Obrigada ao homem!

Desde que a Uber Eats assentou arraiais no Porto, temos encomendado algumas vezes. Não muitas, para ser sincera, mas lembro-me de dois ou três jantares e de uma loucura chamada um-litro-de-gelado-Santini.

Nunca no entanto tínhamos feito aquilo que o meu homem fez no domingo de manhã, coisa mais fofa! 

Quando cheguei à sala de manhã e perguntei à C. o que queria de pequeno-almoço, disse-me que já tinha pedido pão com fiambre e sumo de laranja natural e que o senhor estava a trazer.

Say what?

Conclusão, Uber Eats para pequeno-almoço e pãozinho fresco pela manhã para estas três alminhas (a mais pequenina dormia - e na verdade ainda não come como gente grande).

Com este plus: o menu pequeno-almoço veio da Leitaria da Quinta do Paço (essa bela instituição), pelo que a acompanhar a opção mais saudável, senhor meu marido juntou um mini eclair MARAVILHOSO, que fez de mim uma pessoa mais feliz logo de manhã.

Beijinhos, beijinhos ao homem (e notar que amanhã é feriado!)


(Esta imagem é tortura, eu sei!)

Estou em pulgas, pronto!

Recebi um convite para um workshop de Natal da Bimby.
Eu sei, podem gozar!

A ideia é aprender a fazer comida para receber família e amigos nessa altura, mas também lembrancinhas. Já estou a imaginar pequenos frascos de compotas e latas de bolachas, tudo caseiro!

Adorei o convite e já ando a contar os dias.

Outra coisa que ando a contar é o número de vezes que já disse Natal e ainda estamos em Outubro. Posso garantir que já vai elevado e ainda a procissão vai no adro. Que é como quem diz, faltam na verdade menos de dois meses!


Anjinhos de Natal

Pessoas, pessoinhas!

Está ON a edição de 2018 dos Anjinhos de Natal, essa iniciativa tão bonita que por aqui temos apadrinhado há vários anos.
Este ano não foi excepção e já adoptamos o nosso.
Se tiverem oportunidade, não se esqueçam.
(E ainda é cedo para dizer "feliz Natal" certo?)


Mas A grande notícia de Outubro é..!

Não, não estou grávida!

Estou sim inscrita num ginásio! 
Palmas, palminhas, soem as cornetas!

O primeiro dia da inscrição é precisamente segunda-feira (sim, amanhã) e eu quero juntar todas as minhas energias positivas e IR. Quero muito conseguir ir, prometo que vou fazer um esforço.

Para o início, o plano é hora de almoço - aquela hora que atrapalha menos a logística familiar e que na verdade apenas vai substituir o tempo da refeição. Passarei a comer em frente à secretária porque terei usado essa hora a fazer desporto. Quão maravilhoso é isto? Muito!

Estou super entusiasmada e espero mesmo que resulte.
Para além do desporto em si, perda de peso, tonificação, etc., será um tempinho para fazer uma coisa diferente por isso motivação no alto. Let's vamos!


Yes!

O meu homem está a chegar de uma viagem aos Estados Unidos. Os meus pais foram para a Irlanda. Eu estou no Porto e tinha uma reunião ontem em Lisboa, a que não fui por ausência manifesta de babysitting. 

Quando expliquei ao meu chefe que, com muita pena minha não podia ir porque marido tal, mãe coiso, perguntou-me se a pena era de não ir aos Estados Unidos ou à Irlanda.

E eu nem sei bem!
Tinha o homem em Atlanta e os meus pais com o meu irmão. Decisions, decisions..!

Com isto, não vou viajar há tanto tempo que nem me lembro da última vez (lembro, lembro, foi Itália o ano passado - tirando Espanha neste Verão).

Por esse motivo, tchanan na nan!, vamos marcar um fim-de-semana a dois para o início do próximo ano (em que eu estou a admitir que a minha mais nova terá deixado a amamentação) e não se fala mais nisso; sobretudo não se fala de estar dois dias sem crianças nem de saudades!

Oh yes! 

10 meses

A minha filha fez 10 meses e vive oficialmente há mais tempo no mundo-mundo do que viveu no mundo-mãe. Nem posso crer!

Está enorme e malandra. Só quer estar a pé e agarrar duas mãos de alguém para andar. Sim, ela só quer andar de um lado para  o outro e eu já lhe expliquei que só tem dez meses e dava mais jeito se gatinhasse porque era mais adequado à idade mas ela não quer saber. Se a sentamos zanga-se toda, resmunga e eu digo-lhe que certamente foi buscar o mau feitio ao pai (brincadeiramente baby! Love you!).

