Podia ser a história alimentar da gravidez

A minha sogra conta várias vezes duas histórias da gravidez dela. Uma em que lanchou um queijo bola inteiro com pão e outra em que fez o meu sogro ir comprar pastéis de nata às dez da noite e comeu nove seguidos. 

Eu sempre achei que os desejos na gravidez eram uma treta e ter engravidado só me fez confirmar esta teoria. São uma boa maneira de ter extra mimo mas o risco de a criança nascer com cara de melancia em pleno Dezembro ou de castanha assada em Agosto se ninguém atender aos estranhos apetites, custa-me a crer.

Isso ou tenho tido mesmo sorte.
Não desejei nada especial e mantive a mesma fome. Tenho comido normalmente e embora me apeteça alface, sushi e tosta mista, não são desejos propriamente ditos mas apetites normais. Nada de novo, no fundo.

Hoje no entanto - e sem que isto tenha aparentemente alguma coisa a ver com o facto de estar grávida - achei que ia ter a minha história de gravidez, no que à comida diz respeito.

A história seria:
Passei oito meses de gravidez sem qualquer apetite anormal ou fome extraordinária. Só houve um dia, um sábado à tarde, em que saímos para lanchar e comi dois croissants de chocolate seguidos. Dois. Gigantes. Mornos. Cheios de chocolate. E em que ainda por cima voltei para casa com nódoas por todo o vestido.

Porque é que esta história não chega a ser bem uma história?
Porque - graças a Deus - o meu marido é polícia alimentar e quando me viu a olhar com ar de cachorrinho abandonado para o potencial croissant número dois, pôs-me a mexer porta fora e tomá lá para sermos democráticos.

De modos que este episósio se resume no fundo a um normal croissant de chocolate, com nódoas à mistura (esta parte é verdade que não sei bem o que se passa mas passo a vida a sujar-me) e a um marido fofinho que me põe da linha como é preciso.

A não ser assim, seria uma boa história para contar a propósito da gravidez.



4 Coisas dos outros

  1. Vá, se ainda te falta um mêsito como forno de um bebé, ainda há esperança na tua história de gravidez! Pensa lá bem se não te apetece perdidamente 1 bola de berlim (a minha mae comeu uma todos os dias durante 9 meses) ou outra qualquer coisa mais absurda :P

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  2. A Mãe conta-me que, quando estava grávida de mim, ficou estagnada perante uma nespereira, logo ela que não suporta tal fruto! Nem ela, nem eu.
    A dona da árvore, que observava a minha mãe, lá reparou que ela estava grávida e com desejos. Toda contente, arranjou-lhe um saco cheio de nêsperas. É bem possível imaginar a felicidade da minha mãe naquele momento, até porque, cada vez que se conta esta história, o meu pai perde-se de riso.

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  3. Pois eu reconheço que acredito nisso dos desejos. Depende das mulheres.

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  4. Lá se foi a tua história.
    Parabéns pelo bebé e espero que corra tudo bem :)

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