E agora, o Natal

Foi a primeira vez, em trinta anos de existência, que não acordei em casa dos meus pais na manhã de 25 de Dezembro. Isto é uma mudança de hábitos radical, para mim que sou uma árvore. Mas pela primeira vez desde que casamos, estamos a 30 minutos de distância e podemos confortavelmente passar a consoada num sítio e dormir no outro, sem prejuízos para ninguém.

Além disso, era importante para nós criarmos as nossas próprias tradições na nossa casa e deixar à C. a prendinha do Pai Natal debaixo da árvore.

E o que lhe deixou?

O Panda gigante que ela andou um mês a pedir;
Um livro do Bolinha sobre o Natal;
Um livro de pintar e de actividades do Ruca;
E um boneco planta, daqueles que nasce relva na cabeça e parece cabelo

Ainda hoje ela diz que o Pai Natal lhe deu o Panda, o livro do Bolinha e o do Ruca (a planta esqueceu-se) por isso o saldo foi positivo.

Depois do ritual de abertura de prendas em casa, fomos para casa dos meus pais para o outro ritual (semelhante mas com avós e tio à mistura e um número bem mais considerável de prendas).

O que tenho a dizer?
A C. tinha várias prendas no sapatinho mas abriu a primeira e começou logo a brincar. Não quis simplesmente saber das outras, ao ponto de as termos até guardado para distribuição posterior / ao longo dos próximos meses.

Porque é que eu gostei disto?
Primeiro porque achei que fosse delirar com tanto presente e quisesse abrir uns atrás dos outros sem ligar nada a nenhum.
Depois, porque a minha filha brinca realmente.
Senta-se a brincar com brinquedos, bonecos, cozinhas, comidas (ela diz: "vou fazer uma papinha muito boa para a mamã!") e é uma alegria vê-la assim.

Estou contente com a nossa decisão de termos racionado os presentes mas verdade, verdadinha é que podíamos ter comprado este mundo e o outro que para ela era igualzinho.  Brincou com tudo como se fosse o único brinquedo. A minha bebé.


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