Mimos

Durante alguns anos - com início que terá coincidido com a altura em que saí de casa para a faculdade - todos os mimos de casa eram para mim. Quando regressava ao fim-de-semana, a minha mãe tinha sempre alguma coisa especial. Um miminho. Muitas vezes uma peça de roupa, um acessório, algum apontamento para casa. Dizia-me até que "as coisas mais giras que tinha foi ela que mas deu" e era bem verdade.
Mesmo depois de ter casado e saído definitivamente de casa, os mimos continuaram. Quando os visitava ou me visitavam a mim. Ainda um destes dias voltava a usar umas botas que amo de paixão, prenda de mummy num fim-de-semana que foi passar a nossa casa, algures há dois invernos. Menina mal habituada? Eu prefiro pensar que não. Menina movida a mimos.
 
Quando soube que estava grávida, o meu reinado acabou. Já falei disso aliás.
Todas as energias voltadas para a bebé - e eu feliz da vida, como é evidente.
Mas, como quem não quer a coisa, já tinha deixado escapar um "agora não há nada para mim", em tom de brincadeirinha, óbvio!, porque não me importo de ser trocada pela minha filha. Nada mais justo.
 
Querida, querida mummy no entanto, apareceu-me com um super mimo "para não dizer que nunca me dá nada."
Adoramos!





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