Tenho medo de pessoas más

Aqui há dias lia sobre uma mãe de uma bebé de quinze meses a quem alguém disse que a filha é feia. Assim, sem mais, a tua filha é feia.

Ser bonito ou feio para uma mãe ou um pai não interessa nada quando se fala de um filho; a questão não é essa. Não é importante. Importante - salvo seja - é o requinte de malvadez, é o fundo de maldade, é o tentar atingir onde mais dói - nos nossos filhos.

Não percebo insultos gratuitos. Nem percebo pessoas más. Assustam-me. Imagino que a infelicidade, a frustação, possam explicar muita coisa mas não justificam nada. Não sei aliás o que pode justificar que, a troco de nada, se distribuam insultos. Atenção que isto não tem nada a ver com dar opinião, vamos dar isto de barato. Vamos dizer que quando alguém diz "estás mais gorda", "tens mau aspecto", "estás pálida, estás doente?" há uma intenção qualquer que não sô a de magoar - estarei errada?

Dizer-se que se é feia, que um filho é feio, que se tem nariz de batata ou orelhas de abanico - ultrapassa-me. De onde é que isto vem? Tenho medo dessa gente. E absoluto horror a pessoas más.

0 Coisas dos outros