Estou em crer que ainda há esperança
Alturas houve em que levantava religiosamente da cama antes das sete da matina e ia correr. Inicialmente na passadeira do ginásio (mas acho que para este efeito não conta) e mais tarde no parque. Embora me sentisse bem com o exercício, havia sempre uma grande dose de preguiça, de tal forma que frequentemente me via forçada a obrigar-me a saltar do mundo encantado dos lençóis, contra vontade própria. Mas também é verdade que por vezes senti verdadeiramente o bichinho da corrida e uma força suprema que me dava vontade de fazer mesmo aquilo. Isto já para não falar que, faltando aos treinos, havia de facto um sentimento de mau estar.
Mas bem, depois veio o periodo em que nunca mais corri, coisa que durou uns três meses (shame on me), até me inscrever no ginásio. Corri duas ou três vezes mas assim que as minhas pernas descobriram as aulas, ginásio para que te quero! Salto para a passadeira nos momentos em que faço tempo até á aula seguinte e nada mais. Bye-bye corrida, como se está a ver.
Sucede no entanto que os meus olhos deram de caras com um artigo, publicado na Notícias Magazine, que podia muito bem mudar a minha vida. Fiquei realmente a pensar se a corrida tem esse grande efeito de que todos falam, que todos sentem e que a todos faz nascer um vício. É que realmente, a maior parte dos entrevistados sempre teve uma postura de "correr? Deus me livre!" mas, depois de por uma razão ou outra terem experimentado, nunca mais quiseram outra coisa. Muitos fizeram maratonas em várias partes do mundo e outros precisam daquilo como pão para a boca. Mesmo os que detestavam correr e juravam a pés juntos que nunca o fariam por hobby. Não era assim para lá de muito bom se também eu fosse contaminada por este vírus? Tudo o que é preciso fazer é começar a correr. Ir um dia devagar e poucos quilómetros. Depois mais um bocadinho, e outro, e outro e a páginas tantas já não se vive sem correr. Fiquei inspirada e com vontade de calçar as sapatilhas e sair para o mundo.Alguém quer vir?
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