Como não escrever um romance

No meio dos romances e da ficção, chegou um livro "técnico" (na verdade chegaram dois, mas o segundo fica para a próxima) que era mais ou menos necessário na fase em que estou agora.

Como não escrever um romance é um guia prático e não dicas, isto é, um conjunto de coisas concretas, práticas e objectivas, que manifestamente não devemos fazer se quisermos escrever um livro. Como está nesta lógica inversa, o que NÃO fazer, em vez do que fazer, tem imensa ironia e muita piada! O P. estava sempre a dar comigo a rir às gargalhadas. É super leve, lê-se em dois dias e espero que tenha deixado marcas concretas para o meu processo escrita!


Depois disto, prometo três posts sem livros!




Cenário

Há duas semanas que não almoço;

Nem sei como trabalho;

Deito-me de madrugada;

Levanto-me a meio da noite;

Não sei o que acontece aos dias;

Parece uma espécie de febre;

Estou sempre aluada, noutro planeta, noutra galáxia;

E sinto que a cada momento estou a parir as entranhas.

Numa palavra podia dizer que a loucura se instalou; 

Em duas ou três palavras posso dizer que fiz um curso de escrita em que a última aula era sobre criar um enredo, que a ideia surgiu naturalmente de um conjunto de textos soltos que tinha escrito e que desde então estou freneticamente a escrever um livro, quase sem respirar. É um processo sofrido, tal como um trabalho de parto, e físico, igual a dar à luz, que me suga energia e me dificulta a concentração noutras coisas. Mas espero ansiosamente o dia em que conheça o produto final desta criação - tal e qual o dia em que o bebé nasce finalmente! Antes disso ainda vou fazer uma formação de três meses para revisão, edição e publicação - que podia ser equiparado ao curso de preparação para o parto, que eu não fiz, mas deve ser semelhante!

De modos que é isto! Se for em tudo semelhante a uma gravidez, no início do próximo ano temos mais um membro na família (embora eu ainda esteja na fase da descrença completa mas esperança total!) A ver vamos! Olhem, uma hora pequenina!

A nova índia

 Como já tinha partilhado, acabei o primeiro volume desta história de madrugada e precisava de saber como terminava. Foi assim que encomendei este livro à uma da manhã, sendo que a Wook é a melhor do mundo e mo entregou no dia seguinte. Demorei vinte e quatro horas a ler.

Para começar, como livro gostei mais do primeiro. Mas foi necessário ler este para ter sossego outra vez e saber como acabava.

Já tinha criado laços com as personagens e foi bom vê-los novamente e no fim... no fim acabou precisamente como eu queria, que é algo que me deixa sempre feliz a ler livros. Estava até com algum receio que a coisa fosse dar para o torto e nas últimas páginas andava a espreitar o fim, para garantir que não morria o macho alfa, caso em que me teria de obrigar a parar antes de chegar ao fim. Mas pronto, tudo está bem quando acaba bem e este acabou bem!

Mais dois para a lista e venha o próximo!




A terceira índia

O que aconteceu com este livro foi um claro "não julgues os livros pela capa" - neste caso, não julgues pelas primeiras páginas.

Comecei a ler e não gostei nada do livro; fiz pior, disse logo mal dele. Tinha-o oferecido à pessoa que depois mo emprestou e sentia-me tentada a pedir-lhe desculpa!

Mas depois...!

A pessoa não resiste a um bom romance e a fórmula mágica do triângulo (ela / ele / ele) não falha. Comigo foi aliás, tiro e queda! De tal forma que quando o terminei, e ele termina com "E agora?" - como é que a pessoa aguenta um "e agora??" - tive de encomendar imediatamente o segundo volume para saber como acabava a história! Portanto à uma da manhã, estava nas encomendas online, por acaso para o receber no dia seguinte - tendo-o despachado em vinte e quatro horas, mas sobre isso já falamos!

Fiquei mesmo muito curiosa com o fim da história, acho que a curiosidade típica feminina, por isso se também não resistem a uma história de amor modelo clássico, deixo a sugestão! (E já vos falo do segundo volume!)




9 and counting!

No domingo passado fiquei a ler até à uma e meia da manhã no sofá da sala, o que em retrospectiva não foi a minha melhor ideia, que segunda-feira é dia de trabalho.

À uma e meia da manhã, a passar, e com o despertador a tocar pelas sete, lá me arrastei para a cama, onde senhor meu homem tinha adormecido em calções de praia, com meio cobertor em cima das costas. O que dizer sobre isto?