É um bebé terrorista, quer mexer em tudo, deitar tudo ao chão. Não pára um segundo, o meu bichinho carpinteiro. Chamo-lhe ratinho ou batata porque está uma bolinha. Adora - simplesmente ADORA - comer. Quando a sentamos na cadeira e vamos buscar a comida faz uma fita de meia noite. Berra, resmunga, esperneia! Parece que não come há dias. Muito, muito esfomeada.

Dentes, nem vê-los. Cabelo, quase nada (e eu com tantos laços queridos!)

Diz "olá" perfeitamente e sabe quando o dizer. É muito engraçado entrar alguém e ela sair-se logo com uma olá, tão pequena.

Diz adeus com a mão e estamos a treinar o mandar beijinhos. Ela leva à mão até à boca, mas depois em vez de enviar o beijinho para o ar.. come a mão! (esfomeada, eu disse).

Bate palminhas muito bem e faz a "coreografia" com as mãos na música do "põe pipi aqui o ovo" - os seus mini, mini dedos gorduchos, coisa MAIS FOFA!

Já conhece alguns brinquedos e quando perguntamos "onde está o panda" ou a "Maria" ou a "Sophie", ela sabe.

Continua a dormir bem, embora geralmente acorde uma vez de noite. 

Gosta de chupeta para dormir.

Há mais ou menos dois meses que começou a usar o pote para o número dois e nunca mais tivemos cocós na fralda.

Já lhe tirei milhares de fotografias (e faço o álbum religiosamente!)

Quando vê a irmã derrete-se em risos. Embora seja simpática com toda a gente e esteja sempre a rir.

Detesta andar de carro (tal e qual a irmã nesta idade). Chora e zanga-se. Qualquer viagem de mais de meia hora é choro na certa (e eu nem entendo isto porque o pai e eu fazemos quilómetros!).

Mas fora isso (e estar à espera da comida!) é muito, muito bem disposta, super simpática e o bebé mais querido da sua mãe!

Sabem o que é que eu noto?

Quando os dias são sempre iguais, a nossa cabeça é sempre igual.
Há dias falávamos sobre a dificuldade de encaixar uma coisa diferente na rotina e é difícil. É mesmo difícil. Estou há dois anos para organizar a garagem e estive dois meses para arrumar roupas antigas das miúdas. Mas depois acordo, arranjo-me, tomo pequeno-almoço, dou leite à I., trato da C. levo-a à escola, trabalho, vou buscá-lo, brincamos, tomamos banho, jantamos, vou deitá-las e passam os dias sem que me aperceba e sem conseguir travar o seu correr para lá encaixar outra coisa qualquer. Estamos presos. As semanas voam. Nunca se falou tanto da necessidade de tempo como agora e eu, que até sou privilegiada, estou inteiramente de acordo.

O facto de estar num relacionamento sério com a rotina dos dias dá pouca margem de manobra à minha cabeça para pensar do lado de fora. E isto tem efeito bola de neve porque se perde em criatividade e capacidade construtiva. E é por isto - e isto tudo foi para chegar aqui - que este cantinho à beira da blogspot plantado, está na rua da amargura.

Foram bonitas as festas !

Definitivamente, a coisinha que mais gosto de fazer é organização de coisas giras! Desta vez tive uma sorte imensa porque em vez de uma, tivemos três festas de anos no quarto aniversário da minha filha. Uma barrigada e uma mãe feliz (filha também).

A festa número um foi em nossa casa, um jantar para a família mas uma mesa do bolo mais caprichada. Desta vez apostei mais em balões e encher a parede e gostei muito do resultado. O tema era Frozen e as cores azul e branco, com detalhes em cinzento / brilhante. Por isso tivemos gomas azuis, bolachinhas brancas, espetadas de gomas, brigadeiros de chocolate branco e alguns apontamentos nesses tons. O bolo era maravilhoso! Foi uma escolha da C. e confesso que não era o meu preferido mas resultou muito bem.

No dia seguinte tivemos a festinha dos amigos da escola e uma produção mais pequena para a mãe. Levamos bolo e alguns apontamentos Frozen, como tubinhos de pintarolas, caixinhas em papel e as lembranças: bolachas personalizadas. Tudo muito querido, que eu só escolho profissionais (ahahah!)

A última foi na escola, porque faz parte os pais irem cantar os parabéns com os filhos e levei o bolo mais simples de todos. O tradicional iogurte feito em casa. Demos de lembrancinha um lápis Frozen, personalizado com o nome.

