Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro
Reunimos os amigos à volta da mesa no último dia do ano e foi com eles que entramos em Janeiro. Comi doze passas para pedir um único desejo. Desfizemos a casa Natal num sábado à tarde. Fizemos um brunch num domingo de manhã. Voltamos à Praça das Flores, mas com a C. A nossa filha fez três meses. O P. voltou para os Estados Unidos. O meu irmão para a Dinamarca. A F. regressou a Portugal. A M. mudou de vida e deixou a minha mais vazia. Voltei a reunir com pessoas muito especiais, para percebermos interesses comuns. Comecei a sonhar com um projecto novo. Decidi prolongar a licença mas não sei se vai acontecer. Desgracei-me no comércio on-line e prometi um mês sem compras. Fiquei em casa mais dias seguidos do que aqueles que gostaria. Fez frio e chuva. Fez pouco sol. Prometemos sinceridade mas há coisas que não consigo dizer. Escrevi segredos no meu caderno preto. Cumpri o projecto das fotografias do mês. Gostei da ideia do frasco da gratidão. Estou grata pela minha filha, pelo meu marido, pela minha família. Continuarei grata o resto do ano. Passei um dia na praia em pleno Inverno e foi um dia bom. Tive o convite para o quarto casamento do ano. Li a 'Serpentina" do Mário Zambujal e "Eleanor and Park" de Rainbow Rowell. Adorei a Eleanor e o Park porque não há amor como o primeiro. Nem como o nosso. E no final do mês, faltavam cinco dias.
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