A rapariga que lia no metro

No Verão comecei a ler um "manual de escrita criativa", em que um dos conselhos é: ler muito. Ler tudo, livros bons, livros maus, ler, ler, ler. Como essencial à escrita.

Enquanto li "a rapariga que lia no metro" lembrei-me imensas vezes deste conselho. Lê bons livros mas lê maus livros também para perceberes as diferenças.

"A rapariga que lia no metro" é, para mim, um mau livro. A história é a correr, não faz sentido, não está escrita de forma particularmente bonita, há imensos vazios, as coisas não seguem um caminho lógico. Nem me lembro de não gostar de um livro que, em princípio, parece normal (o Bukowsky não conta!) e ter tanta dificuldade em terminá-lo. Foi com esforço, mas já passou! Venha o próximo.




O processo criativo também é um trabalho a tempo inteiro

Um dia gostava de escrever um livro. Na verdade até já combinei com a minha filha C. que ela irá ilustrar a história que criarmos em conjunto e que eu a escreverei. É um sonho a longo, longo prazo (quem sabe um dia?).

Mas na verdade neste processo tenho aquela convicção romântica de que o livro brotará naturalmente dos meus dedos, qual inspiração divina e talento natural. Sem esforço, como um dom. Não sentem isso em alguns livros? Que foram inscritos de assentada, num única inspiração? 

O meu homem tem-me dito ao longo dos anos que a criação artística é um trabalho como outro qualquer, com lágrimas, suor, dedicação, esforço. Com muita rejeição também. Mas tenho alguma dificuldade em ver as coisas assim porque a arte, a criação artística, parece-me sempre fruto de especiais capacidades dos seus autores e não de especial trabalho.

No entanto esta semana tive uma experiência curiosa sobre isto.

No curso de escrita que estou a fazer, todas as semanas temos um exercício para fazer. E o último exercício tinha por objectivo escrever o clímax de um texto que tínhamos produzido semanas antes. Como se no primeiro tivesse começado a criar uma história e no segundo fosse dar-lhe um twist. 

Ora, quando escrevi o primeiro texto, ainda não sabia que teria de o continuar mais à frente, ainda por cima em jeito clímax. Por isso isto foi particularmente difícil e sem qualquer antecipação - mas um desafio à séria, note-se! Andei às voltas com o texto vários, vários dias, na verdade umas três semanas se calhar. Mas de cada vez que me sentava em frente ao computador, avançava mais um bocadinho. A princípio nem se quer sabia como ia dar a volta à coisa; depois lá comecei com umas linhas, primeiro muito atabalhoadas, depois a ganhar algum sentido; e ao fim de vários dias de trabalho, tinha conseguido produzir qualquer coisa aceitável. Com isto quero dizer que - embora eu não tenha obviamente qualquer dom e por isso em mim o processo dificilmente fosse natural ou sem esforço, quais palavras a jorrar da fonte - na verdade só consegui fazer alguma coisa porque houve ali trabalho dedicado. Sentar um dia em frente ao computador e à folha branca, sentar dois, sentar três.. Foi um processo. E no fim o resultado foi bastante compensador. De onde quase (quase!) que me fio naquela máxima, 1% de inspiração, 99% de transpiração (ou something like that!). Quem sabe não haverá mesmo esperança para o livro?


Vamos lá ser honestos

 No domingo passado (achava eu que) comecei uma semana sem gastos, com o propósito de poupar para o Natal. A ideia é muito boa e estou fã mas... vamos lá ser honestos! Não consegui cumprir! (Mas vou tentar novamente). E porquê?

A primeira infração foi uma prenda de anos. Nem se quer me lembrei que não podia gastar dinheiro; quando dei por ela, já tinha pago uma compra on-line, para um aniversário da próxima semana. Shame on me.

Depois disso foi só a cair.

Na sexta conseguimos fazer um dinner for two sem gastar nada (um maravilhoso risoto de cogumelos!) mas domingo fui às compras (supermercado) e no sábado tinha ido ao pão (porque saí de uma reunião tarde e não tive tempo de fazer).

Percebo a lógica de não esperar para me preparar para fazer (tende à batota), mas por outro lado, de facto é necessário um mínimo de coisas em casa para avançar sem falhar. 

Vou reflectir um bocadinho sobre o tema, mantendo a intenção forte, e tentar fazer numa das próximas semanas.  A reportar em breve!

Uma ida às compras a fingir (em especial em semana sem gastos!)

