A arte de bem fazer malas
Saí de casa dos meus pais aos dezoito anos mas durante os cinco seguintes fui lá praticamente todos os fins de semana.
Quando acabei o curso e voltei para lá para trabalhar, o P. trabalhava em Coimbra e passamos dois anos para cá e para lá aos fins de semana,
Quando casamos fomos viver para Lisboa e em quatro anos fizemos a A1 sentido Sul Norte e Norte Sul centenas de vezes.
A minha vida adulta foi marcada por fazer malas. Fiz e desfiz milhares de malas nos últimos treze anos. Se isto não confere grau de mestre, não sei o que faltará. Mas é de certeza suficiente para ser craque no assunto.
Sem prejuízo, foi com alguma surpresa que saímos os quatro de casa para passar um fim de semana fora (três dias e duas noites) com apenas duas malas de cabine. Recordo que somos dois adultos, uma criança de três anos e um bebé de três meses. Confesso que a minha habilidade até a mim me surpreendeu.
Usei uma mala de cabine para a roupa das duas (literalmente, metade para cada uma) e uma para nós os dois. Deu para a roupa, casacos, fatos de banho, artigos de higiene e extras. No carro levamos também o carrinho da I. (que é na verdade aquilo que ocupa mais espaço) e quase que nem parece que vamos com tralha. Foi mesmo super simples.
A minha regra de ouro (aprendida com a minha rica mãe) é: preencher todos os espaços. Assim, não há centímetro livre nas malas, nem que isto implique às vezes separar duas meias para aproveitar melhor o espaço. O resultado (para mim que detesto transporte de tralha) é super feliz: dois volumes para quatro pessoas e teste superado!
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