Será amor?

Só sei que até as buzinas da hora de ponta parecem cantar
E até o cheiro a gasolina emana um aroma de rosas no ar
E o shoping dos olivais lembra as luzes de Paris
E até as capas dos jornais vem que afinal o mundo é feliz.

Tem passado em repeat no rádio a banda sonora do filme "A canção de Lisboa" que estreou este Verão nos cinemas. Tinha bastante curiosidade em ver mas acabamos por adiar e agora já não sei dele (não deverá ser díficil de encontrar no entanto).

Em todo o caso, o que me trazia cá nesta bela tarde de terça-feira, em que só faltam quatro dias para o fim-de-semana (sim, eu sei) não era o filme, nem mesmo a música.  Eram as buzinas na hora de ponta, o cheiro a gasolina, o shopping dos Olivais e sobretudo as capas dos jornais.




As capas dos jornais da nossa casa dão notícia de uma família feliz.

Somos um pack de três espectacular. Mesmo.

O pai e a filha parecem dois tontinhos da mesma idade (talvez cinco anos); um trepa o sofá, o outro a parede; um deita umas gotas de água no chão, o outro entorna o copo. Sempre a brincar, uma casa circo.

Eu estou totalmente apaixonada pelos dois, individualmente e em conjunto. Enchem-me a vida de sol, de Natal, de chocolate. Dão sentido a tudo.

Eu e o P. eramos dois "mélecas" apaixonados que agora continuam apaixonados e melecas mas numa família. Foi o que nos trouxe a C., a família. Somos os mesmos miudos de há onze anos atrás mas agora nas fotografias temos um carrinho de bebé à frente. Adoro a nossa realidade.

Como adoro, adoramos na verdade, estar deitados na "caminha pai e mãe", aos saltos, às gargalhadas, no mimo. Há música sempre a tocar, ainda que quase de todas as vezes a do Panda, mas já decoramos as letras e quase que vibramos com os Caricas. Há brinquedos por todo o lado e bolas em todas as divisões. Há barulho sempre, de casa vivida e de família feliz. 

Se isto não é amor, não sei o que o amor é.

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