Tempo de agradecer #2 – Os meus pais e o meu irmão
A minha ideia e conceito de
casamento vêm exactamente dos meus pais. Foram eles que me mostraram e
ensinaram que o juntos para sempre na
alegria e na tristeza, na saúde e na doença e o felizes para sempre podem mesmo ser verdade. Casamos no mesmo dia
que eles, trinta anos depois.
Esta não foi no entanto a coisa
mais importante que me ensinaram.
Os meus pais são um exemplo de
como educar, ensinar, acompanhar, apoiar.
Ensinaram-me quase todas as coisas
que sei sobre a vida, a família, os amigos, o certo e o errado. Mostraram-me
sempre o caminho mais correcto. Continuam a fazê-lo.
Ensinaram-me também dois dos
princípios base da minha vida: “nunca te arrependas de fazer o bem” e “ põe-te
sempre no lugar do outro.” Procuro nunca me esquecer mas se acontece, eles
continuam a lembrar-me.
Isto deve ser um lugar comum mas
para mim os meus pais são um modelo, uma inspiração. Temos aplicado na nossa
vida vários aspectos que aprendemos da deles e muitas vezes em nossa casa se
diz que foi assim que sempre fizeram e resultou. Tem resultado.
De todas as coisas que os meus
pais são, e eu não sei bem destacar a maior ou mais importante, há uma gigante,
que será pelas que estou mais grata: os meus pais foram toda a minha vida e
continuam a ser hoje, a minha rede. Uma rede de segurança, de apoio, de
confiança, de conforto, de colo. Uma rede certa e sempre presente. Uma rede que
nunca me faltou. Uma rede que está sempre à distância de uma chamada. Uma rede
de ajuda imensa, uma mão de tamanho incomensurável. Como as pegadas na areia,
sempre ao colo.
Estou grata pelos meus pais não
só no Natal mas em todos os dias da minha vida e sei exactamente a sorte que
tenho. Sei que não se pode medir.
A esta sorte juntamos o meu
irmão.
O meu irmão e eu somos o exemplo
de que não é a distância que mede o afastamento, mas muitas vezes ao contrário.
Todos os dias da nossa vida até ao que ele saiu de casa nos zangamos um com o
outro. Todos os dias depois desse fomos os melhores amigos. Foi meu padrinho de
casamento e é padrinho da minha filha. Emigrou e tenho saudades dele. Crescer
fez-nos um bem imenso porque ficamos mais próximos, apesar da distância. Não
deixa de ser curioso.
O meu irmão tem o sentido de
humor mais especial e, apesar do ar de insensível / não quero saber, um sentido
de protecção gigante. Tem sempre ideias diferentes, vê coisas diferentes e
recusa as manadas. Os primeiros desenhos animados que mostrou à C., com dois
anos, foram os Marretas. Depois os Simpsons (que ela agora adora ver com o pai).
Criou com ela uma tradição que adoramos (o livro da Páscoa) e eu sei que a
nossa escolha não podia estar mais certa. Jamais o diria ao crescer porque
o meu irmão e eu na verdade fomos uma surpresa. Daquelas maravilhosas.
Obrigada.
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