Esta coisa dos Estados Unidos não é nova por estes lados.
Em 2009 e 2010 o P. já lá tinha estado a viver uns meses, para concluir um mestrado
Na altura, contei os dias da mesma forma que conto agora semanas. Foram 200 ou 300 dias e diariamente mantinha o registo dos days left e dos days to go.
Nesse ano de 2010 estava em Coimbra e ultimavam-se preparativos para mais uma Queima das Fitas. Já não era finalista porque já tinha terminado o curso mas combinamos entre amigas voltar ao baile.
No sábado do baile, em que faltavam precisamente sete days to go, esperava em casa uma amiga com quem ia comprar os bilhetes para essa noite. Era início da tarde e eu teria provavelmente cabeleireiro pensado para mais tarde. Recordo apenas que estava em modo de quem se vai arranjar mais logo para sair mas que por agora está apenas feia - incluindo óculos e sapatilhas que nunca uso.
O meu telefone tocou para descer e chegada à porta da entrada do prédio, ali está o P., sete dias antes! Fiquei louca, como está bom de ver. A D. que entretanto chegou para me apanhar, muito confusa - por incrível que pareça eles não combinaram, foi mesmo uma coincidência chegarem ao mesmo tempo. Eu feia, mas imensamente feliz. Foi a grande surpresa desse ano.
Voltamos agora exactamente onde estávamos, já sem Coimbra, já sem sermos estudantes, mas continuando a contar os dias e as semanas para nos voltarmos a ver.
E uma vez mais, sem que eu desconfiasse de absolutamente nada, quando faltavam ainda cinco semanas, o P. voltou a aparecer.
Já lá vão dez anos desde que isto tudo começou mas é ainda como se estivéssemos em lua-de-mel.