P de Papá
C. e I.,
Hoje é dia do Pai mas quem vos escreve é a Mãe.
Na verdade, vocês ainda não sabem ler (bom, a C. conhece as letras todas e sei que não faltará muito) mas quando já tiverem idade poderão fazê-lo. Nessa altura, irão perceber também coisas que hoje ainda não conseguem.
Não conseguem ainda, por exemplo, perceber a sorte que têm. Não conseguem ainda estar agradecidas ou reconhecer. Este ano neste dia vou fazer isso por vocês. Um dia vão-me dar razão.
Quando conheci o pai ele dizia que não queria ter filhos. Conseguem acreditar?
Claro que ele era um miúdo e não sabia o que dizia (salvo quando dizia que gostava de mim naturalmente!). Mas a visão dos filhos estava deturpada pelo medo que alguma coisa não corresse bem e isso, na verdade, já era o primeiro sinal de que seria um bom pai.
Anos mais tarde foi ele o primeiro a querer ter filhos. Ironias do destino! E quando o primeiro teste deu positivo, foi ele quem saltou de alegria (de certeza que já ouviram essa história). O resto vocês já sabem.
Podem olhar para o pai e achar que ele é mais crescido mas na verdade ele tem a vossa idade. Quando brincam, são iguais. É ele que inventa as melhores brincadeiras, que sabe brincar melhor, que lê com mais entusiasmo as histórias. Não é à toa que a C. me diz que "o papá não faz assim, faz assado" quando estou a brincar a alguma coisa vossa ou que o pai lê de outra maneira (as vozes, os sons).
É geralmente com o pai que a C. prefere tomar banho. Porque ele inventa mais, brinca mais, faz mais palhaçadas. A mãe muitas vezes tem de ir acabar o jantar (não devia, eu sei).
Se vamos ao parque, a mãe pode muito bem ficar a tomar café mas o pai não se dispensa no baloiço ou no escorrega.
Se estamos na praia, o pai é o primeiro a ser requisitado para ir para o mar ou brincar na areia molhada.
O pai tem mais altura para as cavalitas, chega ao tecto e sempre mais alto, lembra-se sempre de mais qualquer coisa, tem mais imaginação (ele que não tinha imaginação quando era da vossa idade).
Um dia destes vão olhar para ele e pensar que é mesmo, mesmo o vosso herói. E ele estará sempre à altura desse privilégio e nunca mas nunca vos vai faltar. Porque é um pai enorme. Um super pai, o melhor do mundo, o maior ou qualquer um desses clichés que vão ver em canecas e t-shirts no dia de hoje. Podiam ter sido todas para ele porque todo o reconhecimento não seria de mais.
Por isso, um dia destes, quando crescerem mais um bocadinho não se esqueçam de lhe dizer "Obrigada Pai." Neste dia e em todos os outros.
É geralmente com o pai que a C. prefere tomar banho. Porque ele inventa mais, brinca mais, faz mais palhaçadas. A mãe muitas vezes tem de ir acabar o jantar (não devia, eu sei).
Se vamos ao parque, a mãe pode muito bem ficar a tomar café mas o pai não se dispensa no baloiço ou no escorrega.
Se estamos na praia, o pai é o primeiro a ser requisitado para ir para o mar ou brincar na areia molhada.
O pai tem mais altura para as cavalitas, chega ao tecto e sempre mais alto, lembra-se sempre de mais qualquer coisa, tem mais imaginação (ele que não tinha imaginação quando era da vossa idade).
Um dia destes vão olhar para ele e pensar que é mesmo, mesmo o vosso herói. E ele estará sempre à altura desse privilégio e nunca mas nunca vos vai faltar. Porque é um pai enorme. Um super pai, o melhor do mundo, o maior ou qualquer um desses clichés que vão ver em canecas e t-shirts no dia de hoje. Podiam ter sido todas para ele porque todo o reconhecimento não seria de mais.
Por isso, um dia destes, quando crescerem mais um bocadinho não se esqueçam de lhe dizer "Obrigada Pai." Neste dia e em todos os outros.
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