Será que sou só eu?

Há um gavetão cá de casa que serve esta função: guarda presentes que irão ser. Também vos acontece?
A mim acontece imenso. Comprar alguma coisa porque achei giro, porque estava em promoção, porque gostei, porque afinal por algum motivo já não dei. Ou então porque deram e era repetido, ou foi Natal e as miúdas já tiveram imensos e eu guardei alguns. A lista podia continuar. Todos esses presentes vão sendo guardados no gavetão. Até ao dia em que acontece essa bela coisa em que se precisa de oferecer alguma coisa e está mesmo ali. A pessoa vai buscar um desses presentes e oferece a alguém. Uma espécie de reciclagem mas em muito bom, porque não há lixo. É tudo novo na verdade.

No fim de semana passado a C. teve um aniversário de um amigo e eu passei a semana a dizer que tínhamos de ir comprar a prenda mas não chegou a acontecer. Então na véspera, gavetão. Encontrei de resto uma coisa bem gira, um conjunto de puzzles, jogos, dominós da Disney, novo em folha, ainda embrulhado, plástico e tudo. Ok, perfeito.

Levei o presente até à minha filha e perguntei se achava que o amigo ia gostar.
Ela olha, examina, observa, vê de um lado, vê do outro, vira, torna a virar. E muito séria pergunta:

- Tens a certeza que isto não é meu?
- Tenho, então era agora teu!
- Ok, então acho que ele vai gostar.

(Tão esperta!)

E pronto, assim resolvi uma pseudo emergência de falta de presente
(e na verdade não sei se ele gostou porque nestas festas modernas feitas em espaços de festas para crianças também elas modernas, a moda é colocar todas as prendas num cesto, que depois o aniversariante há-de levar para casa.)

Muito, muito útil o meu gavetão. Quase um Natal feito de madeira.

Pausa!

Desde que tivemos filhas, contam-se pelos dedos das mãos as vezes que fomos os dois sozinhos a algum lado. A primeira vez foi quando a C. tinha 14 meses - três dias em Praga (e custou-me muito!); Depois fomos dois dias a Londres, tinha ela um ano e meio; três dias em Roma quando tinha dois anos e meio e mais dois dias no Douro quando fizemos doze anos de namoro e ela tinha quase três. 

Foi precisamente esse fim-de-semana no Douro, em Julho de 2017, a última vez que fomos sozinhos a algum lado que implicasse dormidas fora. Em parte porque depois disso estive muito grávida, em parte porque depois nasceu um bebé e por um lado deixou de ser possível (amamentação) e por outro na verdade eu não as queria deixar. Até ao fim-de-semana passado!

Passou exactamente um ano e sete meses desde a última vez que fomos os dois a algum lado fora, mas no fim-de-semana passado eu decidi perder a cabeça e encher-me de coragem para deixar as duas uma noite em casa dos meus pais enquanto nós íamos apenas descansar e namorar. Se fizer bem as contas foram pouco mais de 24 horas, mas com efeito de pelo menos 72!

Primeiro tivemos uma sorte imensa com o tempo. Escolhemos um sítio super perto (Braga) para não perder horas dentro do carro e aproveitar ao máximo. Assim, aterramos numa esplanada no centro de Braga onde almoçamos, demos um passeio pelas ruas que eu já não visitava há uns dez anos (e que giro está o centro!) e fomos depois para o Hotel - porque verdade verdadinha eu queria ir à piscina e ficar deitada numa espreguiçadeira sem fazer absolutamente nada.

A piscina interior era um bocadinho pequena para o número de hóspedes e devo ser sincera e dizer que quando estamos sem (as nossas) crianças, o barulho das (outras) crianças é bastante alto. Quer dizer que se repara nele, por oposição a nem dar por ele quando as nossas também contribuem para a sinfonia. Não que elas chorassem. Estavam só felizes na água e fazem barulho. Muito barulho para quem deixou os seus (e eu a pensar logo ali que as devia ter levado, coitadinhas das minhas filhas que iam adorar estar na água também!).

