Eu era essa pessoa

Lembro-me de ter passado grande parte da minha vida a meter-com uma tia por jantarem antes das oito. Na verdade o que eles faziam é que, ainda antes de começar o telejornal, já tinham jantado e arrumado a cozinha. Eu achava aquilo coisa de terceira idade. Parecia-me até que confundiam lanche com jantar.

Ontem jantamos às sete e meia!
Sete e meia!

Não me reconheço bem neste horário, embora admita as suas vantagens, mas confirmo mais uma vez que não podemos cuspir para o ar porque nos cai definitivamente em cima.

Em regra, nas nossas rotinas o jantar acontece pelas oito (oito menos cinco, oito, oito e cinco, por aí) mas porque havia uma criança em casa a cair de sono com a falta da sesta, acabamos a jantar mais cedo, para ela ir dormir também mais cedo.

Jantar às sete e meia; ou melhor, jantar às oito tem inúmeras vantagens. Desde logo estamos despachados cedo para brincar um bocadinho antes de ir para a cama e conseguimos deitar a C. antes das nove e meia. Tem-lhe rendido onze horas, às vezes onze horas e meia de sono por noite, o que me parece óptimo. Quanto a nós, dá tempo para sentar no sofá, conversar, tratar de coisas da casa quando é preciso, adiantar para o dia seguinte e dormir um número simpático de horas também.

Acho que se impõe um pedido de desculpas formal à minha tia com quem gozei tantos anos porque de facto ela sabia mais do que eu. Viva os jantares das oito horas!



P.S Naturalmente que as regras só valem a pena pelas excepções e os fins-de-semana são as alturas para excepcionar. Prova disso é que um destes últimos sábados fomos jantar à Foz às dez da noite, miúda incluída!

1 Coisas dos outros

  1. Mesmo antes da miúda, o jantar lá por casa sempre rondou as 20h, 20h30m. Agora tento ao máximo que nos sentemos à mesa até às 20h. Nem sempre consigo e, claro, ao fim de semana sou mais flexível.

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