O lado negro da escola

Reconheço que pelo meu último post sobre a escola a conclusão lógica a tirar é de que não existe nenhum lado que não seja negro e, nessa medida, o título não é o mais apropriado.

Ainda assim, vou manter, na convicção de que a escola terá um lado maravilhoso um dia, mas que há sempre um outro menos maravilhoso (ou para usar uma expressão mais realista, um francamente mau).

Estou a falar, obviamente, da condição de “infectário” que afecta todos os infantários. A propagação de bichos e a velocidade com que os miúdos ficam contaminados com porcarias várias. Ainda não me habituei a isto, duvido que alguma vez habitue e estou aliás bastante surpreendida pela negativa com esta pendência.

Se não, vejamos:

Ao fim de quatro dias na escola, tinha uma filha constipada.
Ao fim de duas semanas, tinha uma filha com gastroenterite, que ficou uma semana em casa a vomitar dia sim, dia não.
Após o regresso, ao fim de uma semana estava constipada outra vez.
Quatro semanas depois, um dia com febre e nova gastroenterite com mais dias em casa.

E ainda só estamos em Novembro por isso eu temo a onde isto vai parar.

Aquando da segunda vaga de gastros na escola, foi enviada uma informação aos pais pedindo, reforçando na verdade, que não deixem os meninos na escola quando estão com febres, diarreias ou afins por que isso determina contágios vários aos demais. 

Olha que caraças!
Assim naturalmente que não vamos a lado nenhum.

Eu estou solidária com os pais que não têm alternativas e, vendo a coisa pelo lado do bem, nem imagino o que deve custar deixar deliberadamente um filho doente na escola.

Mas, por outro lado, e a saúde dos outros?
Não há alguém que tome conta?
Não se falta ao trabalho?
Recordo que a segurança social paga as faltas para assistência a filho e que os pais com filhos pequenos têm direitos.

Posto isto, vamos todos ter mais um bocadinho de cuidado, pode ser?
A saúde agradece.

1 Coisas dos outros

  1. Há sempre os períodos de incubação das coisas, em que as crianças são portadoras dos bichos mas ainda não têm quaisquer sintomas.
    Apesar de achar que há pais que podiam ser mais conscientes, por outro lado, acho que não haveria melhorias muito significativas... não sei...

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