Tive uma experiência social interessante

O meu marido tem vindo a desenvolver esta teoria ao longo dos tempos mas no fim-de-semana passado fui comprová-la in loco.
Como tinha dito algures, o homem teve um evento de trabalho e eu fiz de lapa, acompanhando-o qual esposa amorosa. Naturalmente que isto não tinha nada a ver (absolutamente!) com a circunstância de ter sido num hotel top em Tróia (nada a ver!).

Em todo o caso, chegamos sexta-feira perto da meia noite, entramos os dois na recepção, de imediato várias pessoas que já lá estavam para a mesma finalidade se aproximaram dele e houve ali um misto de conversa com check-in, que abreviou este último. Abreviou de tal forma que só ele deu os dados de identificação, fazendo de mim uma absoluta clandestina nesta estadia.

Ora, no dia seguinte as reuniões começaram bastante cedo, pelo que quando desci para o pequeno-almoço, ali pelas nove da manhã, senhor meu marido já não estava. De modo que eu entrei na sala, comi o que me apeteceu (que na realidade foi pão com manteiga e leite e pouco mais - quem nasce lagartixa não chega a jacaré!), saí e não dei cavaco a ninguém.
Igualmente, passei depois pela recepção para pedir toalha para a piscina, ao que o senhor me entregou uma toalha sem qualquer pergunta, do género no mínimo quem é a senhora? Sendo certo que mesmo que eu me identificasse, não constaria dos hóspedes do hotel porque, lá está, euzinha não fez check in algum.
Depois disso passei duas horas da minha manhã na piscina do spa, entrando e saindo sem qualquer pergunta.

De onde - experiência social interessante - acho que fica comprovado que qualquer pessoa com um mínimo de lata se pode infiltrar num hotel e fazer vida sem qualquer problema. Em dois dias que lá estive - domingo repetiu tudo igual - ninguém perguntou nada e eu andava livre, solta, fresca e fofa, como se fosse tudo meu.

Ora, fosse eu uma pessoa com lata mínima (que não sou) e passava a testar o conceito todos os fins-de-semana em hotéis desta vida. Fura casamentos, hotel edition! Ainda faço disto vida, vão ver!

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