Da água, ficamos deitados na espreguiçadeira a ler um livro (livro esse que terminei nesse dia à noite, vejam o nível de tempo livre que tinha!) e depois disso fomos comer qualquer coisa. Ao final da tarde, em vez de pensar nos banhos e jantares, enchi a banheira do quarto de água e espuma e tomei um banho imenso, coisa que não fazia há quinze anos talvez. O P. aproveitou para um salto ao ginásio. O dia foi longo o suficiente para uma visita ao spa, onde fiz uma esfoliação. A sério, menos cinco anos de idade para mim. Relax total. 

Já passava das nove quando fomos jantar e já nem me lembrava de que também se janta a essa hora, não tem de ser a hora em que já está a cozinha toda arrumada e as miúdas a preparar para dormir.

Depois, o momento mais esperado do dia! Aquele em que dormi oito horas seguidas, sem ninguém chamar e sem ninguém acordar (salvo eu, uma ou duas vezes, do hábito, mas nem contou porque não me levantei). Isto sim é uma verdadeira terapia. Acordar para um pequeno-almoço de hotel foi simplesmente a cereja do topo do bolo, que eu quase dispensava tal o meu nível de felicidade após uma noite de sono efectivo - estou a brincar naturalmente; mas alguém no seu juízo dispensa pequenos almoços de hotel? Por favor!

Ainda conseguimos aproveitar um bocadinho a manhã, com um saltinho à piscina e no fim de almoço estávamos de volta às pequeninas. O que quer dizer que foi mesmo uma escapadinha de vinte e poucas horas mas que soube a férias de dias. Um boost gigante nos níveis de energia e uma mãe (eu) a dizer à sua mãe (a minha) que se calhar fazíamos isto todos os meses!

Ver o lado positivo

Não pelas melhores razões, é verdade, mas o meu irmão volta a casa por uma semana a partir de segunda-feira. 
E mesmo não sendo pelas melhores razões, tê-lo cá é uma razão mais do que boa para ser mais feliz.


Outra vez as unhas

No meu anterior trabalho, fazia uma terapia semanal chamada manicure. Todas as sextas à hora de almoço, trocava a comida por unhas bonitas e ali ficava meia hora em modo relax, a tratar de mim. Aquele bocadinho sabia-me mesmo bem e fui sempre mantendo esse hábito, ao longo dos anos (com alto e baixos, verniz normal e gel, imersão ou pintar).
No momento actual, encontrei uma manicurista de que gosto bastante e a quem pretendo manter-me fiel, enquanto aqui morar.

Percebi no entanto neste processo que aconteceu uma coisa curiosa.
Em vez de fazer manicure às sextas, passei a fazer sempre às segundas. E pelo meio acho que percebi a razão.
Enquanto dantes fazia à sexta como momento de relaxamento após uma semana cheia de trabalho, passei a fazer à segunda como forma de me dar motivação extra para a semana. Quer dizer que agora é muito mais difícil começar do que acabar. As segundas são mesmo muito difíceis e dantes nem eram.
(Claro que este "antes" tem dez anos).

Tenho mais uma vez a estética de unhas ao serviço da psicologia.
Se não, vejamos,



Quando vim viver para Lisboa, um dos meus "problemas" era com os serviços de sempre, a que estava tão habituada, que já me conheciam tão bem; o cabeleireiro, a manicure, o café "do costume".

O maior e mais evidente problema era a manicure. Há alguns anos que fazia as unhas no mesmo sítio e já nem pedia - já sabiam que era francesa (a manicure, não eu). Nunca ousei cores nem coisas diferentes. Todas as semanas, o mesmo.

Quando cheguei a Lisboa, não só não encontrei nenhum serviço destes que me agradasse, como os que fui tentando tinham sempre a manicure francesa mais cara que o resto. Foi aqui que comecei a experimentar cores. Primeiro os rosas, os brancos, os nudes. Depois os corais, os alaranjados.

Estou em Lisboa há quase quatro anos e pese embora só recentemente tenha encontrado uma manicure de que gosto, já usei todas as cores, mesmo aquelas mais improváveis.

Hoje tenho as unhas pretas. É a primeira vez em toda a minha vida que pinto as unhas desta cor.

Isto são só unhas mas a verdade é que quando saí da manicure não consegui deixar de pensar que tudo na vida é uma oportunidade. E as mudanças não são necessariamente más. E podem acontecer coisas maravilhosas se não tivermos medo de arriscar.

