Os maridos das outras

A música que o Miguel Araújo fez sobre os maridos das outras é absolutamente genial. A letra está tão bem escrita, sem ser literalmente evidente, que lhe gabo sinceramente o dom.

Não obstante, não me revejo em nada nesta música. Reconheço no entanto que por exemplo em uma ou outra amiga que tenho, encaixe bastante bem,

O meu marido está fora de casa há uma semana e a sensação que eu tenho é que os astros estão desalinhados. Estou com uma sensação de desconforto, como se a camisola me estivesse a picar no pescoço. As viagens dele têm sido frequentes mas não há maneira de me habituar a isto. É tudo tão infinitamente melhor quando ele está. E mais calmo. Mesmo quando as coisas correm mal, ele tem esta capacidade incrível de fazer com que pareça tudo bem e esta semana confesso que não foi das melhores (o meu trabalho está-me a levar à loucura aos poucos).

Lado positivo?
Volta amanhã! E põe graças a Deus nisso!


Teletrabalho

A primeira vez que disse às minhas amigas que estava um dia por semana em teletrabalho, elas perguntaram logo se eu não aproveitava para ir às compras. Respondi-lhes o que agora cito: quando estou a trabalhar em casa sinto que o meu chefe está sempre a olhar para mim.

A coisa mais importante a saber sobre o teletrabalho não é que devemos acordar à mesma hora de um dia no escritório ou que é preferível vestir roupa "normal" em vez de estar de pijama, porque na verdade se o fato de treino funcionar, perfeito. Para mim, a coisa mais importante sobre esta modalidade de trabalho é o sentimento de responsabilidade.

No meu caso, acordo à mesma hora dos dias em que não estou em casa, visto-me e arranjo-me como se fosse sair e tenho um espaço próprio, com o computador, bloco de apontamentos, canetas, etc., que podia classificar como posto de trabalho. Mas nada disto tem realmente muita importância. 

O que importa realmente é eu ter-me convencido de que por estar a trabalhar neste regime tenho uma responsabilidade a dobrar e que se alguma coisa correr mal, a conclusão que será tirada é que aconteceu porque eu estava em casa (quando nem acredito isto, erros acontecem em todo o lado). 

Por isso, se num dia de trabalho na empresa, me sento a trabalhar por volta das 09:30, em casa às 08:45 já estou sentada no computador. Se na empresa faço uma pausa às 11:00 para café, e nem importa se junto à máquina estão os Colegas e ficamos lá vinte minutos a falar, em casa levanto-me por volta das 11:00 para ir tirar um café e às 11:05 já estou sentada outra vez, com o café à frente. Se quando estou na empresa, saio por volta das 13:00 para almoçar em casa e regresso às vezes depois das duas, quando já estou em casa a hora de almoço dura no máximo quarenta e cinco minutos (e isto já inclui arrumar a cozinha). Se num dia normal, às 17:00 começo a estar preocupada com a hora de ir embora (crianças, banhos, jantares), em casa nunca desligo antes das 19:00, muitas vezes depois de jantar ainda passo os olhos no e-mail porque afinal de contas o portátil está mesmo ali à minha frente. Em tempo de deslocação e pausas que poupo, ao fim de um mês ganhei várias horas de trabalho.

Nem todas as empresas percebem exactamente as vantagens do teletrabalho, mesmo a minha acho que também não. Aconteceu dar-me esta possibilidade mas nunca avaliamos bem os pontos fortes e fracos. Claro que isto se pode ficar a dever ao facto de muita gente desaproveitar esta oportunidade e aproveitar o tempo para ir às compras. Eu, da minha parte, sou absolutamente incapaz se quer de ir dar uma volta ao jardim ou tomar café à rua (mesmo que isso até me levasse o mesmo tempo que leva descer ao quinto piso ). É mesmo como se o chefe tivesse todos os olhos em mim.

Se funciona?
Eu gosto de acreditar que represento um caso em que corre bem. A minha empresa pode não acreditar em mim mas trabalho mais em casa do que no escritório. Em parte porque estou no meu ambiente, que é mais confortável, em parte porque não estive meia hora no trânsito a entrar em stress (ok, geralmente são só dez minutos mas dá para perceber), em parte porque não sinto que perca tempo com deslocações e idas para frente e para trás casa-trabalho-casa-trabalho-casa. Portanto,haja disciplina e responsabilidade para se manter este modelo e vivermos mais felizes.