 Cá em casa a minha roupa guarda-se por verão e inverno. Durante o Verão tenho a roupa da estação no meu armário e a da inverno guardada em sacos de roupa no cimo dos armários (aquela parte que só se chega com o banco!) e quando é inverno, troca!

Por esta razão, há sempre dois momentos do ano que são de "mudar as roupas" - em que revejo tudo o que está a uso e vou deixar de usar na estação seguinte, com o objectivo de guardar para o próximo ano ou dar. Neste momento também, abro os sacos das roupas guardadas e faço o mesmo exercício: guardo no armário o que vou usar e ponho de lado o que será para dar.

Como tenho a roupa assim guardada e só troco de seis em seis meses (sensivelmente), acabo por ter dois momentos que parecem mesmo de "ir às compras e ter coisas novas." O facto de não ver a roupa toda de inverno desde Março, faz com que tenha todo um novo armário, com looks que parecem a estrear - quando na realidade a maior parte da roupa tem anos e anos! É mais ou menos como as mousses de "chocolate" que afinal são de alfarroba. Compras, a fingir!

Uma semana sem gastos, para o Natal!

Começo amanhã este desafio: sete dias sem gastar dinheiro (salvo contas cujo prazo de pagamento ocorra nestes dias e emergências).

Significa que não posso ir ao supermercado, nem mandar vir jantar para um dinner for two no fim-de-semana e nem tão pouco cair na tentação de alguma compra online.

Zero! Nicles! Congelei os gastos.

Se precisar de pão, faço;

Se precisar de fruta, raciono!

Claro que a minha dispensa e frigorífico estão a contar com isto, pelo que não vou deixar morrer a família à fome! - ainda assim, sem a batota de "ai não vou poder comprar nada na próxima semana? Deixa-me levar meio supermercado!"; nada disso! Tudo controlado! Só se alcança o objectivo de poupar, se antes não se ensandeceu em gastos, caso contrário, bananas!

De todas as alturas do ano esta parece a melhor para o fazer porque, assim como assim, já praticamente não gasto nada..! Mas há sempre aquelas excepções (além do supermercado, santa uma vez por semana..), como as fitas porta-chaves que adquiri há dias, o difusor de cheirinho.. vocês sabem!). Por isso, estou confiante!!

E qual é o objectivo último?

Poupar para o Natal! Ora aí está!

O dinheiro que não gastar esta semana (e estou a antecipar pelo menos 100 euros) vai direitinho para os gastos de Natal! Não é maravilhoso? Estou super entusiasmada com (mais) esta pequena coisa - e volto em breve para partilhar valor total poupado! Yeaah!!

Se não é um, é outro!

 O meu homem tem o hábito de namorar sites de imobiliárias e ver tudo o que mexe no que aos imóveis diz respeito e nesse hobbie eu própria estou sempre a ver casas. Durante muito tempo, estávamos os dois convencidos de que acabaríamos por mudar para uma das que vemos, quanto mais não fosse por uma questão de probabilidade!

Entretanto a C. começou o primeiro ciclo e a I. está na mesma escola e a ideia de mudar de casa está cada vez mais afastada. A conveniência é total aqui - e na verdade a casa é grande, serve a nossa família, tem margem para crescermos, em pessoas e tralha (se for o caso), posto o que...

Há contudo, todavia, porém, um bicho dos imóveis que habita estas almas e como tal estamos a pequenos passos de entrar em sérias obras cá em casa (ou de tomar a decisão de o fazer, vá!).

A ideia base é remodelar a cozinha, que é enorme e tem imenso potencial! Mas depois... já agora..

Pintar todas as portas e rodapés;

Dar um jeito ao chão da casa;

Mudar as loiças das casas de banho;

Arranjar o escritório;

Trocar a caixilharia dos quartos;

Tratar da iluminação da sala de baixo;

E...

Espera-se a loucura transvestida de pó, cimento e caos! Mas uma casa muito mais bonita depois disso. Só custa ganhar coragem; depois, home sweet home!

Aproveitamentos

 Aqui há dias falava do boost que dei ao planeamento das refeições, com a criação do inventário do congelador, que é algo cuja utilidade constato todos os domingos. Fazer a ementa da semana olhando para o conteúdo do congelador (sem ter a porta aberta meia hora e as mãos a gelar) é mesmo muito útil! Já consegui empadeirar congelados que tinha há imenso tempo e nem me lembrava e sinto-me super especial com isto (eu sei, pessoa simples). A sensação é de aproveitamento e de não desperdício! E é boa.

