No meus anos ofereceram-me um desses vales de beleza e spa, que troquei ontem por um super tratamento de mãos, com esfoliação, hidratação, manicuraçãe e relaxe total. Sexta-feira ao final do dia e à menina, como bem merecemos, thank you very much.

 

Nisto, e porque uma coisa nunca vem só e as coisas são como são, nada a fazer, o super tratamento vem acompanhado de mega promoção, compre agora com 50% de desconto e utilize nos próximos três meses. Espertos! Olhe consulte lá a nossa tabela de pequenos mimos..! Claro está que uma pessoa se perde. E não, não se dá nada a ninguém nem há pessoas fofinhas preocupadas com o nosso bem estar. Há gente fuinha, à espera do próximo tanso. Como eu, de resto.

 

Pois bem, comprinhas de circunstância para os próximos meses e toma lá que já foste apanhada na curva.

 

O meu lado Tio Patinhas diz-me no entanto que fiz um bom negócio e que comprei uma coisa que precisava efectivamente por metade do preço. E que não me venham com conversas de "ninguém precisa nisso" porque vocês não sabem. Bom olho para p negócio, é o que é!



Conheço o P. há mais de 15 anos, grande parte deles como namorado e uma parte menor (mas não menos importante) como marido. Já passamos juntos uma imensidáo de aniversários, Natais, dias de anos, dias de nada, dias de tudo e por isso a lista de presentes que oferecemos um ao outro conta já com algumas unidades.

Nestes presentes nunca se incluiu no entanto jamais em tempo algum o tradicional perfume. Nunca o homem me ofereceu um perfume. Não é estranho?

Volta e meia volta perguntava-lhe porquê. A justificação dele é a do cliché, todo o mundo dá perfumes, é banal. Eu acho-lhe piada, confesso, pela originalidade mas em especial pela atenção, pelo cuidado, pelo ser especial.

Aqui há tempos lia num blog que tem para mais de cinquenta anos que o autor, achando que o céu é o limite, nunca tinha oferecido flores a uma mulher que amasse. E isto, parecendo que não, é maravilhoso.

 

Era uma vez alguém totalmente zeca, que achando ter encarnado finalmente um polvo, com mãos para oito coisas ao mesmo tempo, não contente com estar a falar ao telemóvel com uma pessoa, decide falar pessoalmente com outra, enquanto que segura a bolsa, uma capa e a agenda e procura um documento para entregar.

Não tendo afinal encarnado polvo algum, deixa naturalmente cair metade das coisas, sob o olhar atento da pessoa dois e o ouvir menos atento da pessoa um, onde se inclui rico telemóvel da sua mãe.

Queda feia, de costas, ausência de danos externos mas interior feito em cacos. O drama.

Choradinho pesado junto da assistência técnica (então não se vê logo que estava a meio da chamada e o bicho foi-se sem mais nem menos, qual queda qual quê?) mas pouca compreensão do lado de lá e zero garantia que me valha.

Telemóvel em cuidados intensivos e substituto que nada fazia além de chamadas (e sabe Deus!). No fim, cirurgia que custou mais do que gostaria...

Não estamos contentes. Mas estamos outra vez operacionais.

Vitória, vitória, acabou-se a história.

Ora vamos lá a coisas boas: prendinhas de aniversário! Obaaa!!

A sexta, sendo o dia mais fofinho da semana e o que ocupa directo o lugar de dia preferido no meu coração, tem destas coisas de estando mal a começar, levar uma pessoa a pensar no "logo ao fim da tarde."

Com isto em mente, às oito da manhá já declarávamos para não mais ser retirado, que às cinco e meia da tarde estaríamos porta fora, a ser felizes noutro carnaval.

É o chamado querias.

Que dá também pelo nome de  "não faças planos que não podes cumprir", vulgo ainda o mais tradicional "fia-te na Virgem e não corras que vais ver o tombo que levas."

De modos que, sete e meia da noite e uma pessoa começa a pensar aos poucos que se calhar, em sendo sexta-feira, já se punha a mexer e não fazia o bingo das doze horas de trabalho diárias sem passar pela casa partida e sem ganhar dois contos. 

Mas isto sou eu, que tenho mau feitio.

Vivo constantemente em antecipação - se não escrevi sobre isto ainda já o devia ter feito - e dou comigo a contar dias, meses e anos com qualquer coisa em vista.

Essa ideia de uma ilha deserta sem relógio jamais funcionaria comigo porque vejo o tempo na cabeça, consigo medi-lo com o pensamento e é impossível deixar de saber a quantas ando. Sou focada, no fundo.

É por isto que me choca já estarmos em Março e é também por isso que hoje me surpreendi ao aperceber que, tendo ainda sido ontem que aqui contei uma história sobre ferros nos dentes, passaram já seis meses desde que pus aparelho. Seis meses, meio ano. Ninguém acredita nisto, certo?

Em termos de evolução estamos onde estávamos há meio ano atrás, que isto custa que eu sei lá, mas seis meses, a sério? Signica que, com alguma sorte, estamos a outro tanto de o tirar de vez, felizes e contentes com um sorriso colgate. A ver.

Temos um prazer novo. Ou renovado, vá. Sábado de manhã começa a ser dia de sair de bicicleta e ir andando com o rio à esquerda. Um hábito dos bons, que de resto faz lembrar o verão e os passeios diários à beira mar.
Por aqui não estamos ainda de verão mas dois dias de descanso fazem quase lembrar as férias. É passar devegar, devagarinho faxabor.  

Dia de aniversário não foi até agora chegada do Verão, contra todas as expectativas. Chove. Está ligeiro frio. Ausência de qualquer raio de sol à vista. Está errado, ponto final. Até porque, sem se saber exactamente como, já estamos em Março. E Março, contra todas as aparências é mês de Primavera.

Mas alguém acredita nisto?

Entretanto o início do mês começa a trazer o bichinho das viagens de 2014. Há um ano atrás, querido marido oferecia-me pelo aniversário um saltinho à Madeira, que foi das grandes coisas que fizemos. Três dias de boa comida, boa poncha e bons amigos.

De modos que, inspirados por outros carnavais, começamos a pensar em viajar. Em cima da mesa estão projectos de Euro Disney, com o meu G. e uns dias de descanso e sol em Junho. Coisas boas da Primavera que acabará por chegar.