Regressámos um dia mais cedo para continuar as férias em casa. É bom ir mas é muito bom voltar. Até a piolha tinha saudades do cantinho dela. Quando viu os brinquedos, o urso, as coisinhas, ficou num excitex. Coincidência ou não, começou a gatinhar nesse dia, sob o olhar embevecido dos pais (pôe mãe nisso!).

Do regresso até hoje (um dia portanto) já rolaram seis máquinas da roupa e estão ainda duas em standby. Tábua e ferro nem vê-los pelo que o futuro não augura nada de bom. Quase que choro com a montanha de roupa. Ninguém merece acabar assim as ferias! Será que não é desta que spodemos adoptar o estilo enrodilhado?


O lado positivo

O conceito de fazer praia muda substancialmente quando temos um bebé. Nem falo da tralha que se leva, que no nosso caso como vivemos a 200 metros, não é tanta assim (com facilidade se vai e volta), mas da prática da actividade "praiar" propriamente dita.

Estarmos os dois a dormir ao sol desapareceu. Irmos os dois ao mar ao mesmo tempo também. 

A diferença que a mim me parece no entanto maior é no horário. Desapareceu por completo o estar na praia à uma da tarde. Ou às três. Temos a C. à sombra mas ainda assim ao meio dia, meio dia e meia no máximo, estamos de regresso a casa. De tarde, só a partir das quatro, sendo que como ela dorme a sesta grande depois do almoço, tem sido mais cinco.

Nunca fiz estes horários e é uma grande diferença em relação aos anos anteriores.
Mas a parte boa, que devemos sempre ver o lado positivo, é que não apanhei um único escaldão. Estou bronzeada qb mas zero pele vermelha. Obrigada, filha!


Vacations time

Férias! Finalmente, férias.
Esperamos um ano inteiro mas finalmente estão de volta as melhores coisas de Agosto. A começar pela francesinha, que marchou no sábado, passando por todas as gulodices que não posso enumerar e indo direitinha à praia e à boa vida. Faz um bocadinho de vento, é verdade, faz também um nadinha de frio mas não deixa de ser o meu Norte. Qualquer coisa, estou ali junto ao mar. Apitem que venho a correr. 

Gostava de ter três semanas de férias seguidas. Não me lembro de quando isso aconteceu pela última vez. Este ano, como tem sido hábito, temos duas, que sabem sempre a pouco. Mas é o que há.

No meio destes pensamentos ocorreu-me que as pessoas que são por profissão empregadas domésticas e que não têm, nas suas próprias casas, empregada doméstica, nunca têm férias. 

Há vidas piores.


Duas semanas sem doces

Dei por mim a um ritmo totalmente estúpido: todos os dias, mesmo todos os dias, levava um doce para o trabalho. O café do meio da manhã no escritório passou assim a ser acompanhado diariamente por uma bolachinha, um bolinho, um doce, num hábito injustificável.

Claro que quando me pesei apanhei um susto. O peso disparou, como estava bom de ver.

Ora, para grandes males, grandes remédios. Erradiquei da dieta todos os doces. Assim, sem mais.
Não vai continuar muito mais tempo porque é demasiado radical e as férias estão à porta mas quis perceber o efeito no peso. 

Ao fim da primeira semana, a balança diz-me que tenho um quilo a menos.
Ainda estou em choque.

10 meses

A minha filha está oficialmente no mundo há mais tempo do que esteve no planeta mãe.

Em primeiro lugar, não faço ideia para onde foi o tempo. Como assim já passaram dez meses?
Depois, estou francamente incrédula por faltarem apenas dois míseros meses para fazer um ano.
Oi? Alguém se enganou a contar, certo?

Às vezes ainda sinto algumas saudades de a ter na barriga, onde estava sempre protegida, não se magoava, não ficava doente. E digo-lhe que a vou fazer em pecinha de sushi pequena e voltar a pô-la lá dentro, bem enroladinha para caber.