Neste campo, tenho ficado quase tão feliz com o aproveitamento que ando a fazer da fruta. Cá em casa temos uma fruteira, por onde as minhas filhas (em especial a I.) gostam de passar e pegar em peças de fruta que trincam até certo ponto e deixam. Como também há tangerinas que às vezes não são comidas até ao fim, laranjas que usamos raspa, uvas que vão ficando no fundo da embalagem, restos de isto e aquilo... O que faço? Vou guardando tudo numa embalagem no frigorífico e a dada altura da semana (nesta, foi no domingo passado) faço um sumo de frutas. Isto é tão, tão básico que nem merecia um post; mas como na verdade é uma novidade (acho que esta fruta acaba muitas vezes no lixo porque não a usava a tempo), sinto que devo dar-me uma auto palmadinha nas costas por ter tido esta ideia! Nem se quer a li em lado nenhum - só tendoa ver receitas de aproveitamento de frutas em bolos!

Posto isto, não só aproveito fruta trincada, tocada, nas últimas! Como bebo sumos de fruta saudáveis, sem açúcar e caseiros, rápidos de preparar e super fáceis.

Olhar para trás para a quarentena

No fim-de-semana passado estive a arquivar fotografias desde o início do ano, processo que consiste em retirar ao telemóvel e arrumar em pastas criadas em discos externos.

Nisto acabei a criar uma pasta chamada "quarentena", com centenas de fotografias do dia-a-dia de casa durante três ou quatro meses. 

Claro que as fotografias mentem porque apenas espelham o que queremos e por isso não há birras, nem zangas nem gritos. Mas ainda assim, olhar para elas faz-me lembrar um período que, apesar de todas as dificuldades, conseguiu ser feliz.

Há os desenhos dos astronautas que pintamos no primeiro fim-de-semana;

E as dez regras que escrevemos ao terceiro dia, de onde constava entre elas "ser uma família feliz";

Há imenso pão caseiro. E pizza da família;

E o cabaz de frescos que recebi de uma amiga, quando troquei com ela pastilhas da máquina;

A C. tem dezenas de trabalhos da escola;

E temos centenas de fotografias na piscina;

Há a mesa de trabalho que partilhamos onze semanas, com tanta coisa que nem se vê o tampo;

Há desenhos e desenhos e desenhos!

E quando olho para trás não me lembro de ter sido difícil. Estávamos cansados; era muita coisa. Mas não recordo como uma desgraça. Ainda que não faça ideia como o tenhamos feito!


Passados uns meses do desconfinamento, e numa semana em que passamos outra vez os mil casos por dia, talvez seja uma possibilidade que volte a acontecer, fechar portas e abraços e proteger os nossos e todos. Não sei se estaremos preparados. Mas a nossa capacidade de aceitar depende em grande medida da nossa vontade de o fazer e se quisermos que seja fácil, certamente não há-de ser muito difícil. Pelo menos aqui, quando olho para trás, quase que parece que foi bom.

Os pais fizeram birra e as miúdas deram-lhes uma lição

Há uma história no livro da Sónia Morais Santos (Histórias viradas do avesso), que se chama (salvo erro) "um dia ao contrário" - em que os filhos fazem de pais e os pais de filhos: não querem sair da cama, não querem ir à escola, fazem birras, não querem tomar banho e os filhos salvam a coisa. É uma história muito engraçada e faz-nos sempre rir por ser tão ao contrário do que acontece todos os dias.

No entanto, no sábado passado tivemos uma prova real deste dia ao contrário, em que quem fez a birra fomos nós e quem deu a lição de moral foram elas.

Para começar tínhamos planos de fim-de-semana que cancelamos sexta-feira a meio da tarde (já as malas estavam feitas). Compensamos com pizza família, acabou por correr bem.

Mas sábado, decidimos ir à praia passar o dia, levamos a bicicleta da C. (as nossas estão lá o ano todo) e na minha cabeça íamos passear os quatro à beira mar, lanchar num cafezinho que gostamos e aproveitar o dia em família.

