Plano B

Tenho uma característica muito vincada e que é grande parte de mim: quando sinto que alguma coisa pode não correr bem, preciso de ter pensado um plano B.

Isto acontece nas coisas simples, como nos tempos da faculdade em que eu sabia que se chumbasse no exame, tinha hipótese de recurso (plano B) mas acontece também nas maiores, como quando fazemos uma poupança que nos permita viver se formos despedidos (Plano B).

Não precisam de ser planos traçados a régua e esquadro. Basta eu saber que há um caminho alternativo por onde possa seguir se me esbarrar no principal. Geralmente são soluções piores, mas com as quais posso viver ou remediar, melhor ou pior, até encontrar o caminho certo outra vez. Sempre que sinto que alguma coisa pode correr menos bem, eu preciso de uma alternativa, de saber pelo menos que ela existe. Caso contrário, fico sem chão.

Para o processo “escola da C.”, já tenho o plano B.
Isto quer dizer por um lado que as coisas não têm de ser como são porque encontramos alternativa se necessário, mas quer dizer também por outro que o projecto inicial não está a correr como o esperado. Se eu não souber que há algo que possa fazer em relação a isto que mude em tudo o curso das coisas, falta-me o chão. E o ar. Perceber que, embora não seja a opção perfeita, há uma opção caso isto não melhore, dá-me algum conforto. Este é o lado positivo.

O outro lado é que as coisas não estão a correr bem e foi isso que me trouxe até ao ponto em que precisei de pensar num plano alternativo. Se as coisas não melhorarem, a minha filha vai sair da escola e eu vou passar a licença de maternidade com duas crianças em casa. Com tudo o que isso implica, mas sabendo pelo menos que poderá respirar de alívio e esquecer a ansiedade gigante em que está.

Ainda acredito que possa correr bem. Ainda acredito que possa melhorar. Para já está muito pior do que o esperado mas as crianças são surpreendentes a todos os níveis e a minha obrigação é acreditar que vai passar.
Se assim não for, eu tenho um plano B.

1 Coisas dos outros

  1. Espero que melhore em breve. Estas adaptações são sempre complicadas (mesmo quando parece que não)!
    Beijinhos e força!

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