Uma sorte chamada A. Uma amizade chamada P.

Tive a sorte imensa, o privilégio, o orgulho, a alegria enorme de ter encontrado a  minha A. no fim do primeiro ano da faculdade. O início do ano não tinha sido brilhante e cruzar-me com ela numa aula de constitucional mudou para sempre a minha vida. Ela estava a organizar um jantar do primeiro ano e eu andava imensamente só. Foi por acaso.

Não foi no entanto por acaso que nos tornámos amigas. Amigas, com A grande. Próximas, vizinhas, parecidas. Crescemos juntas ali. Fizemos vários jantares de aniversário juntas nos anos seguintes; tantos bolos de chocolate na cozinha dela até de madrugada. Formamos um grupo à nossa volta. Somos as P., faça chuva ou faça sol, estejamos longe ou perto. Passamos por tanto e continuamos aqui.

Trago estas Amigas no coração para todo o lado que vá. Faz alguns anos que não vivemos na mesma cidade mas o que Coimbra uniu nenhuma distância separa. Gosto delas como irmãs, a minha A., a minha D. e a minha D. Falamos todos os dias, trocamos centenas de fotografias. Temos uma resolução de ano novo conjunta, que se renova anualmente, de passarmos um fim-de-semana todas juntas, agora com maridos e filhos. Estamos já a namorar o calendário para repetir o que conseguimos fazer em 2016. Vimo-nos casar e crescemos mas somos as mesmas miúdas de sempre e sei que começou tudo com a A.  És uma sorte de que não me esqueço e gosto muito de ti.
      

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