Pequeno de situação

Descobri que escrever em condições é um exercício muito mais difícil e exigente do que pensava.
O que me leva a uma questão (a duas, na verdade):

Primeira: o que é que eu ando aqui a fazer?
Segunda: o que é que eu ando aqui a fazer há cinco anos?

Ora, isso mesmo!
Baby blog faz cinco anos de vida e é um exemplo paradigmático de um pequeno passo para a humanidade mas de um passo gigante para o homem (sim, eu sei que é ao contrário). 
Quero com isto dizer que me lembro perfeitamente do dia em que me registei no blogger (comecei com uma frase e depois uma imagem, para teste) só para ver como isto era. Tinha zero expectativas em relação ao que podia ser e não tinha se quer qualquer sonho de que viesse a ser alguma coisa. Embora não tenha qualquer importância pública (daí o pequeno passo para a humanidade) tornou-se muito importante para mim (grande passo do homem) e sinto algum orgulho de o manter até hoje. Ainda que sem linha editorial, sem grandes conteúdos, com imensos disparates, muito mais erros do que gostaria. E acima de tudo, ainda privado, que me assegura toda a liberdade criativa possível. Gosto de ti bloguinho. E enquanto gostar, siga para bingo!

P.S. Para quem tem a simpatia e amabilidade de cá passar de vez em quando, também gosto de vocês!

 

Tempo para

Ando a tentar escrever um conto infantil e falta-me alguma organização para escrever aqui também, o que me frustra, confesso, porque acredito realmente que temos tempo para tudo aquilo que quisermos mas nem sempre consigo por esta crença em prática.

Isto é válido aliás para tudo na vida e por isso tenho de ter tempo ou organização ou motivação (ou força?) para me dedicar a uma coisa realmente importante, que é encontrar um caminho mais feliz no lado profissional. 

Não sei bem quem me ensinou a ser assim, tão receosa e medricas, com um perfil de risco igual a zero. Mas - e com isto me vou - é urgente mudar.

E sítios giros para irmos?

Estou há três semana a tentar marcar uma escapadinha para aproveitar o feriado de Abril, sem sucesso. Ou está tudo completamente cheio ou é tudo absolutamente caro. Não há meios termos, do Minho ao Algarve. Fico chateada. Crise, crise e afinal vai-se a ver e anda tudo rico.

No meio das minhas pesquisas dei de frente com um hotel que é o sonho. Partilho, para interessado (e deve valer mesmo a pena), com a nota de que o ano não acaba sem irmos lá!

Entretanto, dicas de sítios serão sempre bem vindas!

Santa Cruz






E bom fim-de-semana!





Dois despertadores e muito sono

Numa publicação do Instagram há uns tempos vi uma frase que dizia qualquer coisa como

Ser adulto é um eterno acordar cansado e ir dormir exausto.

A nossa casa é um bom testemunho disso. Deitamo-nos cada vez mais tarde e acordamos cheios de sono. Por isso, adoptamos a tática dos dois despertadores. Um despertador toca às x horas e o segundo às x mais dois minutos. Só para ter a certeza de que não desligamos e continuamos alegremente a dormir. Sinal claro de sono a menos por estes lados.

Ora, de quem vem a ser a culpa disto?
Obviamente de This is us.
Temos a C. despachada na cama geralmente por volta das 22.00 h. e abre-se a janela para consumo desenfreado da série. Acabamos a dormir depois da uma, para as sete e pico estar de pé. Seis horas / seis horas e meia de sono claramente não são suficientes para nós - e é neste momento que eu queria ser o Presidente e aguentar-me com quatro horinhas.

Curas de sono e ir dormir às dez?
São opções, sim.
Mas se uma pessoa já acha que o dia é pequeno, sem este espaço ficaria ainda mais reduzido. Honestamente, a solução que vejo é ir de férias já hoje.

