Uma cabeça movida a café sem açúcar
Tenho uma necessidade de cafeína gigantesca. É um vício físico, além de um prazer na verdade, porque adoro café.
Ser físico significa que caso por algum motivo de força maior não beba algum dos cafés do dia, temos o caldo entornado, que é como quem diz, uma dor de cabeça daquelas.
Assim, de manhã tomo um café antes de sair de casa, ou assim que acorde (aos fins-de-semana). Aos dias de semana, é imperativo o café das 11.00. Se se atrasar cinco ou dez minutos, começo logo a sentir uma dorzinha na parte de trás da cabeça. O mesmo se diga do café depois de almoço. Que não me atrase a almoçar, para não atrasar a cafeína subsequente. O meu corpo dá por isso.
Geralmente tomo a meio ou final da tarde e ocasionalmente depois de jantar mas são os três cafés até às duas da tarde que me fazem realmente falta e sem os quais não posso passar. Seja dia útil, fim-de-semana ou feriado.. Isto só é bom porque me sabe bem (e porque me custam dez cêntimos no trabalho e pouco mais em casa) e porque deixei o açúcar há exactamente dez anos.
Estávamos no início da faculdade e os cinco ou seis cafés por dia implicavam umas trinta gramas de açúcar só porque sim. Decidimos deixar. Foi a melhor decisão alimentar de sempre e nem consigo agora imaginar como se consegue beber café com açúcar. Sabe-me tão mal. Não consigo também perceber bem como é que já passaram dez anos desde essa altura. Se calhar vou buscar um café enquanto reflicto melhor sobre isso.
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