No fim a C. só dizia que ia ter saudades das festas e desde então que a brincadeira que mais se vê é brincar às festas. Todos os bonecos fazem anos e ela decora com as comidinhas dela a mesa do bolo. Um amor!

Para o ano há mais!


Já se pode falar em Natal, já, já, já?

A resposta é NÃO! Eu sei!
Aliás, devo até confessar que quando vi A Loja do Gato Preto toda em modo Natal pensei: recuso-me a entrar lá dentro e a compactuar com o Natal em Outubro (OUTUBRO, senhores!). Mas depois a minha mãe precisou de uma peça de decoração que apenas encontrava lá (viu online) e toda esta bela teoria se desmoronou. A loja está linda! (em concreto fui à do Norte Shoping que está all brand new). E as decorações de Natal uma maravilha. Vi já meia dúzia de coisas que vou adquirir para as minhas lembrancinhas (mas não comprei porque - again - ainda é Outubro!) e creio que me irei perder com coisas para cá para casa (ainda para mais diz que o Natal este ano é aqui. Diz que, já que o ano passado era para ser e não foi - e ainda bem porque a criança mais nova nasceu no dia 25, a zeca).

Quando vinha para casa pus-me no entanto a pensar e de facto até já podia ir fazendo as compras de Natal.
Temos há muitos anos a tradição de ir um dia à Baixa e fazer as compras todas, mas custava menos ao orçamento a divisão ao longo dos meses (custa igual, vá, só se nota menos).

Por isso cheguei a casa e fiz a minha lista Natal 2018 de onde constam exactamente trinta e três alminhas especiais da minha vida. E já estou cheia de vontade de ir procurar o miminho perfeito e escrever postais! Venha daí o Natal!!

Mais uma viagem, mais uma voltinha

Re-comecei a trabalhar após licença há quatro semanas, salvo erro, e nesse período já fui quatro vezes a Lisboa. Tem sido a nossa nova regra: cada semana, cada ida. Já fui às quatro da manhã. Já fui ao meio dia. Às onze e às cinco da manhã. Um bocadinho de tudo para não enjoar. Mas das quatro vezes, três a conduzir. Seiscentos e poucos quilómetros em modo ir e vir e muito mais horas no carro do que em trabalho propriamente dita (são opções - que não são minhas).

Nisto, de facto tínhamos todos a beneficiar se apostássemos mais nas capacidades que a tecnologia nos disponibiliza. Conferências telefónicas ou vídeo conferências. Esse conceito do ultramodernismo que se calhar nunca ninguém ouviu falar. Há quantos anos andam as organizações a falar à distância? Para que servem as câmaras instaladas nos nossos computadores? E - sobretudo - porque é que a A1 tem sentido Norte-Sul e Sul-Norte se na verdade são sempre os mesmos a fazer o mesmo caminho?

Era só uma reflexão, peço desculpa pelo mau feitio.

Perdi o meu anel de noivado (mas, ufffff, encontrei-o)

Esta conversa de perder anéis não é nova. Foi há um ano que julguei ter perdido dois anéis (que na verdade estavam só noutra caixa). A novidade é que desta vez perdi mesmo.

Na véspera dos anos da minha filha estive o dia inteiro a tratar de coisas para o jantar de família do dia seguinte. Fiquei na cozinha de manhã até à noite e já passava da meia noite quando comecei a parte de pôr as mesas e a decoração da mesa do bolo. Durante todo o dia, sei que tive comigo o meu anel de noivado (que a par da aliança não tiro para absolutamente nada) e de em dada altura ter até pensado que se calhar o devia tirar para não o perder. Não o fiz (mais mais tarde senti isto como um sinal). A verdade é que andei sempre com as mãos a mexer em comida, água, loiças, tralhas, tudo com alguma velocidade para ficar tudo feito a tempo e o anel está realmente um bocadinho largo.

Bom, nisto quando me fui deitar, estava a lavar os dentes quando olhei para a mão e só tinha posta a aliança. Entrei em pânico. Corri para o P. em stress tal que ele julgou que alguma das miúdas (ambas muito constipadas) se tinha sentido mal. Percebi naquele momento que o tinha perdido, que tinha ido com a comida ou o lixo, que nunca mais na vida o via. Chorei que nem uma condenada (sim, eu sei que é só um anel mas tem muito, muito, significado, é mesmo muito especial, afinal foi com ele que o homem me perguntou se queria casar e eu quis).

