faço em mim. Não acho que lhe possa "fazer mal" mas nem sempre arrisco (se eu disser no entanto isto à minha amiga pro na matéria, que usa para todo e qualquer fim em todos os membros da família, ela bate-me na melhor das hipóteses. 

Numa nota geral estou convencida ao ponto de estar contente por ter o kit e de não achar que tenha sido um desperdício de dinheiro (sendo que ele custa, creio, duzentos euros e apenas se pode adquirir junto de pessoas especiais que têm o dom de ser vendedoras - tipo, la está, a Bimby outra vez) e adoro realmente as combinações que se podem fazer com os cheiros e que resultam numa casa mais confortável. Sinto por outro lado que apesar de tudo o que li (incluindo a biblia de 700 páginas com duas colunas de texto em cada página) há ainda muito, muito mundo a descobrir mas estou entusiasmada. Por isso se recomendo? Diria que sim, embora ainda não ao ponto de garantir que irão curar todas as maleitas com esta descoberta. Mas quem sabe se daqui a um ano não serei também uma guru a garantir que vos livra da cadeia e vos dá a vida eterna!

Está em repeat

Podia ser a Gaga e o Cooper, mas confesso que a música não faz mesmo o meu género. Por isso  fui buscar algo MUITO melhor para tocar em repeat.
Quando vejo este vídeo lembro-me de dois amigos que se sentaram num banco e começaram a tocar. E a amizade é tanta que a cumplicidade é natural. Tudo acontece exactamente como devia acontecer e o que fazem é magia. Estão no Coliseu (e chibatadas por não ter ido vez um dos quatrocentos e noventa e sete concertos que deram), mas podiam estar no terraço de qualquer um deles. Estou viciada!


Ele há coisas..

Há um hábito na minha vida que tenho desde que me lembro de ser gente que é tomar banho depois de acordar. Há quem o faça à noite, há quem faça de manhã, há quem não o faça de todo (medo!) mas eu era pelas manhãs. Em todos os anos de escola, ciclo, secundário, faculdade. Imaginam há quantos anos faço isto da mesma forma? Pois é, muitos. Acordar, tomar banho, vestir, pequeno-almoço. A ordem é esta.

Por causa de uma madrugada de trabalho que tive há umas semanas (terão sido meses?), houve um dia em que o banho foi à noite (não sei bem se isto faz sentido). Pois bem, desde esse dia que toda uma vida de prática higiénica matinal, foi absolutamente substituída pela mesma prática mas nocturna. Assim, sem mais. Ainda dizem que as pessoas não mudam. E de tal forma foi esta mudança que nos dias em que agora tomo banho de manhã, porque na noite anterior não o fiz, por ser tarde, por exemplo, já acho que perco uma infinidade de tempo e nunca mais estou pronta. A sério, como é possível? A noite tem exactamente os minutos necessários para tomar banho sem comprometer nada, nomeadamente despachar-me de manhã (a mim e a uma filha que quer sempre brincar mais um bocadinho). Outra vantagem é que dobrei o meu cérebro e isso é sempre bom, inclusivamente para a doença de alzheimer (às vezes lembro-me do que a minha sogra me disse um dia sobre como devemos fazer às vezes uma coisa com a esquerda quando fazemos sempre com a direita - e de isso ser transversal a todas as coisas repetitivas - e de eu no dia seguinte ter dado a volta no metro de Lisboa porque decidi fazer diferente. Creio existir um post sobre isso. Ah, isso mesmo, aqui está ele, foi em Dezembro de 2012).

No fundo, eu que acho que mudar está sempre fora de questão, implementei uma mudança (de efeitos colossais, como se vê) e estou feliz com isso. Talvez não seja tão mau.

32

Esta semana tinham-me passado vários posts pela cabeça porque havia algumas coisas de que queria falar mas fui atropelada pelo tempo e o resto já se sabe.

Tudo culminou no entanto neste dia que calha de ser os meus anos, o que significa que estamos cada vez mais no interior dos trintas e os vinte vão ficando cada vez mais distantes (não tanto assim, calma). O que me fez na verdade lembrar de ter passado dos vinte e nove para os trinta e da negação em que andava (até cortei o cabelo curto!) e de tudo ter passado com o MEGA FESTÃO powered by my man.

Vamos recordar (isto com a idade a pessoa só quer memórias)

Post escrito em 6 de Março de 2017

Porque uma surpresa nunca vem só e o meu homem é afinal a maior surpresa de todas


Conheço o meu homem há anos suficientes para saber que ele não ia deixar passar os meus trinta assim sem mais. 

Organizamos um jantar para a família no dia mas eu sabia que ele não ia deixar a coisa só por aí. A dada altura do processo, uma noite num jantar de primos, disse que ainda íamos viajar antes do Verão e acendeu-se uma campainha na minha cabeça. Uma viagem pelos anos? Dias mais tarde fiz algumas perguntas, para saber se a existir seria a dois ou a três (não queria deixar de passar os anos com a C.) mas recebi de resposta a indicação de que não havia nenhuma viagem para os anos. Fui fazendo algumas perguntas ao longo do tempo mas acabei por desistir. Achei no entanto que no sábado a seguir ao dia de anos, ele devia ter alguma coisa preparada. Esta suspeita foi sendo alimentada por pequenas pistas que encontrei, sem querer, no carro: num dia uma cartolina azul; noutro, post-its de várias cores. Claro que lhe perguntei o que era aquilo mas coincidiu com uma viagem dele portanto todas as explicações foram breves e do género "não tenho nada a ver com isso, tu é que és a rainha da papelaria lá de casa." Ok. Não insisti (mas secretamente achei que me ia encher o carro de papéis a dizer "parabéns").