Por alguma razão, o pai estava imensamente irritado, elas discutiram, a I. fez birras várias, houve choro e gritos, não tínhamos o comando da garagem, as bicicletas estavam na cave e não encontramos as chaves, elas pegaram-se por causa da trotinete... e o ambiente foi ficando cada vez mais tenso. Almoçamos em casa, a I. não fez sesta mas eu tentei (o que também enerva!) e no fim de almoço fomos tentar novamente as bicicletas, já com comandos e chaves. Mas depois o pneu não enche, o P. entra em modo ultra passado, eu desato aos gritos, a I. a fugir para a rua... explosão generalizada, vamos mas é todos embora! Meter tudo no carro e voltar ao Porto1 Pais, ambos (os dois!), em fúria, irritação e MEGA BIRRA! (que feio...)

Nisto, são as nossas filhas (2 e 6 anos) que vão no carro a cantar músicas da Disney, músicas inventadas e muitas gargalhadas, num "está tudo bem, deixem de ser parvos, pais." E sim, elas é que têm razão!

Acho que ainda fomos a tempo de salvar o fim-de-semana e sábado à noite brincamos com algumas prendas da C. e domingo passamos a manhã no pátio , de tarde a C. foi brincar a casa de uma amiga (tão crescida, meu Deus) e nós fomos os três comer um gelado à beira da praia. Recuperamos da estupidez perdida, com uma lição de inteligência emocional e auto controlo das CRIANÇAS.

Aprendam, pais!

Foi bonita a festa!

 Há seis anos que escolhemos o tema da festa de anos em Agosto. Geralmente estamos na praia. Este ano, para evitar decepções, nem falei do assunto, incerta ainda do que nos reservaria Outubro. Mas comaçamos a abordar as princesas da Disney, quase sem querer.

Quando voltamos a casa em Setembro, eu própria não resisti. Comecei a ver coisas, desenhos, opções e quando dei por mim já tinha feito as encomendas, ainda sem certeza da festa que seria.

Como a nossa família é muito grande e este ano não havia hipótese de sermos 30 cá em casa, ficamo-nos pelos amigos. Abordei as mães da turma e todas concordaram, já que afinal eles passam o dia inteiro juntos na escola. Alguém me disse que "com amigos ninguém fica sem festa" - e eu que gosto de acreditar na bondade das pessoas, fico cheia de esperança no futuro da humanidade.

Tiramos um dia de férias e preparamos toda a quarta-feira, dia dos anos.

De manha fiz madalenas (que compunham o bolo de aniversário), brigadeiros e bolachas. O P. encheu os balões e pendurou a faixa de parabéns. Preparei a mesa, coloquei autocolantes de princesas na taça das bolachas, nos cestinhos dos salgados, nas caixinhas do pão. Fizemos um "C. 6 anos" em letras com as princesas para colar na porta da entrada. E lá fora havia um "the party is here" com balões a voarem. Compramos flores para a mesa e algumas coisinhas do lanche. Encomendei bolachas em forma de princesa, que estavam lindas, lindas! e deixei todos os detalhes prontos.

Às cinco fomos à escola buscar a turma inteira (as vantagens enormes de morar a 100 metros, sem passeios para atravessar) e trouxemos o amigos todos cá para casa. Aí sim, uma festa! Com as meninas a dizerem que tinham adorado a mesa, tão queridas!

Como ninguém se magoou, o resultado foi muito positivo! (eheheh!)

Mas além disso os miúdos estavam super felizes e, mais importante de tudo, a C. adorou a festa! A última pessoa a sair foi a melhor amiga, por isso ainda deu para as duas brincarem descansadas, como cereja no topo do bolo. Tão bonito!

Não foi o tradicional aniversário, com festa ao sábado, milhões de pessoas, mas foi uma boa festa, para recordar! Sobretudo num ano tão típico, poder juntar amigos é uma sorte! Parabéns, C.!

Carta aberta. À minha filha que faz 6 anos

 C.

Esta é aquela altura do ano em que me cai a ficha e percebo que passou mais um ano, que estás cada vez mais longe daquele bebé pequenino que há seis anos tiraram da minha barriga, que estás mais crescida a cada dia e que o tempo não pára. Mesmo que te digamos muitas vezes que agora já não podes crescer mais.

Os teus seis anos são espectaculares! E este ano vêm marcados pela entrada no primeiro ciclo, que foi das coisas que mais gostaste dos últimos tempos. Depois de um ano lectivo com quatro meses de escola on-lime, voltar foi especialmente bom. Entras alegre na escola e é alegre que te vejo voltar. Estás super entusiasmada com todas as aulas (em especial robótica, biologia e estudo do meio - não sei o que vai sair daqui!) e até as segundas-feiras, mesmo às 07.50 da manhã, são dias bons!

