Da crise dos seis meses


Diz-se, ou pelo menos um amigo dizia, que todos os namoros passam pela crise dos três meses. É aquele momento em que na verdade a coisa até pode continuar e durar longos e bons anos (ou não, nunca se sabe) ou que afecta de tal forma os intervenientes, que acaba a dar para o torto. Em relação a esta teoria, aplicada ao início das relações, estou como dizia a senhora da depilação: "já nem me lembro; foi há tanto tempo." Mas quanto ao blogue, bem, acho que está a sofrer efeito idêntico, com a diferença de ser afinal, uma crise dos seis meses.

Para começar, andamos há dias (semanas?) nisto dos posts de uma frase-foto. E até podia nem ser bem uma "questão" não fosse dar-se o caso de não apreciar a coisa por aí além aqui no estaminé. Depois, há claramente uma menor pendência de publicações. E claro que isto seria uma excelente notícia sendo cá o sítio um tribunal de primeira instância; assumindo as funções de blog, não é tão agradável, não senhor. Pior que o exposto, sinto realmente um desânimo generalizado, que se reflecte muito nas (poucas) palavras que cá vou deixando, num estilo meio down que, já se sabe, não suporto. E nem é porque me venha queixar ou lamentar; são as mensagens de fundo, creio, que vêm pintadas de preto, mesmo sem ser de forma deliberada.

Podia enumerar uma série de motivos para que a coisa ande acontecendo desta maneira e não de outra qualquer, mais alegre. Podia dizer, lá está, que é a tal da crise dos seis meses. Mas sabemos que isso não é verdade. Sabemos, aliás, exactamente o que se passa por estes lados. E por isso mesmo, não há necessidade de enunciar o que quer que seja. Basta apenas dizer que "também isto acabará por passar.

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