Na sexta-feira ao final do dia, a C. chega a correr à minha beira a dizer: "mamã! mamã! Vamos andar de barco e é uma surpresa!", seguida de um pai a contestar "C., o pai disse que era sur-pre-sa! E não é barco!; é carro!". 
Passou. A minha filha tem dois anos e podia de facto ter confundido barco com carro (pouco provável mas podia acontecer).
Nesse dia à noite, o P. diz-me que no sábado vamos fazer um lanche a um sítio novo e que temos de sair de casa às quatro da tarde. 

Sábado há alguma movimentação em casa. O P. diz que tem de sair de manhã sem mim, há alguns telefonemas. Regressa à hora de almoço e quando abro a porta tem na mão a minha prenda: uma árvore (num vaso) para plantarmos no jardim, com um cartão que diz: Plantar uma árvore? Check! (Lembram-se da "lista"?) - falamos disto outro dia, fica prometido.

Às quatro da tarde o P. vai acordar a C. porque temos de sair - ele diz que a pressa se justifica porque "as portas fecham" e quando chego ao quarto dela, tenho uma miúda aos saltos na cama a dizer "surpresa! surpresa! surpresa!". Sei que vai acontecer alguma coisa. Saímos de casa, de carro, eu a tentar adivinhar onde vamos, setas que indicam marina do Freixo, de repente a ideia do barco a fazer sentido (eu sabia que ela não se ia enganar!) até que estacionamos o carro. 

- Queria marcar os teus trinta anos com uma coisa que só podíamos fazer no Porto. Vamos fazer o cruzeiro das seis pontes.

Um cruzeiro no Douro é uma coisa de que falamos desde o Verão mas que fomos adiando. Graças a Deus não chove e há até um restinho de sol. Vamos fazer um cruzeiro!

Chegámos ao cais e antes do barco estão exactamente - nem mais! - todos os nossos amigos com um balão gigante e confetis. De Lisboa, de Aveiro, do Alentejo, da Guarda, do país todo, todos! Desato num pranto, há confetis por todo o lado, o meu homem não existe!

Temos à nossa espera um barco que nos leva só a nós, e a um lanche maravilhoso, pelas pontes do Porto. Fazemos uma sessão de fotos na parte de fora, nunca chove, os pequeninos vão todos contentes, abraço toda a gente que vamos vendo ao longo do ano, mas que não está toda no mesmo espaço desde o último casamento. Nunca na vida pensei que estivessem a planear a festa desde Janeiro, nem acredito que em vinte e cinco pessoas ninguém se descaiu este tempo todo - e falamos todos, todos os dias (viva o whatsap!)

O passeio dura umas horas, brindamos, o ambiente é perfeito. Duas amigas dizem-me que vão ficar lá em casa a dormir, outra fica também para o dia seguinte. 

O barco pára, voltamos ao cais. Trago um balão enorme preso na minha mochila que não espelha nem metade da minha felicidade. Aqui e ali as pessoas vão dizendo que vão embora. Há quem tenha miúdos pequenos, há quem regresse de avião, outros aproveitam e vão ver a família, que também é de longe. Acredito genuinamente em todos e juro pela minha saúde que não espero absolutamente mais nada daquele dia. Tenho o coração cheio. Despedimo-nos com abraços apertados.

Organizamo-nos para regressar para casa com os três casais que ficam, entramos nos carros, voltamos com cuidado para nenhum se perder.

Quando estacionamos digo ao P. que nos esquecemos da luz da cozinha acesa. Entro em casa e tenho uma vela a iluminar um 30 gigante feito de fotografias da última década colado na parede, lindo, com todas as pessoas que fizeram desta tarde uma tarde feliz! 

Nos dez segundos a seguir ainda estou a processar que o P. tenha preparado aquilo para nós e os amigos que cá ficam e começam a sair do corredor, sala e portas toda a gente outra vez! Na sala há uma mesa de sushi gigante e tudo posto para um jantar maravilhoso (alto patrocínio dos meus pais em conluio com o meu homem!) Não caibo em mim. Os parabéns são todos para o P., que pensou e organizou todos os detalhes e pôs de pé uma festa de que me vou lembrar para sempre. Se não estivesse já casada com ele, levava-o à igreja no domingo de manhã e só saímos de lá casados. Nunca, jamais, em tempo algum suspeitei de alguma coisa deste género. Na parede de ardósia preta da cozinha está a cartolina azul e os post-its para as mensagens de parabéns! O Z. deseja que as rugas que os trinta podem trazer sejam só de expressão e eu tenho a certeza que fiz umas quantas neste dia mas não podia estar mais feliz e grata. Pelo P., que não tem explicação, e por todos os amigos que a vida nos deu e a quem queremos tanto e tão bem. OBRIGADA!