O desejo de encontrar pérolas

A leitura está cada vez mais a voltar à minha vida e nem consigo dizer bem como isso me deixa imensamente feliz. Passei de uma adolescência onde lia, lia, lia; para tempos da faculdade em que todos os livros eram técnicos; para uma vida adulta em que conseguia ler um ou dois livros por ano e nas férias. Agora estou a ler religiosamente todos os dias antes de dormir e tenho sempre livros (neste momento quatro) em fila de espera. Terminei esta semana mais um (e já comecei o seguinte, havemos de lá ir) que veio da esperança de ser uma pérola (e não era péssimo, mas também não era bem).
Tenho aquela ideia romântica de que posso encontrar livros perdidos em feiras ou lojas, que são tesouros escondidos que ninguém leu mas verdadeiras obras primas dignas de Pulitzers. Por isso este ano na Feira do Livro do Porto (onde estive umas quatro felizes horas) encontrei este livro que me chamou a atenção pela capa (embora tenha lido a sinopse) e decidi trazê-lo pensando que podia ser essa pérola. É na verdade um livro que podia ser um gráfico, ora está tudo bem, depois piora; melhora, piora e andamos ali ao sabor da vida de quatro personagens principais que se encontram na pequena loja de Blosson Street e se tornam amigas. Um romance levezinho e simpático, sem grandes ambições de obra prima parece-me mas que se lê com gosto. Daqui passamos para o Nobel da Literatura (e com bastante curiosidade para o que aí vem), quase, quase convencidos de que valerá a pena re-abrir a categoria "Livros de 2019". Coisa boa!


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