This is us

Já tinha ouvido falar desta série e no dia em que vi o trailer, decidi ver o episódio piloto.
Houve um problema.
Parte do primeiro episódio acompanha o nascimento de trigémeos e eu sabia, da apresentação, que só iam nascer dois bebés. Foi o suficiente para querer parar de ver, ainda nem o episódio ia a meio, eu já cheia de baba e ranho, coitadinho do bebé e dos pais. Desisti - desde que sou mãe que tudo o que mexe com sofrimento de crianças é de díficil digest\ao(e já basta a vida, não queremos também ficção).

Mas passaram os dias e as amigas a dizerem que estavam viciadas na série, que era tão bonita, tão simples, tão real. Que afinal andamos a procurar efeitos especiais, quando é na simplicidade que está a maior beleza, e que eu ia adorar, de certezinha, tinha de ver. Contestei com o argumento do nascimento de três que afinal era só de dois, elas a dizerem que tinha de ver o resto, e vê, e vê e anda lá - ate que me fazem um spoiler alert e dizem que o terceiro bebé não sobreviveu, é um facto, mas os pais adoptaram uma criança e foi uma adopção muito bonita.

Decidi dar uma segunda oportunidade. Tantas amigas assim não podiam estar erradas. 
Estou agora absolutamente viciada, a uma média de 3 episódios por noite (e a temer o dia em que a primeira season acabe). À hora em que escrevo estou já desejosa que sejam dez para mais uma dose. Sei que disse que quero escrever um livro mas esta série vai tirar-me todo o tempo livre e disponível (e eu já nem aí porque é linda!). No fundo isto é sobre segundas oportunidades e julgamentos de livros pelas capas. Não o façam. Vejam a série.  



Uma árvore é um bem / Que devemos preservar / Vamos todos, tu e eu / Uma árvore plantar

Não sei explicar por que razão plantar uma árvore era importante para mim. Talvez tenha a ver com a tripla missão humana "Ter um filho / escrever um livro / plantar uma árvore". Ou talvez se explique pela minha personalidade, que estende raízes e gosta de ficar onde está. Ou afinal seja só pelo privilégio de ver crescer vida. Há muito tempo que plantar uma árvore fazia parte dos meus planos. Tanto assim que estava na lista (agora em versão actualizada).

Escrever um livro
Voltar a Nova Iorque
Comprar uma casa
Plantar uma árvore
Ir ao Rio de Janeiro
Voltar a correr
Passar um sábado em Paris
Trabalhar em turismo
Colaborar com uma revista
Voltar à Eurodisney
Visitar a livraria Lello
Fazer voluntariado



No sábado a seguir aos meus anos o P. chegou a casa com ela. É uma macieira bebé, que irá dar de certeza as maças mais doces da história do pomar e plantamo-la a três numa sexta-feira de calor. Eu e o P. fizemos o buraco na terra, pusemos a árvore (que esteve num vaso até aqui) e voltamos a por terra por cima. A C. chegou com o seu mini regador, para regar ao som da música que ela própria começou a cantar (e que está no título). Panda, sempre a inspirar a minha filha. 

Espero poder actualizar esta informação anualmente, mas tenho a certeza que esta árvore crescerá cheia de saúde e de frutos para alegrar o nosso jardim e a nossa vida. E agora, só falta escrever um livro.


Volta sempre a onde foste feliz!

Acho que já usei este título por aqui (não fui confirmar), possivelmente para falar deste assunto mas ainda assim volto a ele.

Demos um saltinho a Lisboa com a desculpa de uma festa de anos, mas fomos na verdade fazer o que já queríamos ter feito há mais tempo: matar saudades. Ficamos instalados em casa de um amigo, mesmo ali ao lado do Frutalmeidas, para um sumo natural (desta vez foi só o sumo, greve aos pastéis e tartes do demo!) e um olhinho à Av. de Roma. 
No domingo de manhã fomos tomar o pequeno-almoço ao Parque das Nações. Voltar à pracinha e ao parque é maravilhoso (apesar do vento gelado que estava). Fotografias com moldura de Vasco da Gama, um ano depois. É giro. Não há lugar no mundo igual a este, somos mesmo fãs deste bocadinho. Claro que depois vemos a montra da imobiliária que diz que um T4 custa 690 mil euros e um T2 350 e pensamos duas vezes nos nossos gostos mas ainda assim, é bom voltar a um sítio onde fomos felizes.

