Quem feio ama bonito lhe parece. Ainda que a beleza não interesse nada

Para início de conversa, a minha filha é a bebé mais bonita do mundo. Pronto, já disse!
Sem falsas modéstias, acho-a mesmo bonita, com a sua mini boca, mini mini nariz e maxi olhos.
 
Aqui há dias no entanto alguém perguntava se, caso ela fosse feia, o conseguiríamos ver. Se os nossos olhos apaixonados permitiriam olhar para ela e dizer: "gosto muito de ti mas não és lá muito bonita não."
 
As opiniões divergem e fazem-me extrapolar o tema.
Sempre estive (e continuo) convencida de que as pessoas de quem gostamos mesmo nunca são feias para nós. Ou o provérbio existe para nada.
Mas os nossos amigos, familiares e pessoas queridas são bonitos. Mesmo que sejam feios.
 
Vou passar isto ao singular para não ser mal interpretada.
 
Na minha opinião, aqueles de quem gosto mesmo, as minhas pessoas, não são feias. Não sou emocional ao ponto de os achar todos igualmente bonitos; não sou também cega para não saber que uns têm melhor aparência. Mas não se trata de ser mais ou menos bonito; trata-se sim de não serem feios. Assim feias como algumas pessoas que vemos na rua e não nos são nada nos parecem (Deus me perdoe!). No fundo, as minhas pessoas não são feias. Porque quando se gosta muito, talvez seja mais difícil por defeitos.
 
Claro que isto levanta outra questão: serão mesmo não feias ou os óculos do amor tolhem-nos a visão? A esse propósito, diria que a beleza não interessa nada.
 
 

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