Tens aprendido imensas coisas e estás crescida no raciocínio, nas respostas, nas observações.

Ainda gostas de pintar e desenhar mas a coisa preferida do mundo inteiro e arredores é a televisão. Podem ser desenhos, jogos, qualquer coisa, desde que seja televisão. É a nossa pequena luta!

Se estiveres a desenhar, no entanto, é certo que serão corações, em geral com F de família dentro, porque "amas a tua família," Como eu, adoras livros, cadernos, blocos e papelaria em geral. E também no geral, as pessoas acham-te parecida comigo (até a comer, mini pessoa cheia de apetite!).

No livro que te demos aos cinco anos, a tua pequena história, dízíamos que eras amorosa e continua tudo igual. És super querida com as pessoas, atenciosa, amiga. Imensamente protectora da tua irmã ("minha coisinha fofa", dizes) e uma super irmã mais velha. Com o tempo hás-se entender isto, mas temos um orgulho em ti que nem cabe no coração. És mesmo, verdadeiramente, uma menina muito especial - e nem é por seres nossa filha!

Tens piada, estás sempre bem disposta e de bom feitio. Em especial se estiveres de fim-de-semana ou na praia, piscina, mar, água generalizada! Dizemos-te que vais ganhar escamas um destes dias porque por ti nem vinhas à terra, ficavas só a nadar, a nadar. 

És vaidosa e muito menina. Gostas de vestidos mais do que calças e saias acima de calções. Colares, pulseiras, anéis, queres tudo... embora depois guardes religiosamente, muitas vezes sem usar! O mesmo para ganchos do cabelo, bandoletes e carteiras. Lindas quando arrumadas, de preferência bem escondidas! 

Nesta altura estás ansiosa com a tua festa, que este ano vem em moldes um bocadinho diferentes, mas vamos ter cá os amigos e estás feliz. No próximo ano voltamos às 30 pessoas e duas festas, ou não, e está tudo bem na mesma. O teu poder de encaixe é uma lição para todos os adultos. 

Todos os dias nos mostras que a sorte que temos é sem tamanho. Ter-te na nossa vida, assim, exactamente como és, é uma bênção que agradeço todos os dias. És a nossa princesa C. e amamos-te para sempre!

Mataram a cotovia


 

Mais um livro para a coleção de 2020 e este entra directo para lugares cimeiros. A vida vista pelos olhos de uma criança, filha de um advogado verdadeiramente especial e uma lição tão, tão importante: não matem as cotovias.


Agora e sempre, a organização

Faço planeamento de refeições há sensivelmente três anos e não conseguia imaginar as rotinas de outra forma. Nem se quer consigo compreender bem como é que se chega a casa às cinco, seis ou sete da tarde e não se faz a mais pequena ideia do que se vai cozinhar para o jantar. Ficava doida!

Por isso tenho o ritual semanal de planear as refeições ao domingo, sendo que se for preciso comprar alguma coisa, tenho-o feito à segunda-feira à hora de almoço.

Desde há três anos para cá que planeio numa base semanal mas este ano decidi fazer duas melhorias no processo que estão a fazer imensa diferença (dizer que ando inspirada por uma alminha que comecei a seguir e que é PRO na coisa!)

Que melhorias são essas?

(pergunta ninguém!)

Primeiro: estou a planear a quinze dias.

Ajuda a manter maior variedade nas refeições, ajuda nas listas de compras, reduz as idas ao supermercado (pelo menos em parte; para os frescos nunca há grandes milagres), dá uma visão a longo prazo e sinto maior organização geral.

Segundo (e novo): inventário!

Provavelmente qualquer pessoa que se interesse minimamente pelo tema já pratica inventariado há uns bons anos mas só despertei agora. Criei uma lista do conteúdo do congelador (poderia ser do frigorífico e dispensa também, mas ainda não cheguei aí) e consigo saber sempre o que tenho (risca-se à medida do uso). Isto ajuda a saber o que se tem sem ser necessário abrir cinquenta vezes, ajuda a definir listas de compras e ajuda a consumir as coisas mais antigas primeiro. Sendo certo que o meu congelador não é gigante, pelo que nunca há antiguidades de maior.

Para mim é algo novo e maravilhoso (quão simples eu sou?...) mas não tem nada de inovador; é aliás um conceito muito básico, saber o que se tem para planear / organizar. Em todo o caso como tem ajudado, fica a dica!