No domingo ao almoço éramos uma mesa de catorze, em que seis são crianças e há ainda um bebé no carrinho (metade de nós é canalha!), de onde saímos para conhecer a casa nova de uns amigos. Deixamos Lisboa às quatro e meia da tarde. Ao fim de dois Km. a C. estava a dormir o sono dos justos e acordou praticamente em casa. Prova de fim-de-semana cheio (e a repetir)

Porque uma surpresa nunca vem só e o meu homem é afinal a maior surpresa de todas

Conheço o meu homem há anos suficientes para saber que ele não ia deixar passar os meus trinta assim sem mais. 

Organizamos um jantar para a família no dia mas eu sabia que ele não ia deixar a coisa só por aí. A dada altura do processo, uma noite num jantar de primos, disse que ainda íamos viajar antes do Verão e acendeu-se uma campainha na minha cabeça. Uma viagem pelos anos? Dias mais tarde fiz algumas perguntas, para saber se a existir seria a dois ou a três (não queria deixar de passar os anos com a C.) mas recebi de resposta a indicação de que não havia nenhuma viagem para os anos. Fui fazendo algumas perguntas ao longo do tempo mas acabei por desistir. Achei no entanto que no sábado a seguir ao dia de anos, ele devia ter alguma coisa preparada. Esta suspeita foi sendo alimentada por pequenas pistas que encontrei, sem querer, no carro: num dia uma cartolina azul; noutro, post-its de várias cores. Claro que lhe perguntei o que era aquilo mas coincidiu com uma viagem dele portanto todas as explicações foram breves e do género "não tenho nada a ver com isso, tu é que és a rainha da papelaria lá de casa." Ok. Não insisti (mas secretamente achei que me ia encher o carro de papéis a dizer "parabéns").

Na sexta-feira ao final do dia, a C. chega a correr à minha beira a dizer: "mamã! mamã! Vamos andar de barco e é uma surpresa!", seguida de um pai a contestar "C., o pai disse que era sur-pre-sa! E não é barco!; é carro!". 
Passou. A minha filha tem dois anos e podia de facto ter confundido barco com carro (pouco provável mas podia acontecer).
Nesse dia à noite, o P. diz-me que no sábado vamos fazer um lanche a um sítio novo e que temos de sair de casa às quatro da tarde. 

Sábado há alguma movimentação em casa. O P. diz que tem de sair de manhã sem mim, há alguns telefonemas. Regressa à hora de almoço e quando abro a porta tem na mão a minha prenda: uma árvore (num vaso) para plantarmos no jardim, com um cartão que diz: Plantar uma árvore? Check! (Lembram-se da "lista"?) - falamos disto outro dia, fica prometido.

Às quatro da tarde o P. vai acordar a C. porque temos de sair - ele diz que a pressa se justifica porque "as portas fecham" e quando chego ao quarto dela, tenho uma miúda aos saltos na cama a dizer "surpresa! surpresa! surpresa!". Sei que vai acontecer alguma coisa. Saímos de casa, de carro, eu a tentar adivinhar onde vamos, setas que indicam marina do Freixo, de repente a ideia do barco a fazer sentido (eu sabia que ela não se ia enganar!) até que estacionamos o carro. 

- Queria marcar os teus trinta anos com uma coisa que só podíamos fazer no Porto. Vamos fazer o cruzeiro das seis pontes.

Um cruzeiro no Douro é uma coisa de que falamos desde o Verão mas que fomos adiando. Graças a Deus não chove e há até um restinho de sol. Vamos fazer um cruzeiro!

Chegámos ao cais e antes do barco estão exactamente - nem mais! - todos os nossos amigos com um balão gigante e confetis. De Lisboa, de Aveiro, do Alentejo, da Guarda, do país todo, todos! Desato num pranto, há confetis por todo o lado, o meu homem não existe!

Temos à nossa espera um barco que nos leva só a nós, e a um lanche maravilhoso, pelas pontes do Porto. Fazemos uma sessão de fotos na parte de fora, nunca chove, os pequeninos vão todos contentes, abraço toda a gente que vamos vendo ao longo do ano, mas que não está toda no mesmo espaço desde o último casamento. Nunca na vida pensei que estivessem a planear a festa desde Janeiro, nem acredito que em vinte e cinco pessoas ninguém se descaiu este tempo todo - e falamos todos, todos os dias (viva o whatsap!)