Isto não tem nada a ver com unhas mas é um mantra para os próximos meses.


Sobre isto falamos em breve.

24 horas e 14 pães

Vou começar por recordar que somos uma família de quatro, sendo que neste caso a filha mais velha nem contribuiu para a contagem e a mais nova deu um contributo mínimo, graças aos seus dois dentes (e nada mais).
Com isto dizer por isso que verdade verdadinha, o meu homem e eu aniquilamos uma dose considerável de pão em 24 horas. Shame on us!


O que aconteceu foi que na semana passada fui à master class da Bimby sobre "famílias", uma aula a nível nacional que reuniu em todas as lojas do país, à mesma hora, ensinamentos vários sobre cozinhar para muitos e para poucos, quatro receitas absolutamente maravilhosas.
Nenhuma delas foi pão carcaça propriamente dito (mas uma era pão com pesto por acaso) no entanto eu senti-me totalmente inspirada a arriscar no mundo da padaria - que vai para um ano que tenho Bimby e nunca tinha feito pão.

E que estupidez a minha!
No sábado decidi pôr mãos à obra e o resultado foram 14 pães absolutamente deliciosos, belos e fofos, que se mantiveram TOP até ao fim dos seus dias, que foram curtos, como se viu.
Para fazer muitas vezes, se possível todos os dias!


Ainda no espírito de aproveitar a vida trem bala

Março vai ser um mês daqueles! Como eu adoro, de resto!
Inaugura muitíssimo bem com o aniversário desta vossa amiga (e uma surpresa para esse dia às onze da manhã!)
Depois temos quatro dias fora em trabalho (esta parte, menos boa).
Aterramos numa quinta feira para voltar a sair sexta, num fim-de-semana em família com a família do coração (meninas, i love you!)
Fim-de-semana seguinte, três dias fora a quatro. Vamos a Lisboa e vamos ver Disney on ice (Can't wait!!
E nisto acabou Março mas já estamos de olho em Abril, com nova ida a Lisboa para um aniversário / baptizado. 
Portugal de lés-a-lés outra vez e (taratatatá) I'm loving it !

Tal e qual

Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós

É saber se sentir infinito
Num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar
Então fazer valer a pena
Cada verso daquele poema sobre acreditar

Não é sobre chegar
No topo do mundo e saber que venceu
É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu
É sobre ser abrigo
E também ter morada em outros corações
E assim ter amigos contigo em todas as situações

A gente não pode ter tudo
Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
Por isso eu prefiro sorrisos
E os presentes que a vida trouxe pra perto de mim

Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar
E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar
Também não é sobre
Correr contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás

Segura teu filho no colo
Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir



Ana Vilela
Trem Bala

O bacalhau quer alho

Apercebi-me já tarde que no ano passado, nos meia dúzia de eventos familiares que fiz cá em casa, cozinhei em todos, nada mais nada menos, do que bacalhau! Parece mal, não parece? Todas as festas de anos que fiz, a mesma comida em todas. Bom, a bem da verdade não foi exactamente a mesma comida. Assim de repente lembro-me de torta de bacalhau, bacalhau no pão, bacalhau espiritual, bacalhau com espinafres e broa. E acho que foi isso. Na última festa de anos, que foi mesmo nos últimos dias do ano, caiu-me esta ficha mas já não fui a tempo de remediar. Pelo que decidi que para 2019 farei todas as comidas MENOS bacalhau. Está expulso da minha cozinha!

Com isto, tenho aquela dúvida existencial; não, não é o que fazer no próximo jantar, mas sim quando será o próximo. Já que, o primeiro aniversariante da casa sou eu e este ano até é uma sexta-feira mas estou divida entre fazer uma festa cá em casa VS passar o dia de anos na cozinha.

Decisions, decisions...!

(P.S. A bem ou a mal sou incapaz de comprar tudo feito ou mandar vir. Pelo que mesmo que conseguisse simplificar por exemplo no bolo de anos ou numa ou outra entrada, o core serei sempre eu a fazer. E sim, é por gosto mas dá muito trabalho!).

