Dou-te as estrelas
A C. passou o último mês da gravidez feliz da vida com a ideia de ter uma irmã.
Não só era super carinhosa com a
barriga e fazia miminhos e cócegas para ela se rir (e ficar com soluços a
seguir) como dizia as coisas mais queridas sobre “a minha irmãzinha”.
Claro que na cabeça de uma
criança de três anos, a ideia de uma irmã é possivelmente bastante diferente da
realidade por isso mantemos todas as expectativas em aberto em relação a esta
nova realidade. Com o sentimento no entanto de que fizemos o que foi possível
para a preparar (sendo que nunca se está totalmente preparada, pois não?).
Uma das coisas que decidimos
desde cedo que queríamos fazer (discutível ou não) foi que a I. traria uma
prendinha à C. quando nascesse, para lhe dar no dia em que nos fosse buscar ao
hospital. Apesar de ter sido uma decisão que data do início da gravidez,
andamos meses e meses a pensar no que haveria de ser, com muitos avanços e
recuos e sobretudo com muitos requisitos: tinha de ser uma coisa especial, que
a C. gostasse, que ficasse “para sempre”, que marcasse o momento, não muito
grande (para ela não perguntar como é que isso também estava dentro da barriga
– acreditem, ela é muito esperta!), etc.
Foi precisamente às trinta e sete
semanas que se fez, literalmente, luz.
Há algum tempo que a C. quer
adormecer à noite com a luz do candeeiro acesa, o que faz com que seja quase
dia no quarto. A mim dá-me a sensação que se distrai e demora mais tempo a
adormecer, mas nada a fazer já que o escuro deixou de ser opção (poderá ter a
ver com medos nocturnos).
Por causa disso, começamos a
falar da luz de presença (que até agora nunca foi necessária) e quando nos
decidimos finalmente por uma, foi um pensamento comum ser aquela a prenda da
irmã.
A luz consiste numa bola fofinha,
com um pequeno peluche, que não só dá luz como projecta estrelas no tecto do
quarto e dá música. Se não me servir para a C. adormecer, será certamente bastante
útil com a mais pequena, por isso só vantagens! A ideia é criar um ambiente
confortável e quentinho, com uma luz suave que convide a adormecer.
O extra que aqui fez a diferença
foi mesmo a parte da projecção, que faz desta história aquela em que a I.
trouxe as estrelas à C. e que acho mesmo especial. Se resultou? Logo vos
conto..!
1 Coisas dos outros
Parece-me uma excelente escolha! Gostei da ideia!
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