O passeio dura umas horas, brindamos, o ambiente é perfeito. Duas amigas dizem-me que vão ficar lá em casa a dormir, outra fica também para o dia seguinte. 

O barco pára, voltamos ao cais. Trago um balão enorme preso na minha mochila que não espelha nem metade da minha felicidade. Aqui e ali as pessoas vão dizendo que vão embora. Há quem tenha miúdos pequenos, há quem regresse de avião, outros aproveitam e vão ver a família, que também é de longe. Acredito genuinamente em todos e juro pela minha saúde que não espero absolutamente mais nada daquele dia. Tenho o coração cheio. Despedimo-nos com abraços apertados.

Organizamo-nos para regressar para casa com os três casais que ficam, entramos nos carros, voltamos com cuidado para nenhum se perder.

Quando estacionamos digo ao P. que nos esquecemos da luz da cozinha acesa. Entro em casa e tenho uma vela a iluminar um 30 gigante feito de fotografias da última década colado na parede, lindo, com todas as pessoas que fizeram desta tarde uma tarde feliz! 

Nos dez segundos a seguir ainda estou a processar que o P. tenha preparado aquilo para nós e os amigos que cá ficam e começam a sair do corredor, sala e portas toda a gente outra vez! Na sala há uma mesa de sushi gigante e tudo posto para um jantar maravilhoso (alto patrocínio dos meus pais em conluio com o meu homem!) Não caibo em mim. Os parabéns são todos para o P., que pensou e organizou todos os detalhes e pôs de pé uma festa de que me vou lembrar para sempre. Se não estivesse já casada com ele, levava-o à igreja no domingo de manhã e só saímos de lá casados. Nunca, jamais, em tempo algum suspeitei de alguma coisa deste género. Na parede de ardósia preta da cozinha está a cartolina azul e os post-its para as mensagens de parabéns! O Z. deseja que as rugas que os trinta podem trazer sejam só de expressão e eu tenho a certeza que fiz umas quantas neste dia mas não podia estar mais feliz e grata. Pelo P., que não tem explicação, e por todos os amigos que a vida nos deu e a quem queremos tanto e tão bem. OBRIGADA!

           

Ainda sobre os Óscares

Creio que já se teceram comentários suficientes sobre os Óscares este ano - não que tenha lido muita coisa a respeito, mas deduzo - e por isso queria só partilhar uma ideia, que sendo honesta nem é original.
Em conversa com o meu pai, perguntava-lhe se tinha visto a barracada, ao que ele me responde (no seu tom sarcástico),

- Então mas aquilo não foi de propósito?

De facto isto faz-me muito mais sentido do que um erro.
Há um grupo de pessoas que se não está exclusivamente dedicado a isto, pouco deve faltar. Alegadamente, há dois envelopes iguais. Faz algum sentido terem-se enganado?
Claro que errar é humano e toda a gente se engana e blá blá blá mas não estamos a falar de rocket science; é literalmente escrever uma palavra numa folha e metê-la no envelope. Por isso estou mais inclinada a acreditar na teoria da conspiração do meu pai, do que no erro simples.

De resto, dizer apenas que tive três minutos de felicidade porque gostei imenso do La La Land - confeso que não vi o Moonlight - mas o final da cerimónia está exactamente de acordo com o fim do filme. Primeiro fazem uma pessoa acreditar no viveram felizes para sempre e depois, tau! um balde de água geladinha, só para não ficares confortável. Está certo.


Até parece que sou funcionária da Jerónimo Martins (para não haver dúvidas, não sou)





Pequeno alerta de um prémio de que gosto particularmente - e a que este ano espero concorrer (mas prometo isso todos os anos).
Está aberto mais um concurso literário do Pingo Doce, o prémio mais alto do género a nível nacional, que premeia escrita e ilustração com cinquenta mil euros. Candidaturas até Abril e vencedor a anunciar até ao dia mundial da criança, o que é bonito porque a literatura aqui é infantil. Mais informações no site: http://premiodeliteraturainfantil.pt/premio-de-literatura-infantil/