Mas depois, vê-la crescer é das melhores coisas da vida. Enchê-la de beijos também. O cheirinho a bebé C., as gargalhadas, os "tá tá"'s quando encontra o que estava à procura, os mimos à mamã.. Talvez possa concordar que tê-la no mundo é melhor que na barriga. Mas se pudéssemos só fazer pause ao tempo por um bocadinho, agradecia!

Outras dúvidas, estas de fim-de-semana

Quando era miúda, e a febre das All Star se instalou, não achava grande piada à coisa. Eram tão básicas e sem sal e umas sapatilhas tão normais que não percebia o fascínio. Nunca tive umas All Star, nunca quis ter.

Hoje em dia acho o básico e o normal uma coisa boa. Não era extravagante na adolescência (antes pelo contrário) mas agora dou muito mais valor ao que é simples, clássico, intemporal. 

Não vou dizer que as sapatilhas são "um clássico" na verdadeira acepção da expressão, mas parecem-me hoje um básico que faz sentido. Tenho andado a namorar algumas cores, na versão rasa da coisa e venho pensando para mim se invisto ou não.

Acho-as giras, práticas, versáteis até. Mas não deixam de ser umas sapatilhas, que só uso ao fim-de-semana / férias e não são propriamente grátis.

De modos que ando nisto, não sei se bato, não sei se ofendo, mas a babar um bocadinho, confesso.





Dilemas de Agosto

Estou entre "próximas duas semanas passem a correr" e "duas semanas seguintes vão com muita calma" e até eu percebo o pouco sentido que isto faz. Podíamos falar sobre a teoria da relatividade, que explicava melhor a coisa.

Mas no fundo é isto - tempo, passa relativamente rápido até irmos de férias e não passes relativamente assim que começaram. Não é um acordo assim tão mau pois não?

Isto para dizer que faltam menos de duas semanas para as férias e que contamos os dias. Mas quando chegar o primeiro dia, deixamos o relógio em casa para o tempo de sermos felizes não acabar.

O dia 31 e o dia 1


Gosto com especial gosto de rituais, daquelas coisas que damos como certas, que repetimos várias vezes mas nas quais temos prazer, que nos fazem bem.
O ano passado comecei um ritual novo que tem sido um prazer enorme - o projecto das fotos.

Para além de me proporcionar um arquivo muito mais organizado dos milhões de fotografias que tiro à minha filha, vejo efectivamente tudo o que captei e estou um bom bocado a rever o que se passou naquele mês.

O meu ritual começa no dia 31 (ou 30) de cada mês, em que me sento em frente a um computador, arquivo todas as fotografias que tenho no telémovel, organizo pastas e vejo todas, uma a uma, as fotografias que tiramos. Depois de tudo visto, seleciono as preferidas, geralmente à volta de vinte, que copio para uma pen. No dia 1, imprimo tudo e coloco no álbum, onde junto notas a algumas fotografias, para guardar para sempre os detalhes do primeiro ano da piolha.

Uma coisa tão simples mas que dá tanto gozo e que já se tornou um vício bom, quem sabe a manter nos próximos anos.

Quem em Julho ara e fia ouro cria

Fui "aos caracóis" comer um prego em pão. Fiz 400 km. em três horas e 200 em uma e pouco. Fez um ano que perdemos o meu avô. Estive em teletrabalho dois dias. Não quis regressar ao trabalho normal. Depois passei uns dias a gostar do que faço. A nossa filha fez nove meses. Estou cada vez mais apaixonada. Fui à prova do vesrido de noiva da M. Fizemos dez anos de namoro. Estou cada vez mais apaixonada. A J. e o N. casaram. A O. e o R. também. Voltei a Coimbra. Tirei fotografias na Cabra e tive um bocadinho de saudades doa tempos de estudante. O P. veio a casa uma semana. Fizemos uma baby pool party com amigos. Fomos ao Castelo de S. Jorge pela primeira vez. Voltamos àquele restaurante no Rato. Tirei 264 fotografias e cumpri o projecto fotos do mês. Marcamos férias para o resto do ano. E já não falta tudo.