De coração cheio
Diz-se que os amigos são a família que escolhemos e é bem verdade. Aos amigos verdadeiros estamos ligados por laços tão fortes como os de sangue; são as nossas pessoas, as nossas metades, os mais que tudo, de quem gostamos incondicionalmente, que são para nós e somos para eles. Os nossos amigos são família também. Mesmo que não os possamos ver todos os dias, mesmo que só consigamos estar todos juntos em ocasiões muito contadas. Isso, na verdade, não é o mais importante. O que importa verdadeiramente é o que somos quando estamos juntos e somos magia.
Tenho conseguido fazer com as meninas um fim-de-semana por ano. A nós juntaram-se maridos e filhos e mais recentemente um namorado. Estamos a crescer em número, em boa disposição, em gargalhada, em maxilares e barriga a doer de riso. Queremos crescer também em dias que estamos juntos mas dois, que é tão pouco, é tão, tão bom! Quem me dera que pudesse acontecer mais vezes. Mas a circunstância de nos separarmos e termos cada um entre duas a três horas de viagem até ao destino, todos em sentidos opostos (Norte, Sul, Este) é bem representativa da distância que nos separa. Façamos apenas com que os fins-de-semana que acontecem sejam para sempre, mesmo que curtos.
O nosso fim-de-semana deste ano esteva quase para não acontecer. Foi à última da hora e um dia depois de ter começado que nos decidimos juntar. Foi pequeno, soube a pouco. Mas foi maravilhoso, como uma lufada de ar fresco numa semana particularmente difícil.
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