Isto, Aquilo e um Bebé #2

"Em tempos achei que conseguia manter dois blogs em simultâneo (que ilusão..!) e criei o irmão Isto Aquilo e um Bebé. Durou seis meses e cinquenta posts. Depois faleceu, paz à sua alma.

Como o título indica, o tema central eram bebés. Começou quando ainda estava grávida e na última publicação a C. tinha sensivelmente quatro meses. Hoje lembrei-me dele e tiro do baú precisamente:"



Primeiro Trimestre
(Post publicado em Setembro de 2014)


O primeiro trimestre é por definição o de maiores preopações. Para além de ser tudo uma grande novidade, é um periodo em que tudo pode acontecer. É nesta altura que tendemos a ler sobre percentagens de sobrevivência em gravidezes tão no início e em que os resultados não são nada promissores. Além disso, é também nestes três meses que temos de ter cuidados extra para que tudo corra bem, sem nos sentirmos ainda completamente grávidas.

No meu caso, e como não via a barriga a crescer, preocupava-me essencialmente o estar mesmo grávida. Perguntava-me várias vezes se seria mesmo real, se estava realmente à espera de um bebé, como podia ter a certeza que estava tudo bem se não havia sinais externos. 

No fundo, esta é possivelmente a maior marca do meu primeiro trismestre. Não enjoei uma única vez, não tive qualquer indisposição, tudo se passou como se não estivesse grávida. O único sintoma que identifico à gravidez é apenas o sono. Em geral tenho já bastante sono. Nesses três meses, piorou ligeiramente. Quando chegava do trabalho às sete e meia ou oito, estava prontinha para dormir. Ficar acordada foi o maior desafio. À parte disso, tudo absolutamente tranquilo.

Nesta data, desafio é também reconhecer que, embora lá para o final da semana onze ou doze, eu achasse que já tinha uma barriga imensa, na verdade, não tinha mesmo qualquer ponta de barriga. A comprovar, as primeiras fotos dos primeiros três meses.





A segunda fotografia foi tirada num fim-de-semana com as amigas, quando lhes contei. Chegamos todos numa sexta-feira à noite, vindos de diferentes pontos do país. Uns levaram bolo para o reencontro, outros umas miniaturas de uma bebida da terra, outros ainda ofereceram uma foto do grupo tirada no ano anterior, num casamento. Nós?

Nós não trouxemos nada. Ou melhor, trazemos um bebé na barriga.

Foi assim que, sem mais avisos, contámos às tias, estávamos de dez semanas.

Quinze dias mais tarde fomos fazer a primeira ecografia morfológica e a 3D.
É uma coisa fenomenal ver tudo, tal e qual se passa dentro da barriga, com direito a bebé a nadar e a mexer por todo o lado. Neste dia o médico perguntou se, estando praticamente certo do sexo, queríamos saber. Quisemos.

Foi a 3 de Abril que com cerca de doze semanas soubemos que vinha aí uma menina.

1 Coisas dos outros