(Try to) Keep calm

Pois então, é o seguinte... Sabem quando estamos dias e dias à espera de uma coisa, que parece que nunca mais chega, e esperamos, esperamos...? Se fosse uma carta, isto queria dizer que todos os dias fui ver a caixa do correio, na esperança de o carteiro ter feito o seu trabalho. Tem sido assim nos últimos dois meses, a esperar, a esperar. Fui preparando a vida para o que estava para vir, que se atrasou bastante na verdade, e pensava que estava preparada, apesar de uma certa desmotivação, fruto da espera. Agora que chegou, não sei que faça com ela, onde a encaixar, como vai caber na minha vida. Eu estava sossegada e era feliz, tinha os meus dias, as minhas rotinas e gostava mesmo da forma como o rio ia correndo. Mas depois pus-me à espera. E já chegou. E não sei que faça. A preparação não foi suficiente, a espera não chegou e aqui estou eu, com este problema para enfrentar, sem saber muito bem como o fazer. Se vai correr bem? Estou pouco confiante. Avizinham-se tempos tenebrosos, dias absolutamente caóticos e muita angústia, acho eu. De notar que sou muito positiva. Ensinaram-me a acreditar, a esperar dias bons, dias de sol, a ter confiança no futuro. E eu tenho sido assim, vou tendo esperança. Mas agora nem sei que me diga. Não me sinto capaz e tenho um medo inacreditável de falhar, de querer alcançar uma montanha demasiado alta para mim, mesmo andando em preparação há algum tempo. Sou toda a favor de sonhos altos, de desafios, de novas oportunidades, de experiências difíceis; não tenho medo do trabalho e dou sempre tudo o que há por aqui. Mas agora é diferente, não depende só de mim e, na verdade, eu não sou nada por aí além. De tal forma que o dia tem sido um caos. Estou em pânico. O que é que faço agora?
Tenho noção que preciso de um plano. Afinal, estes dois meses de espera não foram suficientes na planificação. Um plano que me guie ao longo do caminho, que não me deixe perder o norte, que me ajude a manter focada, a saber os meus objectivos, a não cometer deslizes. Depois preciso de manter a calma e encarar o plano com espírito positivo. E de ir correr amanhã, antes de tudo começar. E de pensar que vou conseguir. Sem subir muito, para a queda não ser assim tão grande, caso caia. Se há coisa que sou é organizada. Gosto de rotinas e planificações, gosto de seguir aquilo que trilhei, sem me zangar assim tanto caso algo falhe. Tem sido assim e tem dado resultado. Porque é que agora havia de ser diferente? Eu digo-vos: porque esta é a tarefa mais difícil da minha vida profissional. Haja ânimo e força.

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