Sítios giros só porque sou amiga - food edition: Grande Hotel do Porto

Ok, depois do post esquizofrénico do fim-de-semana, nada melhor do que uma coisa bem real e que vai sempre bem: um sítio giro onde se come bem.

E nada melhor do que um sábado, que rima como se sabe com brunch, para experimentar o


Já me tinham falado há algum tempo mas a sugestão foi acompanhada de alguma crítica quanto ao espaço, por ser já muito antigo e estar um pouco velho na verdade, por isso fomos adiando. Mas depois deu-nos vontade de brunch e queríamos experimentar um sítio novo por isso decidimos arriscar. 

Então vamos lá por pontos.

Sítio:
Para começar fica em plena Rua de Santa Catarina, o que adoro em especial a um sábado de sol. Há imenso movimento, comércio, lojas, cafés, esplanadas e chegar lá é passar por tudo isto e já ir bem disposto.
Depois o espaço é lindo! Um hotel super antigo, é verdade, mas com imenso requinte e bom gosto, aquelas escadarias, as mobílias, as decorações das paredes. É tudo bonito e imponente. Até chegarmos ao "salão de baile", uma sala enorme onde é servido o brunch, com tectos altos e trabalhados, imensa luz, mesas confortáveis, tudo com um aspecto óptimo de quem acabou de ser restaurado.

Esqueçam por isso as críticas!
O que me disseram sobre estar velho e cheirar a mofo não tem qualquer semelhança com a realidade. Antes pelo contrário! Gostei mesmo muito do espaço (infelizmente as imagens disponíveis na net não fazem justiça pelo que vou deixar só palavras a valer mais que mil imagens - espero eu!)

Quanto ao brunch propriamente dito (que está tudo muito bem, é tudo bonito mas viemos para comer!):
Há uma espécie de cinco zonas, que correspondem a cinco opções diferentes:
- Showcooking de ovos e derivados (omoletes, ovos mexidos, ovos estrelados, cozidos, etc)
- Estação de quentes, com sopa, dois ou três pratos quentes (que admito possam variar mas eram bacalhau com natas, ravioli com legumes, mini pregos, cogumelos, bacon)
- Estação pequeno-almoço, com pães, croissants, panquecas, compotas, cereais, iogurtes;
- Estação entradas, com várias saladas, salgadinhos, tostas, enchidos;
- E estação de sobremesas (com gomas!!)

Portanto, bastante opção e no geral tudo bom. As sobremesas, apesar das gomas, deixavam um pouco a desejar, mas a entradas eram muito boas e os pratos quentes também. Tudo em regime buffet e com sumos, águas, cafés incluídos.

Preço:
Cada adulto, 18 euros. Crianças a partir dos 3 e até aos 10 anos, 10 euros.

No site (link em cima) há toda uma página dedicada ao brunch com mais detalhes e a ementa mais completa. Só não tem selo de qualidade, mas isso levam daqui! Sem dúvida, a repetir.

Uma entrevista em 2026

(Sorriso)
- Bem, é uma pergunta engraçada! Para ser sincera eu nunca achei que fosse algum dia estar aqui. Era um sonho que eu tinha há vários anos mas que sempre achei que fosse ficar na gaveta. Na verdade eu licenciei-me em direito, trabalhei uns anos como advogada e adorava. Depois passei para uma empresa, onde adorava muitas outras coisas mas onde o trabalho era mesmo de escritório. Documentos, papéis, reuniões, uma coisa totalmente tradicional. Mas depois um dia a oportunidade surgiu e eu pensei "olha, porque não? Só se vive uma vez!

- Sim, foi exactamente assim que comecei. Eu fazia algumas coisas por brincadeira, em casa mesmo. Começou com as festas das minhas filhas, um ou outro evento lá em casa, alguns Natais. Depois festas dos primos, alguns amigos. De repente tornou-se a minha vida. E nesse momento tudo fez sentido porque aquilo que sempre quis fazer foi "organização de coisas bonitas".

(Risos)
- O nome podia bem ser esse, podia! Mas não, foi uma coisa que a minha filha mais velha um dia disse quando estava a inventar nomes numa brincadeira, que escrevemos logo num caderno e que nunca mais me esqueci. Só voltei a ele cinco ou seis anos depois. E ainda gosto imenso, como no dia em que ela o disse!

