Um pequeno passo para o homem...



Começo entre amanhã e quarta-feira a árdua tarefa de fazer a mala. Neste último ano fiz malas todos os fins-de-semana, quase sem excepção, mas desta vez é diferente. Estou de partida. Não levo uma ou duas roupas para passar o fim-de-semana, mas praticamente tudo o que tenho. As coisas de todos os dias, o de sempre. A roupa, os sapatos, as carteiras, os acessórios, os produtos diários, as minhas coisas. Para minimizar o impacto, começo pelo Verão. Deixo ainda casacos compridos, botas, collants, camisolas, mas voltarei para os levar, lá para o Inverno. Antes disso volto, mas de visita apenas.

Por agora, vai tudo o resto. Não apenas um ou dois pijamas, mas todos; não só umas sapatilhas que não uso, mas as que me acompanham nas corridas semanais; e nem só um ou outro creme de que não gosto tanto, mas os que não dispenso. Desta vez, não levo estas e aquelas calças que, com os sapatos que calço e o casaco que vai na mão, dão com esta camisa e este top. Não combino e nem penso. Abro o armário, as gavetas, os cestos e vou tirando a minha vida, que guardo na mala para a ir viver mais a sul. Na próxima segunda-feira será a hora de a reinstalar. Confortavelmente, ou assim espero.

Na mala coloco também a esperança de que tudo corra pelo melhor, com poucos percalços, que me habitue à nova vida, que goste daquela cidade, que aguente as saudades e que sejamos imensamente felizes. 

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