Uma entrevista em 2026

(Sorriso)
- Bem, é uma pergunta engraçada! Para ser sincera eu nunca achei que fosse algum dia estar aqui. Era um sonho que eu tinha há vários anos mas que sempre achei que fosse ficar na gaveta. Na verdade eu licenciei-me em direito, trabalhei uns anos como advogada e adorava. Depois passei para uma empresa, onde adorava muitas outras coisas mas onde o trabalho era mesmo de escritório. Documentos, papéis, reuniões, uma coisa totalmente tradicional. Mas depois um dia a oportunidade surgiu e eu pensei "olha, porque não? Só se vive uma vez!

- Sim, foi exactamente assim que comecei. Eu fazia algumas coisas por brincadeira, em casa mesmo. Começou com as festas das minhas filhas, um ou outro evento lá em casa, alguns Natais. Depois festas dos primos, alguns amigos. De repente tornou-se a minha vida. E nesse momento tudo fez sentido porque aquilo que sempre quis fazer foi "organização de coisas bonitas".

(Risos)
- O nome podia bem ser esse, podia! Mas não, foi uma coisa que a minha filha mais velha um dia disse quando estava a inventar nomes numa brincadeira, que escrevemos logo num caderno e que nunca mais me esqueci. Só voltei a ele cinco ou seis anos depois. E ainda gosto imenso, como no dia em que ela o disse!

- Sim, é verdade. Pelo nome talvez não se perceba bem. Por isso adicionamos a legenda: organizar coisas bonitas e fazer pessoas felizes. Fazemos festas acima de tudo. Muitos aniversários, muitas crianças. Mas qualquer jantar mais especial, qualquer evento. O limite é a imaginação.

- Tratamos de tudo na verdade. A organização em si, a parte do catering, a decoração, as mesas, convites se for o caso, animação. Tudo o que esteja ligado a organizar um evento, ou uma coisa bonita. E pode acontecer que a pessoa saiba exactamente aquilo que quer e nós damos forma mas temos muitos casos em que é tudo um livro em branco e vamos construindo em conjunto. Algumas pessoas querem surpresa total e é sempre muito giro ver a reacção! É um trabalho que adoro e que tem esta coisa maravilhosa de contribuir um bocadinho para a felicidade de alguém.

(Suspiro)
Isso foi assim um super extra! O que acontecia é que antes e durante as festas eu fazia sempre imensas fotografias das mesas, da comida, dos bolos, de todos os detalhes. E depois no final enviava naturalmente para as pessoas. E um dia surgiu o convite de fotografar a festa, os convidados, as pessoas. E eu que desde sempre estive completamente apaixonada por fotografia, senti que aquilo era o encaixar de um puzzle. Depois disso comecei a fazer também fotografia a par com os eventos, embora uma coisa possa existir sem a outra. São duas paixões!

- Sim, tem esse lado. Os fins-de-semana são geralmente as alturas mais ocupadas, mas em compensação consigo controlar mais ou menos as semanas. Dá para organizar as coisas com tempo, para estudar, pensar, recolher inspiração. Para depois passar o sábado todo a trabalhar, é verdade! Mas consigo conciliar com a família, as minhas filhas já vão dando uma ajuda. A mais velha tem imensas ideias e visão. É muito giro! Talvez isto nem tenha acontecido mais cedo porque elas eram pequeninas e claro que era difícil "perder" os fins-de-semana.

- Segredo? Acho que não há segredo. Tem de se gostar muito do que se faz e fazer tudo com amor. Acho que isso transparece para as pessoas e torna as coisas mais especiais. E no fundo é disto mesmo que se trata, fazer coisas bonitas e fazer pessoas felizes.

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