- Sim, é verdade. Pelo nome talvez não se perceba bem. Por isso adicionamos a legenda: organizar coisas bonitas e fazer pessoas felizes. Fazemos festas acima de tudo. Muitos aniversários, muitas crianças. Mas qualquer jantar mais especial, qualquer evento. O limite é a imaginação.

- Tratamos de tudo na verdade. A organização em si, a parte do catering, a decoração, as mesas, convites se for o caso, animação. Tudo o que esteja ligado a organizar um evento, ou uma coisa bonita. E pode acontecer que a pessoa saiba exactamente aquilo que quer e nós damos forma mas temos muitos casos em que é tudo um livro em branco e vamos construindo em conjunto. Algumas pessoas querem surpresa total e é sempre muito giro ver a reacção! É um trabalho que adoro e que tem esta coisa maravilhosa de contribuir um bocadinho para a felicidade de alguém.

(Suspiro)
Isso foi assim um super extra! O que acontecia é que antes e durante as festas eu fazia sempre imensas fotografias das mesas, da comida, dos bolos, de todos os detalhes. E depois no final enviava naturalmente para as pessoas. E um dia surgiu o convite de fotografar a festa, os convidados, as pessoas. E eu que desde sempre estive completamente apaixonada por fotografia, senti que aquilo era o encaixar de um puzzle. Depois disso comecei a fazer também fotografia a par com os eventos, embora uma coisa possa existir sem a outra. São duas paixões!

- Sim, tem esse lado. Os fins-de-semana são geralmente as alturas mais ocupadas, mas em compensação consigo controlar mais ou menos as semanas. Dá para organizar as coisas com tempo, para estudar, pensar, recolher inspiração. Para depois passar o sábado todo a trabalhar, é verdade! Mas consigo conciliar com a família, as minhas filhas já vão dando uma ajuda. A mais velha tem imensas ideias e visão. É muito giro! Talvez isto nem tenha acontecido mais cedo porque elas eram pequeninas e claro que era difícil "perder" os fins-de-semana.

- Segredo? Acho que não há segredo. Tem de se gostar muito do que se faz e fazer tudo com amor. Acho que isso transparece para as pessoas e torna as coisas mais especiais. E no fundo é disto mesmo que se trata, fazer coisas bonitas e fazer pessoas felizes.

Caça ao tesouro

Desde que o meu pai lhe deu a conhecer este maravilhoso mundo novo, a C. tem querido esta brincadeira em repeat: fazer caças ao tesouro.
Não são umas caças ao tesouro tradicionais, porque não há mapas nem verdadeiros tesouros, para ser honesta. Mas é um jogo muito giro (e uma dica para o fim-de-semana, se estiver a chover).

Primeiro cortamos pequenos papéis que numeramos de 1 a 10, 12, 20 ou 5 (conforme o que se quiser).
Depois decidimos onde escondemos cada um dos papéis.
E para que a pessoa os descubra, escrevemos pistas.
O último é um prémio (um desenho para pintar, por exemplo) e o objectivo é que, ao ler cada pista, se vão encontrando todos os papéis até chegar ao final. 

Claro que a minha filha não sabe ler e por isso o jogo faz-se com um adulto (geralmente o mesmo adulto que inventou as pistas e escondeu os papéis) mas isto só quer dizer bons momentos em família, certo?

Exemplos de pistas:

1. A doutora chegou!
(pista para um papel dentro da mala da doutora brinquedos)

2. É redondo e anda à volta quando lava
(pista para um papel na máquina de lavar a roupa)

3. Últimas coisas antes de dormir
(pista para um papel no copo da escova dos dentes)

4. Está a dar música
(pista para um papel que está junto ao rádio)

5. Trabalho do pai
(pista para um papel no computador do pai)

6. Sítio onde guardamos os iogurtes
(pista para um papel dentro do frigorífico)

E assim sucessivamente sendo o limite a imaginação!
Sempre que acabamos um, quer logo a seguir fazer outro. E já tem ela própria criado regras e decidido os sítios. Recomendamos!