Aguentem-se, crianças

Preocupa-me o que vai acontecer às plantas durante esta semana de férias. Por certo vão enfrentar qualquer maleita com tanta sede, que ninguém aguenta sem água. E eu não sei que faça para evitar esse mal...


A Alzira, que é a mais crescida, tem maior capacidade de resistência, graças ao vazo onde mora, que permite criar uma pequena piscina para os dias de escassez. A preocupação com ela é menor; é rija e aguenta-se.

Pior, pior, estão os mais pequenos.


A pobre coitada da hortelã já viu melhores dias, mesmo estando em cuidados intensivos. Assim que lhe falte o apoio, sucumbe à primeira oportunidade. E a mim custa-me imaginar a sua desgraça, assim que passe a porta de casa, porque é bonita, cheira bem e dá imenso jeito na sangria caseira. Espero que se aguente. Força nisso, sim?


As três marias (que estão tão grandes e parece que ainda ontem nasceram), embora mais fortes que a hortelã, não têm tanta força assim e uma semana sem água é coisa que não podem aguentar sem prejuízos irreparáveis. Afogá-las em água para que a bebam de forma racionalizada ao longo do tempo está fora de questão, que não fazem essa ponderação. Vai tudo no mesmo dia e sorte será se não sucumbirem logo de overdose. 

Vamos de avião e não as posso levar. Não tenho a quem as deixar (as férias quando nascem são para todos) nem quem venha cá tratar das criaturas. Assim sendo, resta-me apelar às forças superiores que têm nas raízes e esperar que se aguentem com isso. Ou então deixá-las no varal da janela e pedir por chuva em Lisboa.



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