Primeiro de tudo, o meu marido é um gato! Não fosse este um blog de família logo vos contava o que tinha acontecido, se não fosse uma e meia da manhã!

Segundo, o meu marido ser super gato nove anos depois de termos casado, é francamente incrível! Não só por ser gato em si (o que também é notável, pois podia ter ficado com barriga de cerveja, desleixado e trengão), mas por eu sentir por ele a mesma coisa do primeiro dia, quando passaram nove anos entretanto. Se estivesse na faculdade com as minhas amigas e ele entrasse no NL, o comentário geral era de um gatónico arranhável! Tudo igual, portanto, só com aliança no dedo (tem dias..!) e sexyness no máximo!

Por isso este post é um parabéns a nós, que fizemos anos de casados e somos fofos, frescos e amorosos; e um cheers ao meu homem, que é gato nas horas, gosta de praia, fica lindo de calções de praia e ...


Não me tentes ler o pensamento
Porque ias acabar por corar

São coisas!

Fico sempre altamente surpreendida com a velocidade a que o tempo corre e confesso que não sei mesmo, honestamente, como é que já estamos a meio de Junho, se ainda há dois dias atrás era Janeiro. É mais ou menos a mesma coisa que se vai passando aqui: entretanto passou um mês desde o último post e eu era capaz de jurar que ainda hoje de manhã cá vim.

Entre uma coisa e outra andei ocupada com a escrita, com um curso de quatro semanas e a terminar o de treze, mas mais importante ainda, comecei a escrever um livro. Não é "um" livro; é o meu livro, na verdade - que pode vir a não ser nada (é o cenário mais provável, que nem se quer saia da gaveta), mas estou tão entusiasmada com o processo como se já o tivesse em venda!

Primeiro é um dos meus sonhos de criança!

Segundo, sempre achei que não seria capaz de criar uma história que fizesse um mínimo de sentido;

Terceiro, o processo em si de criação é absolutamente maravilhoso - e sofrido em igual medida.

Tenho as ideias aos saltos na cabeça e avidez de as colocar no papel e estou muito, muito ansiosa com o resultado final! Mesmo que, lá está, nunca venha a sair da gaveta depois disso!

Paralelamente, estou a terminar um conto infantil com que me irei candidatar a um concurso de escrita - o que também não vai dar em nada, como está bom de ver, mas a participação, para quem escreve, acho muito importante.

Tudo somado, sim verdade que o blog esteve às moscas um mês inteiro (eu continuo a achar que foram uns dias), mas escreveu-se noutros locais e o que importa é isso: escrever, escrever, escrever!

Já agora, falando em "importar" e em tempo, estou a um mês da próxima tatuagem, processo igualmente maravilhoso e sofrido portanto se cá só voltar em Agosto, volto mais pintada!

História do novo nome

Ora então, Ferrante outra vez.

Maio e Junho estiveram um pouco empenados na leitura e a culpa foi do suspeito do costume. Curiosamente este segundo volume é ligeiramente maior do que o primeiro mas lê-se melhor, contudo, e ainda assim, demorou-me mais do que gostaria.

Pontos positivos:

Consegui ler com mais entusiasmo que o primeiro, que não tinha adorado e acho que no global a dinâmica está melhor conseguida. Tem mais trama e é mais mexido.

Contudo, pontos negativos:

Continua a ser Ferrante. A pessoa lê, lê, lê e no fim não chega a lado nenhum. Pessoalmente acho isso incrivelmente frustrante num livro. Apesar de obviamente muito bem escrito, não é, para mim, uma obra prima da literatura, lê-se bem mas não é divinal; por isso ler 400 páginas e chegar ao fim como se podia chegar a meio, frustra-me. Sim, também não sei bem porque o leio... Claro que se fica com alguma curiosidade de saber o que vem a seguir, porque é que o Nino apareceu na apresentação do livro e o que irá acontecer, mas não é aquele desespero, ai meu Deus se não leio JÁ o terceiro volume tenho uma coisinha; não, é só sem sal - mas sabem que eu não sou a maior fã desta tetralogia (embora talvez venha a ler o terceiro, não poso garantir que não o faça, apesar de tudo..!)

Ainda assim, não vai para os tops do ano, mas este ano não é fácil, depois de um Apneia e um Lá onde o vento chora, por isso entrei directo no seguinte (que estou a terminar) e volto em breve!