Quando acalmei começamos os dois a procurar a casa inteira. Não fazia ideia quando tinha sido, se manhã, se de tarde. Não sabia se o tinha ao jantar ou ao almoço. Ando sempre, sempre com ele, logo não reparo. Vimos debaixo de todos os móveis, máquinas, tapetes. Obriguei o P. a ir ao contentor buscar o saco de lixo que tinha levado pouco tempo antes e retirei um por um todos os pedaços de lixo desse e do saco que ainda estava no nosso caixote. Abri todas as fraldas da minha filha mais nova. Remexi em todos os quatrocentos mil lenços (repito, duas constipadas), vimos os ralos das casas de banho. Abrimos as tampas que estão no chão. Toda a casa ao detalhe. Nada de anel. Depois de já me ter deitado, umas duas horas depois, ainda me levantei para ver as máquinas da roupa e louça, cesto da roupa suja e da lavada, bimby, micro ondas. Tudo o que fui capaz de me lembrar. Nada.

No dia seguinte era a festa da minha filha e eu com isto na cabeça (sim, problemas de primeiro mundo) e convenci-me que talvez estivesse no meio dos pratos que tinha feito para o jantar (receita de bacalhau no forno). Fui aos pirex onde já os tinha colocado remexer em cada grama de comida, tentando em vão encontrar o anel. Nada, mais uma vez.

Eu super triste. O P. super compreensivo e "deixa lá, os bens materiais não valem nada, o que interessa é que casaste comigo". Os meus pais que entretanto chegaram para a festa "és uma irresponsável". E eis o cenário.

Chegaram os convidados, tivemos a festa. Só cantamos os parabéns à meia noite por isso as pessoas só foram embora já depois da uma da manhã. Começamos a arrumar tudo (antes de ir dormir a casa tem de ficar como se nada tivesse acontecido), arrastamos móveis para aspirar migalhas de bolo, continuei sempre a procurar. Zero anel e eu convencida, honestamente, de que o tinha perdido para sempre, pensando que devia ter dado ouvidos à voz de dentro da minha cabeça que me avisou para o tirar antes que o perdesse.

Nisto, uma máquina acabou de lavar e fui à dispensa buscar um saco de onde tinha tirado no dia anterior uns pratos e onde os ia colocar lavados para a minha mãe os levar, quando no fundo do saco ali está O MEU ANEL !!

Não vou reproduzir a dança dos festejos mas posso dizer que implicou o meu homem a pegar em mim depois de me ter atirado para o colo dele. A melhor prenda de aniversário de sempre!

Claro que agora arrumei o anel no sítio dele e nunca mais o vou usar, o que não deixa de ser triste porque os bens materiais não valem nada, mas muito menos se não os usarmos. E tenho pena. Mas juro que não ganhei para o susto. Tenho uma mão mais feia sem ele, mas ao menos tenho-o seguro. Ufa!


Carta aberta. À minha filha que faz quatro anos.

C.,

Espero que um dia me possas perguntar como eras com esta idade, quando eras pequena. Espero que faças muitas perguntas e queiras saber todos os detalhes. Espero que tenhas tanto gosto em ouvir como eu terei a contar. Porque a verdade é que com quatro anos és, sem falsas modéstias, a miúda mais incrível que alguma vez conheci. A nossa sorte é gigante, como tu. Tens as saídas mais inteligentes, um enorme sentido de oportunidade. Agora começas a falar umas coisas em inglês e ficou ainda mais engraçado. És totalmente dona do teu nariz e sabes muito bem o que queres (às vezes até de mais). Não fazes birras e nem te atiras para o chão (mas às vezes fazes das tuas, claro) e em geral continuas a aceitar tudo super bem. És curiosa e queres saber tudo mas és tão, tão medricas. Maria medricas, mesmo! Todo o desconhecido é um bicho, daqueles feios e assustadores. E tanto pode ser um escorrega que faça duas curvas como um dia sem saber o que vai acontecer. Gostas das rotinas e de saber o que vem a seguir. Tal e qual a mãe. E gostas mais do sossego e calma do que da confusão. Tal e qual o pai. Não obstante, agora a escola - finalmente - é amiga.
É maravilhoso ver-te crescer e formar personalidade. Estamos a criar uma pessoa e a ver isso em tempo real. Não há fenómeno mais fantástico (salvo talvez o fazer crescer pessoas na barriga mas eu tive o privilégio, sorte, bênção de viver ambos!). Estou imensamente grata por ser tua mãe. E infinitamente feliz pela pessoa que és. Parabéns a nós!